Durante a 66ª sessão da Assembleia Geral da ONU o nome da Ucrânia foi mencionado algumas vezes, em circunstâncias mais que diversas.
Primeiro, foi o Presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, que disse na sua intervenção na 5ª Feira que Moscovo usa “embargo, chantagem e o ditado brutal” contra Ucrânia, Moldova e Belarus. Além disso, Presidente georgiano acusou Moscovo de fomentar o terrorismo e ocupar o território da Geórgia, escreve agência ucraniana UNIAN.
O primeiro – ministro israelita, Benjamin Netanyahu, discursando na passada sexta – feira aproveitou a ocasião para “picar” Ucrânia. Recordando os judeus que “nunca deixaram de sonhar sobre Israel”, ele falou sobre “Jews in the Ukraine, fleeing the pogroms” (http://elfagr.org/Detail.aspx?nwsId=58201&secid=24&vid=2). Anteriormente, no dia 23 de Maio deste ano, Netanyahu discursou na conferência de AIPAC, onde falou sobre “the wholesale slaughter of the Jews of the Ukraine, the pogroms in Russia”. (Benjamin-netanyahus-speech-to-aipac).
É um exemplo mais que perfeito do “pacote completo” dos clichés anti-ucranianos praticados para difamar e diminuir Ucrânia. Primeiro, deveria ser não The Ukraine, mas apenas Ukraine. Segundo, seguindo a política de “colocar Rússia em primeiro”, no texto usado na ONU, Rússia “milagrosamente” já não consta. Embora a palavra “pogrom” é uma palavra russa; os pogroms eram apadrinhados pelo serviço secreto russo Okhranka e executados pelas organizações russas chauvinistas, xenófobas e anti-ucranianas, como União do Povo Russo, União do Arcanjo Miguel ou movimento Centenas Negras.
Além disso, durante a II G.M., pelo menos 2363 ucranianos arriscaram as suas vidas para salvarem os judeus do extermínio nazi. Ucrânia é o 4º país do mundo em número dos Justos entre as nações. Mas este facto já não se costuma mencionar quando se fala sobre Ucrânia, embora o número seja reconhecido oficialmente pela organização israelita Yad Vashem.
No fim “brilhou” o serviço de imprensa do presidente Yanukovych, que informou sobre o alegado encontro entre Yanukovych e Barack Obama, que alegadamente teve lugar em 21 de Setembro na “recepção oficial do presidente dos Estados Unidos”. Neste alegado encontro, Barack Obama alegadamente notou “a grande contribuição que a actual liderança ucraniana faz na questão da segurança nuclear no mundo”.
No entanto, a página oficial da Casa Branca informa que no dia 21 de Setembro Barack Obama teve os encontros com Benjamin Netanyahu, com o primeiro-ministro do Japão Yoshihiko Noda, com secretário-geral da ONU, com o presidente francês Nicolas Sarkozy, com o primeiro-ministro britânico David Cameron, com o presidente do Sudão do Sul e com o chefe da Autoridade Palestina. Não existe nenhuma menção de Yanukovych nem na agenda, nem no blogue do Obama, aliás, naquela quarta-feira o presidente americano não teve nenhum outro encontro, escreve edição ucraniana on-line Bigmir Ukraine.
Nestas condições, como escrevem vários internautas ucranianos, não resta mais nada do que convidar Mikheil Saakashvili para ser o Presidente da Ucrânia, talvez só assim o país alcançará a sua verdadeira independência política e energética.
ONU na Ucrânia:
http://www.un.org.ua
2 comentários:
Parece-me que a Ucrânia irá mesmo assinar o tratado de Associção e Livre Comércio com a UE. Se isto acontecer será mesmo um opção pelo Ocidente? A notícia está no site Presseurop:
http://www.presseurop.eu/pt/content/news-brief/991371-acordo-de-associacao-caminho
Será sim, os empresários & oligarcas ucranianos querem vender na UE e não têm muita manobra ao Leste, então será a Europa. Grato pela boa notícia.
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