As biografias não oficiais de dois Ministros e do novo líder da secreta ucraniana
Yuriy Lutsenko: Ministro do Interior / compostura samoriana!
Nasceu na cidade de Rivne. (Durante a Segunda GM, a cidade de Rivne era a capital da Ucrânia, sob ocupação alemã). Pai (já falecido) era o Primeiro Secretário do Comité provincial do Partido Comunista da Ucrânia em Rivne.
Graduou-se pelo Instituto Politécnico de Lviv (Lvov). Trabalhou na Indústria, onde fiz a careira do mestre ao Construtor Geral.
No governo de Valeriy Pustovoytenko, Yuriy Lutsenko era o seu Conselheiro das questões da política industrial. Também desempenhou as funções de Vice – Ministro de Ciência e Tecnologia.
É um dos lideres proeminentes do Partido Socialista da Ucrânia (SPU) de Oleksander Moroz. Na campanha eleitoral de 2004, Lutsenko tornou-se o líder do Movimento “Ucrânia sem Kuchma”, durante a Revolução Laranja foi um dos criadores da “cidade das tendas” na Praça de Independência em Kyiv.
Yuriy Lutsenko é conhecido na Ucrânia pela sua honestidade cristalina e pela compostura samoriana. Nos seus empregos anteriores, aos corruptores habituais, nem passava pela cabeça a ideia de tentar subornar o actual Ministro.
O próprio ministro disse, que o seu ponto fraco é o desconhecimento da mentalidade e especificidade do trabalho da policia. Mas acredita que, as suas qualidades pessoais e políticas, chegarão para estabelecer os contactos necessários com “policias honestos e dignos, que existem em qualquer cidade, província ou aldeia”.
Outro contratempo do novo ministro é a ausência de equipa própria, Yuriy Lutsenko tem apenas dois meses para a formar. Mas o Ministro já disse que vai apoiar-se na equipa do Presidente Viktor Yushenko.
Na opinião do Ministro, o Ministério do Interior é uma estrutura “demasiadamente grande e deformada”. Ministro considera que MINT hoje exerce as funções, que não são da sua competência natural, casos de Migração ou Polícia de Transito.
Yuriy Lutsenko disse que MINT irá trabalhar em harmonia com todo o sistema judicial ucraniano, embora manifestou a sua grande preocupação sobre a injustiça dos tribunais, “um dos terrenos mais corruptos da sociedade ucraniana”.
Oksana Bilozir: Ministra de Cultura e Artes / cantora e diplomata
Nasceu aos 30 de Maio de 1957 na aldeia de Smyga na província de Rivne.
Em 1976 fiz o curso médio no Colégio Musical e Pedagógico F. Kolesa de Lviv (Lvov).
Em 1977 – 1981 frequentou e foi graduada pelo Conservatório Estatal Lysenko de Lviv.
Em 1997 – 1999 fiz a segunda graduação pela Academia do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia. É Magistrada em a política externa e diplomacia.
Possui os títulos de Artista Emérita da Ucrânia (1986), Artista Popular da Ucrânia (1994) e Embaixadora Popular da Ucrânia (1999).
Desde 1998 é chefe do Departamento de variedades da Faculdade de Arte Musical na Universidade Nacional da Cultura e Arte em Kyiv.
É membro do parlamento ucraniano, eleita pela lista da Coligação “Nossa Ucrânia” de Viktor Yushenko, onde ocupava o número 70. Desde Abril de 2002, é membro do Comité parlamentar das Relações Exteriores do Parlamento.
Desde 2004 é líder do Partido Socialista – Cristão da Ucrânia.
Desde 1979, Oksana Bilozir é solista de agrupamento musical “Vatra” (Fogueira). Em 1994 forma o seu próprio conjunto “Oksana”. Bilozir canta com a voz de soprano e dedica-se à fusão da música pop com o folclore ucraniano.
É laureada do Festival Mundial da Juventude e Estudantes, é Presidenta e membro do Júri do Festival Internacional do folclore “No circuito da Galiza”, Festival Nacional “Melodia” e outros.
Oksana Bilozir já deu dois concertos em Portugal: no Coliseu do Porto e no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
Discos CD editados: “Vatra 1”; “Vatra 2”, “Mnogaya lita” (Canada), “Ukrayinochka”; “Kolyadky ta shedrivky”; “Dlia tebe”; “Charivna boykivchanka”.
É veterana da guerra no Afeganistão. Fala inglês e polaco.
Hobbies: jogo de nardos.
Página na Internet: http://www.bilozir.com/
Oleksander Turchynov: chefe do Serviço da Segurança da Ucrânia (SBU)
Nasceu aos 1 de Março de 1964, na cidade de Dnipropetrovsk (Ucrânia Oriental).
É graduado com distinção pelo Instituto Metalúrgico de Dnipropetrovsk, Faculdade de Tecnologia.
Começou trabalhar no Complexo metalúrgico “Kryvorijstal” (o mesmo, que o novo Governo ucraniano, resgatou recentemente, da privatização fraudulenta).
Entre 1990 e 1991 é Chefe – Redactor da edição ucraniana da Agencia de Informação UNA – APN press.
Em 1991 torna-se Reitor do Instituto de Relações Internacionais, economia, política e direito.
Em 1992 é chefe do Comité de demonopolização da produção (industrial) na Assembleia legislativa provincial de Dnipropetrovsk.
Em 1993 torna-se o Conselheiro do Primeiro – Ministro da Ucrânia, da macroeconomia. Ao mesmo tempo, não esqueça a ciência e em 1994 torna-se o Director Geral do Instituto das reformas económicas, chefe do Laboratório da pesquisa da economia de sombra no Instituto da Rússia (instituto que investiga a Rússia) na Academia Nacional de Ciências da Ucrânia.
Em 1998 é eleito deputado para o Parlamento da Ucrânia, onde torna-se Chefe do Comité do Orçamento.
Nas eleições de 2002, é eleito para Parlamento pelo partido “Batkivshina” (Pátria) de Yulia Timoshenko, é vice – presidente do partido. É chefe do Comité parlamentar do Orçamento e chefe do grupo parlamentar de “Batkivshina”.
Oleksander Turchynov é um dos autores do Código do Orçamento da Ucrânia e é um dos promotores da reforma liberal de tributação. Sr. Turchynov, também, é um dos fundadores do Fórum da Salvação Nacional (FNP), organização que juntou as forças de oposição democrática, contra o regime do presidente Kuchma.
Oleksander Turchynov é doutorado em economia e professor catedrático. Autor dos trabalhos científicos que estudam a corrupção, economia paralela e os raízes das tendências totalitárias na sociedade contemporânea. É laureado do Programa Nacional “Lideres dos regiões” em 2002.
Em Fevereiro de 2005, é indigitado pelo Presidente da Ucrânia, Viktor Yushenko, como o novo chefe do Serviço da Segurança da Ucrânia.
É crente da Igreja Baptista e não esconde este facto.
Um dos seus primeiros actos, como chefe do SBU, era demitir as chefias do Serviço nas cidades de Kyiv (major – general Emil Konopatskiy), na província de Odessa (major - general Oleksander Chernyshev) e na província de Kharkiv (coronel Serhiy Sytnyk).
sexta-feira, fevereiro 25, 2005
segunda-feira, fevereiro 21, 2005
Espiões ucranianos salvaram o seu próprio pais!
“How Top Spies in Ukraine Changed the Nation's Path”
The New York Times
(tradução abreviada)
No Outono de 2004, as ruas de Kyiv encheram-se da gente que protestava contra as falsificações maciças das eleições presidenciais.
No dia 28 de Novembro, (sexto dia da desobediência civil), na casa do campo do Ministro do Interior tocou alarme. Mais de 10 mil policias começaram entrar nos camiões. Maioria tinha capacetes, cassetetes e escudos, três mil eram armados, muitos deles usavam as máscaras negras. Em 45 minutos eles receberam as munições e o gás lacrimogéneo.
A cidade de Kyiv, poderia se transformar num campo de confronto terrível, no pior estilo soviético, que podia provocar uma guerra civil. Mas no interior do Serviço da Segurança da Ucrânia (SBU), aconteceram coisas estranhas.
Começou nevar e na Praça de Independência apareceu um coronel de SBU à civil. Ele avisou os lideres da Revolução Laranja sobre o devastação prevista. Ao mesmo tempo, altos patentes dos serviços secretos, usando as linhas telefónicas protegidas (conhecidas na gíria como Dezena e Centena), tentavam solicitar a colaboração dos generais do exercito, para fazer parar os policias.
Serviços secretos avisaram o Ministro do Interior, que qualquer uso da força contra os manifestantes pacíficos é ilegal, e se policias armados entrarão na cidade, exército e serviços secretos vão defender os populares. Um dos oficiais, era o chefe do Serviço de Inteligência (GUR) do Exército ucraniano, Oleksander Galaka.
O chefe do SBU, general Ihor Smeshko, estava coordenar alguns contactos. O chefe do Departamento da contra – inteligência militar, Major – General Vitaliy Romanchenko, mandou o General – Tenente do Interior, Serhiy Popkov, parar com a marcha à Kyiv.
Durante a crise, um grupo dos oficiais dos serviços secretos, não quis seguir o plano preparado na Administração do Presidente Kuchma, que pretendia entregar o poder ao Viktor Yanukovich. Os oficiais agiram contra este plano. Isso acontece muito raramente, nos países da ex – União Soviética, onde serviços secretos, geralmente, são instrumentos conservadores e impiedosos do poder estatal.
<...> Neste caso, os oficiais transmitiam a informação aos adversários de Kuchma, garantiam a segurança dos lideres da Revolução Laranja e dos manifestantes, mostravam os sinais da sua recusa de cumprir os planos de Administração, participavam na guerra psicológica com os burocratas, para suavizar a reacção do poder, dos manifestações de protesto.
Em geral, os serviços secretos, agiam as vezes de maneira oculta, as vezes de maneira pública, até as vezes esquivando-se da lei, para impedir a passagem fraudulenta do Yanukovich, que é odiado pelos certos generais. Duma ou de outra maneira, eles apoiaram Viktor Yushenko, que agora tornou-se Presidente.
<...> O papel dos serviços secretos na vitoria do Viktor Yushenko, não é totalmente conhecido. Embora o gestor da sede política do Viktor Yushenko, Oleh Rybachuk considera este papel como o “elemento muito importante”, afirmando que a sua ajuda era “profissional e sistemática”. Do ponto de vista de Rybachuk, a ajuda das secretas à Revolução, era “uma operação profiláctica”.
Oposição dentro do SBU
O apoio não começou durante as manifestações. Muito antes das eleições, as secretas e a oposição entraram em contacto. No verão de 2004, general Smeshko encarregou um dos seus homens, entrar em contacto com Oleh Rybachuk.
SBU, sucessor da KGB, tem 38 mil funcionários e estragou a sua reputação com as chantagens, venda de armas, ligações com as secretas russas e com o crime organizado. Dentro da SBU, existem grupos leais às sensibilidades políticas diferentes, alguns preservaram os contactos com os seus patrões moscovitas anteriores. O seu chefe anterior, Leonid Derkach, foi demitido depois de, alegadamente, vendar ao Iraque, o sistema ucraniano de localização dos aviões, “Kolchuha”. Em 2003, Presidente Kuchma designou como chefe do SBU, general Ihor Smeshko, um oficial de carreira dos serviços secretos militares. Anteriormente, general Smeshko trabalhou nas embaixadas da Ucrânia em Washington D.C. e Zurique. Alguns dos oficiais das secretas, que agiam contra as falsificações das eleições e contra a tentativa de atacar os manifestantes, pertencem ao núcleo do general Smeshko e durante as suas careira trabalharam nos países ocidentais ou asseguravam os contactos com os governos ocidentais.
Oleh Rybachuk conta que tive contactos com alguns oficiais do SBU, eles encontravam-se regularmente, as vezes a noite. Oficiais entregavam lhe a informação e os documentos, sobre Kuchma, materiais, que oposição usava durante a campanha eleitoral na comunicação social.
Os motivos dos oficiais podem não ser lineares e suscitam as discussões. A Primeira – Ministra da Ucrânia, Yulia Timoshenko, diz que: “os oficiais, incluindo general Smeshko, fizeram a sua aposta”. Oleh Rybachuk intende da maneira diferente: “eles realmente são nossos apoiantes, eles arriscaram as suas vidas e as suas carreiras”.
Próprios oficiais evocam as razoes diferentes. Tenente – general Ihor Drijchaniy, chefe do Departamento Jurídico do SBU, disse que: “nos sempre dizíamos que somos contra o derrame de sangue”. Mas existem indícios, que alguns oficiais queriam bloquear o Yanukovich, que eles conheciam muito bem. Oficiais afirmam, que Yanukovich, antes condenado por assalto e ofensas corporais, é ligado aos empresários corruptos do Lesta da Ucrânia. Por isso, os oficiais não queriam ver Yanukovich como Presidente, muito menos por via fraudulenta.
Oleh Rybachuk e alguns oficiais do SBU, contam que uma semana antes da segunda volta das eleições de 21 de Novembro, general Smeshko tive um encontro com Yanukovich. O último provocou no general a repugnância de tal ordem, que Smeshko pediu a demissão e jurou nunca trabalhar com ele. Kuchma recusou a demissão, explicando que caso contrario, o novo chefe do SBU será leal ao Yanukovich, e surgirá o risco de derramamento de sangue. Smeshko ficou no seu lugar.
Sinais
O descontentamento dos oficiais das secretas aumentou no dia 21 de Novembro, quando eles souberam que Yanukovich ganha, mas apenas graças às fraudes maciças. A chefia do SBU, encontrou-se no gabinete do general Smeshko, eram presentes general Romanchenko, general Drijchaniy, o chefe da administração do SBU, major – general Oleksander Sarnatskiy e coronel Valeriy Kondratyuk, responsável de ligação com serviços secretos estrangeiros. Eles discutiram a possibilidade da demissão conjunta, mas resolveram prevenir os confrontos e lutar por dentro. “Hoje podemos salvar a cara e as insígnias, mas podemos tentar salvar o país”, - disse Smeshko.
Não é claro, se Kuchma conhecia a posição e as acções da chefia do SBU. Os próprios oficiais, dizem que, a existência dos grupos rivais dentro do SBU e infiltração dos agentes dos serviços secretos russos, provavelmente, possibilitou em parte, a fuga dessa informação.
<...> No dia 22 de Novembro, a Procuradoria Geral da Ucrânia, fiz uma declaração, onde criticava a oposição pela organização das manifestações. PGR também afirmou que: “Poder e SBU estão decididamente prontos para por termo a qualquer ilegalidade.”
General Smeshko estava em fúria. SBU respondeu com o comunicado próprio, onde afirmou não concordar com a PGR, que os cidadãos têm o direito às liberdades políticas e que os problemas políticas devem ser resolvidos por meios estritamente pacíficos.
Isso foi uma cisão clara nos órgãos da lei e da ordem da Ucrânia. E um aviso. No dia 24 de Novembro, quando Comissão Central de Eleições, (CVK) reuniu-se para declarar oficialmente o Yanukovich como vencedor das eleições, cidade de Kyiv foi totalmente bloqueada e até Kuchma não conseguiu entrar no seu gabinete. Kuchma convocou a reunião governamental para a sua casa do campo, onde alguns membros do gabinete diziam que o exército deve dispersar as pessoas, se estes, continuar bloquear os edifícios governamentais.
General Smeshko não se manifestava, porque o seu serviço já fiz a jogada. Quando a CVK discutia a vitoria de Yanukovich, o site “Ukrainska Pravda” (www.pravda.com.ua/en) divulgou as gravações telefónicas das conversas entre os membros do staff de Yanukovich. Eles discutiam os planos de falsificações das eleições, incluindo a introdução dos boletins de voto adicionais. Uma das conversas, deu-se na noite posterior das eleições, entre o gestor da campanha de Yanukovich – Yuriy Levenets e uma pessoa, chamada Valeriy.
Valeriy: Temos um resultado negativo.
Levenets: O que tu queres dizer?
Valeriy: 48,37% pela oposição, 47,64% são nossos.
Depois Valeriy disse:
“Nos concordamos que a diferença será de 3 – 3,5% ao nosso favor. Estamos preparar a tabela. Vocês a receberão pelo fax.
A vitoria de Yanukovich foi de 2,9% (ao nível de todo o país). Na entrevista, Oleh Rybachuk disse que recebeu a gravação, que passou à “Ukrainska Pravda”, dos oficiais do SBU, que faziam as escutas no escritório de Yanukovich.
General Smeshko nega discutir o assunto das escutas: “oficialmente, SBU não tem nenhuma relação às escutas do escritório de Yanukovich”. Mas um dos oficiais, no anonimato confirmou as escutas: “aqueles que as fizeram, não sonhavam de ser heróis, eles apenas queriam prevenir a falsificação das eleições”.
Mais tarde, general Smeshko encontrou-se secretamente com Viktor Yushenko, numa das casas operativas do SBU. <...> Neste encontro estavam presentes generais Smeshko, Sarmatskiy e Romanchenko, do lado da oposição: Yushenko, Rybachuk e mais uma pessoa anónima. Foram alcançados dois acordos. Viktor Yushenko pediu o aumento da segurança do seu pessoal. Smeshko concordou em conceder à Yushenko oito especialistas do grupo anti – terrorista “Alfa” e organizar a segurança do escritório eleitoral pelos ex – funcionários do SBU. Também foi acordado, que SBU mostrará publicamente que está ao lado do lei, e não do lado de um dos candidatos. Isso queria dizer que SBU não abusará do seu poder, para apoiar o Yanukovich.
<...> No dia seguinte, 25 de Novembro, Viktor Yushenko apareceu (na Praça de Independência) com cinco oficiais do SBU. Eles leram a declaração, que indirectamente, mas claramente, apoiava a oposição. A declaração manifestava a preocupação sobre os resultados das eleições e continha o apelo ao Tribunal Supremo para ser objectivo. Oficiais, também, apelavam aos policias e soltados: “não esquecem, que o seu dever é servir o povo. SBU considera como o seu dever principal, a defesa das pessoas, independentemente da origem da ameaça. Fiquem connosco!”
Os oficiais das secretas, estão habituados a anonimato. Mas este caso, mostrava que o estado do espirito oposicionista, era profundamente enraizado na sociedade ucraniana. Na entrevista, os oficiais superiores da secreta militar ucraniana, o tenente – general na reserva, Oleksander Skybyneckiy e tenente – general na reserva, Oleksander Skypalskiy, disseram que as suas mulheres estavam na Praça de Independência.
No dia seguinte, 26 de Novembro de 2004, os cadetes da Academia do Ministério do Interior, juntaram-se aos manifestantes. Muitos trouxeram as flores.
Batalha por Kuchma
No dia 27 de Novembro de 2004, Presidente Kuchma, chamou general Smeshko para a reunião do Governo na sua casa de campo em Koncha Zaspa. Estavam presentes Yanukovich, os políticos das províncias do Leste que o apoiavam e Ministro do Interior Mykola Bilokin, fiel ao Kuchma e que não escondia o seu apoio ao Yanukovich.
Yanukovich atacou verbalmente o Kuchma, perguntando se este o traiu. Depois exigiu definir a data da sua inauguração como Presidente, introduzir o recolher obrigatório e desbloquear os edifícios governamentais.
Kuchma usou uma voz muito gelada: “Você tornou-se muito corajoso, Viktor Fedorovich”, - disse Presidente. “Você deveria mostrar essa coragem na Praça de Independência”.
General Smeshko interveio, dando a visão da situação, do seu Serviço e avisou Yanukovich, que poucos militares aceitariam combater o povo, se surgir uma ordem dessa. Smeshko disse, que mesmo, se os soltados acatarão tal ordem, não haverá uma derrocada total da oposição, porque os manifestantes oferecerão a resistência.
<...> Kuchma saiu do gabinete para fazer um telefonema e voltou com grupo de filmagens da TV estatal. Yanukovich atirou com a caneta e saiu do encontro. A posição do governo foi formulada: não haverá o recolher obrigatório. No dia 28 de Novembro, o Conselho da Segurança e Defesa Nacional votou pela resolução da crise por métodos pacíficos.
Evitar a derrocada
Embora o Conselho da Segurança e Defesa Nacional chegou ao consenso, sempre existia a possibilidade de solução violenta. <...> Yulia Timoshenko informou os manifestantes que o Governo pode tentar desbloquear os edifícios governamentais e pediu defende-los. Comandante das unidades militarizados do Ministério do Interior, tenente – general Popkov, declarou o alarme. Começou a mobilização das tropas do Interior.
Como e porque isso aconteceu não está claro. Nem se sabe quem ordenou a mobilização e pelos quais canais. Genaral Popkov, afirma que criou o falso alarme por vontade própria e de propósito usou o telemóvel, porque sabia que será escutado. Os oficiais do SBU afirmam, que os seus agentes dentro da Central de comunicações do MINT ouviram a troca de mensagens sobre a mobilização.
Informação sobre a mobilização das unidades militarizadas do MINT foi transmitida às chefias do SBU, que informou a oposição, os seus oficiais entre os manifestantes e a Embaixada americana. Oposição falou com embaixador dos EUA, John Herbst, este ligou para o genro de Kuchma – oligarca Viktor Pinchuk para saber o que se passa. Pinchuk ligou ao outro oligarca – chefe da Administração Presidencial – Viktor Medvedchuk, que por sua vez ligou ao Ministro do Interior Mykola Bilokin. Bilokin disse que não saber o que se passa. Depois, o Secretario do Estado americano, Colin Powell, ligou à Kuchma, que não atendeu o telefone.
No entanto, SBU mobilizava os seus quadros. Alguns centenas dos oficiais já se encontravam entre os manifestantes. Uns fingiam que são manifestantes, outros filmavam as pessoas. Nos telhados dos edifícios, que circunscrevem a Praça de Independência, alojaram-se os franco – atiradores. Os grupos anti – terroristas escondiam-se nas casas operativas nos arredores. Os camiões sem matricula do SBU, circulavam pela cidade, tentando detectar o movimento das unidades do MINT.
O coronel do SBU, que fazia a ligação entre o seu Serviço e os lideres da Revolução Laranja, avisou os sobre a chegada do exército. Sua tarefa seguinte, era de receber as unidades do MINT e avisar os oficiais, sobre a ilegalidade de qualquer ataque, sem uma ordem escrita.
<...> Alguns oficiais do SBU lembravam-se do ataque militar contra os estudantes em Pequim em 1989, outros recordavam a revolução romena do mesmo ano.
<...> Os oficiais das secretas encontraram-se com Yulia Timoshenko no edifício do Serviço de Inteligência Militar (GUR). Estavam presentes generais Galaka, Drijchaniy, Kondratyuk e Romanchenko, que ligou à SBU, para obter as instruções. General Smeshko aconselhou ligar ao general Popkov, para saber razão da alerta. General Popkov, afirmou que criou o falso alarme por vontade própria. Romanchenko informou o Popkov que, para mover as unidades militarizadas, é necessário ter uma ordem por escrito. E se general não tem a tal ordem, as tropas devem retornar às casernas.
General Smeshko ligou ao Ministro do Interior, Mykola Bilokin e deu a sua garantia pessoal, que a oposição não irá invadir os edifícios governamentais. Uma hora mais tarde, o chefe do Estado – Maior General do Exército, general Oleksander Petryuk, chegou ao edifício da Inteligência Militar e garantiu que o Exército não actuará na Ucrânia.
Yulia Timoshenko conta que ficou muito surpreendida, quando ouvia os oficiais das secretas e o representante das Forças Armadas ligar ao MINT e avisar os policias do que: “eles estão do lado do povo e irão o defender, e se as unidades do MINT entrarem na cidade, vão enfrentar não apenas a população desarmada, mas também o Exército e os unidades de comandos dos serviços secretos”. General Popkov cedeu, ele disse que: “apenas cumpria as ordens e não era um jogador principal”, - disse Timoshenko. Primeiro, os camiões do MINT pararam na estrada, depois voltaram às casernas.
Naquela noite, houve muitas telefonemas. Por isso é difícil dizer, qual deles surgiu o efeito principal. O mais provável, que foi um efeito acumulado.
Mas a pergunta principal fica sem uma resposta clara. Quem emitiu o sinal de alerta. Quem ordenou parar as tropas do Interior. Oficialmente, general Popkov, insiste que o sinal de alerta foi a sua decisão pessoal. Mas toda a gente acha isso um absurdo. Apenas três pessoas em toda a Ucrânia tinham o poder para emitir a tal ordem: Presidente Kuchma, Primeiro – Ministro Yanukovich e o chefe da Administração Presidencial, Medvedchuk. Kuchma nega o seu papel, Yanukovich e Medvedchuk recusam as entrevistas.
Yulia Timoshenko é convencida que o episódio da alerta falsa, foi o momento decisivo da Revolução Laranja, a Administração (Presidencial) entendeu que não controla sozinha a última garantia do poder: os homens com as armas.
<...> “Eu sempre pensava, que todos os nossos generais são leais à Kuchma e são pragmáticos, mas fiz uma descoberta inesperada – temos generais que estão do lado do povo”, - disse Timoshenko.
Palavra de tradutor
Lembramos que, a “cidade das tendas” dos apoiantes do Viktor Yushenko, nasceu na Praça de Independência no centro de Kyiv, no dia 22 de Novembro de 2004 e tornou-se o símbolo da Revolução Laranja. A segunda volta das eleições de 21 de Novembro foi anulada e a sua repetição deu-se no dia 26 de Dezembro de 2004. No dia 10 de Janeiro de 2005, a Comissão Central de Eleições proclamou o Viktor Yushenko como presidente legitimo da Ucrânia e no dia 23 de Janeiro em Kyiv decorreu a cerimonia oficial de inauguração.
Embora o sentimento anti – americano, esta bastante na moda por este Mundo fora, temos que reconhecer que os EUA empenharam-se muito, para devolver a Ucrânia aos ucranianos. Por exemplo, para mostrar ao poder corrupto, que as coisas são muito sérias, a embaixada dos EUA em Kyiv, recusou o visto de entrada à um empresário próximo do Kuchma. Alem disso, o Ministro do Interior, general Bilokin, tive um aviso pessoal, que não receberá o visto de entrada para nenhum país ocidental.
Presidente Yushenko quer limpar MNE dos espiões
Presidente ucraniano Viktor Yushenko, anunciou que pretende fazer uma “limpeza” no Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, retirando do MNE os profissionais dos serviços secretos.
Viktor Yushenko dirigiu-se ao novo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Sr. Borys Tarasyuk com proposta de “acabar com a pratica de completar o MNE com os especialistas das secretas”.
“Estou pronto para apoiar a iniciativa dos colegas do MNE, para limpa-lo das estruturas e organismos paralelos”, - disse o Presidente.
O novo chefe do MNE, Borys Tarasyuk, deu conhecer o seu ponto de vista sobre a frota russa do Mar Negro, que está estacionada no território da Ucrânia. Ministro disse que Ucrânia irá respeitar na integra todos os acordos anteriores sobre essa questão, nomeadamente o acordo de 1997 com a Federação Russa.
The New York Times
(tradução abreviada)
No Outono de 2004, as ruas de Kyiv encheram-se da gente que protestava contra as falsificações maciças das eleições presidenciais.
No dia 28 de Novembro, (sexto dia da desobediência civil), na casa do campo do Ministro do Interior tocou alarme. Mais de 10 mil policias começaram entrar nos camiões. Maioria tinha capacetes, cassetetes e escudos, três mil eram armados, muitos deles usavam as máscaras negras. Em 45 minutos eles receberam as munições e o gás lacrimogéneo.
A cidade de Kyiv, poderia se transformar num campo de confronto terrível, no pior estilo soviético, que podia provocar uma guerra civil. Mas no interior do Serviço da Segurança da Ucrânia (SBU), aconteceram coisas estranhas.
Começou nevar e na Praça de Independência apareceu um coronel de SBU à civil. Ele avisou os lideres da Revolução Laranja sobre o devastação prevista. Ao mesmo tempo, altos patentes dos serviços secretos, usando as linhas telefónicas protegidas (conhecidas na gíria como Dezena e Centena), tentavam solicitar a colaboração dos generais do exercito, para fazer parar os policias.
Serviços secretos avisaram o Ministro do Interior, que qualquer uso da força contra os manifestantes pacíficos é ilegal, e se policias armados entrarão na cidade, exército e serviços secretos vão defender os populares. Um dos oficiais, era o chefe do Serviço de Inteligência (GUR) do Exército ucraniano, Oleksander Galaka.
O chefe do SBU, general Ihor Smeshko, estava coordenar alguns contactos. O chefe do Departamento da contra – inteligência militar, Major – General Vitaliy Romanchenko, mandou o General – Tenente do Interior, Serhiy Popkov, parar com a marcha à Kyiv.
Durante a crise, um grupo dos oficiais dos serviços secretos, não quis seguir o plano preparado na Administração do Presidente Kuchma, que pretendia entregar o poder ao Viktor Yanukovich. Os oficiais agiram contra este plano. Isso acontece muito raramente, nos países da ex – União Soviética, onde serviços secretos, geralmente, são instrumentos conservadores e impiedosos do poder estatal.
<...> Neste caso, os oficiais transmitiam a informação aos adversários de Kuchma, garantiam a segurança dos lideres da Revolução Laranja e dos manifestantes, mostravam os sinais da sua recusa de cumprir os planos de Administração, participavam na guerra psicológica com os burocratas, para suavizar a reacção do poder, dos manifestações de protesto.
Em geral, os serviços secretos, agiam as vezes de maneira oculta, as vezes de maneira pública, até as vezes esquivando-se da lei, para impedir a passagem fraudulenta do Yanukovich, que é odiado pelos certos generais. Duma ou de outra maneira, eles apoiaram Viktor Yushenko, que agora tornou-se Presidente.
<...> O papel dos serviços secretos na vitoria do Viktor Yushenko, não é totalmente conhecido. Embora o gestor da sede política do Viktor Yushenko, Oleh Rybachuk considera este papel como o “elemento muito importante”, afirmando que a sua ajuda era “profissional e sistemática”. Do ponto de vista de Rybachuk, a ajuda das secretas à Revolução, era “uma operação profiláctica”.
Oposição dentro do SBU
O apoio não começou durante as manifestações. Muito antes das eleições, as secretas e a oposição entraram em contacto. No verão de 2004, general Smeshko encarregou um dos seus homens, entrar em contacto com Oleh Rybachuk.
SBU, sucessor da KGB, tem 38 mil funcionários e estragou a sua reputação com as chantagens, venda de armas, ligações com as secretas russas e com o crime organizado. Dentro da SBU, existem grupos leais às sensibilidades políticas diferentes, alguns preservaram os contactos com os seus patrões moscovitas anteriores. O seu chefe anterior, Leonid Derkach, foi demitido depois de, alegadamente, vendar ao Iraque, o sistema ucraniano de localização dos aviões, “Kolchuha”. Em 2003, Presidente Kuchma designou como chefe do SBU, general Ihor Smeshko, um oficial de carreira dos serviços secretos militares. Anteriormente, general Smeshko trabalhou nas embaixadas da Ucrânia em Washington D.C. e Zurique. Alguns dos oficiais das secretas, que agiam contra as falsificações das eleições e contra a tentativa de atacar os manifestantes, pertencem ao núcleo do general Smeshko e durante as suas careira trabalharam nos países ocidentais ou asseguravam os contactos com os governos ocidentais.
Oleh Rybachuk conta que tive contactos com alguns oficiais do SBU, eles encontravam-se regularmente, as vezes a noite. Oficiais entregavam lhe a informação e os documentos, sobre Kuchma, materiais, que oposição usava durante a campanha eleitoral na comunicação social.
Os motivos dos oficiais podem não ser lineares e suscitam as discussões. A Primeira – Ministra da Ucrânia, Yulia Timoshenko, diz que: “os oficiais, incluindo general Smeshko, fizeram a sua aposta”. Oleh Rybachuk intende da maneira diferente: “eles realmente são nossos apoiantes, eles arriscaram as suas vidas e as suas carreiras”.
Próprios oficiais evocam as razoes diferentes. Tenente – general Ihor Drijchaniy, chefe do Departamento Jurídico do SBU, disse que: “nos sempre dizíamos que somos contra o derrame de sangue”. Mas existem indícios, que alguns oficiais queriam bloquear o Yanukovich, que eles conheciam muito bem. Oficiais afirmam, que Yanukovich, antes condenado por assalto e ofensas corporais, é ligado aos empresários corruptos do Lesta da Ucrânia. Por isso, os oficiais não queriam ver Yanukovich como Presidente, muito menos por via fraudulenta.
Oleh Rybachuk e alguns oficiais do SBU, contam que uma semana antes da segunda volta das eleições de 21 de Novembro, general Smeshko tive um encontro com Yanukovich. O último provocou no general a repugnância de tal ordem, que Smeshko pediu a demissão e jurou nunca trabalhar com ele. Kuchma recusou a demissão, explicando que caso contrario, o novo chefe do SBU será leal ao Yanukovich, e surgirá o risco de derramamento de sangue. Smeshko ficou no seu lugar.
Sinais
O descontentamento dos oficiais das secretas aumentou no dia 21 de Novembro, quando eles souberam que Yanukovich ganha, mas apenas graças às fraudes maciças. A chefia do SBU, encontrou-se no gabinete do general Smeshko, eram presentes general Romanchenko, general Drijchaniy, o chefe da administração do SBU, major – general Oleksander Sarnatskiy e coronel Valeriy Kondratyuk, responsável de ligação com serviços secretos estrangeiros. Eles discutiram a possibilidade da demissão conjunta, mas resolveram prevenir os confrontos e lutar por dentro. “Hoje podemos salvar a cara e as insígnias, mas podemos tentar salvar o país”, - disse Smeshko.
Não é claro, se Kuchma conhecia a posição e as acções da chefia do SBU. Os próprios oficiais, dizem que, a existência dos grupos rivais dentro do SBU e infiltração dos agentes dos serviços secretos russos, provavelmente, possibilitou em parte, a fuga dessa informação.
<...> No dia 22 de Novembro, a Procuradoria Geral da Ucrânia, fiz uma declaração, onde criticava a oposição pela organização das manifestações. PGR também afirmou que: “Poder e SBU estão decididamente prontos para por termo a qualquer ilegalidade.”
General Smeshko estava em fúria. SBU respondeu com o comunicado próprio, onde afirmou não concordar com a PGR, que os cidadãos têm o direito às liberdades políticas e que os problemas políticas devem ser resolvidos por meios estritamente pacíficos.
Isso foi uma cisão clara nos órgãos da lei e da ordem da Ucrânia. E um aviso. No dia 24 de Novembro, quando Comissão Central de Eleições, (CVK) reuniu-se para declarar oficialmente o Yanukovich como vencedor das eleições, cidade de Kyiv foi totalmente bloqueada e até Kuchma não conseguiu entrar no seu gabinete. Kuchma convocou a reunião governamental para a sua casa do campo, onde alguns membros do gabinete diziam que o exército deve dispersar as pessoas, se estes, continuar bloquear os edifícios governamentais.
General Smeshko não se manifestava, porque o seu serviço já fiz a jogada. Quando a CVK discutia a vitoria de Yanukovich, o site “Ukrainska Pravda” (www.pravda.com.ua/en) divulgou as gravações telefónicas das conversas entre os membros do staff de Yanukovich. Eles discutiam os planos de falsificações das eleições, incluindo a introdução dos boletins de voto adicionais. Uma das conversas, deu-se na noite posterior das eleições, entre o gestor da campanha de Yanukovich – Yuriy Levenets e uma pessoa, chamada Valeriy.
Valeriy: Temos um resultado negativo.
Levenets: O que tu queres dizer?
Valeriy: 48,37% pela oposição, 47,64% são nossos.
Depois Valeriy disse:
“Nos concordamos que a diferença será de 3 – 3,5% ao nosso favor. Estamos preparar a tabela. Vocês a receberão pelo fax.
A vitoria de Yanukovich foi de 2,9% (ao nível de todo o país). Na entrevista, Oleh Rybachuk disse que recebeu a gravação, que passou à “Ukrainska Pravda”, dos oficiais do SBU, que faziam as escutas no escritório de Yanukovich.
General Smeshko nega discutir o assunto das escutas: “oficialmente, SBU não tem nenhuma relação às escutas do escritório de Yanukovich”. Mas um dos oficiais, no anonimato confirmou as escutas: “aqueles que as fizeram, não sonhavam de ser heróis, eles apenas queriam prevenir a falsificação das eleições”.
Mais tarde, general Smeshko encontrou-se secretamente com Viktor Yushenko, numa das casas operativas do SBU. <...> Neste encontro estavam presentes generais Smeshko, Sarmatskiy e Romanchenko, do lado da oposição: Yushenko, Rybachuk e mais uma pessoa anónima. Foram alcançados dois acordos. Viktor Yushenko pediu o aumento da segurança do seu pessoal. Smeshko concordou em conceder à Yushenko oito especialistas do grupo anti – terrorista “Alfa” e organizar a segurança do escritório eleitoral pelos ex – funcionários do SBU. Também foi acordado, que SBU mostrará publicamente que está ao lado do lei, e não do lado de um dos candidatos. Isso queria dizer que SBU não abusará do seu poder, para apoiar o Yanukovich.
<...> No dia seguinte, 25 de Novembro, Viktor Yushenko apareceu (na Praça de Independência) com cinco oficiais do SBU. Eles leram a declaração, que indirectamente, mas claramente, apoiava a oposição. A declaração manifestava a preocupação sobre os resultados das eleições e continha o apelo ao Tribunal Supremo para ser objectivo. Oficiais, também, apelavam aos policias e soltados: “não esquecem, que o seu dever é servir o povo. SBU considera como o seu dever principal, a defesa das pessoas, independentemente da origem da ameaça. Fiquem connosco!”
Os oficiais das secretas, estão habituados a anonimato. Mas este caso, mostrava que o estado do espirito oposicionista, era profundamente enraizado na sociedade ucraniana. Na entrevista, os oficiais superiores da secreta militar ucraniana, o tenente – general na reserva, Oleksander Skybyneckiy e tenente – general na reserva, Oleksander Skypalskiy, disseram que as suas mulheres estavam na Praça de Independência.
No dia seguinte, 26 de Novembro de 2004, os cadetes da Academia do Ministério do Interior, juntaram-se aos manifestantes. Muitos trouxeram as flores.
Batalha por Kuchma
No dia 27 de Novembro de 2004, Presidente Kuchma, chamou general Smeshko para a reunião do Governo na sua casa de campo em Koncha Zaspa. Estavam presentes Yanukovich, os políticos das províncias do Leste que o apoiavam e Ministro do Interior Mykola Bilokin, fiel ao Kuchma e que não escondia o seu apoio ao Yanukovich.
Yanukovich atacou verbalmente o Kuchma, perguntando se este o traiu. Depois exigiu definir a data da sua inauguração como Presidente, introduzir o recolher obrigatório e desbloquear os edifícios governamentais.
Kuchma usou uma voz muito gelada: “Você tornou-se muito corajoso, Viktor Fedorovich”, - disse Presidente. “Você deveria mostrar essa coragem na Praça de Independência”.
General Smeshko interveio, dando a visão da situação, do seu Serviço e avisou Yanukovich, que poucos militares aceitariam combater o povo, se surgir uma ordem dessa. Smeshko disse, que mesmo, se os soltados acatarão tal ordem, não haverá uma derrocada total da oposição, porque os manifestantes oferecerão a resistência.
<...> Kuchma saiu do gabinete para fazer um telefonema e voltou com grupo de filmagens da TV estatal. Yanukovich atirou com a caneta e saiu do encontro. A posição do governo foi formulada: não haverá o recolher obrigatório. No dia 28 de Novembro, o Conselho da Segurança e Defesa Nacional votou pela resolução da crise por métodos pacíficos.
Evitar a derrocada
Embora o Conselho da Segurança e Defesa Nacional chegou ao consenso, sempre existia a possibilidade de solução violenta. <...> Yulia Timoshenko informou os manifestantes que o Governo pode tentar desbloquear os edifícios governamentais e pediu defende-los. Comandante das unidades militarizados do Ministério do Interior, tenente – general Popkov, declarou o alarme. Começou a mobilização das tropas do Interior.
Como e porque isso aconteceu não está claro. Nem se sabe quem ordenou a mobilização e pelos quais canais. Genaral Popkov, afirma que criou o falso alarme por vontade própria e de propósito usou o telemóvel, porque sabia que será escutado. Os oficiais do SBU afirmam, que os seus agentes dentro da Central de comunicações do MINT ouviram a troca de mensagens sobre a mobilização.
Informação sobre a mobilização das unidades militarizadas do MINT foi transmitida às chefias do SBU, que informou a oposição, os seus oficiais entre os manifestantes e a Embaixada americana. Oposição falou com embaixador dos EUA, John Herbst, este ligou para o genro de Kuchma – oligarca Viktor Pinchuk para saber o que se passa. Pinchuk ligou ao outro oligarca – chefe da Administração Presidencial – Viktor Medvedchuk, que por sua vez ligou ao Ministro do Interior Mykola Bilokin. Bilokin disse que não saber o que se passa. Depois, o Secretario do Estado americano, Colin Powell, ligou à Kuchma, que não atendeu o telefone.
No entanto, SBU mobilizava os seus quadros. Alguns centenas dos oficiais já se encontravam entre os manifestantes. Uns fingiam que são manifestantes, outros filmavam as pessoas. Nos telhados dos edifícios, que circunscrevem a Praça de Independência, alojaram-se os franco – atiradores. Os grupos anti – terroristas escondiam-se nas casas operativas nos arredores. Os camiões sem matricula do SBU, circulavam pela cidade, tentando detectar o movimento das unidades do MINT.
O coronel do SBU, que fazia a ligação entre o seu Serviço e os lideres da Revolução Laranja, avisou os sobre a chegada do exército. Sua tarefa seguinte, era de receber as unidades do MINT e avisar os oficiais, sobre a ilegalidade de qualquer ataque, sem uma ordem escrita.
<...> Alguns oficiais do SBU lembravam-se do ataque militar contra os estudantes em Pequim em 1989, outros recordavam a revolução romena do mesmo ano.
<...> Os oficiais das secretas encontraram-se com Yulia Timoshenko no edifício do Serviço de Inteligência Militar (GUR). Estavam presentes generais Galaka, Drijchaniy, Kondratyuk e Romanchenko, que ligou à SBU, para obter as instruções. General Smeshko aconselhou ligar ao general Popkov, para saber razão da alerta. General Popkov, afirmou que criou o falso alarme por vontade própria. Romanchenko informou o Popkov que, para mover as unidades militarizadas, é necessário ter uma ordem por escrito. E se general não tem a tal ordem, as tropas devem retornar às casernas.
General Smeshko ligou ao Ministro do Interior, Mykola Bilokin e deu a sua garantia pessoal, que a oposição não irá invadir os edifícios governamentais. Uma hora mais tarde, o chefe do Estado – Maior General do Exército, general Oleksander Petryuk, chegou ao edifício da Inteligência Militar e garantiu que o Exército não actuará na Ucrânia.
Yulia Timoshenko conta que ficou muito surpreendida, quando ouvia os oficiais das secretas e o representante das Forças Armadas ligar ao MINT e avisar os policias do que: “eles estão do lado do povo e irão o defender, e se as unidades do MINT entrarem na cidade, vão enfrentar não apenas a população desarmada, mas também o Exército e os unidades de comandos dos serviços secretos”. General Popkov cedeu, ele disse que: “apenas cumpria as ordens e não era um jogador principal”, - disse Timoshenko. Primeiro, os camiões do MINT pararam na estrada, depois voltaram às casernas.
Naquela noite, houve muitas telefonemas. Por isso é difícil dizer, qual deles surgiu o efeito principal. O mais provável, que foi um efeito acumulado.
Mas a pergunta principal fica sem uma resposta clara. Quem emitiu o sinal de alerta. Quem ordenou parar as tropas do Interior. Oficialmente, general Popkov, insiste que o sinal de alerta foi a sua decisão pessoal. Mas toda a gente acha isso um absurdo. Apenas três pessoas em toda a Ucrânia tinham o poder para emitir a tal ordem: Presidente Kuchma, Primeiro – Ministro Yanukovich e o chefe da Administração Presidencial, Medvedchuk. Kuchma nega o seu papel, Yanukovich e Medvedchuk recusam as entrevistas.
Yulia Timoshenko é convencida que o episódio da alerta falsa, foi o momento decisivo da Revolução Laranja, a Administração (Presidencial) entendeu que não controla sozinha a última garantia do poder: os homens com as armas.
<...> “Eu sempre pensava, que todos os nossos generais são leais à Kuchma e são pragmáticos, mas fiz uma descoberta inesperada – temos generais que estão do lado do povo”, - disse Timoshenko.
Palavra de tradutor
Lembramos que, a “cidade das tendas” dos apoiantes do Viktor Yushenko, nasceu na Praça de Independência no centro de Kyiv, no dia 22 de Novembro de 2004 e tornou-se o símbolo da Revolução Laranja. A segunda volta das eleições de 21 de Novembro foi anulada e a sua repetição deu-se no dia 26 de Dezembro de 2004. No dia 10 de Janeiro de 2005, a Comissão Central de Eleições proclamou o Viktor Yushenko como presidente legitimo da Ucrânia e no dia 23 de Janeiro em Kyiv decorreu a cerimonia oficial de inauguração.
Embora o sentimento anti – americano, esta bastante na moda por este Mundo fora, temos que reconhecer que os EUA empenharam-se muito, para devolver a Ucrânia aos ucranianos. Por exemplo, para mostrar ao poder corrupto, que as coisas são muito sérias, a embaixada dos EUA em Kyiv, recusou o visto de entrada à um empresário próximo do Kuchma. Alem disso, o Ministro do Interior, general Bilokin, tive um aviso pessoal, que não receberá o visto de entrada para nenhum país ocidental.
Presidente Yushenko quer limpar MNE dos espiões
Presidente ucraniano Viktor Yushenko, anunciou que pretende fazer uma “limpeza” no Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, retirando do MNE os profissionais dos serviços secretos.
Viktor Yushenko dirigiu-se ao novo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Sr. Borys Tarasyuk com proposta de “acabar com a pratica de completar o MNE com os especialistas das secretas”.
“Estou pronto para apoiar a iniciativa dos colegas do MNE, para limpa-lo das estruturas e organismos paralelos”, - disse o Presidente.
O novo chefe do MNE, Borys Tarasyuk, deu conhecer o seu ponto de vista sobre a frota russa do Mar Negro, que está estacionada no território da Ucrânia. Ministro disse que Ucrânia irá respeitar na integra todos os acordos anteriores sobre essa questão, nomeadamente o acordo de 1997 com a Federação Russa.
Prémio Ig Nobél para Viktor Yanukovich !
O ex – Primeiro – Ministro da Ucrânia merece um “prémio” deste tipo
A Comunidade ucraniana, residente em Moçambique, está oficialmente propor o ex – Primeiro – Ministro da Ucrânia, Viktor F. Yanukovich, também conhecido no meio prisional & marginal como “Ham” (Brutamontes), para o Prémio Ig Nobél de 2005.
Se você concorda com o nosso ponto de vista, por favor, contacte urgentemente o júri do Prémio, pelos seguintes endereços:
Endereço postal:
IG NOBEL NOMINATIONS
c/o Annals of Improbable Research
PO Box 380853
Cambridge MA 02238
USA
Ou pelo correio electrónico: marca@chem2.harvard.edu
O que é o Prémio Ig Nobél? Cada vencedor do prémio, fiz algo que primeiro provocou o RISO das pessoas, mas depois obrigou os a PENÇAR. O vencedor, provavelmente, também inventou algo inútil, criou algo prejudicial a saúde, escreveu algo patético ou simplesmente resolveu patentear a roda.
A cerimonia: a última cerimonia ocorreu no Harvard's Sanders Theatre e tive uma plateia de 1200 espectadores excêntricos. O prémio geralmente é entregue fisicamente na mão do vencedor e a cerimonia pode ser vista ao vivo ou pela Internet.
Quem está por traz? O Prémio Ig Nobél é atribuído pela revista de humor científico “Annals of Improbable Research” (AIR), dos EUA e é co – patrocinado pela:
Sociedade de Computação de Harvard;
Associação da Ficção Cientifica Harvard - Radcliffe;
Sociedade dos Estudantes da Física Harvard - Radcliffe
Mais informações sobre o Prémio Ig Nobél podem ser obtidos no livro “The Ig Nobel Prizes”, escrita pelo Mestre das Cerimonias da revista “Annals of Improbable Research”, Sr. Marc Abrahams (air@improbable.com ; tel.: 617-491-4437), publicado pela editora Plume em Nova Iorque, ISBN 0452285739 e pela editora Orion em Londres, 2002, ISBN 0752851500.
Todos os anos, no mês de Março, ocorre o “Ig Nobel Tour” no Reino Unido e Irlanda. E no fim de Agosto, o “Ig Nobel Tour” da Austrália. Existem as edições do Livro Ig Nobél do Reino Unido, Japão, Itália, Polónia e Espanha.
O Prémio é atribuído desde 1991 e em 2004 foi entregue nas seguintes categorias: Medicina, Física, Saúde Publica, Farmácia, Engenharia, Literatura, Psicologia, Economia, Paz e Biologia.
No ano 2005, os ucranianos residentes em Moçambique, estão propor a atribuição do Prémio Ig Nobél ao Viktor F. Yanukovich nas seguintes categorias:
Medicina – por se encontrar no estado de coma, desde 24 de Setembro de 2004, até agora, depois de ser atingido por um ovo estudantil na cidade de Ivano – Frankivsk (Ucrânia Ocidental);
Física – por conseguir que nas algumas mesas de voto, nas eleições presidenciais de 21 de Novembro de 2004, votassem mais de 100% dos eleitores escritos;
Saúde Publica – por ser Académico da “Academia Internacional de Califórnia da Ciência, Educação, Industria e Artes”. (Ninguém consegue localizar a tal Academia);
Farmácia – por ser Magistrado do Direito Internacional (não se sabe onde obteve o tal título);
Engenharia – por participar em 1972 no rali de Monte Carlo, em representação da URSS, exactamente, um mês depois de obter a carta de condução;
Literatura – por ser Proffessor. (Por suas próprias palavras);
Psicologia – por ser o Major na reserva (Ministério da Defesa da Ucrânia não possui nenhum registo referente à Yanukovich);
Economia – por ser nomeado em 2000 a “Pessoa do Ano” pelo “Centro de Cambridge” na categoria de “Desenvolvimento da economia regional”. (Ninguém consegue localizar o tal Centro);
Paz – por ser condenado às penas de prisão em 1967 e 1970 por roubo de gorros, relógios e espancamento, pretendendo em 2004 se eleger como Presidente da Ucrânia;
Biologia – por gostar muito dos seus cães: basset, labrador, husky, kurzhaar e terrier e conseguir alimenta-los por salário de funcionário do Estado.
Mais informações sobre o Prémio Ig Nobél podem ser obtidas em:
http://www.improb.com/ig/ig-top.html
No caso, de pretender ser voluntário ou patrocinador deste evento, visite:
http://www.improb.com/ig/volunteer-sponsor.html
P.S. A transmissão da Cerimonia de entrega dos Prémios Ig Nóbel, acontecerá no dia 6 de Outubro de 2005 na Intenet.
Você também poderá ler este artigo em ucraniano:
http://ham.com.ua/node/333
A Comunidade ucraniana, residente em Moçambique, está oficialmente propor o ex – Primeiro – Ministro da Ucrânia, Viktor F. Yanukovich, também conhecido no meio prisional & marginal como “Ham” (Brutamontes), para o Prémio Ig Nobél de 2005.
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A cerimonia: a última cerimonia ocorreu no Harvard's Sanders Theatre e tive uma plateia de 1200 espectadores excêntricos. O prémio geralmente é entregue fisicamente na mão do vencedor e a cerimonia pode ser vista ao vivo ou pela Internet.
Quem está por traz? O Prémio Ig Nobél é atribuído pela revista de humor científico “Annals of Improbable Research” (AIR), dos EUA e é co – patrocinado pela:
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Todos os anos, no mês de Março, ocorre o “Ig Nobel Tour” no Reino Unido e Irlanda. E no fim de Agosto, o “Ig Nobel Tour” da Austrália. Existem as edições do Livro Ig Nobél do Reino Unido, Japão, Itália, Polónia e Espanha.
O Prémio é atribuído desde 1991 e em 2004 foi entregue nas seguintes categorias: Medicina, Física, Saúde Publica, Farmácia, Engenharia, Literatura, Psicologia, Economia, Paz e Biologia.
No ano 2005, os ucranianos residentes em Moçambique, estão propor a atribuição do Prémio Ig Nobél ao Viktor F. Yanukovich nas seguintes categorias:
Medicina – por se encontrar no estado de coma, desde 24 de Setembro de 2004, até agora, depois de ser atingido por um ovo estudantil na cidade de Ivano – Frankivsk (Ucrânia Ocidental);
Física – por conseguir que nas algumas mesas de voto, nas eleições presidenciais de 21 de Novembro de 2004, votassem mais de 100% dos eleitores escritos;
Saúde Publica – por ser Académico da “Academia Internacional de Califórnia da Ciência, Educação, Industria e Artes”. (Ninguém consegue localizar a tal Academia);
Farmácia – por ser Magistrado do Direito Internacional (não se sabe onde obteve o tal título);
Engenharia – por participar em 1972 no rali de Monte Carlo, em representação da URSS, exactamente, um mês depois de obter a carta de condução;
Literatura – por ser Proffessor. (Por suas próprias palavras);
Psicologia – por ser o Major na reserva (Ministério da Defesa da Ucrânia não possui nenhum registo referente à Yanukovich);
Economia – por ser nomeado em 2000 a “Pessoa do Ano” pelo “Centro de Cambridge” na categoria de “Desenvolvimento da economia regional”. (Ninguém consegue localizar o tal Centro);
Paz – por ser condenado às penas de prisão em 1967 e 1970 por roubo de gorros, relógios e espancamento, pretendendo em 2004 se eleger como Presidente da Ucrânia;
Biologia – por gostar muito dos seus cães: basset, labrador, husky, kurzhaar e terrier e conseguir alimenta-los por salário de funcionário do Estado.
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http://www.improb.com/ig/ig-top.html
No caso, de pretender ser voluntário ou patrocinador deste evento, visite:
http://www.improb.com/ig/volunteer-sponsor.html
P.S. A transmissão da Cerimonia de entrega dos Prémios Ig Nóbel, acontecerá no dia 6 de Outubro de 2005 na Intenet.
Você também poderá ler este artigo em ucraniano:
http://ham.com.ua/node/333
quinta-feira, fevereiro 17, 2005
Presidente da Ucrânia emprega proeminente político russo
O Presidente da Ucrânia, Viktor Yushenko, designou o Boris Nemcov, membro do Conselho Político do partido russo do centro – direita, a União das Forças de Direita (SPS), como seu conselheiro externo.
Comentando, essa informação, a secretária de imprensa do Presidente ucraniano, Irina Gerashenko, sublinhou que: “Viktor Yushenko sempre defendia a activação e o aprofundamento dos relacionamentos com a Rússia em todos os níveis: partidário, político, humanitário”. Irina Gerashenko também mostrou-se convencida do que: “o novo poder ucraniano está interessado em que, cada político ou representante da elite empresarial, que pode trazer algo ao aprofundamento das relações bilaterais, trabalhasse como representante da boa vontade”.
Em entrevista ao rádio russo “Eco de Moscovo”, Boris Nemcov disse que as suas tarefas, como conselheiro, são claras: “angariar os investimentos russos para a economia ucraniana, melhorando, dessa maneira, o clima geral do investimento na Ucrânia”.
Durante a Revolução Laranja, o partido SPS, afirmou o seu apoio à Viktor Yushenko. Boris Nemcov várias vezes visitou Kyiv (Kiev), onde participava nos comícios na Praça de Independência, apoiando a democracia nos dois países.
Durante a cerimonia de inauguração do Presidente Yushenko, aos 23 de Janeiro de 2005, Nemcov (político russo bastante respeitado na Ucrânia) estava sentado no sector das pessoas, que foram convidados pessoalmente pelo Presidente ucraniano.
Fonte: top.rbc.ru
Comentando, essa informação, a secretária de imprensa do Presidente ucraniano, Irina Gerashenko, sublinhou que: “Viktor Yushenko sempre defendia a activação e o aprofundamento dos relacionamentos com a Rússia em todos os níveis: partidário, político, humanitário”. Irina Gerashenko também mostrou-se convencida do que: “o novo poder ucraniano está interessado em que, cada político ou representante da elite empresarial, que pode trazer algo ao aprofundamento das relações bilaterais, trabalhasse como representante da boa vontade”.
Em entrevista ao rádio russo “Eco de Moscovo”, Boris Nemcov disse que as suas tarefas, como conselheiro, são claras: “angariar os investimentos russos para a economia ucraniana, melhorando, dessa maneira, o clima geral do investimento na Ucrânia”.
Durante a Revolução Laranja, o partido SPS, afirmou o seu apoio à Viktor Yushenko. Boris Nemcov várias vezes visitou Kyiv (Kiev), onde participava nos comícios na Praça de Independência, apoiando a democracia nos dois países.
Durante a cerimonia de inauguração do Presidente Yushenko, aos 23 de Janeiro de 2005, Nemcov (político russo bastante respeitado na Ucrânia) estava sentado no sector das pessoas, que foram convidados pessoalmente pelo Presidente ucraniano.
Fonte: top.rbc.ru
NEWSLETTER OF THE UKRAINIAN WORLD CONGRESS
№ 2 (18) – February, 2005
UWC EXECUTIVE BOARD MEETS
The UWC Executive Board met on Saturday, February 5, 2005 at its Toronto headquarters. In addition to hearing reports from Executive Committee members, the following matters were taken up:
- the recently concluded presidential elections in Ukraine and the participation in that process by the Diaspora, in particular in terms of voter turnout abroad and international monitoring;
- future activity of UWC councils and commissions in effectuating the UWC’s global mission;
- the venue of the next UWC Board of Directors’ meeting;
- participation of the UWC in the Ukrainian World Coordinating Council(UWCC) and the IV Forum scheduled for August 2005;
- issues of denaturalization and deportation involving Ukrainians, particularly in the United States and Canada;
- financial issues – providing for UWC’s financial stability; organizational visits to Brazil, Argentina and Paraguay as well as Slovakia.
The following action was taken:
- to convene a joint session of the UWC and World Federation of Ukrainian Women’s Organizations (WFUWO) delegations to the United Nations in New York to deliberate joint strategy and cooperation;
- to modernize the UWC’s Toronto office equipment;
- to pursue the Prof. Hrycak- UPA controversy through the World Scholarly Council;
- to schedule a formal visit from the UWC to Patriarch Lubomyr of the Ukrainian Catholic Church, Metropolitan Constantine of the Ukrainian Orthodox Church in America, the Primate to be designated by the Ukrainian Orthodox Church in Canada and Pastor Iwaskiw of the Ukrainian Evangelical churches;
- to intensify efforts at reactivating the Council on Cultural Affairs;
- to publish a compendium of educational institutions and Ukrainian studies in the Diaspora, to provide English language material for use by Ukraine’s Ministry for Foreign Affairs and diplomatic missions and to coordinate scholarly publications globally through alternate channels rather than self-publishing;
- to hold a social service round table during the upcoming Board of Directors meeting;
- to put together a directory of Ukrainian language schools in the Diaspora;
- to hold the next Board of Directors meeting in Kharkiv on the eve of the IV Forum;
- to delegate UWC Secretary General to the February 2005 UWCC meeting in Kyiv to outline our participation and delineate our expectations in connection with the IV Forum, in particular, minimal intrusion from the government side;
- to arrange meetings for a UWC delegation in August in Ukraine with Ukraine’s President, Prime Minister, Deputy Prime Minister for humanitarian affairs and social policy, Minister for education, Minister for cultural affairs, Minister for foreign affairs and Chair of Parliament;
- to deal with denaturalization and deportation matters on an individual and personal level;
- to re-establish an Endowment Fund committee consisting of Jurij Darewych, Askold S. Lozynskyj, Eugene Czolij, Maksym Maslej, Stach Haba, Oksana Wynnyckyj and Olga Danylak with each member of the committee contributing at least 1,000 $CAN and personally soliciting relatives, friends and acquaintances;
- to schedule the UWC’s presidents trip to Argentina, Brazil and Paraguay for this spring and a visit to Slovakia this summer.
UWC HOLDS ELECTION 2004 ROUNDTABLE IN TORONTO: RECOGNIZES EFFORTS OF THE UKRAINIAN CONGRESS COMMITTEE OF AMERICA AND THE CANADIAN UKRAINIAN CONGRESS
Following its Executive Board meeting, on Saturday, February 5, 2005, the UWC held a round table discussion for the Toronto Ukrainian community entitled: Presidential Elections in Ukraine: Diaspora Participation – What’s next. The discussion was moderated by the UWC Secretary General and featured observations by the UWC President and First Vice President as well as the President of the UCCA, Michael Sawkiw, Jr. and President of the UCC, Orysia Sushko. Both the UCCA and the UCC were recognized for outstanding contributions aiding the democratic electoral process in Ukraine. Some significant statistics on this subject: the Diaspora fielded some 2600 international observers with the largest contingent from the United States – 859, followed by Romania – 680, Moldova – 354 and Canada – 326. Even very distant Australia fielded 20 international observers from its Diaspora. Voter participation in the last election tripled over that in 2002. Some 103,000 Ukrainian citizens abroad participated with the largest turnout 23,389 in Moldova and 11,859 in the United States. Of the Moldova voters 92% voted for Yanukovich and of the U.S. voters 98% voted for Yushchenko. In total 59.52% of the Diaspora voters went for Yushchenko and 38.50 for Yanukovich. The Moldova example is striking since there were eight polling precincts in Moldova, but seven additional were opened in Transdniester through the joint efforts of Ukraine’s Ministry for Foreign Affairs (MFA) and the Central Election Commission (CEC). Interestingly, in all of Canada there were only two polling stations with Toronto being the furthest west. The voter turnout in Canada was larger than in the past, but nevertheless very low, only 3,261. While Canada is huge, Transdniester, at its widest point is 20 kilometers. However, given the anticipated vote for Yanukovich, Ukraine’s MFA and the CEC chaired for two rounds by Sergei Kivalov and Yuri Danylevsky, charged with the “zakordonnyj okruh,” opened additional polling precincts in Transdniester and limited voter lists in the United States, Canada, Italy etc. to enable only minimal participation. Both Kivalov and Danylevsky were not еlected following the November 21 runoff but the number and location of polling precincts remained fixed. Thus voter participation in the western part of the Diaspora could have been ten times greater, but that would have meant an even larger number for Yushchenko.
On the subject of what to expect next, the consensus was that the “orange revolution” was tremendous, but the implementation of its ideals must be pursued intensely yet deliberately. The thrust of what can be expected was stated by President Yushchenko in his inaugural address and Prime Minister Tymoshenko in her presentation to the Verkhovna Rada: a transparent, moral, anti-corruption agenda with the focus on European integration.
UWC BOARD OF DIRECTORS TO MEET IN KHARKIV IN AUGUST
As noted above the UWC Board of Directors will convene in Kharkiv most likely on August 18-19, 2005. The proposed venue is intended to allow for eastern and western participation as well as to commence a decade long commemoration of repressions perpetrated against the Ukrainian people beginning with the trial in Kharkiv 1929-30 of the Association for the Liberation of Ukraine and the Ukrainian Youth Association, followed by the “shattered rebirth”, the Great Famine and the period referred to as Yezhovschyna. The UWC feels that the national awakening of Eastern Ukraine depends largely on Kharkiv as the center of Ukrainian intellectual development in the Soviet era. Details will be provided in subsequent newsletters.
UWC EXECUTIVE BOARD MEETS
The UWC Executive Board met on Saturday, February 5, 2005 at its Toronto headquarters. In addition to hearing reports from Executive Committee members, the following matters were taken up:
- the recently concluded presidential elections in Ukraine and the participation in that process by the Diaspora, in particular in terms of voter turnout abroad and international monitoring;
- future activity of UWC councils and commissions in effectuating the UWC’s global mission;
- the venue of the next UWC Board of Directors’ meeting;
- participation of the UWC in the Ukrainian World Coordinating Council(UWCC) and the IV Forum scheduled for August 2005;
- issues of denaturalization and deportation involving Ukrainians, particularly in the United States and Canada;
- financial issues – providing for UWC’s financial stability; organizational visits to Brazil, Argentina and Paraguay as well as Slovakia.
The following action was taken:
- to convene a joint session of the UWC and World Federation of Ukrainian Women’s Organizations (WFUWO) delegations to the United Nations in New York to deliberate joint strategy and cooperation;
- to modernize the UWC’s Toronto office equipment;
- to pursue the Prof. Hrycak- UPA controversy through the World Scholarly Council;
- to schedule a formal visit from the UWC to Patriarch Lubomyr of the Ukrainian Catholic Church, Metropolitan Constantine of the Ukrainian Orthodox Church in America, the Primate to be designated by the Ukrainian Orthodox Church in Canada and Pastor Iwaskiw of the Ukrainian Evangelical churches;
- to intensify efforts at reactivating the Council on Cultural Affairs;
- to publish a compendium of educational institutions and Ukrainian studies in the Diaspora, to provide English language material for use by Ukraine’s Ministry for Foreign Affairs and diplomatic missions and to coordinate scholarly publications globally through alternate channels rather than self-publishing;
- to hold a social service round table during the upcoming Board of Directors meeting;
- to put together a directory of Ukrainian language schools in the Diaspora;
- to hold the next Board of Directors meeting in Kharkiv on the eve of the IV Forum;
- to delegate UWC Secretary General to the February 2005 UWCC meeting in Kyiv to outline our participation and delineate our expectations in connection with the IV Forum, in particular, minimal intrusion from the government side;
- to arrange meetings for a UWC delegation in August in Ukraine with Ukraine’s President, Prime Minister, Deputy Prime Minister for humanitarian affairs and social policy, Minister for education, Minister for cultural affairs, Minister for foreign affairs and Chair of Parliament;
- to deal with denaturalization and deportation matters on an individual and personal level;
- to re-establish an Endowment Fund committee consisting of Jurij Darewych, Askold S. Lozynskyj, Eugene Czolij, Maksym Maslej, Stach Haba, Oksana Wynnyckyj and Olga Danylak with each member of the committee contributing at least 1,000 $CAN and personally soliciting relatives, friends and acquaintances;
- to schedule the UWC’s presidents trip to Argentina, Brazil and Paraguay for this spring and a visit to Slovakia this summer.
UWC HOLDS ELECTION 2004 ROUNDTABLE IN TORONTO: RECOGNIZES EFFORTS OF THE UKRAINIAN CONGRESS COMMITTEE OF AMERICA AND THE CANADIAN UKRAINIAN CONGRESS
Following its Executive Board meeting, on Saturday, February 5, 2005, the UWC held a round table discussion for the Toronto Ukrainian community entitled: Presidential Elections in Ukraine: Diaspora Participation – What’s next. The discussion was moderated by the UWC Secretary General and featured observations by the UWC President and First Vice President as well as the President of the UCCA, Michael Sawkiw, Jr. and President of the UCC, Orysia Sushko. Both the UCCA and the UCC were recognized for outstanding contributions aiding the democratic electoral process in Ukraine. Some significant statistics on this subject: the Diaspora fielded some 2600 international observers with the largest contingent from the United States – 859, followed by Romania – 680, Moldova – 354 and Canada – 326. Even very distant Australia fielded 20 international observers from its Diaspora. Voter participation in the last election tripled over that in 2002. Some 103,000 Ukrainian citizens abroad participated with the largest turnout 23,389 in Moldova and 11,859 in the United States. Of the Moldova voters 92% voted for Yanukovich and of the U.S. voters 98% voted for Yushchenko. In total 59.52% of the Diaspora voters went for Yushchenko and 38.50 for Yanukovich. The Moldova example is striking since there were eight polling precincts in Moldova, but seven additional were opened in Transdniester through the joint efforts of Ukraine’s Ministry for Foreign Affairs (MFA) and the Central Election Commission (CEC). Interestingly, in all of Canada there were only two polling stations with Toronto being the furthest west. The voter turnout in Canada was larger than in the past, but nevertheless very low, only 3,261. While Canada is huge, Transdniester, at its widest point is 20 kilometers. However, given the anticipated vote for Yanukovich, Ukraine’s MFA and the CEC chaired for two rounds by Sergei Kivalov and Yuri Danylevsky, charged with the “zakordonnyj okruh,” opened additional polling precincts in Transdniester and limited voter lists in the United States, Canada, Italy etc. to enable only minimal participation. Both Kivalov and Danylevsky were not еlected following the November 21 runoff but the number and location of polling precincts remained fixed. Thus voter participation in the western part of the Diaspora could have been ten times greater, but that would have meant an even larger number for Yushchenko.
On the subject of what to expect next, the consensus was that the “orange revolution” was tremendous, but the implementation of its ideals must be pursued intensely yet deliberately. The thrust of what can be expected was stated by President Yushchenko in his inaugural address and Prime Minister Tymoshenko in her presentation to the Verkhovna Rada: a transparent, moral, anti-corruption agenda with the focus on European integration.
UWC BOARD OF DIRECTORS TO MEET IN KHARKIV IN AUGUST
As noted above the UWC Board of Directors will convene in Kharkiv most likely on August 18-19, 2005. The proposed venue is intended to allow for eastern and western participation as well as to commence a decade long commemoration of repressions perpetrated against the Ukrainian people beginning with the trial in Kharkiv 1929-30 of the Association for the Liberation of Ukraine and the Ukrainian Youth Association, followed by the “shattered rebirth”, the Great Famine and the period referred to as Yezhovschyna. The UWC feels that the national awakening of Eastern Ukraine depends largely on Kharkiv as the center of Ukrainian intellectual development in the Soviet era. Details will be provided in subsequent newsletters.
segunda-feira, fevereiro 14, 2005
Presidente Viktor Yushenko anuncia a amnistia fiscal
O Presidente ucraniano, Viktor Yushenko, anunciou que o novo Governo da Ucrânia está preparado para “a amnistia dos capitais e a amnistia fiscal, pretendendo, em troca, que a economia saí da “zona sombra”. Presidente também disse que o novo poder ucraniano quer propor à elite económica do país uma nova política nos negócios domésticos e internacionais.
Presidente anunciou, que o Governo pretende “renunciar as políticas de perseguição dos empresários, criar um sistema claro e transparente de relacionamentos entre os homens de negócios e órgãos do Estado com tarefas de fiscalização e controle, revendo as funções dos órgãos de fiscalização e controle”.
Alem disso, o poder central da Ucrânia irá rever a política actual sobre a propriedade do Estado, no intuito de passar para o poder local estruturas que deveriam estar sob a sua responsabilidade.
Um dos primeiros passos concretos do novo Governo na direcção de combate de fraude e corrupção na economia nacional, foi a decisão de devolver o Complexo metalúrgico “Kryvorijstal” para a propriedade do Estado. Todos os documentos da sua privatização foram revogados e será feito um novo concurso de licitação internacional.
Sendo o líder da oposição no Parlamento, o Viktor Yushenko apelava à proclamação de uma moratória sobre as privatizações em grande escala, até as novas eleições. Agora, como Presidenta da Ucrânia, Yushenko mais uma vez afirmou que: “pretende rever os roubos claros da propriedade do Estado, como o caso de Kryvorijstal, perpetuadas pelo regime anterior, encabeçado pelo Presidente Kuchma”.
Lembramos que 93% das acções do Complexo “Kryvorijstal” foram comprados pelo consórcio “União Metalúrgica de Investimento”, que pertence ao genro de Kuchma – Viktor Pinchuk e ao oligarca & mentor de Yanukovich – Rinat Ahmetov. Pinchuk & Ahmetov prometeram pagar ao Estado apenas 800 milhões de USD, quando o concorrente americano - britânico pretendia pagar 1,49 bilhões de USD e garantia o investimento posterior de 1,18 biliões de USD. Mas inexplicavelmente perdeu o concurso. O valor real do Complexo é estimado pelas especialistas em mais de 2,5 biliões de USD.
Outra das novidades da luta anti – corrupção na Ucrânia, é o pronunciamento da PGR que, promete até o dia 14 de Fevereiro fornecer ao Governo uma analise pormenorizada da legalidade de privatização das grandes empresas estatais.
A Primeira – Ministra, Yulia Timoshenko afirmou que: “será feita a revisão completa dos acordos de compra e venda, e nos casos, onde estes acordos não são compridos, eles serão revogados por via judicial”.
Nota de tradutor:
Pessoas pouco familiarizadas com a realidade ucraniana, podem perguntar o que significam: “as políticas de perseguição dos empresários”, referidas pelo Presidente Yushenko.
Podemos tentar dar alguns exemplos.
Na Ucrânia, alem do crime organizado (máfia), existia o crime organizado pelo Governo. Este, fazia o mesmo tipo de extorsão aos empresários, que os criminosos comuns. Um empresário, que não queria pagar as “propinas” ao Governo, era fiscalizado todos os dias pela: IRS (impostos), saúde, bombeiros, polícia, procuradoria, etc. Pior, se o empresário pretendia apoiar a oposição...
Alegadamente, o próprio Presidente Kuchma recebia uma quantia choruda destes “impostos paralelos”. Por exemplo, fala-se, que houve as empresas, que um pouco antes das eleições, eram obrigadas enviar à Presidência da Republica, somas que chegavam até 20 mil USD. Como também fala-se que o Governo de Yanukovich colectou aos empresas, os impostos antecipados até os meados de 2005. O que é muito lógico, porque os bandidos, primeiro, precisavam dos fundos para pagar as falsificações eleitorais, e segundo, pretendiam fazer o seu saque, enquanto mantinham-se no poder.Esperamos e temos a maior certeza, que procedimentos destes, nunca mais sejam repetidas na Ucrânia e em parte nenhuma do Mundo!
Presidente anunciou, que o Governo pretende “renunciar as políticas de perseguição dos empresários, criar um sistema claro e transparente de relacionamentos entre os homens de negócios e órgãos do Estado com tarefas de fiscalização e controle, revendo as funções dos órgãos de fiscalização e controle”.
Alem disso, o poder central da Ucrânia irá rever a política actual sobre a propriedade do Estado, no intuito de passar para o poder local estruturas que deveriam estar sob a sua responsabilidade.
Um dos primeiros passos concretos do novo Governo na direcção de combate de fraude e corrupção na economia nacional, foi a decisão de devolver o Complexo metalúrgico “Kryvorijstal” para a propriedade do Estado. Todos os documentos da sua privatização foram revogados e será feito um novo concurso de licitação internacional.
Sendo o líder da oposição no Parlamento, o Viktor Yushenko apelava à proclamação de uma moratória sobre as privatizações em grande escala, até as novas eleições. Agora, como Presidenta da Ucrânia, Yushenko mais uma vez afirmou que: “pretende rever os roubos claros da propriedade do Estado, como o caso de Kryvorijstal, perpetuadas pelo regime anterior, encabeçado pelo Presidente Kuchma”.
Lembramos que 93% das acções do Complexo “Kryvorijstal” foram comprados pelo consórcio “União Metalúrgica de Investimento”, que pertence ao genro de Kuchma – Viktor Pinchuk e ao oligarca & mentor de Yanukovich – Rinat Ahmetov. Pinchuk & Ahmetov prometeram pagar ao Estado apenas 800 milhões de USD, quando o concorrente americano - britânico pretendia pagar 1,49 bilhões de USD e garantia o investimento posterior de 1,18 biliões de USD. Mas inexplicavelmente perdeu o concurso. O valor real do Complexo é estimado pelas especialistas em mais de 2,5 biliões de USD.
Outra das novidades da luta anti – corrupção na Ucrânia, é o pronunciamento da PGR que, promete até o dia 14 de Fevereiro fornecer ao Governo uma analise pormenorizada da legalidade de privatização das grandes empresas estatais.
A Primeira – Ministra, Yulia Timoshenko afirmou que: “será feita a revisão completa dos acordos de compra e venda, e nos casos, onde estes acordos não são compridos, eles serão revogados por via judicial”.
Nota de tradutor:
Pessoas pouco familiarizadas com a realidade ucraniana, podem perguntar o que significam: “as políticas de perseguição dos empresários”, referidas pelo Presidente Yushenko.
Podemos tentar dar alguns exemplos.
Na Ucrânia, alem do crime organizado (máfia), existia o crime organizado pelo Governo. Este, fazia o mesmo tipo de extorsão aos empresários, que os criminosos comuns. Um empresário, que não queria pagar as “propinas” ao Governo, era fiscalizado todos os dias pela: IRS (impostos), saúde, bombeiros, polícia, procuradoria, etc. Pior, se o empresário pretendia apoiar a oposição...
Alegadamente, o próprio Presidente Kuchma recebia uma quantia choruda destes “impostos paralelos”. Por exemplo, fala-se, que houve as empresas, que um pouco antes das eleições, eram obrigadas enviar à Presidência da Republica, somas que chegavam até 20 mil USD. Como também fala-se que o Governo de Yanukovich colectou aos empresas, os impostos antecipados até os meados de 2005. O que é muito lógico, porque os bandidos, primeiro, precisavam dos fundos para pagar as falsificações eleitorais, e segundo, pretendiam fazer o seu saque, enquanto mantinham-se no poder.Esperamos e temos a maior certeza, que procedimentos destes, nunca mais sejam repetidas na Ucrânia e em parte nenhuma do Mundo!
Quem é a Yulia Timoshenko?
Biografia curta da Primeira – Ministra da Ucrânia
Eng. Yulia Timoshenko nasceu aos 27 de Novembro de 1960 em Dnipropetrovsk (Ucrânia Oriental).
Em 1984 foi licenciada pela Universidade de Dnipropetrovsk em “Economia de trabalho”. Trabalhou como engenheira de organização cientifica do trabalho na Fabrica de construção de máquinas de Dnipropetrovsk.
Em 1989 Yulia Timoshenko tornou-se a Directora comercial do Centro da Juventude “Terminal”, em 1991 – 1993 desempenhou as funções idênticas de empresa de pequeno porte “KUB”. Em 1994 – 1995 tornou-se a Directora geral da Sociedade de Capital Aberto, “Firma KUB”, Lda (desde 1994 “Firma KUB”, Lda transforma-se numa empresa mista, cipriota – ucraniana).
Entre 1995 e 1997 Yulia Timoshenko ocupava o cargo do Presidente da Sociedade de Capital Fechado “Corporação Industrial Financeira: Sistemas Energéticos Unidos da Ucrânia” (EESU).
Entre 1999 e 2001 desempenhou as funções de Vice Primeiro – Ministro, com responsabilidades sobre o sistema energético e dos combustíveis, no governo de Viktor Yushenko.
Desde Maio de 2002, Yulia Timoshenko é deputada do Parlamento ucraniano e é membro do Comité parlamentar da política de legislação. O seu partido possui 16 lugares no Parlamento.
Yulia Timoshenko é doutorada em Ciências económicas. Alem do ucraniano e russo, fala inglês.
É separada do marido, tem filha Evgenia.
Seus hobbies são roupa fashion e fazer jogging com o seu cão.
PGR da Ucrânia arquiva o processo contra a Yulia Timoshenko
A Procuradoria Geral da Ucrânia, arquivou o processo – crime contra a Yulia Timoshenko, seus familiares e seus parceiros nos negócios.
Em Setembro de 2002, a PGR ucraniana encaminhou ao Tribunal do Bairro de Pechersk de Kyiv (Kiev) um processo – crime contra os funcionários da Sociedade EESU, inclusivamente contra o Oleksander Timoshenko, marido da actual Primeira Ministra. Os réus foram acusados de “apropriação, peculato dos bens ou apropriação dos bens em grande escala por um grupo organizado, através do abuso do poder”.
Genadiy Timoshenko, sogro de Yulia Timoshenko, foi acusado de “contrabando, sonegação de divisas e apropriação dos bens alheios em grande escala, através do abuso do poder e falsificação”.
A Procuradoria Militar Superior da Rússia, acusa a Yulia Timoshenko de subornos à um grupo dos oficiais de altos patentes no Ministério da Defesa russo, envolvidos na preparação do contrato de fornecimento pela Ucrânia dos meios materiais e técnicos para o Ministério da Defesa da Rússia. Alegadamente, os preços foram inflacionados e os russos nunca chegaram a receber os tais materiais técnicos.
Mas o Procurador Geral da Ucrânia, Sviatoslav Piskun afirmou que, a Procuradoria militar russa não possui as provas suficientes para incriminar Yulia Timoshenko. Procurador Piskun lembrou que todos os materiais sobre o caso foram enviados à Moscovo ainda em 2001 e já estão em investigação cerca de três anos. “Temos o caso de abuso do poder dos funcionários do Ministério da Defesa russo. Alguém disse que ele fiz mal as suas obrigações, porque foi subornado e disse o apelido – vocês sabem de quem”, - finalizou o Procurador ucraniano. Sviatoslav Piscun também frisou que “hoje já não são tempos” de “inventar as provas” e disse que recebeu um carta oficial do Ministério da Justiça dos EUA que confirma não haver nenhumas reclamações contra a Primeira – Ministra da Ucrânia, num caso remoto da alegada lavagem do dinheiro.
Correio electrónico da Yulia Timoshenko: office@buti.org.ua
Eng. Yulia Timoshenko nasceu aos 27 de Novembro de 1960 em Dnipropetrovsk (Ucrânia Oriental).
Em 1984 foi licenciada pela Universidade de Dnipropetrovsk em “Economia de trabalho”. Trabalhou como engenheira de organização cientifica do trabalho na Fabrica de construção de máquinas de Dnipropetrovsk.
Em 1989 Yulia Timoshenko tornou-se a Directora comercial do Centro da Juventude “Terminal”, em 1991 – 1993 desempenhou as funções idênticas de empresa de pequeno porte “KUB”. Em 1994 – 1995 tornou-se a Directora geral da Sociedade de Capital Aberto, “Firma KUB”, Lda (desde 1994 “Firma KUB”, Lda transforma-se numa empresa mista, cipriota – ucraniana).
Entre 1995 e 1997 Yulia Timoshenko ocupava o cargo do Presidente da Sociedade de Capital Fechado “Corporação Industrial Financeira: Sistemas Energéticos Unidos da Ucrânia” (EESU).
Entre 1999 e 2001 desempenhou as funções de Vice Primeiro – Ministro, com responsabilidades sobre o sistema energético e dos combustíveis, no governo de Viktor Yushenko.
Desde Maio de 2002, Yulia Timoshenko é deputada do Parlamento ucraniano e é membro do Comité parlamentar da política de legislação. O seu partido possui 16 lugares no Parlamento.
Yulia Timoshenko é doutorada em Ciências económicas. Alem do ucraniano e russo, fala inglês.
É separada do marido, tem filha Evgenia.
Seus hobbies são roupa fashion e fazer jogging com o seu cão.
PGR da Ucrânia arquiva o processo contra a Yulia Timoshenko
A Procuradoria Geral da Ucrânia, arquivou o processo – crime contra a Yulia Timoshenko, seus familiares e seus parceiros nos negócios.
Em Setembro de 2002, a PGR ucraniana encaminhou ao Tribunal do Bairro de Pechersk de Kyiv (Kiev) um processo – crime contra os funcionários da Sociedade EESU, inclusivamente contra o Oleksander Timoshenko, marido da actual Primeira Ministra. Os réus foram acusados de “apropriação, peculato dos bens ou apropriação dos bens em grande escala por um grupo organizado, através do abuso do poder”.
Genadiy Timoshenko, sogro de Yulia Timoshenko, foi acusado de “contrabando, sonegação de divisas e apropriação dos bens alheios em grande escala, através do abuso do poder e falsificação”.
A Procuradoria Militar Superior da Rússia, acusa a Yulia Timoshenko de subornos à um grupo dos oficiais de altos patentes no Ministério da Defesa russo, envolvidos na preparação do contrato de fornecimento pela Ucrânia dos meios materiais e técnicos para o Ministério da Defesa da Rússia. Alegadamente, os preços foram inflacionados e os russos nunca chegaram a receber os tais materiais técnicos.
Mas o Procurador Geral da Ucrânia, Sviatoslav Piskun afirmou que, a Procuradoria militar russa não possui as provas suficientes para incriminar Yulia Timoshenko. Procurador Piskun lembrou que todos os materiais sobre o caso foram enviados à Moscovo ainda em 2001 e já estão em investigação cerca de três anos. “Temos o caso de abuso do poder dos funcionários do Ministério da Defesa russo. Alguém disse que ele fiz mal as suas obrigações, porque foi subornado e disse o apelido – vocês sabem de quem”, - finalizou o Procurador ucraniano. Sviatoslav Piscun também frisou que “hoje já não são tempos” de “inventar as provas” e disse que recebeu um carta oficial do Ministério da Justiça dos EUA que confirma não haver nenhumas reclamações contra a Primeira – Ministra da Ucrânia, num caso remoto da alegada lavagem do dinheiro.
Correio electrónico da Yulia Timoshenko: office@buti.org.ua
“Savana” ignora a queda do Murro de Berlim
Na sua ultima edição, de 11 de Fevereiro de 2005, o semanário moçambicano “Savana”, em tom de brincadeira sugere que o ex – Ministro de Interior, Sr. Almerino da Cruz Marcos Manhenje “será mandado como embaixador à onde ele aprendeu ser piloto”.
Embora, podemos advinhar, o que com isso queria dizer o “Savana”, não podemos deixar em branco a ignorância do(s) jornalista(s) que escreveram a tal peça.
Sabe-se (pelos vistos os da “Savana” não sabem) que Sr. Almerino Manhenje estudou em Quirguizistão, onde aprendeu pilotar o helicóptero. Depois, Sr. Manhenje estudou na capital da Ucrânia Kyiv (Kiev), na Academia de Força Aérea, onde formou-se como piloto de caça.
Em nenhum dos dois referidos países, Moçambique possui a embaixada, nem qualquer outra representação diplomática. Por isso, não se percebe, onde e como o Sr. Almerino Manhenje poderia representar Moçambique. Com isso queremos dizer apenas o seguinte: antes que escrever as bojardas, confundindo os alhos com bugalhos, alguns jornalistas do “Savana”, deveriam voltar para escola, fazendo uma pequena reciclagem geográfica. Porque o nosso Mundo mudou muito, desde a queda do Murro de Berlim.
Embora, podemos advinhar, o que com isso queria dizer o “Savana”, não podemos deixar em branco a ignorância do(s) jornalista(s) que escreveram a tal peça.
Sabe-se (pelos vistos os da “Savana” não sabem) que Sr. Almerino Manhenje estudou em Quirguizistão, onde aprendeu pilotar o helicóptero. Depois, Sr. Manhenje estudou na capital da Ucrânia Kyiv (Kiev), na Academia de Força Aérea, onde formou-se como piloto de caça.
Em nenhum dos dois referidos países, Moçambique possui a embaixada, nem qualquer outra representação diplomática. Por isso, não se percebe, onde e como o Sr. Almerino Manhenje poderia representar Moçambique. Com isso queremos dizer apenas o seguinte: antes que escrever as bojardas, confundindo os alhos com bugalhos, alguns jornalistas do “Savana”, deveriam voltar para escola, fazendo uma pequena reciclagem geográfica. Porque o nosso Mundo mudou muito, desde a queda do Murro de Berlim.
Os rostos da nova Ucrânia
As biografias não oficiais dos três Vice – Primeiros – Ministros
Anatoliy Kinakh: O Primeiro Vice – Primeiro – Ministro
Nasceu em 1954 em Moldova, na aldeia ucraniana Bratushany, que foi fundada no século XVII, pelos cossacos de Hetman ucraniano Bohdan Hmelnickiy.
Em 1978 foi graduado pela Universidade Naval de Leninegrado.
Em 1981, Anatoliy Kinakh começou trabalhar na Fábrica naval de Tallinn (Estónia), em 1984 mudou-se para a cidade ucraniana de Mykolaiv (Nikolaev), onde trabalhou na empresa “Okean”.
Em 1990 Anatoliy Kinakh é eleito pela primeira vez para o Parlamento da Ucrânia.
Em 1992 ele é representante do primeiro Presidente ucraniano Leonid Kravchuk, na província de Mykolaiv (com funções de Governador Civil) e em 1994 torna-se o Chefe do Conselho Autárquico Regional.
Em 1995 torna-se Vice – Primeiro – Ministro, responsável pela Política Industrial, em 1996 ele é conselheiro do Presidente Leonid Kuchma, sobre as questões da política industrial.
No fim de 1996 é eleito como Presidente da União dos Industriais e Empresários da Ucrânia, no mesmo tempo é assistente do Presidente do Partido Nacional Democrático (NDP). Nas eleições legislativas de 1998, Kinakh é o número cinco nas listas de NDP, todavia ele consegue ser eleito para o Parlamento no circuito majoritário. No Parlamento, ele lidera o Comité da Política Industrial.
Em 29 de Maio de 2001, Kinakh é eleito como Primeiro – Ministro da Ucrânia com 239 votos à favor. Ele acaba de substituir o Viktor Yushenko, demitido pelo Presidente Kuchma. Já em Novembro de 2001 Kinakh também é demitido. Anatoliy Kinakh nunca mostrou a pretensão de se tornar um jogador independente: “O Primeiro – Ministro é um gestor do Estado, que assinou o contrato com o Presidente”, - afirmava ele.
Em 2002 Kinakh é o número dois em bloco eleitoral de Kuchma “Pela Ucrânia Unida”, mas uma vez eleito, ele renuncia o lugar no parlamento e passa chefiar o Governo. No dia 16 de Novembro de 2002, Kuchma demite o governo de Kinakh e nomeia como Primeiro – Ministro, o ex – cadastrado Yanukovich.
Kinakh concorreu na 1ª volta das eleições presidenciais de 2004, sendo a primeira figura de regime, que deu o seu parecer público negativo sobre o Yanukovich: “pessoa com o passado criminal não deve se tornar o Presidente da Ucrânia” .
A si próprio, Anatoliy Kinakh caracteriza como: “nascido no Leste, director com experiência de trabalho e dos altos níveis do Poder, crítico das autoridades, mas não radical e nem nenhum esquerdista”.
Na segunda volta das eleições, Kinakh disse que: “apoiava o candidato que não usava os métodos injustos da luta política”, - escolhendo Viktor Yushenko.
Durante a Revolução Laranja, Anatoliy Kinakh era o chefe do Comité dos Greves.
Anatoliy Kinakh era considerado, um dos quatro possíveis candidatos ao posto de Primeiro Ministro da Ucrânia, perdendo a corrida para a número dois da Revolução Laranja – Yulia Timoshenko.
Anatoliy Kinakh possui um terreno de aproximadamente 600 metros quadrados, apartamento de 267 m. q., casa de campo de 35 m. q., garagem de 50,9 m. q., carro ligeiro Toyota e uma conta no banco de 20.581 UAH (3.883 USD). O seu último salário era de aproximadamente 35.419 UAH (7.437 USD) por ano.
Anatoliy Kinakh vive na baixa de Kyiv, conhecida como Podil. Os seus hobbies são pesca, convívios familiares, leitura de ficção cientifica e artigos sobre a astrofísica, música dos Beatles e Pink Floyd.
É casado, a esposa, Marina Kinakh costuma desempenhar as funções da sua secretária de imprensa.
Tem três filhas: Sofia de três anos, Natalia e Zoia do casamento anterior.
Oleh Rybachuk: Vice – Primeiro – Ministro da Integração Europeia
Nasceu no dia 22 de Abril de 1958.
Graduado pela Universidade Nacional de Kyiv Taras Shevchenko, pelo Departamento dos Estudos Romano – Germânicos da Faculdade de Filologia. Segunda graduação pelo Instituto de Economia Nacional.
Trabalhou cinco anos na Índia, para a companhia de petróleo “Zarubezhneftestroy”. Voltando da Índia, empregou-se no “Kyivbirzhbank” (Banco da Bolsa de Kyiv). Mais tarde, entrou nos quadros do Banco Nacional da Ucrânia (NBU), onde criou e encabeçou o Departamento das Relações Exteriores.
Vadym Hetman, o primeiro Presidente do NBU, na Ucrânia independente, apresentou Oleh Rybachuk ao Viktor Yushenko em 1992. Quando Viktor Yushenko tornou-se Presidente do Banco, Rybachuk fiz uma pós – graduação de 8 meses nos EUA e Grã Bretanha pelo programa da Universidade de Georgetown.
Durante o seu trabalho no NBU, Rybachuk disse que foi “convidado para ser Presidente dos cinco maiores bancos do país”, algo que sempre recusou. No mandato de Viktor Yushenko como Primeiro – Ministro (Dezembro de 1999 – Maio de 2001), Rybachuk era o seu chefe do pessoal.
Depois da demissão do governo de Yushenko, em Maio de 2001, Rybachuk assinou um contrato de três anos como Vice – Presidente do “Banco do Mar Negro do Comercio e Desenvolvimento”, baseado em Tessalonika (Grécia). Mas voltou à Ucrânia seis meses depois, apesar do usufruir na Grécia um salário de cerca de 100.000 USD por ano.
Na Ucrânia, Rybachuk foi responsável de formar a quota de Viktor Yushenko na lista geral da Coligação eleitoral “Nossa Ucrânia” nas eleições de 2002. Rybachuk era o número 29 da lista, que conseguiu eleger 98 deputados. No Parlamento, Rybachuk era o líder parlamentar do grupo “Razom” (Juntos) que ele próprio considerava “a gema do ovo da Nossa Ucrânia”, que tinha deputados com várias sensibilidades da esquerda, centro e da direita.
Mais tarde, Rybachuk tornou-se o gestor da sede política do Viktor Yushenko, líder parlamentar da Coligação e Chefe do subcomité das finanças e bancos. Viktor Yushenko caracteriza o Oleh Rybachuk como “pessoa que não tolera as coisas imorais”.
Jornalistas consideram Oleh Rybachuk, como a pessoa “mais adequada” na “Nossa Ucrânia”. Rybachuk possui uma enorme facilidade de comunicação e não perde o bom humor, mesmo nos momentos mais dramáticos da campanha eleitoral. Também, Rybachuk, era a pessoa que durante os dias de Revolução Laranja mantinha os contactos com as forças de segurança, através destes contactos ele obteve as gravações que provavam que o Governo de Yanukovich falsificou as eleições.
O Vice – Primeiro – Ministro planeia assinar o tratado de associação União Europeia – Ucrânia já neste ano, conseguindo tornar o país como membro da UE em pleno direito, em 2010.
“Nos estamos prontos para preencher todos as categorias formais de Copenhaga, (pré – requisitos para negociações com a UE) no período de um ou dois anos”, “Yushenko tornou-se Presidente, então a Ucrânia pode tornar-se membro da União Europeia. É a missão desta Presidência”, - disse Rybachuk. Pare este efeito, Oleh Rybachuk apadrinhou uma ONG nacional, “Centro da Europa”* que tem por objectivo preparar os esquemas de integração da Ucrânia na UE com ajuda dos especialistas estrangeiros.
Rybachuk vive nos arredores de Kyiv, na localidade de Pliuty, onde ele comprou o terreno com o crédito do BNU. Ele também possui um apartamento em Kyiv, que comprou com dinheiro que ganhou na Índia.
Índia também influenciou o seu modo de vida: no seu regresso à Ucrânia, Oleh Rybachuk deixou de fumar e já vários anos não come a carne.
Casado, tem um filho e uma filha.
Mykola Tomenko: Vice – Primeiro – Ministro dos Assuntos Humanitários
Nasceu em 1964 na aldeia de Kanivci, na província ucraniana de Cherkasy.
Entre o 1983 e 1985 cumpriu o Serviço Militar Obrigatório no Afeganistão.
Em 1989 é Graduado pela Universidade Nacional de Kyiv Taras Shevchenko, Faculdade de História.
Em 1992 obteve o nível de Ph.D com o tema “A visão de lugar do Estado nos programas dos partidos e nas suas actividades quotidianas no tempo presente na Ucrânia (analise histórico – político)”.
Desde 1992 Tomenko é o chefe do Departamento das ciências políticas no Instituto Nacional Operacional e da Auto Governação, subordinado ao Gabinete do Conselho dos Ministros da Ucrânia. Ao mesmo tempo, Tomenko é chefe do Direcção de informação e analítica do Ministério da Nacionalidade e Migrações e Vice – Presidente da Associação dos Jovens Políticos da Ucrânia.
Desde 1994 até 1998 Mykola Tomenko desempenhava as funções de Vice – Presidente do Fundo ucraniano “Perspectivas ucranianas” que fazia acompanhamento político – analítico das campanhas eleitorais e dos projectos políticos no país. Tomenko também era Director do Instituto das Sociedades Pós – Comunismo e Chefe do Departamento de politologia na Universidade Nacional Academia de Kyiv – Mohyla. Como politólogo, Tomenko alcançou grandes níveis da notoriedade, tentando conciliar o seu estatuto de cientista com o seu desempenho político.
Em Março de 1998, Mykola Tomenko era o candidato à Parlamento ucraniano número 15 na lista do partido “Reformas e Ordem”, mas não chegou a ser eleito.
Desde Maio de 1998, Tomenko lidera Instituto da Política.
Desde Fevereiro de 2000 até Março de 2001 ele torna-se chefe do Bureau de informação e imprensa na Administração Estatal (Câmara) de Kyiv. Como o responsável dos serviços, Tomenko dedicou muita atenção às novas tecnologias de informação. Sob a sua responsabilidade, Câmara criou o jornal “Gazeta à Kyiv”, reformou os jornais já existentes: “Vechirniy Kyiv”, “Khreshatyk” e “Kyivskiy Region”.
Em Maio de 2002, Tomenko foi eleito para o Parlamento da Ucrânia como número 62, pela lista da Coligação “Nossa Ucrânia”. Durante a campanha eleitoral ele era o estratego, ideólogo e analista político da Coligação.
Desde Junho de 2002 Tomenko tornou-se Chefe do Comité de liberdades de expressão e de informação no Parlamento – único Comité parlamentar, encabeçado pelos deputados da “Nossa Ucrânia”. Em Outubro de 2002, Tomenko escreveu uma carta pública ao Kuchma, onde chamava a atenção do Presidente sobre a questão das directrizes preparados na Administração do Presidente que ditavam as “regras de jogo” aos órgãos da comunicação social do país. No dia 4 de Dezembro de 2004, Tomenko tomou a parte activa em primeiras audições parlamentares intituladas: “Sociedade, média, poder: liberdade de expressão e censura na Ucrânia”.
Em Fevereiro de 2004, general ucraniano Valeriy Kravchenko, escolheu Mykola Tomenko, para tornar públicos, os documentos sensacionais que provavam que Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), espiava cidadãos ucranianos na Alemanha. Como resultado, Tomenko foi ameaçado pelo Procurador Geral do país com responsabilidade criminal por divulgar os “secretos nacionais”.
No inicio do 2004, Tomenko publicou no jornal de Internet “Ukrainska Pravda” os documentos do Departamento do Estado da Ucrânia, sobre o dinheiro retirado do Orçamento do Estado, gasto no tratamento particular do Presidente Kuchma na cidade alemã de Baden – Baden .
Foi o Tomenko que chamou a atenção do público ao facto de Yanukovich escrever no seu CV que tem o grão académico de Proffessor. Tomenko também tornava públicas as tecnologias sujas usadas pela equipa de Yanukovich no trato com a média.
Foi o Mykola Tomenko ofereceu a primeira vitoria à Revolução Laranja, quando conseguiu apoio do presidente da Administração Estatal (Câmara) de Kyiv Oleksander Omelchenko. Major Omelchenko apoiou a Revolução, declarando já no dia 22 de Novembro de 2004 que reconhece o Viktor Yushenko como único legitimo presidente da Ucrânia. Depois disso, Omelchenko ofereceu o r/chão da Administração para uso dos populares que bloqueavam o centro de Kyiv em apoio ao Viktor Yushenko.
Mykola Tomenko é autor dos livros políticos “A base de teoria e da política”, “A história da constituição da Ucrânia” e “ABC da política ucraniana”. Alem disso ele é autor do livro intitulado: “Teoria do amor ucraniano”. O prefácio do livro foi escrito pelo Viktor Yushenko. No livro, Tomenko diz que: “a minha formula é: o ideal do amor ucraniano é a aspiração de ganhar o amor, não de o perder”.
Tomenko sempre afirmou que não é devoto à política, mas que poderia trabalhar na área de publicidade, para tornar as marcas registadas e os brands no país, mais ucranianas.
Tomenko é fã da musica moderna ucraniana e do desporto.
É casado, tem filho Pavlo de 4 anos.
Fonte: www.pravda.com.ua
* O nome da ONG “Centro da Europa”, apadrinhada pelo Vice – Primeiro – Ministro da Integração Europeia Oleh Rybachuk é uma homenagem ao facto pouco conhecido no Mundo lusófono do que o Centro geográfico da Europa é situado na Ucrânia Ocidental, nos montes Cárpatos, entre as cidades de Tiachiv e Rahiv.
Anatoliy Kinakh: O Primeiro Vice – Primeiro – Ministro
Nasceu em 1954 em Moldova, na aldeia ucraniana Bratushany, que foi fundada no século XVII, pelos cossacos de Hetman ucraniano Bohdan Hmelnickiy.
Em 1978 foi graduado pela Universidade Naval de Leninegrado.
Em 1981, Anatoliy Kinakh começou trabalhar na Fábrica naval de Tallinn (Estónia), em 1984 mudou-se para a cidade ucraniana de Mykolaiv (Nikolaev), onde trabalhou na empresa “Okean”.
Em 1990 Anatoliy Kinakh é eleito pela primeira vez para o Parlamento da Ucrânia.
Em 1992 ele é representante do primeiro Presidente ucraniano Leonid Kravchuk, na província de Mykolaiv (com funções de Governador Civil) e em 1994 torna-se o Chefe do Conselho Autárquico Regional.
Em 1995 torna-se Vice – Primeiro – Ministro, responsável pela Política Industrial, em 1996 ele é conselheiro do Presidente Leonid Kuchma, sobre as questões da política industrial.
No fim de 1996 é eleito como Presidente da União dos Industriais e Empresários da Ucrânia, no mesmo tempo é assistente do Presidente do Partido Nacional Democrático (NDP). Nas eleições legislativas de 1998, Kinakh é o número cinco nas listas de NDP, todavia ele consegue ser eleito para o Parlamento no circuito majoritário. No Parlamento, ele lidera o Comité da Política Industrial.
Em 29 de Maio de 2001, Kinakh é eleito como Primeiro – Ministro da Ucrânia com 239 votos à favor. Ele acaba de substituir o Viktor Yushenko, demitido pelo Presidente Kuchma. Já em Novembro de 2001 Kinakh também é demitido. Anatoliy Kinakh nunca mostrou a pretensão de se tornar um jogador independente: “O Primeiro – Ministro é um gestor do Estado, que assinou o contrato com o Presidente”, - afirmava ele.
Em 2002 Kinakh é o número dois em bloco eleitoral de Kuchma “Pela Ucrânia Unida”, mas uma vez eleito, ele renuncia o lugar no parlamento e passa chefiar o Governo. No dia 16 de Novembro de 2002, Kuchma demite o governo de Kinakh e nomeia como Primeiro – Ministro, o ex – cadastrado Yanukovich.
Kinakh concorreu na 1ª volta das eleições presidenciais de 2004, sendo a primeira figura de regime, que deu o seu parecer público negativo sobre o Yanukovich: “pessoa com o passado criminal não deve se tornar o Presidente da Ucrânia” .
A si próprio, Anatoliy Kinakh caracteriza como: “nascido no Leste, director com experiência de trabalho e dos altos níveis do Poder, crítico das autoridades, mas não radical e nem nenhum esquerdista”.
Na segunda volta das eleições, Kinakh disse que: “apoiava o candidato que não usava os métodos injustos da luta política”, - escolhendo Viktor Yushenko.
Durante a Revolução Laranja, Anatoliy Kinakh era o chefe do Comité dos Greves.
Anatoliy Kinakh era considerado, um dos quatro possíveis candidatos ao posto de Primeiro Ministro da Ucrânia, perdendo a corrida para a número dois da Revolução Laranja – Yulia Timoshenko.
Anatoliy Kinakh possui um terreno de aproximadamente 600 metros quadrados, apartamento de 267 m. q., casa de campo de 35 m. q., garagem de 50,9 m. q., carro ligeiro Toyota e uma conta no banco de 20.581 UAH (3.883 USD). O seu último salário era de aproximadamente 35.419 UAH (7.437 USD) por ano.
Anatoliy Kinakh vive na baixa de Kyiv, conhecida como Podil. Os seus hobbies são pesca, convívios familiares, leitura de ficção cientifica e artigos sobre a astrofísica, música dos Beatles e Pink Floyd.
É casado, a esposa, Marina Kinakh costuma desempenhar as funções da sua secretária de imprensa.
Tem três filhas: Sofia de três anos, Natalia e Zoia do casamento anterior.
Oleh Rybachuk: Vice – Primeiro – Ministro da Integração Europeia
Nasceu no dia 22 de Abril de 1958.
Graduado pela Universidade Nacional de Kyiv Taras Shevchenko, pelo Departamento dos Estudos Romano – Germânicos da Faculdade de Filologia. Segunda graduação pelo Instituto de Economia Nacional.
Trabalhou cinco anos na Índia, para a companhia de petróleo “Zarubezhneftestroy”. Voltando da Índia, empregou-se no “Kyivbirzhbank” (Banco da Bolsa de Kyiv). Mais tarde, entrou nos quadros do Banco Nacional da Ucrânia (NBU), onde criou e encabeçou o Departamento das Relações Exteriores.
Vadym Hetman, o primeiro Presidente do NBU, na Ucrânia independente, apresentou Oleh Rybachuk ao Viktor Yushenko em 1992. Quando Viktor Yushenko tornou-se Presidente do Banco, Rybachuk fiz uma pós – graduação de 8 meses nos EUA e Grã Bretanha pelo programa da Universidade de Georgetown.
Durante o seu trabalho no NBU, Rybachuk disse que foi “convidado para ser Presidente dos cinco maiores bancos do país”, algo que sempre recusou. No mandato de Viktor Yushenko como Primeiro – Ministro (Dezembro de 1999 – Maio de 2001), Rybachuk era o seu chefe do pessoal.
Depois da demissão do governo de Yushenko, em Maio de 2001, Rybachuk assinou um contrato de três anos como Vice – Presidente do “Banco do Mar Negro do Comercio e Desenvolvimento”, baseado em Tessalonika (Grécia). Mas voltou à Ucrânia seis meses depois, apesar do usufruir na Grécia um salário de cerca de 100.000 USD por ano.
Na Ucrânia, Rybachuk foi responsável de formar a quota de Viktor Yushenko na lista geral da Coligação eleitoral “Nossa Ucrânia” nas eleições de 2002. Rybachuk era o número 29 da lista, que conseguiu eleger 98 deputados. No Parlamento, Rybachuk era o líder parlamentar do grupo “Razom” (Juntos) que ele próprio considerava “a gema do ovo da Nossa Ucrânia”, que tinha deputados com várias sensibilidades da esquerda, centro e da direita.
Mais tarde, Rybachuk tornou-se o gestor da sede política do Viktor Yushenko, líder parlamentar da Coligação e Chefe do subcomité das finanças e bancos. Viktor Yushenko caracteriza o Oleh Rybachuk como “pessoa que não tolera as coisas imorais”.
Jornalistas consideram Oleh Rybachuk, como a pessoa “mais adequada” na “Nossa Ucrânia”. Rybachuk possui uma enorme facilidade de comunicação e não perde o bom humor, mesmo nos momentos mais dramáticos da campanha eleitoral. Também, Rybachuk, era a pessoa que durante os dias de Revolução Laranja mantinha os contactos com as forças de segurança, através destes contactos ele obteve as gravações que provavam que o Governo de Yanukovich falsificou as eleições.
O Vice – Primeiro – Ministro planeia assinar o tratado de associação União Europeia – Ucrânia já neste ano, conseguindo tornar o país como membro da UE em pleno direito, em 2010.
“Nos estamos prontos para preencher todos as categorias formais de Copenhaga, (pré – requisitos para negociações com a UE) no período de um ou dois anos”, “Yushenko tornou-se Presidente, então a Ucrânia pode tornar-se membro da União Europeia. É a missão desta Presidência”, - disse Rybachuk. Pare este efeito, Oleh Rybachuk apadrinhou uma ONG nacional, “Centro da Europa”* que tem por objectivo preparar os esquemas de integração da Ucrânia na UE com ajuda dos especialistas estrangeiros.
Rybachuk vive nos arredores de Kyiv, na localidade de Pliuty, onde ele comprou o terreno com o crédito do BNU. Ele também possui um apartamento em Kyiv, que comprou com dinheiro que ganhou na Índia.
Índia também influenciou o seu modo de vida: no seu regresso à Ucrânia, Oleh Rybachuk deixou de fumar e já vários anos não come a carne.
Casado, tem um filho e uma filha.
Mykola Tomenko: Vice – Primeiro – Ministro dos Assuntos Humanitários
Nasceu em 1964 na aldeia de Kanivci, na província ucraniana de Cherkasy.
Entre o 1983 e 1985 cumpriu o Serviço Militar Obrigatório no Afeganistão.
Em 1989 é Graduado pela Universidade Nacional de Kyiv Taras Shevchenko, Faculdade de História.
Em 1992 obteve o nível de Ph.D com o tema “A visão de lugar do Estado nos programas dos partidos e nas suas actividades quotidianas no tempo presente na Ucrânia (analise histórico – político)”.
Desde 1992 Tomenko é o chefe do Departamento das ciências políticas no Instituto Nacional Operacional e da Auto Governação, subordinado ao Gabinete do Conselho dos Ministros da Ucrânia. Ao mesmo tempo, Tomenko é chefe do Direcção de informação e analítica do Ministério da Nacionalidade e Migrações e Vice – Presidente da Associação dos Jovens Políticos da Ucrânia.
Desde 1994 até 1998 Mykola Tomenko desempenhava as funções de Vice – Presidente do Fundo ucraniano “Perspectivas ucranianas” que fazia acompanhamento político – analítico das campanhas eleitorais e dos projectos políticos no país. Tomenko também era Director do Instituto das Sociedades Pós – Comunismo e Chefe do Departamento de politologia na Universidade Nacional Academia de Kyiv – Mohyla. Como politólogo, Tomenko alcançou grandes níveis da notoriedade, tentando conciliar o seu estatuto de cientista com o seu desempenho político.
Em Março de 1998, Mykola Tomenko era o candidato à Parlamento ucraniano número 15 na lista do partido “Reformas e Ordem”, mas não chegou a ser eleito.
Desde Maio de 1998, Tomenko lidera Instituto da Política.
Desde Fevereiro de 2000 até Março de 2001 ele torna-se chefe do Bureau de informação e imprensa na Administração Estatal (Câmara) de Kyiv. Como o responsável dos serviços, Tomenko dedicou muita atenção às novas tecnologias de informação. Sob a sua responsabilidade, Câmara criou o jornal “Gazeta à Kyiv”, reformou os jornais já existentes: “Vechirniy Kyiv”, “Khreshatyk” e “Kyivskiy Region”.
Em Maio de 2002, Tomenko foi eleito para o Parlamento da Ucrânia como número 62, pela lista da Coligação “Nossa Ucrânia”. Durante a campanha eleitoral ele era o estratego, ideólogo e analista político da Coligação.
Desde Junho de 2002 Tomenko tornou-se Chefe do Comité de liberdades de expressão e de informação no Parlamento – único Comité parlamentar, encabeçado pelos deputados da “Nossa Ucrânia”. Em Outubro de 2002, Tomenko escreveu uma carta pública ao Kuchma, onde chamava a atenção do Presidente sobre a questão das directrizes preparados na Administração do Presidente que ditavam as “regras de jogo” aos órgãos da comunicação social do país. No dia 4 de Dezembro de 2004, Tomenko tomou a parte activa em primeiras audições parlamentares intituladas: “Sociedade, média, poder: liberdade de expressão e censura na Ucrânia”.
Em Fevereiro de 2004, general ucraniano Valeriy Kravchenko, escolheu Mykola Tomenko, para tornar públicos, os documentos sensacionais que provavam que Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), espiava cidadãos ucranianos na Alemanha. Como resultado, Tomenko foi ameaçado pelo Procurador Geral do país com responsabilidade criminal por divulgar os “secretos nacionais”.
No inicio do 2004, Tomenko publicou no jornal de Internet “Ukrainska Pravda” os documentos do Departamento do Estado da Ucrânia, sobre o dinheiro retirado do Orçamento do Estado, gasto no tratamento particular do Presidente Kuchma na cidade alemã de Baden – Baden .
Foi o Tomenko que chamou a atenção do público ao facto de Yanukovich escrever no seu CV que tem o grão académico de Proffessor. Tomenko também tornava públicas as tecnologias sujas usadas pela equipa de Yanukovich no trato com a média.
Foi o Mykola Tomenko ofereceu a primeira vitoria à Revolução Laranja, quando conseguiu apoio do presidente da Administração Estatal (Câmara) de Kyiv Oleksander Omelchenko. Major Omelchenko apoiou a Revolução, declarando já no dia 22 de Novembro de 2004 que reconhece o Viktor Yushenko como único legitimo presidente da Ucrânia. Depois disso, Omelchenko ofereceu o r/chão da Administração para uso dos populares que bloqueavam o centro de Kyiv em apoio ao Viktor Yushenko.
Mykola Tomenko é autor dos livros políticos “A base de teoria e da política”, “A história da constituição da Ucrânia” e “ABC da política ucraniana”. Alem disso ele é autor do livro intitulado: “Teoria do amor ucraniano”. O prefácio do livro foi escrito pelo Viktor Yushenko. No livro, Tomenko diz que: “a minha formula é: o ideal do amor ucraniano é a aspiração de ganhar o amor, não de o perder”.
Tomenko sempre afirmou que não é devoto à política, mas que poderia trabalhar na área de publicidade, para tornar as marcas registadas e os brands no país, mais ucranianas.
Tomenko é fã da musica moderna ucraniana e do desporto.
É casado, tem filho Pavlo de 4 anos.
Fonte: www.pravda.com.ua
* O nome da ONG “Centro da Europa”, apadrinhada pelo Vice – Primeiro – Ministro da Integração Europeia Oleh Rybachuk é uma homenagem ao facto pouco conhecido no Mundo lusófono do que o Centro geográfico da Europa é situado na Ucrânia Ocidental, nos montes Cárpatos, entre as cidades de Tiachiv e Rahiv.
Pai encontra o filho 34(!) anos depois
Essa historia começou no dia 2 de Janeiro de 2004, na cidade moçambicana de Pemba, onde o Moderador deste blogue tive a conversa com o Sr. António L. C., um ex – estudante moçambicano na Ucrânia, representante do Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) na Ucrânia nos anos 60.
Sr. António L. C., estudou na Ucrânia nos anos 60 - 70, quando ambos os países não eram independentes. Moçambique era o “território ultramarino” de Portugal e a Ucrânia tinha o estatuto de “república nacional” da URSS.
Mas em ambos os países, começou a manifestar-se o descontentamento generalizado da sua situação colonial. Em Moçambique a manifestação era mais clara, através da luta armada de libertação, conduzida pela FRELIMO. Na Ucrânia, o rosto do descontentamento eram os intelectuais: a artista plástica Alla Gorska (brutalmente assassinada pelo regime em 28 de Novembro de 1970), o compositor e músico Volodymyr Ivasyuk (brutalmente assassinado pela KGB em Maio de 1979), os poetas Vasyl Stus, Oleksa Tyhiy ou Valeriy Marchenko (mortos nos campos de Concentração em 1984 e 1985), os sobreviventes do GULAG soviético, jornalistas Heliy Snegiriov, Viacheslav Chornovil ou Yevhen Sverstyuk.
António L. C., vivia na capital ucraniana Kyiv (Kiev), onde era formado pela Universidade Estatal de Kiev Taras Shevchenko (agora Universidade Nacional de Kyiv Taras Shevchenko) em Direito, com especialização em Relações Internacionais. Em Kyiv ele conheceu a Sra. Halina K., com ela, em 1971 tive um filho – Constantino C.
A continuação da guerra colonial em Moçambique, fiz com que Sr. António decidiu prosseguir os seus estudos no exterior, mudando-se para a Canada. Em Canada, António L. C., conheceu outra pessoa, jovem estudante do Zimbabwe, com quem, mais tarde, contraiu o matrimónio.
As perturbações consequentes da vida social e política em Moçambique, e mais tarde na Ucrânia, fizeram com que o último contacto, que pai e filho tiveram através das cartas, rompeu-se em 1991.
Por isso a tarefa que o nosso blog comprometeu-se a desempenhar, era mais que gigantesca. Encontrar uma pessoa em Kyiv (2,6 milhões de habitantes, dados de 1991) ou em qualquer outra cidade da Ucrânia (cerca de 48 milhões de habitantes em 2004, fonte: http://novosti.dn.ua/details/4176/) , para onde o Constantino C. podia mudar-se.
Foi preciosa a ajuda de Tetiana Meteliova, jornalista, filosofo e activista dos direitos humanos de Kyiv, pessoa que publicou os anúncios da procura de Constantino C. na imprensa ucraniana.
Um dos anúncios foi visto pelo colega de escola e carteira da turma de Constantino C., Sr. Tymofiy Kalujniy. Em 17 de Janeiro de 2005, Sr. Kalujniy entrou em contacto com o nosso blogue, manifestando o seu desejo de ajudar na procura de Constantino. A procura era dificultada pelo factor tempo, Constantino e Tymofiy terminaram os seus estudos secundários cerca de 17 anos atras!
Mas já no dia 5 de Fevereiro de 2005, Tymofiy consegue encontrar o endereço do Constantino e da sua mãe e tem uma conversa telefónica com eles. Tymofiy entrega ao Constantino o endereço do correio electrónico do nosso Moderador. Mais tarde, no dia 7 de Fevereiro, Tymofiy encontra-se com Constantino pessoalmente e também nos faculta o endereço electrónico do Constantino.
No mesmo dia, 7 de fevereiro de 2005, o próprio Constantino C., entra em contacto via Internet com o nosso Moderador, onde mostra-se muito contente e feliz por poder ter de novo contacto com o seu pai, do qual ele não tive nenhuma notícia há 14 anos. Constantino fornece nos todos os seus dados, como: endereço físico e do correio electrónico, numero de telefone fixo e do celular, que poderão ser úteis ao seu pai.
No dia 8 de Fevereiro, o nosso blog entrou em Contacto com o Sr. António C., fornecendo lhe de seguida, todos os dados em nosso poder, que podem ajudar à uma localização e contacto mais rápido e simples entre o pai e filho.
O nosso blogue e o seu Moderador estão muito contentes para poder ajudar essas duas pessoas, pai e filho, divididos entre si por uma distância de cerca de 8,500 quilómetros (distancia entre Kyiv e Maputo), encontrar-se de novo. Primeiro, pelas sistemas de comunicações, disponíveis nos ambos os países, depois, mais tarde, pessoalmente. Em Kyiv ou em Maputo, na Ucrânia ou em Moçambique. Esperamos que isso acontecerá mais cedo ou mais tarde, mas acontecerá de certeza!
Moderador do blogue
P.S. O caso de António L. C. e do seu filho não é único na historia recente da Ucrânia e de Moçambique. Se o nosso leitor tem o mesmo problema, poderá entrar em contacto connosco via o correio electrónico e nos faremos tudo o que esta ao nosso alcance, para o ajudar.
Sr. António L. C., estudou na Ucrânia nos anos 60 - 70, quando ambos os países não eram independentes. Moçambique era o “território ultramarino” de Portugal e a Ucrânia tinha o estatuto de “república nacional” da URSS.
Mas em ambos os países, começou a manifestar-se o descontentamento generalizado da sua situação colonial. Em Moçambique a manifestação era mais clara, através da luta armada de libertação, conduzida pela FRELIMO. Na Ucrânia, o rosto do descontentamento eram os intelectuais: a artista plástica Alla Gorska (brutalmente assassinada pelo regime em 28 de Novembro de 1970), o compositor e músico Volodymyr Ivasyuk (brutalmente assassinado pela KGB em Maio de 1979), os poetas Vasyl Stus, Oleksa Tyhiy ou Valeriy Marchenko (mortos nos campos de Concentração em 1984 e 1985), os sobreviventes do GULAG soviético, jornalistas Heliy Snegiriov, Viacheslav Chornovil ou Yevhen Sverstyuk.
António L. C., vivia na capital ucraniana Kyiv (Kiev), onde era formado pela Universidade Estatal de Kiev Taras Shevchenko (agora Universidade Nacional de Kyiv Taras Shevchenko) em Direito, com especialização em Relações Internacionais. Em Kyiv ele conheceu a Sra. Halina K., com ela, em 1971 tive um filho – Constantino C.
A continuação da guerra colonial em Moçambique, fiz com que Sr. António decidiu prosseguir os seus estudos no exterior, mudando-se para a Canada. Em Canada, António L. C., conheceu outra pessoa, jovem estudante do Zimbabwe, com quem, mais tarde, contraiu o matrimónio.
As perturbações consequentes da vida social e política em Moçambique, e mais tarde na Ucrânia, fizeram com que o último contacto, que pai e filho tiveram através das cartas, rompeu-se em 1991.
Por isso a tarefa que o nosso blog comprometeu-se a desempenhar, era mais que gigantesca. Encontrar uma pessoa em Kyiv (2,6 milhões de habitantes, dados de 1991) ou em qualquer outra cidade da Ucrânia (cerca de 48 milhões de habitantes em 2004, fonte: http://novosti.dn.ua/details/4176/) , para onde o Constantino C. podia mudar-se.
Foi preciosa a ajuda de Tetiana Meteliova, jornalista, filosofo e activista dos direitos humanos de Kyiv, pessoa que publicou os anúncios da procura de Constantino C. na imprensa ucraniana.
Um dos anúncios foi visto pelo colega de escola e carteira da turma de Constantino C., Sr. Tymofiy Kalujniy. Em 17 de Janeiro de 2005, Sr. Kalujniy entrou em contacto com o nosso blogue, manifestando o seu desejo de ajudar na procura de Constantino. A procura era dificultada pelo factor tempo, Constantino e Tymofiy terminaram os seus estudos secundários cerca de 17 anos atras!
Mas já no dia 5 de Fevereiro de 2005, Tymofiy consegue encontrar o endereço do Constantino e da sua mãe e tem uma conversa telefónica com eles. Tymofiy entrega ao Constantino o endereço do correio electrónico do nosso Moderador. Mais tarde, no dia 7 de Fevereiro, Tymofiy encontra-se com Constantino pessoalmente e também nos faculta o endereço electrónico do Constantino.
No mesmo dia, 7 de fevereiro de 2005, o próprio Constantino C., entra em contacto via Internet com o nosso Moderador, onde mostra-se muito contente e feliz por poder ter de novo contacto com o seu pai, do qual ele não tive nenhuma notícia há 14 anos. Constantino fornece nos todos os seus dados, como: endereço físico e do correio electrónico, numero de telefone fixo e do celular, que poderão ser úteis ao seu pai.
No dia 8 de Fevereiro, o nosso blog entrou em Contacto com o Sr. António C., fornecendo lhe de seguida, todos os dados em nosso poder, que podem ajudar à uma localização e contacto mais rápido e simples entre o pai e filho.
O nosso blogue e o seu Moderador estão muito contentes para poder ajudar essas duas pessoas, pai e filho, divididos entre si por uma distância de cerca de 8,500 quilómetros (distancia entre Kyiv e Maputo), encontrar-se de novo. Primeiro, pelas sistemas de comunicações, disponíveis nos ambos os países, depois, mais tarde, pessoalmente. Em Kyiv ou em Maputo, na Ucrânia ou em Moçambique. Esperamos que isso acontecerá mais cedo ou mais tarde, mas acontecerá de certeza!
Moderador do blogue
P.S. O caso de António L. C. e do seu filho não é único na historia recente da Ucrânia e de Moçambique. Se o nosso leitor tem o mesmo problema, poderá entrar em contacto connosco via o correio electrónico e nos faremos tudo o que esta ao nosso alcance, para o ajudar.
quinta-feira, fevereiro 10, 2005
Música ucraniana gratuita em mp3 na net
Música da Revolução Laranja
(mp3 - Музика Помаранчевої революції)
"Juntos somos muitos - não seremos vencidos!"
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http://talmuth.kiev.ua/mp3/razom_-_nas_bagato.mp3 http://www.nepizno.tk/download/razom_-_nas_bagato.mp3
Oksana Bilozir (Ministra da Cultura) - "Cor do Sol"
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/kolir_soncya.mp3
Zahar - "Yushenko - Presidente!"
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/Yuschenko_-_President!.mp3 http://ssft.uhradio.com.ua/tak/Zakhar_-_Yuschenko_prezydent.mp3 http://www.myro.co.uk/music/orange/Yuschenko_-_President!.mp3
Pora! (É o tempo!)
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/pora.mp3 http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/Muzykanty%20Lvova%20-%20Pora.mp3
Levko Bondar & Lesia Sobolewska versão de "Juntos somos muitos"
http://ssft.uhradio.com.ua/tak/Bondar_Sobolevska_-_Razom_nas_bagato.mp3
Zahar - "Tu venceste! "
http://ssft.uhradio.com.ua/tak/Zahar_ta_Nazar_Eney_-_Ty_peremig.mp3
Dj Fantasy - "Sim! Yushenko! "
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/DJ_Fantasy_-_tak!_Juschenko_(Dance_DJ_Mix).mp3
grupo De Buv Bir - "Na Maydani" (Na praça de Independência)
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/Na_majdani.mp3
Taras Petrynenko - "Ukrayina" (Ucrânia)
http://lugarus.com/soft/Taras_Petrynenko_-_16_Ukrajina.mp3 http://www.ubnews.co.uk/music/orange/T._Petrynenko_-_Ukrajina.mp3 http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/Petrynenko%20Taras%20-%20Ukraina.mp3
grupo Rossava - "Nossa Ucrânia"
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/Nasha_Ukrayina.mp3 http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/Rosava%20-%20Nasha%20Ukrayina.mp3.mp3
Maria Burmaka - "Nos chegamos"
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/M._Burmaka_-_my_jdemo.mp3 http://www.myro.co.uk/music/orange/M._Burmaka_-_my_jdemo.mp3 http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/Burmaka%20Mariya%20-%20My%20Ydemo.mp3
Maria Burmaka - "A esperança fica"
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/M._Burmaka_-_lyshajetsja_nadija.mp3 http://www.myro.co.uk/music/orange/M._Burmaka_-_lyshajetsja_nadija.mp3 http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/Burmaka%20Mariya%20-%20Lyshayetsia%20Nadiya.mp3
Maria Burmaka - "Não tenhas medo de viver"
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/Marija_Burmaka_-_Ne_bijsja_zhyty.mp3
http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/Burmaka%20Mariya%20-%20Ne%20biysya.mp3
grupo Mandry - "Não dorme, minha terra querida!" http://www.ubnews.co.uk/music/orange/Mandry_-_Ne_spy_moja_ridna_zemlja!.mp3 http://mp3.pisnya.com.ua/ne_spy.mp3
Grandjoly & DJ Serge D.- Juntos somos muitos Dance Remix!
http://www.npu.edu.ua/Nas%20Ne%20Podolaty%20(Serge%20D%20Remix).mp3 http://www.ubnews.co.uk/music/orange/nas_ne_podolaty_(serge_d_remix).mp3 http://www.myro.co.uk/music/orange/nas_ne_podolaty_(serge_d_remix).mp3
grupo MainstreaM - "Vitória"
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/MainstreaM_-_Peremoga.mp3
http://www.myro.co.uk/music/orange/MainstreaM_-_Peremoga.mp3
Yushenko + Bethowen mix http://www.ubnews.co.uk/music/orange/yuschenko+bethoven.mp3 http://www.myro.co.uk/music/orange/yuschenko+bethoven.mp3
"Levanta te, Ucrânia, para Kyiv!" http://www.ubnews.co.uk/music/orange/vstavaj_ukrajino,_na_kyjiv!.mp3 http://www.myro.co.uk/music/orange/vstavaj_ukrajino,_na_kyjiv!.mp3
De Shifer feat Ilf Fa - O tempo chegou!
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/De_SHIFER_feat_ILF_FA_-_Chas_Pryjshov.mp3
grupo Tartak - "Eu não quero"
http://www.myro.co.uk/music/orange/Tartak_-_ja_ne_hochu.mp3 http://www.ubnews.co.uk/music/orange/Tartak_-_ja_ne_hochu.mp3
grupo Taktak - "Debaixo dos nuvens"
http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/Tartak%20and%20Katya%20Chil%20-%20Ponad%20Hmarami.mp3
Viktor Morozow - "Oh, my dear Ukraine" http://www.ubnews.co.uk/music/orange/Viktor_Morozov_-_Oh_my_dear_Ukraine.mp3 http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/Morozov%20Viktor%20-%20Oh%20My%20Dear%20Ukraine.mp3
Viktor Morozov - "Deves levantar-se e sair"
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Lesia Gorowa - "Patriota"
http://mp3.pisnya.com.ua/patriot.mp3 http://www.ubnews.co.uk/music/orange/Lesja_Gorova_-_Patriot.mp3
grupo Ligação inversa - "Escolha o teu destino"
http://fdr.com.ua/FDR.files/mp3/Track4.mp3
Taras Chubay - "Lenta za lentoyu" (Música dos guerilhiros UPA)
http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/Chubay%20-%20Lenta%20Za%20Lentoyu.mp3
grupo Nemo - "Irmão desconhecido"
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/Nemo_-_neznajomyj_brat.mp3 http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/Nemo%20-%20Neznayomyj%20Brat.mp3
grupo Bumbox - "Compota doce"
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DjGarage & Ukrainian DJ's - Yes! http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/UkrainianDJs%20-%20Yes!(DjGarage%20remix).mp3
Muitíssimo obrigada ao Sr. Bohdan Hdal / Богдан Гдаль.
http://www.domivka.net/tak_music.php
De facto, juntos nos somos muitos !
(mp3 - Музика Помаранчевої революції)
"Juntos somos muitos - não seremos vencidos!"
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Oksana Bilozir (Ministra da Cultura) - "Cor do Sol"
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/kolir_soncya.mp3
Zahar - "Yushenko - Presidente!"
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Pora! (É o tempo!)
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Levko Bondar & Lesia Sobolewska versão de "Juntos somos muitos"
http://ssft.uhradio.com.ua/tak/Bondar_Sobolevska_-_Razom_nas_bagato.mp3
Zahar - "Tu venceste! "
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Dj Fantasy - "Sim! Yushenko! "
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/DJ_Fantasy_-_tak!_Juschenko_(Dance_DJ_Mix).mp3
grupo De Buv Bir - "Na Maydani" (Na praça de Independência)
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/Na_majdani.mp3
Taras Petrynenko - "Ukrayina" (Ucrânia)
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grupo Rossava - "Nossa Ucrânia"
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Maria Burmaka - "Nos chegamos"
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/M._Burmaka_-_my_jdemo.mp3 http://www.myro.co.uk/music/orange/M._Burmaka_-_my_jdemo.mp3 http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/Burmaka%20Mariya%20-%20My%20Ydemo.mp3
Maria Burmaka - "A esperança fica"
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/M._Burmaka_-_lyshajetsja_nadija.mp3 http://www.myro.co.uk/music/orange/M._Burmaka_-_lyshajetsja_nadija.mp3 http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/Burmaka%20Mariya%20-%20Lyshayetsia%20Nadiya.mp3
Maria Burmaka - "Não tenhas medo de viver"
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/Marija_Burmaka_-_Ne_bijsja_zhyty.mp3
http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/Burmaka%20Mariya%20-%20Ne%20biysya.mp3
grupo Mandry - "Não dorme, minha terra querida!" http://www.ubnews.co.uk/music/orange/Mandry_-_Ne_spy_moja_ridna_zemlja!.mp3 http://mp3.pisnya.com.ua/ne_spy.mp3
Grandjoly & DJ Serge D.- Juntos somos muitos Dance Remix!
http://www.npu.edu.ua/Nas%20Ne%20Podolaty%20(Serge%20D%20Remix).mp3 http://www.ubnews.co.uk/music/orange/nas_ne_podolaty_(serge_d_remix).mp3 http://www.myro.co.uk/music/orange/nas_ne_podolaty_(serge_d_remix).mp3
grupo MainstreaM - "Vitória"
http://www.ubnews.co.uk/music/orange/MainstreaM_-_Peremoga.mp3
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Yushenko + Bethowen mix http://www.ubnews.co.uk/music/orange/yuschenko+bethoven.mp3 http://www.myro.co.uk/music/orange/yuschenko+bethoven.mp3
"Levanta te, Ucrânia, para Kyiv!" http://www.ubnews.co.uk/music/orange/vstavaj_ukrajino,_na_kyjiv!.mp3 http://www.myro.co.uk/music/orange/vstavaj_ukrajino,_na_kyjiv!.mp3
De Shifer feat Ilf Fa - O tempo chegou!
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grupo Tartak - "Eu não quero"
http://www.myro.co.uk/music/orange/Tartak_-_ja_ne_hochu.mp3 http://www.ubnews.co.uk/music/orange/Tartak_-_ja_ne_hochu.mp3
grupo Taktak - "Debaixo dos nuvens"
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Viktor Morozow - "Oh, my dear Ukraine" http://www.ubnews.co.uk/music/orange/Viktor_Morozov_-_Oh_my_dear_Ukraine.mp3 http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/Morozov%20Viktor%20-%20Oh%20My%20Dear%20Ukraine.mp3
Viktor Morozov - "Deves levantar-se e sair"
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Lesia Gorowa - "Patriota"
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grupo Ligação inversa - "Escolha o teu destino"
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Taras Chubay - "Lenta za lentoyu" (Música dos guerilhiros UPA)
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grupo Nemo - "Irmão desconhecido"
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DjGarage & Ukrainian DJ's - Yes! http://sun.kiev.farlep.net/lj/music/revolution/UkrainianDJs%20-%20Yes!(DjGarage%20remix).mp3
Muitíssimo obrigada ao Sr. Bohdan Hdal / Богдан Гдаль.
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De facto, juntos nos somos muitos !
quarta-feira, fevereiro 09, 2005
Ucrânia tem nova primeira-ministra
O Parlamento ucraniano aprovou as linhas gerais do programa da nova primeira-ministra, Yulia Timoshenko, empossada esta sexta-feira no cargo com 373 votos a favor, nenhum contra e três abstenções. No total, 357 deputados votaram a favor deste texto, que requeria uma maioria de 226 votos.
"Sei que a sociedade espera um milagre, um milagre social, um milagre no regresso da ordem, um milagre no restabelecimento da justiça", disse a primeira-ministra, que garantiu ser a pessoa que vai "pôr em prática este milagre".
Quanto ao programa do novo governo, Yulia Timoshenko deixou claro que se trata do programa do Presidente Viktor Yushenko, figura emblemática da Revolução Laranja.
O problema da chefe do executivo foi contentar aliados de Yushenko na distribuição das pastas, como é o caso do Partido Socialista da Ucrânia de Oleksander Moroz.
Moroz reconheceu ter chegado a "acordo verbal" com o Presidente, nos termos do qual os nomes por si recomendados terão uma em cada seis pastas ministeriais, devendo ainda ocupar outras funções no aparelho de Estado, nomeadamente ao nível regional, quando estão em jogo cerca de 4.000 cargos.
Os socialistas pediram a Yushenko as pastas da Educação, Agricultura e Política Industrial, deixando cair as do Interior e Finanças.
O nome do empresário Petro Poroshenko, do Partido da Solidariedade, é apontado para a direcção do Conselho de Segurança Nacional e de Defesa, enquanto Oleh Rybatchuk, ex-colega de Viktor Yushenko no Banco Central da Ucrânia, está na calha para ser Vice - Primeiro-Ministro encarregue da integração europeia.
A tarefa mais espinhosa que o novo executivo ucraniano tem pela frente é, cumprir a promessa de aumentar as pensões mínimas de reforma de 48 euros, correndo o risco de fazer disparar a inflação porque fazem falta mais de 2.300 milhões de euros, não contemplados no orçamento.
Fonte: agência LUSA
"Sei que a sociedade espera um milagre, um milagre social, um milagre no regresso da ordem, um milagre no restabelecimento da justiça", disse a primeira-ministra, que garantiu ser a pessoa que vai "pôr em prática este milagre".
Quanto ao programa do novo governo, Yulia Timoshenko deixou claro que se trata do programa do Presidente Viktor Yushenko, figura emblemática da Revolução Laranja.
O problema da chefe do executivo foi contentar aliados de Yushenko na distribuição das pastas, como é o caso do Partido Socialista da Ucrânia de Oleksander Moroz.
Moroz reconheceu ter chegado a "acordo verbal" com o Presidente, nos termos do qual os nomes por si recomendados terão uma em cada seis pastas ministeriais, devendo ainda ocupar outras funções no aparelho de Estado, nomeadamente ao nível regional, quando estão em jogo cerca de 4.000 cargos.
Os socialistas pediram a Yushenko as pastas da Educação, Agricultura e Política Industrial, deixando cair as do Interior e Finanças.
O nome do empresário Petro Poroshenko, do Partido da Solidariedade, é apontado para a direcção do Conselho de Segurança Nacional e de Defesa, enquanto Oleh Rybatchuk, ex-colega de Viktor Yushenko no Banco Central da Ucrânia, está na calha para ser Vice - Primeiro-Ministro encarregue da integração europeia.
A tarefa mais espinhosa que o novo executivo ucraniano tem pela frente é, cumprir a promessa de aumentar as pensões mínimas de reforma de 48 euros, correndo o risco de fazer disparar a inflação porque fazem falta mais de 2.300 milhões de euros, não contemplados no orçamento.
Fonte: agência LUSA
segunda-feira, fevereiro 07, 2005
Seremos uma nação das comunidades da autonomia administrativa
Durante a cerimonia de inauguração do Presidente da Ucrânia, Viktor Yushenko traçou alguns ideias fortes da sua futura governação:
“cada um irá ter o direito de educar o seu filho na língua dos pais”;
“cada um poderá rezar na sua igreja e todos serão iguais perante a lei”;
“tribunais independentes defenderão todos os cidadãos”;
“sistema de corrupção será demolida, os impostos serão diminuídos, mas todos vão os pagar”;
“os negócios e o funcionalismo do Estado, serão separados. Vão trabalhar para o Estado apenas aqueles, cujos rendimentos sejam iguais aos seus gastos”;
“vamos democratizar o Poder. A divisão entre as pessoas e os funcionários seja destruída”;
“todos vão desfrutar do crescimento económico do país”;
“defesa da mãe e da criança será a nossa prioridade máxima”.
Viktor Yushenko prometeu elevar a importância das comunidades locais na administração local: “nos seremos uma nação das comunidades da autonomia administrativa”. O Presidente Yushenko também prometeu que a Ucrânia não irá transformar-se “numa zona tampão, nem seja um campo de competição para ninguém”.
Presidente Yushenko definiu o seu alvo estratégico principal, como a “integração da Ucrânia na União Europeia”, mas sublinhou que “Ucrânia saúda com bondade e respeito todos os seus vizinhos no Leste ou no Ocidente” e promete ser “um parceiro fiável na luta contra novas e velhas ameaças, inclusivamente o terrorismo internacional”.
Viktor Yushenko também reafirmou o seu desejo de acabar com a corrupção, durante o seu discurso perante o Parlamento ucraniano no dia 4 de Fevereiro: “Vós prometo que não aceitarei os subornos e vós peço que vocês também não os aceitem”, - disse o Presidente perante fortes aplausos dos parlamentares.
Lembramos que a inauguração do Presidente Yushenko custou à Ucrânia apenas cerca de 800 mil USD, dos quais 376 mil recebeu o Ministério da Cultura, 319 mil o Departamento do Estado e um pouco mais de 100 mil – Comité Estatal de radio – televisão. Na inauguração eram presentes os representantes dos 64 países e organizações, assim como presidentes da Hungria, Letónia, Moldova, Polónia, Roménia, Eslováquia e Estónia.
“cada um irá ter o direito de educar o seu filho na língua dos pais”;
“cada um poderá rezar na sua igreja e todos serão iguais perante a lei”;
“tribunais independentes defenderão todos os cidadãos”;
“sistema de corrupção será demolida, os impostos serão diminuídos, mas todos vão os pagar”;
“os negócios e o funcionalismo do Estado, serão separados. Vão trabalhar para o Estado apenas aqueles, cujos rendimentos sejam iguais aos seus gastos”;
“vamos democratizar o Poder. A divisão entre as pessoas e os funcionários seja destruída”;
“todos vão desfrutar do crescimento económico do país”;
“defesa da mãe e da criança será a nossa prioridade máxima”.
Viktor Yushenko prometeu elevar a importância das comunidades locais na administração local: “nos seremos uma nação das comunidades da autonomia administrativa”. O Presidente Yushenko também prometeu que a Ucrânia não irá transformar-se “numa zona tampão, nem seja um campo de competição para ninguém”.
Presidente Yushenko definiu o seu alvo estratégico principal, como a “integração da Ucrânia na União Europeia”, mas sublinhou que “Ucrânia saúda com bondade e respeito todos os seus vizinhos no Leste ou no Ocidente” e promete ser “um parceiro fiável na luta contra novas e velhas ameaças, inclusivamente o terrorismo internacional”.
Viktor Yushenko também reafirmou o seu desejo de acabar com a corrupção, durante o seu discurso perante o Parlamento ucraniano no dia 4 de Fevereiro: “Vós prometo que não aceitarei os subornos e vós peço que vocês também não os aceitem”, - disse o Presidente perante fortes aplausos dos parlamentares.
Lembramos que a inauguração do Presidente Yushenko custou à Ucrânia apenas cerca de 800 mil USD, dos quais 376 mil recebeu o Ministério da Cultura, 319 mil o Departamento do Estado e um pouco mais de 100 mil – Comité Estatal de radio – televisão. Na inauguração eram presentes os representantes dos 64 países e organizações, assim como presidentes da Hungria, Letónia, Moldova, Polónia, Roménia, Eslováquia e Estónia.
PGR da Ucrânia investiga o envenenamento do Presidente Viktor Yushenko
A Procuradoria Geral da Ucrânia investiga cerca de 50 versões de envenenamento de Viktor Yushenko, afirmou na conferência de imprensa o Procurador Geral da Ucrânia, Sviatoslav Piskun.
Procurador Piskun informou que ele terá um encontro em Viena com o Procurador Geral da Áustria no dia 7 de Fevereiro e que a ninguém na PGR ucraniana têm duvidas que “Viktor Yushenko foi envenenado”.
Alem disso, PGR ucraniana pediu a sua congénereе austríaca fornecer alguns materiais adicionais sobre o caso de envenenamento.
No dia 21 de Setembro de 2004, a PGR da Ucrânia abriu um processo – crime da tentativa do homicídio do Viktor Yushenko. No dia 18 de Outubro, o Ministério da Justiça da Áustria, em resposta ao pedido da PGR ucraniana, enviou à Ucrânia a fixa médica do Viktor Yushenko, durante o seu internamento na clinica “Rudolphinerhouse”, de 10 à 18 de Setembro e de 30 de Setembro à 10 de Outubro de 2004. PGR ucraniana ordenou as analises da medicina legal, baseadas nestes documentos.
No dia 22 de Outubro, a PGR ucraniana arquivou o processo, alegando que a saúde de Viktor Yushenko foi afectada pela “uma infecção virulenta de hepatite”.
Mas depois de os médicos austríacos confirmarem o facto de envenenamento pelas dioxinas, a PGR ucraniana reabriu o processo em Dezembro de 2004.
Segundo os médicos, o período mais critico da saúde de Viktor Yushenko já passou, e daqui em diante, Presidente da Ucrânia vai restabelecer-se e o envenenamento não irá comprometer o seu mandato.
Durante a sua estadia no Fórum Económico Mundial em Davos, Suíça, o Presidente ucraniano admitiu recorrer à uma operação plástica para restabelecer a sua aparência habitual. “48 milhões de ucranianos, assim, como eu próprio, não conseguem habituar-se à essa cara”, - disse o Presidente Yushenko.
Tudo começou no dia 5 de Setembro de 2004, depois de jantar que Viktor Yushenko tive com o chefe de Serviço da Segurança da Ucrânia (SBU) – Ihor Smeshko. Apenas três horas depois, Yushenko sentiu-se mal, a sua esposa – Kateryna Chumachenko, afirmou que ao beijar o marido naquela tarde, sentiu alguma coisa esquisita nos seus lábios. Mais tarde, Viktor Yushenko foi internado na clinica austríaca “Rudolphinerhouse” com fortes dores de estômago. A sua cara tive uma mudança muitíssimo brusca, como resultado do envenenamento.
Testes, feitos em Amsterdão, mostram que o sangue de Viktor Yushenko têm cerca de 100 mil unidades de dioxina, que é o número máximo, alguma vez registado pela medicina moderna. A concentração altíssima de dioxina, e a sua pureza, provam, de ponto de vista de vista cientifico, o caracter não natural de veneno, introduzido no organismo do presidente da Ucrânia.
No entanto, famoso jornalista britânico, Tom Mangold, escreve no jornal australiano “The Age” que os serviços secretos russos, possuem a sua quota parte no envenenamento do Presidente ucraniano. Segundo Mangold, houve várias tentativas de envenenar o Viktor Yushenko com auxilio de dois venenos diferentes: dioxina e endoxina. Mas a dose de veneno, de tamanho de um grãozinho de papoula, de acordo com Mangould, Viktor Yushenko ingeriu no tal jantar com general Ihor Smeshko e o seu vice, Volodymyr Sacyuk, no famigerado dia 5 de Setembro de 2004. Tom Mangold afirma que o general Smeshko não sabia do complot. Mas que o cozinheiro e servente da mesa estavam à par do sucedido. Jornalista britânico também diz que estes homens foram retirados posteriormente da Ucrânia pelas pessoas ligadas ao Presidente Yushenko, como testemunhas importantes.
Professor Mykola Polishuk, membro da Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) do Parlamento ucraniano, disse na entrevista com o Mangold, que “era planeado que Viktor Yushenko morresse no dia seguinte, e apenas o facto de Presidente, no caminho para a casa extrair de si uma parte dos alimentos, salvou a sua vida”.
Nota: Tom Mangold é um jornalista famoso. Ele é o autor do filme documental da BBC, sobre o assassinato do jornalista ucraniano Georgiy Gongadze. Lembramos que o Presidente cessante da Ucrânia, Leonid Kuchma foi acusado da autoria moral daquele assassinato, na base das gravações secretas feitas pelo seu oficial da segurança, coronel Melnichenko.
Procurador Piskun informou que ele terá um encontro em Viena com o Procurador Geral da Áustria no dia 7 de Fevereiro e que a ninguém na PGR ucraniana têm duvidas que “Viktor Yushenko foi envenenado”.
Alem disso, PGR ucraniana pediu a sua congénereе austríaca fornecer alguns materiais adicionais sobre o caso de envenenamento.
No dia 21 de Setembro de 2004, a PGR da Ucrânia abriu um processo – crime da tentativa do homicídio do Viktor Yushenko. No dia 18 de Outubro, o Ministério da Justiça da Áustria, em resposta ao pedido da PGR ucraniana, enviou à Ucrânia a fixa médica do Viktor Yushenko, durante o seu internamento na clinica “Rudolphinerhouse”, de 10 à 18 de Setembro e de 30 de Setembro à 10 de Outubro de 2004. PGR ucraniana ordenou as analises da medicina legal, baseadas nestes documentos.
No dia 22 de Outubro, a PGR ucraniana arquivou o processo, alegando que a saúde de Viktor Yushenko foi afectada pela “uma infecção virulenta de hepatite”.
Mas depois de os médicos austríacos confirmarem o facto de envenenamento pelas dioxinas, a PGR ucraniana reabriu o processo em Dezembro de 2004.
Segundo os médicos, o período mais critico da saúde de Viktor Yushenko já passou, e daqui em diante, Presidente da Ucrânia vai restabelecer-se e o envenenamento não irá comprometer o seu mandato.
Durante a sua estadia no Fórum Económico Mundial em Davos, Suíça, o Presidente ucraniano admitiu recorrer à uma operação plástica para restabelecer a sua aparência habitual. “48 milhões de ucranianos, assim, como eu próprio, não conseguem habituar-se à essa cara”, - disse o Presidente Yushenko.
Tudo começou no dia 5 de Setembro de 2004, depois de jantar que Viktor Yushenko tive com o chefe de Serviço da Segurança da Ucrânia (SBU) – Ihor Smeshko. Apenas três horas depois, Yushenko sentiu-se mal, a sua esposa – Kateryna Chumachenko, afirmou que ao beijar o marido naquela tarde, sentiu alguma coisa esquisita nos seus lábios. Mais tarde, Viktor Yushenko foi internado na clinica austríaca “Rudolphinerhouse” com fortes dores de estômago. A sua cara tive uma mudança muitíssimo brusca, como resultado do envenenamento.
Testes, feitos em Amsterdão, mostram que o sangue de Viktor Yushenko têm cerca de 100 mil unidades de dioxina, que é o número máximo, alguma vez registado pela medicina moderna. A concentração altíssima de dioxina, e a sua pureza, provam, de ponto de vista de vista cientifico, o caracter não natural de veneno, introduzido no organismo do presidente da Ucrânia.
No entanto, famoso jornalista britânico, Tom Mangold, escreve no jornal australiano “The Age” que os serviços secretos russos, possuem a sua quota parte no envenenamento do Presidente ucraniano. Segundo Mangold, houve várias tentativas de envenenar o Viktor Yushenko com auxilio de dois venenos diferentes: dioxina e endoxina. Mas a dose de veneno, de tamanho de um grãozinho de papoula, de acordo com Mangould, Viktor Yushenko ingeriu no tal jantar com general Ihor Smeshko e o seu vice, Volodymyr Sacyuk, no famigerado dia 5 de Setembro de 2004. Tom Mangold afirma que o general Smeshko não sabia do complot. Mas que o cozinheiro e servente da mesa estavam à par do sucedido. Jornalista britânico também diz que estes homens foram retirados posteriormente da Ucrânia pelas pessoas ligadas ao Presidente Yushenko, como testemunhas importantes.
Professor Mykola Polishuk, membro da Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) do Parlamento ucraniano, disse na entrevista com o Mangold, que “era planeado que Viktor Yushenko morresse no dia seguinte, e apenas o facto de Presidente, no caminho para a casa extrair de si uma parte dos alimentos, salvou a sua vida”.
Nota: Tom Mangold é um jornalista famoso. Ele é o autor do filme documental da BBC, sobre o assassinato do jornalista ucraniano Georgiy Gongadze. Lembramos que o Presidente cessante da Ucrânia, Leonid Kuchma foi acusado da autoria moral daquele assassinato, na base das gravações secretas feitas pelo seu oficial da segurança, coronel Melnichenko.
O Parlamento ucraniano pretende prender o ex – presidente Kuchma
No dia 2 de Fevereiro de 2004, a Procuradoria Geral da Ucrânia recebeu duas inquirições dos deputados do Parlamento, sobre a possibilidade de abertura de um processo – crime contra o ex –presidente da Ucrânia e sobre a possibilidade da sua eventual prisão.
Numa carta, lida pelo Presidente do Parlamento, Volodymyr Lytvyn, os deputados exigem do Procurador Geral da Ucrânia, começar as investigações sobre os crimes, que, alegadamente, cometeu Leonid Kuchma.
Leonid Kuchma, por exemplo, é acusado da autoria moral de sequestro e assassinato do jornalista ucraniano Georgiy Gongadze em 2000. O Procurador Geral da Ucrânia, Sviatoslav Piskun já informou os parlamentares, que Kuchma poderá ser chamado à PGR, para depor sobre esta caso. Não é de estranhar, portanto, se Kuchma será preso em consequência dos seus depoimentos.
Alem disso, os parlamentares acusam Kuchma em escutas telefónicas ilegais, abuso do poder, favorecimento dos alguns funcionários do Estado em branqueamento de capitais e desvio de fundos do Estado em grande escala.
Kuchma também vai ter que responder sobre as questões ligadas à privatização do maior Complexo metalúrgico do país “Krivorijstal”, que passou à propriedade do seu genro Viktor Pinchuk e do oligarca Rinat Ahmetov, apoiante máximo de Viktor Yanukovich.
PGR começou o processo de verificação da legalidade de privatização do Complexo, assim como várias outras vendas de propriedade do Estado, feitas durante o mandato de Leonid Kuchma.
No entanto, até agora, o ex – Presidente vive bastante confortavelmente, ele usa uma casa de campo do Estado, que têm serventes, cozinheiro, quatro motoristas e guarda – costas e também dois carros. Alem disso, a imprensa ucraniana possui a informação que Kuchma é proprietário de um iate avaliado em cerca de 3 milhões de libras esterlinas e uma casa de campo nos arredores de Moscovo.
Fonte: top.rbc.ru
Numa carta, lida pelo Presidente do Parlamento, Volodymyr Lytvyn, os deputados exigem do Procurador Geral da Ucrânia, começar as investigações sobre os crimes, que, alegadamente, cometeu Leonid Kuchma.
Leonid Kuchma, por exemplo, é acusado da autoria moral de sequestro e assassinato do jornalista ucraniano Georgiy Gongadze em 2000. O Procurador Geral da Ucrânia, Sviatoslav Piskun já informou os parlamentares, que Kuchma poderá ser chamado à PGR, para depor sobre esta caso. Não é de estranhar, portanto, se Kuchma será preso em consequência dos seus depoimentos.
Alem disso, os parlamentares acusam Kuchma em escutas telefónicas ilegais, abuso do poder, favorecimento dos alguns funcionários do Estado em branqueamento de capitais e desvio de fundos do Estado em grande escala.
Kuchma também vai ter que responder sobre as questões ligadas à privatização do maior Complexo metalúrgico do país “Krivorijstal”, que passou à propriedade do seu genro Viktor Pinchuk e do oligarca Rinat Ahmetov, apoiante máximo de Viktor Yanukovich.
PGR começou o processo de verificação da legalidade de privatização do Complexo, assim como várias outras vendas de propriedade do Estado, feitas durante o mandato de Leonid Kuchma.
No entanto, até agora, o ex – Presidente vive bastante confortavelmente, ele usa uma casa de campo do Estado, que têm serventes, cozinheiro, quatro motoristas e guarda – costas e também dois carros. Alem disso, a imprensa ucraniana possui a informação que Kuchma é proprietário de um iate avaliado em cerca de 3 milhões de libras esterlinas e uma casa de campo nos arredores de Moscovo.
Fonte: top.rbc.ru
terça-feira, fevereiro 01, 2005
Em 2010 as Forças Armadas de Ucrânia serão profissionalizadas
Em 1 de Janeiro de 2010, as Forças Armadas da Ucrânia pretendem se tornar totalmente profissionais, declarou o Ministro da Defesa da Ucrânia general Oleksander Kuzmuk.
À partir de 2006, pretende-se diminuir o tempo de Serviço Militar Obrigatório (SMO) no Exército e na Força Aérea de 18 para 12 meses e na Marinha de 24 para 18 meses.
“O Ministério da Defesa está pronto para criar o modelo das Forças Armadas, definidas pelo Presidente recém – eleito, Comandante Supremo, Viktor Yushenko,” – disse Ministro.
Já em Novembro de 2004, o Ministério da Defesa preparou o projecto de mudanças na lei de SMO, que previa a redução do tempo de SMO e também definia e diversificava as categorias dos cidadãos que podem servir nas Forças Armadas sob o contracto, nos postos de soldado, sargento e oficial. Alem disso, em 2005 propõe-se diminuir em 50 mil pessoas o número de efectivos das Forças Armadas, que passariam a dispor de 235 mil soldados e oficiais. Desde Setembro de 2004, a 30ª Brigada Motorizada Especial de Exército, aquartelada na província de Jytomyr, beneficiou de um projecto – piloto de redução de tempo de SMO. Em 2015 pretende-se que as Forças Armadas da Ucrânia passariam a contar com apenas 100 mil efectivos.
Em Junho de 2004, o ex – Presidente da Ucrânia, Leonid Kuchma, promulgou a nova doutrina militar do país, que tem caracter totalmente defensivo. A nova doutrina também prevê a entrada da Ucrânia no NATO e considera como inimigos potenciais: o extremismo, o terrorismo internacional, o contrabando de armas e o narcotráfico. Foram considerados como ameaças internas o financiamento insuficiente das Forças Armadas, acumulação dos equipamentos militares e munições obsoletos e também a falta de condições sociais adequadas dos militares na reserva.
Planeia-se que em 2010 – 2015 as Forças Armadas ucranianas terão o armamento de ponta, sistemas de comunicação e de inteligência totalmente inovadoras, irão apostar também nos sistemas de reconhecimento e ataque computadorizados.
Neste momento, as Forças Armadas ucranianas, segundas maiores na Europa, depois da Turquia, ocupam uma posição menos prestigiante no capítulo de financiamento médio por cada efectivo. A quantidade dos blindados, sistemas de artilharia ou aviões representa o dobro das necessidades reais das Forças Armadas.
Fonte: top.rbc.ru
À partir de 2006, pretende-se diminuir o tempo de Serviço Militar Obrigatório (SMO) no Exército e na Força Aérea de 18 para 12 meses e na Marinha de 24 para 18 meses.
“O Ministério da Defesa está pronto para criar o modelo das Forças Armadas, definidas pelo Presidente recém – eleito, Comandante Supremo, Viktor Yushenko,” – disse Ministro.
Já em Novembro de 2004, o Ministério da Defesa preparou o projecto de mudanças na lei de SMO, que previa a redução do tempo de SMO e também definia e diversificava as categorias dos cidadãos que podem servir nas Forças Armadas sob o contracto, nos postos de soldado, sargento e oficial. Alem disso, em 2005 propõe-se diminuir em 50 mil pessoas o número de efectivos das Forças Armadas, que passariam a dispor de 235 mil soldados e oficiais. Desde Setembro de 2004, a 30ª Brigada Motorizada Especial de Exército, aquartelada na província de Jytomyr, beneficiou de um projecto – piloto de redução de tempo de SMO. Em 2015 pretende-se que as Forças Armadas da Ucrânia passariam a contar com apenas 100 mil efectivos.
Em Junho de 2004, o ex – Presidente da Ucrânia, Leonid Kuchma, promulgou a nova doutrina militar do país, que tem caracter totalmente defensivo. A nova doutrina também prevê a entrada da Ucrânia no NATO e considera como inimigos potenciais: o extremismo, o terrorismo internacional, o contrabando de armas e o narcotráfico. Foram considerados como ameaças internas o financiamento insuficiente das Forças Armadas, acumulação dos equipamentos militares e munições obsoletos e também a falta de condições sociais adequadas dos militares na reserva.
Planeia-se que em 2010 – 2015 as Forças Armadas ucranianas terão o armamento de ponta, sistemas de comunicação e de inteligência totalmente inovadoras, irão apostar também nos sistemas de reconhecimento e ataque computadorizados.
Neste momento, as Forças Armadas ucranianas, segundas maiores na Europa, depois da Turquia, ocupam uma posição menos prestigiante no capítulo de financiamento médio por cada efectivo. A quantidade dos blindados, sistemas de artilharia ou aviões representa o dobro das necessidades reais das Forças Armadas.
Fonte: top.rbc.ru
Presidente Yushenko ataca as oligarquias
O novo Presidente da Ucrânia, reafirmou a sua determinação de rever os resultados da privatização de propriedade estatal, ocorrida na última década no país.
Na semana passada, o Tribunal da Primeira Instância do bairro Pechersk, em Kyiv (Kiev) começou apreciar o caso das ilegalidades cometidas durante a privatização do maior Complexo metalúrgico da Ucrânia – “Kryvorijstal” (Aço de Kryviy Rig).
No dia 27 de Janeiro, o mesmo Tribunal decretou o embargo sobre qualquer transação dos 93,02% das acções deste Complexo. O embargo tem por objectivo a não permissão de revenda das acções para as “empresas - sombra”, criadas pelos actuais donos do Complexo no intuito de branquear as suas actividades.
A primeira audiência do Tribunal está a ser marcada para o dia 18 de Fevereiro.
O Complexo foi privatizado no verão de 2004. O vencedor do concurso, que ficou com 93,02 das acções, foi o Consórcio “União Metalúrgica de Investimentos”(UMI), por sua vez controlada em 56,25% pela companhia “System Capital Management”, pertencente ao oligarca de Donetsk Rinat Ahmetov (mentor de Yanukovich) e em 43,75% pela corporação “Interpipe”, pertencente ao oligarca de Dnipropetrovsk Viktor Pinchuk (genro do ex – Presidente ucraniano Leonid Kuchma).
O Consórcio UMI oferecia aos cofres do Estado apenas 800 milhões de USD, enquanto, alegadamente, o Consórcio russo – americano “Severstal”, cerca de 1,2 biliões de USD e os americanos de “United Steel”, cerca de 1,5 biliões de USD, mesmo assim, os oligarcas conseguiram ganhar o concurso.
Viktor Yushenko, ainda como líder da oposição no Parlamento da Ucrânia, exigia que o Poder central, declare a moratória sobre as grandes privatizações, até a realização das eleições presidenciais no final de 2004. Depois de ser eleito Presidente da Ucrânia, Viktor Yushenko reafirmou o seu desejo de reexaminar “os roubos claros de propriedade do Estado, como o caso de Kryvorijstal, perpetuados pelo anterior regime, encabeçado pelo Leonid Kuchma”. Agora o novo Presidente passou de palavras à uma acção concreta e corajosa.
Quando a vitoria de Viktor Yushenko nas eleições presidenciais tornou-se evidente, o genro de Kuchma, V. Pinchuk, declarou que, caso se confirme a informação do que outros investidores pretendiam pagar cerca de 1 bilião de USD à mais do que pagou a “União Metalúrgica de Investimento”, ele estará disposto devolver a diferença ao Estado ucraniano.
No entanto, o Vice – Presidente da UMI, Oleksander Pilipenko, avalia só o pacote principal das acções do Complexo em mais de 2,5 biliões de USD.
Fonte: vremya.ru
Na semana passada, o Tribunal da Primeira Instância do bairro Pechersk, em Kyiv (Kiev) começou apreciar o caso das ilegalidades cometidas durante a privatização do maior Complexo metalúrgico da Ucrânia – “Kryvorijstal” (Aço de Kryviy Rig).
No dia 27 de Janeiro, o mesmo Tribunal decretou o embargo sobre qualquer transação dos 93,02% das acções deste Complexo. O embargo tem por objectivo a não permissão de revenda das acções para as “empresas - sombra”, criadas pelos actuais donos do Complexo no intuito de branquear as suas actividades.
A primeira audiência do Tribunal está a ser marcada para o dia 18 de Fevereiro.
O Complexo foi privatizado no verão de 2004. O vencedor do concurso, que ficou com 93,02 das acções, foi o Consórcio “União Metalúrgica de Investimentos”(UMI), por sua vez controlada em 56,25% pela companhia “System Capital Management”, pertencente ao oligarca de Donetsk Rinat Ahmetov (mentor de Yanukovich) e em 43,75% pela corporação “Interpipe”, pertencente ao oligarca de Dnipropetrovsk Viktor Pinchuk (genro do ex – Presidente ucraniano Leonid Kuchma).
O Consórcio UMI oferecia aos cofres do Estado apenas 800 milhões de USD, enquanto, alegadamente, o Consórcio russo – americano “Severstal”, cerca de 1,2 biliões de USD e os americanos de “United Steel”, cerca de 1,5 biliões de USD, mesmo assim, os oligarcas conseguiram ganhar o concurso.
Viktor Yushenko, ainda como líder da oposição no Parlamento da Ucrânia, exigia que o Poder central, declare a moratória sobre as grandes privatizações, até a realização das eleições presidenciais no final de 2004. Depois de ser eleito Presidente da Ucrânia, Viktor Yushenko reafirmou o seu desejo de reexaminar “os roubos claros de propriedade do Estado, como o caso de Kryvorijstal, perpetuados pelo anterior regime, encabeçado pelo Leonid Kuchma”. Agora o novo Presidente passou de palavras à uma acção concreta e corajosa.
Quando a vitoria de Viktor Yushenko nas eleições presidenciais tornou-se evidente, o genro de Kuchma, V. Pinchuk, declarou que, caso se confirme a informação do que outros investidores pretendiam pagar cerca de 1 bilião de USD à mais do que pagou a “União Metalúrgica de Investimento”, ele estará disposto devolver a diferença ao Estado ucraniano.
No entanto, o Vice – Presidente da UMI, Oleksander Pilipenko, avalia só o pacote principal das acções do Complexo em mais de 2,5 biliões de USD.
Fonte: vremya.ru
Ucrânia domina o Fórum Económico Mundial
Sábado, 29 de Janeiro, o Fórum Económico Mundial em Davos, na Suíça, foi dominado pelo Presidente da Ucrânia, Viktor Yushenko. Presidente ucraniano tive mais de 30 encontros com empresários e membros de delegações.
No encontro com Presidente da Comissão Europeia, português Durão Barroso, Viktor Yushenko comprometeu-se concluir o plano de cooperação da Ucrânia com a União Europeia em três anos. Presidente Yushenko também prometeu que Ucrânia irá adequar o seu orçamento do Estado, às políticas de FMI, num curto período de tempo.
Entre outras novidades, Viktor Yushenko anunciou que todos os funcionários de Estado na Ucrânia, vão ter que preencher as novas declarações dos rendimentos, onde terão que mencionar não apenas as suas rendas, mas também os seus gastos. Mais. Essas declarações também serão feitas pelos membros directos da família do funcionário.
Alem disso, Viktor Yushenko anunciou que em 2005, a capital da Ucrânia, Kyiv (Kiev) irá organizar um Fórum Económico, “de menor dimensão”.
Os empresários de calibre internacional, vindos de todo o Mundo, mostraram a confiança no Presidente ucraniano, votando no seu programa, através dos créditos financeiros. Apenas o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, comprometeu-se de facilitar o investimento directo estrangeiro na Ucrânia, orçado em 1 bilião de euro por ano.
Entre todas as línguas eslavas, faladas em Davos este ano, a língua ucraniana dominou o Fórum por completo. Presidente Yushenko tinha quase que desdobrar-se, para poder intervir nos seminários, dar entrevistas e participar nas conferencias de imprensa.
Até na conferencia de imprensa de financista e filantropo internacional, George Soros, foram feitas enumeras perguntas sobre Presidente Viktor Yushenko. Soros respondeu que “apoiava as forças democráticas na Ucrânia”. Financista também declarou, que acredita na queda contínua do dólar em relação ao euro.
Mesmo, nos contactos informais de Davos, a influência ucraniana era bem visível. Muitos dos políticos e empresários, esperados nos outros encontros, preferiram ir à um jantar com Viktor Yushenko. Até os lideres da União das Forças de Direita (SPS), oposição democrática russa, Anatoliy Tchubais e Boris Nemcov, escolheram jantar com o líder da Ucrânia.
Fonte: Известия.Ru
No encontro com Presidente da Comissão Europeia, português Durão Barroso, Viktor Yushenko comprometeu-se concluir o plano de cooperação da Ucrânia com a União Europeia em três anos. Presidente Yushenko também prometeu que Ucrânia irá adequar o seu orçamento do Estado, às políticas de FMI, num curto período de tempo.
Entre outras novidades, Viktor Yushenko anunciou que todos os funcionários de Estado na Ucrânia, vão ter que preencher as novas declarações dos rendimentos, onde terão que mencionar não apenas as suas rendas, mas também os seus gastos. Mais. Essas declarações também serão feitas pelos membros directos da família do funcionário.
Alem disso, Viktor Yushenko anunciou que em 2005, a capital da Ucrânia, Kyiv (Kiev) irá organizar um Fórum Económico, “de menor dimensão”.
Os empresários de calibre internacional, vindos de todo o Mundo, mostraram a confiança no Presidente ucraniano, votando no seu programa, através dos créditos financeiros. Apenas o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, comprometeu-se de facilitar o investimento directo estrangeiro na Ucrânia, orçado em 1 bilião de euro por ano.
Entre todas as línguas eslavas, faladas em Davos este ano, a língua ucraniana dominou o Fórum por completo. Presidente Yushenko tinha quase que desdobrar-se, para poder intervir nos seminários, dar entrevistas e participar nas conferencias de imprensa.
Até na conferencia de imprensa de financista e filantropo internacional, George Soros, foram feitas enumeras perguntas sobre Presidente Viktor Yushenko. Soros respondeu que “apoiava as forças democráticas na Ucrânia”. Financista também declarou, que acredita na queda contínua do dólar em relação ao euro.
Mesmo, nos contactos informais de Davos, a influência ucraniana era bem visível. Muitos dos políticos e empresários, esperados nos outros encontros, preferiram ir à um jantar com Viktor Yushenko. Até os lideres da União das Forças de Direita (SPS), oposição democrática russa, Anatoliy Tchubais e Boris Nemcov, escolheram jantar com o líder da Ucrânia.
Fonte: Известия.Ru
Como Europa salvou a Ucrânia de uma Guerra civil
Presidente Kwasnewskiy: ucraniano não é um russo pintado!
Entrevista do presidente da Polónia, Aleksandr Kwasnewskiy, dada ao jornal polaco Polityka, sobre os acontecimentos da Revolução Laranja na Ucrânia
Como começou a mesa – redonda na Ucrânia?
Quando as pessoas começaram se manifestar na Praça de Independência, havia uma pergunta básica a fazer: será que este movimento é genuíno? O meu instinto me dizia que sim e si o Presidente Kuchma pretenderá ignora-lo, ele ia cometer um grande erro. O povo disse “não”. E tudo começou. Então, primeiro Kuchma e depois Viktor Yushenko me contactaram pessoalmente no dia 23 de Novembro de 2004.
Porque eles queriam as conversações?
Eles estiveram confusos. Viktor Yushenko, que tinha o apoio popular, não tinha nenhum suporte legal. Ele era apenas o líder da oposição no Parlamento. Oficialmente, foi divulgado, que ele perdeu as eleições. Kuchma era o Presidente em funções, mas isso não fazia a diferença, ele já não conseguia entrar na Presidência, apenas ficava num sanatório nos arredores de Kyiv (Kiev), perto da sua casa de campo em Koncha Zaspa. Eu disse para ele: “Se tu estas nessa aldeia, então não possuis o PODER”.
Eu tentava envolver a Europa, tinha as conversações com Javier Solana, os eurodeputados polacos fizeram uma pressão forte e Solana entendeu que tem que reagir. Ele pediu que eu falo com alguns lideres europeus. Pelo telefone eu conversei com o Primeiro – Ministro da Holanda Jan Peter Balkenende, com Chanceler Shroeder, com quem tenho um contacto permanente, com Presidente da Republica Checa Vaclav Klaus, com Chanceler da Áustria Shusser, Jackues Chirac me ouviu com muito interesse e disse: “Bonne chanse, Alexandre”.
Como reagiu o Shroeder? As fontes alemãs dizem que depois da vossa conversa ele falou com Putin e a resposta do Putin foi dura – Yanukovich ganhou e acabou-se.
Nossa primeira conversa foi bastante fria. Eu pedi que Shroeder, usando os seus bons contactos, espilrar à Rússia que não é admissível tomar uma posição tão dura e tão inflexível – isso não leva ao bom resultado. Nos precisamos da Rússia para resolver este conflito.
Qual foi a reacção dos EUA?
Washington nos apoiava, interessava-se pela Ucrânia, mais pela Ucrânia democrática, o relacionamento com o Kuchma não era estrutural. Eu disse ao Bush, que preciso do apoio público dele, isso dava o peso a minha missão. Bush, durante a sua viagem para a Canada disse que me apoiava.
Será que os americanos têm um jogo duplo? Bush, quando encontra-se pessoalmente com Putin, usa uma linguagem diferente. A Rússia é o parceiro estratégico deles.
Eu entendo o Bush, eu também tento ter um bom relacionamento com Putin. Mas também sei que para qualquer país importante, a Rússia sem a Ucrânia é muito melhor do que a Rússia com a Ucrânia.
É uma tese polaca.
Não, americana. Qual é o interesse geoestratégico deles em a Rússia ter a Ucrânia? Hoje a Rússia recupera as suas posições no Mundo, isso é normal. Mas porque ela têm que usar 50 milhões de ucranianos? De qualquer maneira, graças à estas conversas telefónicas, podíamos organizar uma missão à Kyiv, que incluía a minha pessoa, Javier Solana e Valdas Adamkus. Presidente da Lituânia, Adamkus, também foi incluído por iniciativa de Kuchma.
Eu formulei o plano, que (posso dizer com orgulho) foi realizado: verificação dos resultados das eleições, não à uso de força, condução de um dialogo público.
Gente ligada à Yanukovich negou a fraude?
Primeiro encontro com Kuchma foi dramático. Vocês podem imaginar: numa aldeia com o Presidente de um grande país. Kuchma tinha queixas sobre todo o Mundo: eleições eram normais, e mesmo se não eram, então nos EUA... Estados Unidos foi o tema central. Nos EUA também falsificam, lá também nem tudo é correcto, o que vocês querem da Ucrânia? Situação era mais que má. Durante a minha conversa com Kuchma, Putin telefonou três vezes, propondo os seus representantes, concordou-se com Boris Grizlov. Quando chegou o Solana, ele foi duramente criticado por todos os erros que União Europeia cometeu na Ucrânia. Critica era correcta, mas naquele preciso momento, pouco construtiva.
Você tinha que convencer Solana, para que ele faça parte nas conversações?
Sim, mas ajudou o encontro UE – Rússia em Haia, que aconteceu um dia antes. A Europa viu a cara inflexível da Rússia. UE entendeu que não há outra saída, União tinha que estar na Ucrânia.
Quem escolheu o lugar para a mesa – redonda?
Eu propôs para irmos ao Palácio Mariinskiy (Presidência da República da Ucrânia), no centro de Kyiv, ao contrario ficava claro, que o Poder já não existe, apenas um país estranho que possui três Presidentes: em funções, oficial e aquele que fiz o juramento – e nenhum deles consegue entrar no edifício da Presidência. Kuchma contrapôs: “A Presidência está bloqueada”. Eu respondi: “Então Viktor Yushenko vai retirar as pessoas. Nos temos que entrar lá”.
Chegamos lá, mas durante a nossa curta viagem, recebemos uma informação importante, que cerca das 15:00 horas, é planeada a chegada dos 40 mil mineiros. Eu até imaginei os confrontos... Nossa missão podia terminar antes do seu início. Ajudaram os meus conhecimentos, aqueles nove anos dos meus contactos com todos os políticos ucranianos. Eu meti no meu carro Jacek Kluczkowskiy, que tinha telemóvel e todos os telefones pessoais dos políticos ucranianos. Pedi ligar para o Serhiy Tigipko (chefe do Gabinete Eleitoral de Yanukovich), que eu conhecia pessoalmente. “A noticia da marcha é verdadeira?”. “Sim, isso já não se pode parar. Donetsk, Lugansk, Herson querem sais da Ucrânia. Os mineiros revoltaram-se”. “Eu peço muito, não fazem isso, as 16:00 horas temos as conversações com Yanukovich, vai parecer que vocês estão os sabotar”. Ele entendeu. Tenho que dizer que Yanukovich portou-se decentemente. Ele foi ter com mineiros, mandou os não começar a acção. Aquela meia – hora foi decisiva. Se acontecia, aquilo que podia acontecer, nem sei o que seria da Ucrânia.
Quem lhe disse que a marcha não acontecerá?
Foram eles próprios. As 15:00 começamos conversações com a equipa de Viktor Yushenko na sua sede. Sentimento revolucionário, todos vestidos de laranja. Temos que falar sobre o entendimento, mas eles recusam-se falar com Yanukovich, ele é um bandido. Mas ele era reconhecido pela Comissão Central de Eleições, ele era o Primeiro – Ministro em funções, ele representava mais de 30% do eleitorado ucraniano nas regiões do Leste do país. Nos conseguimos os convencer que é preciso conversar. Sobre o não uso de violência. E depois: encontrar as provas que as eleições foram falsificadas.
Como Yanukovich vós recebeu?
Normalmente. Mas a situação complicava-se, porque se considerar que as eleições foram falsificados, nos não tínhamos boas notícias para lhe dar. Yanukovich começa apresentar a sua posição: as eleições eram justas e se houveram as falsificações, estes aconteceram na Ucrânia Ocidental, e até nos EUA, também, acontecem violações. Que saída existe? Yanukovich não vê nenhuma, o Tribunal Supremo vai decidir, ele é convencido que é Presidente, está pronto para conversar e não tem nenhuma dúvida da sua vitoria. Aqui começam chagar as telegramas de felicitações da Ásia Central. Ele mostra os: olhem, sou reconhecido. Alem disso, não podemos esquecer que ele é reconhecido pelo presidente Putin. Aqui nada de brincadeiras: “estamos falar com o Primeiro – Ministro em funções, que é proclamado Presidente, pela Comissão Central de Eleições, outra parte são os golpistas”.
Mesa redonda começa com a intervenção de Kuchma, depois fala Viktor Yushenko, que apresenta provas das falsificações, quer repetir as eleições. Depois entrevem Yanukovich que afirma não houver fraudes, que os manifestantes perturbam o trabalho da administração, etc.
O que exigia Yanukovich? Retirar os manifestantes?
Retirar os manifestantes, começar as negociações políticas, talvez Viktor Yushenko poderia tornar-se o Primeiro – Ministro. E naquele momento, Volodymyr Lytvyn, Presidente do Parlamento ucraniano, que durante o processo todo desempenhou um papel muito positivo, tomou a palavra. Lytvyn, sob o Kuchma, era o chefe da Presidência da República, depois entrou no Parlamento, isso cunhou a independência do seu pensamento. A sua ideia principal era seguinte: Ucrânia está numa situação tão difícil, que não se podia procurar a resolução estritamente jurídica, a resolução deveria ser política. A minha resposta foi clara, temos que anunciar que as eleições eram falsificados. Temos que rapidamente votar de novo a segunda volta, excluir o uso de força e continuar com o dialogo político. No mesmo sentido pronunciaram-se Solana e Adamkus.
Depois falou Grizlov, ex–ministro russo do Interior: as manifestações eram planeados, é uma provocação clara, manifestantes recebem dinheiro. Segundo, Rússia considera que as eleições eram justas. Comissão Central de Eleições anunciou o vencedor, temos que por o ponto final. Terceiro, nos EUA também houve as violáceos em 2000 e agora. Falava muitíssimo disso. Eu fiquei muito zangado. Disse que já vi manifestações dessas em Gdansk, em Praga, em Moscovo. E que o Sr, não diga que isso não é um movimento genuíno, mesmo se o seu início foi planeado, agora nos somos testemunhas de um movimento realmente de massas. Viktor Yushenko juntou-se, dizendo que mais alguns dias de impasse e até ele perderá o controlo sobre o povo.
Eu disse que, se entendo bem o Sr. Grizlov, então estou disposto de acrescentar no protocolo do nosso acordo, o ponto onde os presentes repudiariam as violações que tinham tido lugar nas eleições dos EUA. Ninguém se riu, era demais.
Por fim, acordamos de fazer a declaração de seguinte conteúdo: não usar a força, continuar o diálogo. E esperar a deliberação de Tribunal Supremo.
Yanukovich aceitou isso? Concordou tão facilmente?
Nessa discussão ele só poderia ter apoio de Grizlov. Também deixou-se apanhar em duas ratoeiras, que nos lhe mostramos na mesa redonda. Primeiro, ele próprio afirmou que as eleições eram falsificadas na Ucrânia Ocidental. Viktor Yushenko apresentou 700 queixas das regiões de Leste, em resposta Yanukovich apresentou 7 mil queixas da Ucrânia Ocidental. No fim, tivemos 7700 casos, isso significava que eleições não eram justas.
E segunda ratoeira: se Yanukovich acha que eleições eram justas, e ele têm um milhão de votos à mais, então ele têm medo de que? De repetição? De qualquer maneira, nos conseguimos chegar ao acordo sobre duas questões fundamentais. Todas as partes renunciam o uso de força – essa declaração do Presidente e do Primeiro – Ministro foi muito importante, na presença dos convidados estrangeiros de peso. E segundo, é a promessa que o dialogo irá continuar.
Então a Rússia aprovou essa mesa – redonda? Como Grizlov lá foi parar?
Ele era o enviado de Putin. Primeira pergunta de Kuchma era sobre Grizlov. Se eu não tinha nada a objectar sobre a presença do representante do Putin. “Claro que não”, - disse eu. Não temos nada a esconder.
Talvez os russos consideraram a mesa – redonda apenas como uma discussão, como uma troca de opiniões?
Eles não podiam não reconhecer as conversações, porque a resolução da questão dos eleições nos deixamos com o Tribunal Supremo. Nos não afirmamos que eleições eram falsificados. No que toca outros elementos de acordo, Yanukovich não podia entrar em polemicas com aquilo. Renuncia do uso de força – será que ele pode dizer “não”? Diálogo – será que ele dirá não?
Sobre o Tribunal Supremo, eu insistia que a secção plenária deve ser aberta, transmitida pela televisão. Isso provocou grande confusão. Como isso é possível, impor algo ao Tribunal? Porque não, - disse eu – quem fica prejudicado com um procedimento transparente?
Depois começou a discussão sobre os termos. Alguém falou em Glasnost e todos gostaram. Kuchma apresentou outra proposta: deveria ser escrito que as partes esperam os resultados objectivos. Com muito custo escrevemos a tal Glasnost.
Os juizes do tribunal não possuem apenas os apelidos, mas também as caras. Eles também fazem compras, passeiam com os filhos no parque. Querem ser cidadãos. Assim terminou o dia 26 de Novembro.
Depois da segunda volta, Yanukovich tinha a cara de perdedor?
Naquele momento ainda não. Mas todos ficaram impressionados com a presença dos milhares de pessoas no frio. Dias passavam, mas a multidão não diminuía, ao contrario – crescia. Todos tivemos na memória os acontecimentos em Geórgia.
Para entender a situação definitivamente: a União Europeia não pretendia intervir nos assuntos ucranianos?
Uma parte dos países sim, outra – não. Alguns tiveram a dilema: Moscovo ou Kyiv? Alguns capitais europeus escolheram o Moscovo, considerando o Kyiv como a zona de influência russa. Outros países, principalmente da Europa Central, comportam-se mais activamente. Todos, hoje devem pensar a sua política, porque Viktor Yushenko disse correctamente – Ucrânia já não é a parte de um espaço de influência pós – soviética, mas um país soberano, independente, possuindo a sociedade civil cada vez mais forte.
Na sua opinião, a nova situação ucraniana poderá ou não, trazer inimizade ente a União Europeia e o Moscovo?
Na minha opinião, não. UE não poderá ignorar aquilo, que aconteceu com a posição dos ucranianos e deverá pensar sobre a sua política em relação a Rússia. Eu estou convencido, que isso irá acontecer. Os russos vão engolir essa pílula amarga e vão cooperar com a Ucrânia de modo normal. Tenho que sublinhar uma coisa importante: na mapa de Europa surgiu o novo objecto social e político soberano. Ucraniano não é um russo pintado. Tratem este ucraniano como participante da política europeia. E não digam que primeiro a Turquia entrará na UE, e só depois vamos pensar sobre a Ucrânia.
Não sabemos, porque Viktor Yushenko incomodava a Rússia. Será que ele é um anti – russo?
Porque eles entenderam que a Ucrânia tem que suspender todas as suas tendências de cooperação com as estruturas europeias. Se você pudesse ouvir o que dizia o embaixador russo na Ucrânia, o ex – Primeiro Ministro russo, Tchernamirdin na presença de Javier Solana... NATO é o mal, UE é normal, mas NATO ameaça a Rússia. Eles pensaram que em conjunto com Yanukovich criariam algo que de inicio seria a Comunidade dos Países Independentes – planeava-se ter uma moeda comum, depois iam começar com o projecto seguinte. Provavelmente, que estes projectos serão irrealizáveis com Viktor Yushenko. Embora eu tenho a certeza, que Viktor Yushenko terá uma política aberta com a Rússia também. De outra maneira não será possível.
Para que foi preciso a segunda mesa – redonda?
Num dos encontros em Kyiv, a questão central foi seguinte: repetir as eleições de raiz ou apenas a segunda volta. Parte governista achava que Yanukovich deveria ser substituído, neste tempo eles queriam preparar um novo candidato, que deveria retirar votos ao Viktor Yushenko e também que não iria jogar a carta de separatismo.
De onde surgiu a ideia de Kuchma visitar o Putin? Uma “cortina de fumo”?
Desespero.
Você não acha estranho, que durante as conversações, você telefona para Shroeder, Chirac, Bush e não liga para Putin? Será que Putin não responderia?
Nos discutimos isso com Putin antes. Eu lhe contava sobre a Ucrânia na União Europeia, sua opinião era contrária. Difícil ligar, quando as opiniões são contraditórias. Por isso pedi o Shroeder e Balkenende explicar à Moscovo o sentido das nossas conversações. A nossa mediação absolutamente não era anti – russa. Essa mediação não influenciava as decisões soberanas da Ucrânia. Isso era uma escolha dos ucranianos e ponto final!
A reacção da Rússia sobre os esforços da mediação internacional era negativa. Você não têm receio, que no futuro, a Rússia pode “castigar” a Polónia por causa da sua intervenção na Ucrânia?
A posição russa foi criada sob pressão das pessoas que não conseguiram prever o desenrolamento da situação e foram apanhados por esta. Eu tenho a certeza, que a Ucrânia, que terá um Presidente forte e democrático, será o parceiro certo não apenas para a Polónia, mas também para a Rússia. A escolha não foi feita pelo Adamkus, Solana ou Kwasnewskiy, mas pelo povo ucraniano. Durante a sua missão, eu indicava que a Ucrânia deve ter bom relacionamento com a Rússia e com a UE, incluindo a Polónia. As relações internacionais baseiam-se nas parcerias, na democracia e no diálogo, e não na coacção e paternalismo.
Será que a experiência das mesas – redondas da Ucrânia, com a presença de não apenas Javier Solana, mas também dos representantes da Holanda – poderá ser o fundamento da “política de Leste” comum da UE?
Agora, em situação de uma crise política num país vizinho da UE, nos conseguimos ajudar. Mas segundo passo será mais importante – que proposta a União Europeia poderá fazer à Ucrânia depois das eleições, e como nos definimos a nossa posição sobre os problemas de Moldova e Transnístria (província separatista de Moldova, que reclama a sua independência, não possui nenhum tipo de reconhecimento internacional jurídico) ou de Belarus.
Fonte - ИноСМИ
Palavra de tradutor.
Depois de ler a entrevista do Presidente da Polónia, pode-se visualizar mais uma versão sobre os porquês de alegado atentado contra o ex – número dois de Yanukovich, Serhiy Tigipko.
Primeiro, Tigipko, sendo o chefe do Gabinete Eleitoral de Yanukovich, foi contactado pelo Kwasnewskiy e cumpriu a parte que lhe cabia para barrar a vinda dos mineiros à Kyiv.
Segundo, sendo a criatura de especialista das Relações Públicas russo, Marat Gelman, Tigipko acreditou que as eleições poderão ser anulados pelo Supremo, e que haverão novas eleições onde ele será o candidato ideal do Poder para derrotar o Viktor Yushenko.
É lógico que Yanukovich não poderia gostar de tanta “frescura” por parte do seu vice. E tendo o CV, que ex – presidiário, mais conhecido no meio marginal como “Ham” – Brutamontes, têm, não é de estranhar que Sergiy Tigipko teve, alegadamente, um acidente quase mortal e muito triste, caso este vier a ser confirmado oficialmente.
Entrevista do presidente da Polónia, Aleksandr Kwasnewskiy, dada ao jornal polaco Polityka, sobre os acontecimentos da Revolução Laranja na Ucrânia
Como começou a mesa – redonda na Ucrânia?
Quando as pessoas começaram se manifestar na Praça de Independência, havia uma pergunta básica a fazer: será que este movimento é genuíno? O meu instinto me dizia que sim e si o Presidente Kuchma pretenderá ignora-lo, ele ia cometer um grande erro. O povo disse “não”. E tudo começou. Então, primeiro Kuchma e depois Viktor Yushenko me contactaram pessoalmente no dia 23 de Novembro de 2004.
Porque eles queriam as conversações?
Eles estiveram confusos. Viktor Yushenko, que tinha o apoio popular, não tinha nenhum suporte legal. Ele era apenas o líder da oposição no Parlamento. Oficialmente, foi divulgado, que ele perdeu as eleições. Kuchma era o Presidente em funções, mas isso não fazia a diferença, ele já não conseguia entrar na Presidência, apenas ficava num sanatório nos arredores de Kyiv (Kiev), perto da sua casa de campo em Koncha Zaspa. Eu disse para ele: “Se tu estas nessa aldeia, então não possuis o PODER”.
Eu tentava envolver a Europa, tinha as conversações com Javier Solana, os eurodeputados polacos fizeram uma pressão forte e Solana entendeu que tem que reagir. Ele pediu que eu falo com alguns lideres europeus. Pelo telefone eu conversei com o Primeiro – Ministro da Holanda Jan Peter Balkenende, com Chanceler Shroeder, com quem tenho um contacto permanente, com Presidente da Republica Checa Vaclav Klaus, com Chanceler da Áustria Shusser, Jackues Chirac me ouviu com muito interesse e disse: “Bonne chanse, Alexandre”.
Como reagiu o Shroeder? As fontes alemãs dizem que depois da vossa conversa ele falou com Putin e a resposta do Putin foi dura – Yanukovich ganhou e acabou-se.
Nossa primeira conversa foi bastante fria. Eu pedi que Shroeder, usando os seus bons contactos, espilrar à Rússia que não é admissível tomar uma posição tão dura e tão inflexível – isso não leva ao bom resultado. Nos precisamos da Rússia para resolver este conflito.
Qual foi a reacção dos EUA?
Washington nos apoiava, interessava-se pela Ucrânia, mais pela Ucrânia democrática, o relacionamento com o Kuchma não era estrutural. Eu disse ao Bush, que preciso do apoio público dele, isso dava o peso a minha missão. Bush, durante a sua viagem para a Canada disse que me apoiava.
Será que os americanos têm um jogo duplo? Bush, quando encontra-se pessoalmente com Putin, usa uma linguagem diferente. A Rússia é o parceiro estratégico deles.
Eu entendo o Bush, eu também tento ter um bom relacionamento com Putin. Mas também sei que para qualquer país importante, a Rússia sem a Ucrânia é muito melhor do que a Rússia com a Ucrânia.
É uma tese polaca.
Não, americana. Qual é o interesse geoestratégico deles em a Rússia ter a Ucrânia? Hoje a Rússia recupera as suas posições no Mundo, isso é normal. Mas porque ela têm que usar 50 milhões de ucranianos? De qualquer maneira, graças à estas conversas telefónicas, podíamos organizar uma missão à Kyiv, que incluía a minha pessoa, Javier Solana e Valdas Adamkus. Presidente da Lituânia, Adamkus, também foi incluído por iniciativa de Kuchma.
Eu formulei o plano, que (posso dizer com orgulho) foi realizado: verificação dos resultados das eleições, não à uso de força, condução de um dialogo público.
Gente ligada à Yanukovich negou a fraude?
Primeiro encontro com Kuchma foi dramático. Vocês podem imaginar: numa aldeia com o Presidente de um grande país. Kuchma tinha queixas sobre todo o Mundo: eleições eram normais, e mesmo se não eram, então nos EUA... Estados Unidos foi o tema central. Nos EUA também falsificam, lá também nem tudo é correcto, o que vocês querem da Ucrânia? Situação era mais que má. Durante a minha conversa com Kuchma, Putin telefonou três vezes, propondo os seus representantes, concordou-se com Boris Grizlov. Quando chegou o Solana, ele foi duramente criticado por todos os erros que União Europeia cometeu na Ucrânia. Critica era correcta, mas naquele preciso momento, pouco construtiva.
Você tinha que convencer Solana, para que ele faça parte nas conversações?
Sim, mas ajudou o encontro UE – Rússia em Haia, que aconteceu um dia antes. A Europa viu a cara inflexível da Rússia. UE entendeu que não há outra saída, União tinha que estar na Ucrânia.
Quem escolheu o lugar para a mesa – redonda?
Eu propôs para irmos ao Palácio Mariinskiy (Presidência da República da Ucrânia), no centro de Kyiv, ao contrario ficava claro, que o Poder já não existe, apenas um país estranho que possui três Presidentes: em funções, oficial e aquele que fiz o juramento – e nenhum deles consegue entrar no edifício da Presidência. Kuchma contrapôs: “A Presidência está bloqueada”. Eu respondi: “Então Viktor Yushenko vai retirar as pessoas. Nos temos que entrar lá”.
Chegamos lá, mas durante a nossa curta viagem, recebemos uma informação importante, que cerca das 15:00 horas, é planeada a chegada dos 40 mil mineiros. Eu até imaginei os confrontos... Nossa missão podia terminar antes do seu início. Ajudaram os meus conhecimentos, aqueles nove anos dos meus contactos com todos os políticos ucranianos. Eu meti no meu carro Jacek Kluczkowskiy, que tinha telemóvel e todos os telefones pessoais dos políticos ucranianos. Pedi ligar para o Serhiy Tigipko (chefe do Gabinete Eleitoral de Yanukovich), que eu conhecia pessoalmente. “A noticia da marcha é verdadeira?”. “Sim, isso já não se pode parar. Donetsk, Lugansk, Herson querem sais da Ucrânia. Os mineiros revoltaram-se”. “Eu peço muito, não fazem isso, as 16:00 horas temos as conversações com Yanukovich, vai parecer que vocês estão os sabotar”. Ele entendeu. Tenho que dizer que Yanukovich portou-se decentemente. Ele foi ter com mineiros, mandou os não começar a acção. Aquela meia – hora foi decisiva. Se acontecia, aquilo que podia acontecer, nem sei o que seria da Ucrânia.
Quem lhe disse que a marcha não acontecerá?
Foram eles próprios. As 15:00 começamos conversações com a equipa de Viktor Yushenko na sua sede. Sentimento revolucionário, todos vestidos de laranja. Temos que falar sobre o entendimento, mas eles recusam-se falar com Yanukovich, ele é um bandido. Mas ele era reconhecido pela Comissão Central de Eleições, ele era o Primeiro – Ministro em funções, ele representava mais de 30% do eleitorado ucraniano nas regiões do Leste do país. Nos conseguimos os convencer que é preciso conversar. Sobre o não uso de violência. E depois: encontrar as provas que as eleições foram falsificadas.
Como Yanukovich vós recebeu?
Normalmente. Mas a situação complicava-se, porque se considerar que as eleições foram falsificados, nos não tínhamos boas notícias para lhe dar. Yanukovich começa apresentar a sua posição: as eleições eram justas e se houveram as falsificações, estes aconteceram na Ucrânia Ocidental, e até nos EUA, também, acontecem violações. Que saída existe? Yanukovich não vê nenhuma, o Tribunal Supremo vai decidir, ele é convencido que é Presidente, está pronto para conversar e não tem nenhuma dúvida da sua vitoria. Aqui começam chagar as telegramas de felicitações da Ásia Central. Ele mostra os: olhem, sou reconhecido. Alem disso, não podemos esquecer que ele é reconhecido pelo presidente Putin. Aqui nada de brincadeiras: “estamos falar com o Primeiro – Ministro em funções, que é proclamado Presidente, pela Comissão Central de Eleições, outra parte são os golpistas”.
Mesa redonda começa com a intervenção de Kuchma, depois fala Viktor Yushenko, que apresenta provas das falsificações, quer repetir as eleições. Depois entrevem Yanukovich que afirma não houver fraudes, que os manifestantes perturbam o trabalho da administração, etc.
O que exigia Yanukovich? Retirar os manifestantes?
Retirar os manifestantes, começar as negociações políticas, talvez Viktor Yushenko poderia tornar-se o Primeiro – Ministro. E naquele momento, Volodymyr Lytvyn, Presidente do Parlamento ucraniano, que durante o processo todo desempenhou um papel muito positivo, tomou a palavra. Lytvyn, sob o Kuchma, era o chefe da Presidência da República, depois entrou no Parlamento, isso cunhou a independência do seu pensamento. A sua ideia principal era seguinte: Ucrânia está numa situação tão difícil, que não se podia procurar a resolução estritamente jurídica, a resolução deveria ser política. A minha resposta foi clara, temos que anunciar que as eleições eram falsificados. Temos que rapidamente votar de novo a segunda volta, excluir o uso de força e continuar com o dialogo político. No mesmo sentido pronunciaram-se Solana e Adamkus.
Depois falou Grizlov, ex–ministro russo do Interior: as manifestações eram planeados, é uma provocação clara, manifestantes recebem dinheiro. Segundo, Rússia considera que as eleições eram justas. Comissão Central de Eleições anunciou o vencedor, temos que por o ponto final. Terceiro, nos EUA também houve as violáceos em 2000 e agora. Falava muitíssimo disso. Eu fiquei muito zangado. Disse que já vi manifestações dessas em Gdansk, em Praga, em Moscovo. E que o Sr, não diga que isso não é um movimento genuíno, mesmo se o seu início foi planeado, agora nos somos testemunhas de um movimento realmente de massas. Viktor Yushenko juntou-se, dizendo que mais alguns dias de impasse e até ele perderá o controlo sobre o povo.
Eu disse que, se entendo bem o Sr. Grizlov, então estou disposto de acrescentar no protocolo do nosso acordo, o ponto onde os presentes repudiariam as violações que tinham tido lugar nas eleições dos EUA. Ninguém se riu, era demais.
Por fim, acordamos de fazer a declaração de seguinte conteúdo: não usar a força, continuar o diálogo. E esperar a deliberação de Tribunal Supremo.
Yanukovich aceitou isso? Concordou tão facilmente?
Nessa discussão ele só poderia ter apoio de Grizlov. Também deixou-se apanhar em duas ratoeiras, que nos lhe mostramos na mesa redonda. Primeiro, ele próprio afirmou que as eleições eram falsificadas na Ucrânia Ocidental. Viktor Yushenko apresentou 700 queixas das regiões de Leste, em resposta Yanukovich apresentou 7 mil queixas da Ucrânia Ocidental. No fim, tivemos 7700 casos, isso significava que eleições não eram justas.
E segunda ratoeira: se Yanukovich acha que eleições eram justas, e ele têm um milhão de votos à mais, então ele têm medo de que? De repetição? De qualquer maneira, nos conseguimos chegar ao acordo sobre duas questões fundamentais. Todas as partes renunciam o uso de força – essa declaração do Presidente e do Primeiro – Ministro foi muito importante, na presença dos convidados estrangeiros de peso. E segundo, é a promessa que o dialogo irá continuar.
Então a Rússia aprovou essa mesa – redonda? Como Grizlov lá foi parar?
Ele era o enviado de Putin. Primeira pergunta de Kuchma era sobre Grizlov. Se eu não tinha nada a objectar sobre a presença do representante do Putin. “Claro que não”, - disse eu. Não temos nada a esconder.
Talvez os russos consideraram a mesa – redonda apenas como uma discussão, como uma troca de opiniões?
Eles não podiam não reconhecer as conversações, porque a resolução da questão dos eleições nos deixamos com o Tribunal Supremo. Nos não afirmamos que eleições eram falsificados. No que toca outros elementos de acordo, Yanukovich não podia entrar em polemicas com aquilo. Renuncia do uso de força – será que ele pode dizer “não”? Diálogo – será que ele dirá não?
Sobre o Tribunal Supremo, eu insistia que a secção plenária deve ser aberta, transmitida pela televisão. Isso provocou grande confusão. Como isso é possível, impor algo ao Tribunal? Porque não, - disse eu – quem fica prejudicado com um procedimento transparente?
Depois começou a discussão sobre os termos. Alguém falou em Glasnost e todos gostaram. Kuchma apresentou outra proposta: deveria ser escrito que as partes esperam os resultados objectivos. Com muito custo escrevemos a tal Glasnost.
Os juizes do tribunal não possuem apenas os apelidos, mas também as caras. Eles também fazem compras, passeiam com os filhos no parque. Querem ser cidadãos. Assim terminou o dia 26 de Novembro.
Depois da segunda volta, Yanukovich tinha a cara de perdedor?
Naquele momento ainda não. Mas todos ficaram impressionados com a presença dos milhares de pessoas no frio. Dias passavam, mas a multidão não diminuía, ao contrario – crescia. Todos tivemos na memória os acontecimentos em Geórgia.
Para entender a situação definitivamente: a União Europeia não pretendia intervir nos assuntos ucranianos?
Uma parte dos países sim, outra – não. Alguns tiveram a dilema: Moscovo ou Kyiv? Alguns capitais europeus escolheram o Moscovo, considerando o Kyiv como a zona de influência russa. Outros países, principalmente da Europa Central, comportam-se mais activamente. Todos, hoje devem pensar a sua política, porque Viktor Yushenko disse correctamente – Ucrânia já não é a parte de um espaço de influência pós – soviética, mas um país soberano, independente, possuindo a sociedade civil cada vez mais forte.
Na sua opinião, a nova situação ucraniana poderá ou não, trazer inimizade ente a União Europeia e o Moscovo?
Na minha opinião, não. UE não poderá ignorar aquilo, que aconteceu com a posição dos ucranianos e deverá pensar sobre a sua política em relação a Rússia. Eu estou convencido, que isso irá acontecer. Os russos vão engolir essa pílula amarga e vão cooperar com a Ucrânia de modo normal. Tenho que sublinhar uma coisa importante: na mapa de Europa surgiu o novo objecto social e político soberano. Ucraniano não é um russo pintado. Tratem este ucraniano como participante da política europeia. E não digam que primeiro a Turquia entrará na UE, e só depois vamos pensar sobre a Ucrânia.
Não sabemos, porque Viktor Yushenko incomodava a Rússia. Será que ele é um anti – russo?
Porque eles entenderam que a Ucrânia tem que suspender todas as suas tendências de cooperação com as estruturas europeias. Se você pudesse ouvir o que dizia o embaixador russo na Ucrânia, o ex – Primeiro Ministro russo, Tchernamirdin na presença de Javier Solana... NATO é o mal, UE é normal, mas NATO ameaça a Rússia. Eles pensaram que em conjunto com Yanukovich criariam algo que de inicio seria a Comunidade dos Países Independentes – planeava-se ter uma moeda comum, depois iam começar com o projecto seguinte. Provavelmente, que estes projectos serão irrealizáveis com Viktor Yushenko. Embora eu tenho a certeza, que Viktor Yushenko terá uma política aberta com a Rússia também. De outra maneira não será possível.
Para que foi preciso a segunda mesa – redonda?
Num dos encontros em Kyiv, a questão central foi seguinte: repetir as eleições de raiz ou apenas a segunda volta. Parte governista achava que Yanukovich deveria ser substituído, neste tempo eles queriam preparar um novo candidato, que deveria retirar votos ao Viktor Yushenko e também que não iria jogar a carta de separatismo.
De onde surgiu a ideia de Kuchma visitar o Putin? Uma “cortina de fumo”?
Desespero.
Você não acha estranho, que durante as conversações, você telefona para Shroeder, Chirac, Bush e não liga para Putin? Será que Putin não responderia?
Nos discutimos isso com Putin antes. Eu lhe contava sobre a Ucrânia na União Europeia, sua opinião era contrária. Difícil ligar, quando as opiniões são contraditórias. Por isso pedi o Shroeder e Balkenende explicar à Moscovo o sentido das nossas conversações. A nossa mediação absolutamente não era anti – russa. Essa mediação não influenciava as decisões soberanas da Ucrânia. Isso era uma escolha dos ucranianos e ponto final!
A reacção da Rússia sobre os esforços da mediação internacional era negativa. Você não têm receio, que no futuro, a Rússia pode “castigar” a Polónia por causa da sua intervenção na Ucrânia?
A posição russa foi criada sob pressão das pessoas que não conseguiram prever o desenrolamento da situação e foram apanhados por esta. Eu tenho a certeza, que a Ucrânia, que terá um Presidente forte e democrático, será o parceiro certo não apenas para a Polónia, mas também para a Rússia. A escolha não foi feita pelo Adamkus, Solana ou Kwasnewskiy, mas pelo povo ucraniano. Durante a sua missão, eu indicava que a Ucrânia deve ter bom relacionamento com a Rússia e com a UE, incluindo a Polónia. As relações internacionais baseiam-se nas parcerias, na democracia e no diálogo, e não na coacção e paternalismo.
Será que a experiência das mesas – redondas da Ucrânia, com a presença de não apenas Javier Solana, mas também dos representantes da Holanda – poderá ser o fundamento da “política de Leste” comum da UE?
Agora, em situação de uma crise política num país vizinho da UE, nos conseguimos ajudar. Mas segundo passo será mais importante – que proposta a União Europeia poderá fazer à Ucrânia depois das eleições, e como nos definimos a nossa posição sobre os problemas de Moldova e Transnístria (província separatista de Moldova, que reclama a sua independência, não possui nenhum tipo de reconhecimento internacional jurídico) ou de Belarus.
Fonte - ИноСМИ
Palavra de tradutor.
Depois de ler a entrevista do Presidente da Polónia, pode-se visualizar mais uma versão sobre os porquês de alegado atentado contra o ex – número dois de Yanukovich, Serhiy Tigipko.
Primeiro, Tigipko, sendo o chefe do Gabinete Eleitoral de Yanukovich, foi contactado pelo Kwasnewskiy e cumpriu a parte que lhe cabia para barrar a vinda dos mineiros à Kyiv.
Segundo, sendo a criatura de especialista das Relações Públicas russo, Marat Gelman, Tigipko acreditou que as eleições poderão ser anulados pelo Supremo, e que haverão novas eleições onde ele será o candidato ideal do Poder para derrotar o Viktor Yushenko.
É lógico que Yanukovich não poderia gostar de tanta “frescura” por parte do seu vice. E tendo o CV, que ex – presidiário, mais conhecido no meio marginal como “Ham” – Brutamontes, têm, não é de estranhar que Sergiy Tigipko teve, alegadamente, um acidente quase mortal e muito triste, caso este vier a ser confirmado oficialmente.
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