segunda-feira, fevereiro 07, 2005

PGR da Ucrânia investiga o envenenamento do Presidente Viktor Yushenko

A Procuradoria Geral da Ucrânia investiga cerca de 50 versões de envenenamento de Viktor Yushenko, afirmou na conferência de imprensa o Procurador Geral da Ucrânia, Sviatoslav Piskun.
Procurador Piskun informou que ele terá um encontro em Viena com o Procurador Geral da Áustria no dia 7 de Fevereiro e que a ninguém na PGR ucraniana têm duvidas que “Viktor Yushenko foi envenenado”.
Alem disso, PGR ucraniana pediu a sua congénereе austríaca fornecer alguns materiais adicionais sobre o caso de envenenamento.
No dia 21 de Setembro de 2004, a PGR da Ucrânia abriu um processo – crime da tentativa do homicídio do Viktor Yushenko. No dia 18 de Outubro, o Ministério da Justiça da Áustria, em resposta ao pedido da PGR ucraniana, enviou à Ucrânia a fixa médica do Viktor Yushenko, durante o seu internamento na clinica “Rudolphinerhouse”, de 10 à 18 de Setembro e de 30 de Setembro à 10 de Outubro de 2004. PGR ucraniana ordenou as analises da medicina legal, baseadas nestes documentos.
No dia 22 de Outubro, a PGR ucraniana arquivou o processo, alegando que a saúde de Viktor Yushenko foi afectada pela “uma infecção virulenta de hepatite”.
Mas depois de os médicos austríacos confirmarem o facto de envenenamento pelas dioxinas, a PGR ucraniana reabriu o processo em Dezembro de 2004.
Segundo os médicos, o período mais critico da saúde de Viktor Yushenko já passou, e daqui em diante, Presidente da Ucrânia vai restabelecer-se e o envenenamento não irá comprometer o seu mandato.
Durante a sua estadia no Fórum Económico Mundial em Davos, Suíça, o Presidente ucraniano admitiu recorrer à uma operação plástica para restabelecer a sua aparência habitual. “48 milhões de ucranianos, assim, como eu próprio, não conseguem habituar-se à essa cara”, - disse o Presidente Yushenko.
Tudo começou no dia 5 de Setembro de 2004, depois de jantar que Viktor Yushenko tive com o chefe de Serviço da Segurança da Ucrânia (SBU) – Ihor Smeshko. Apenas três horas depois, Yushenko sentiu-se mal, a sua esposa – Kateryna Chumachenko, afirmou que ao beijar o marido naquela tarde, sentiu alguma coisa esquisita nos seus lábios. Mais tarde, Viktor Yushenko foi internado na clinica austríaca “Rudolphinerhouse” com fortes dores de estômago. A sua cara tive uma mudança muitíssimo brusca, como resultado do envenenamento.
Testes, feitos em Amsterdão, mostram que o sangue de Viktor Yushenko têm cerca de 100 mil unidades de dioxina, que é o número máximo, alguma vez registado pela medicina moderna. A concentração altíssima de dioxina, e a sua pureza, provam, de ponto de vista de vista cientifico, o caracter não natural de veneno, introduzido no organismo do presidente da Ucrânia.
No entanto, famoso jornalista britânico, Tom Mangold, escreve no jornal australiano “The Age” que os serviços secretos russos, possuem a sua quota parte no envenenamento do Presidente ucraniano. Segundo Mangold, houve várias tentativas de envenenar o Viktor Yushenko com auxilio de dois venenos diferentes: dioxina e endoxina. Mas a dose de veneno, de tamanho de um grãozinho de papoula, de acordo com Mangould, Viktor Yushenko ingeriu no tal jantar com general Ihor Smeshko e o seu vice, Volodymyr Sacyuk, no famigerado dia 5 de Setembro de 2004. Tom Mangold afirma que o general Smeshko não sabia do complot. Mas que o cozinheiro e servente da mesa estavam à par do sucedido. Jornalista britânico também diz que estes homens foram retirados posteriormente da Ucrânia pelas pessoas ligadas ao Presidente Yushenko, como testemunhas importantes.
Professor Mykola Polishuk, membro da Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) do Parlamento ucraniano, disse na entrevista com o Mangold, que “era planeado que Viktor Yushenko morresse no dia seguinte, e apenas o facto de Presidente, no caminho para a casa extrair de si uma parte dos alimentos, salvou a sua vida”.

Nota: Tom Mangold é um jornalista famoso. Ele é o autor do filme documental da BBC, sobre o assassinato do jornalista ucraniano Georgiy Gongadze. Lembramos que o Presidente cessante da Ucrânia, Leonid Kuchma foi acusado da autoria moral daquele assassinato, na base das gravações secretas feitas pelo seu oficial da segurança, coronel Melnichenko.

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