O Parlamento ucraniano aprovou as linhas gerais do programa da nova primeira-ministra, Yulia Timoshenko, empossada esta sexta-feira no cargo com 373 votos a favor, nenhum contra e três abstenções. No total, 357 deputados votaram a favor deste texto, que requeria uma maioria de 226 votos.
"Sei que a sociedade espera um milagre, um milagre social, um milagre no regresso da ordem, um milagre no restabelecimento da justiça", disse a primeira-ministra, que garantiu ser a pessoa que vai "pôr em prática este milagre".
Quanto ao programa do novo governo, Yulia Timoshenko deixou claro que se trata do programa do Presidente Viktor Yushenko, figura emblemática da Revolução Laranja.
O problema da chefe do executivo foi contentar aliados de Yushenko na distribuição das pastas, como é o caso do Partido Socialista da Ucrânia de Oleksander Moroz.
Moroz reconheceu ter chegado a "acordo verbal" com o Presidente, nos termos do qual os nomes por si recomendados terão uma em cada seis pastas ministeriais, devendo ainda ocupar outras funções no aparelho de Estado, nomeadamente ao nível regional, quando estão em jogo cerca de 4.000 cargos.
Os socialistas pediram a Yushenko as pastas da Educação, Agricultura e Política Industrial, deixando cair as do Interior e Finanças.
O nome do empresário Petro Poroshenko, do Partido da Solidariedade, é apontado para a direcção do Conselho de Segurança Nacional e de Defesa, enquanto Oleh Rybatchuk, ex-colega de Viktor Yushenko no Banco Central da Ucrânia, está na calha para ser Vice - Primeiro-Ministro encarregue da integração europeia.
A tarefa mais espinhosa que o novo executivo ucraniano tem pela frente é, cumprir a promessa de aumentar as pensões mínimas de reforma de 48 euros, correndo o risco de fazer disparar a inflação porque fazem falta mais de 2.300 milhões de euros, não contemplados no orçamento.
Fonte: agência LUSA
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