terça-feira, fevereiro 01, 2005

Como Europa salvou a Ucrânia de uma Guerra civil

Presidente Kwasnewskiy: ucraniano não é um russo pintado!

Entrevista do presidente da Polónia, Aleksandr Kwasnewskiy, dada ao jornal polaco Polityka, sobre os acontecimentos da Revolução Laranja na Ucrânia

Como começou a mesa – redonda na Ucrânia?
Quando as pessoas começaram se manifestar na Praça de Independência, havia uma pergunta básica a fazer: será que este movimento é genuíno? O meu instinto me dizia que sim e si o Presidente Kuchma pretenderá ignora-lo, ele ia cometer um grande erro. O povo disse “não”. E tudo começou. Então, primeiro Kuchma e depois Viktor Yushenko me contactaram pessoalmente no dia 23 de Novembro de 2004.

Porque eles queriam as conversações?
Eles estiveram confusos. Viktor Yushenko, que tinha o apoio popular, não tinha nenhum suporte legal. Ele era apenas o líder da oposição no Parlamento. Oficialmente, foi divulgado, que ele perdeu as eleições. Kuchma era o Presidente em funções, mas isso não fazia a diferença, ele já não conseguia entrar na Presidência, apenas ficava num sanatório nos arredores de Kyiv (Kiev), perto da sua casa de campo em Koncha Zaspa. Eu disse para ele: “Se tu estas nessa aldeia, então não possuis o PODER”.
Eu tentava envolver a Europa, tinha as conversações com Javier Solana, os eurodeputados polacos fizeram uma pressão forte e Solana entendeu que tem que reagir. Ele pediu que eu falo com alguns lideres europeus. Pelo telefone eu conversei com o Primeiro – Ministro da Holanda Jan Peter Balkenende, com Chanceler Shroeder, com quem tenho um contacto permanente, com Presidente da Republica Checa Vaclav Klaus, com Chanceler da Áustria Shusser, Jackues Chirac me ouviu com muito interesse e disse: “Bonne chanse, Alexandre”.

Como reagiu o Shroeder? As fontes alemãs dizem que depois da vossa conversa ele falou com Putin e a resposta do Putin foi dura – Yanukovich ganhou e acabou-se.
Nossa primeira conversa foi bastante fria. Eu pedi que Shroeder, usando os seus bons contactos, espilrar à Rússia que não é admissível tomar uma posição tão dura e tão inflexível – isso não leva ao bom resultado. Nos precisamos da Rússia para resolver este conflito.

Qual foi a reacção dos EUA?
Washington nos apoiava, interessava-se pela Ucrânia, mais pela Ucrânia democrática, o relacionamento com o Kuchma não era estrutural. Eu disse ao Bush, que preciso do apoio público dele, isso dava o peso a minha missão. Bush, durante a sua viagem para a Canada disse que me apoiava.

Será que os americanos têm um jogo duplo? Bush, quando encontra-se pessoalmente com Putin, usa uma linguagem diferente. A Rússia é o parceiro estratégico deles.
Eu entendo o Bush, eu também tento ter um bom relacionamento com Putin. Mas também sei que para qualquer país importante, a Rússia sem a Ucrânia é muito melhor do que a Rússia com a Ucrânia.

É uma tese polaca.
Não, americana. Qual é o interesse geoestratégico deles em a Rússia ter a Ucrânia? Hoje a Rússia recupera as suas posições no Mundo, isso é normal. Mas porque ela têm que usar 50 milhões de ucranianos? De qualquer maneira, graças à estas conversas telefónicas, podíamos organizar uma missão à Kyiv, que incluía a minha pessoa, Javier Solana e Valdas Adamkus. Presidente da Lituânia, Adamkus, também foi incluído por iniciativa de Kuchma.
Eu formulei o plano, que (posso dizer com orgulho) foi realizado: verificação dos resultados das eleições, não à uso de força, condução de um dialogo público.

Gente ligada à Yanukovich negou a fraude?
Primeiro encontro com Kuchma foi dramático. Vocês podem imaginar: numa aldeia com o Presidente de um grande país. Kuchma tinha queixas sobre todo o Mundo: eleições eram normais, e mesmo se não eram, então nos EUA... Estados Unidos foi o tema central. Nos EUA também falsificam, lá também nem tudo é correcto, o que vocês querem da Ucrânia? Situação era mais que má. Durante a minha conversa com Kuchma, Putin telefonou três vezes, propondo os seus representantes, concordou-se com Boris Grizlov. Quando chegou o Solana, ele foi duramente criticado por todos os erros que União Europeia cometeu na Ucrânia. Critica era correcta, mas naquele preciso momento, pouco construtiva.

Você tinha que convencer Solana, para que ele faça parte nas conversações?
Sim, mas ajudou o encontro UE – Rússia em Haia, que aconteceu um dia antes. A Europa viu a cara inflexível da Rússia. UE entendeu que não há outra saída, União tinha que estar na Ucrânia.

Quem escolheu o lugar para a mesa – redonda?
Eu propôs para irmos ao Palácio Mariinskiy (Presidência da República da Ucrânia), no centro de Kyiv, ao contrario ficava claro, que o Poder já não existe, apenas um país estranho que possui três Presidentes: em funções, oficial e aquele que fiz o juramento – e nenhum deles consegue entrar no edifício da Presidência. Kuchma contrapôs: “A Presidência está bloqueada”. Eu respondi: “Então Viktor Yushenko vai retirar as pessoas. Nos temos que entrar lá”.
Chegamos lá, mas durante a nossa curta viagem, recebemos uma informação importante, que cerca das 15:00 horas, é planeada a chegada dos 40 mil mineiros. Eu até imaginei os confrontos... Nossa missão podia terminar antes do seu início. Ajudaram os meus conhecimentos, aqueles nove anos dos meus contactos com todos os políticos ucranianos. Eu meti no meu carro Jacek Kluczkowskiy, que tinha telemóvel e todos os telefones pessoais dos políticos ucranianos. Pedi ligar para o Serhiy Tigipko (chefe do Gabinete Eleitoral de Yanukovich), que eu conhecia pessoalmente. “A noticia da marcha é verdadeira?”. “Sim, isso já não se pode parar. Donetsk, Lugansk, Herson querem sais da Ucrânia. Os mineiros revoltaram-se”. “Eu peço muito, não fazem isso, as 16:00 horas temos as conversações com Yanukovich, vai parecer que vocês estão os sabotar”. Ele entendeu. Tenho que dizer que Yanukovich portou-se decentemente. Ele foi ter com mineiros, mandou os não começar a acção. Aquela meia – hora foi decisiva. Se acontecia, aquilo que podia acontecer, nem sei o que seria da Ucrânia.

Quem lhe disse que a marcha não acontecerá?
Foram eles próprios. As 15:00 começamos conversações com a equipa de Viktor Yushenko na sua sede. Sentimento revolucionário, todos vestidos de laranja. Temos que falar sobre o entendimento, mas eles recusam-se falar com Yanukovich, ele é um bandido. Mas ele era reconhecido pela Comissão Central de Eleições, ele era o Primeiro – Ministro em funções, ele representava mais de 30% do eleitorado ucraniano nas regiões do Leste do país. Nos conseguimos os convencer que é preciso conversar. Sobre o não uso de violência. E depois: encontrar as provas que as eleições foram falsificadas.

Como Yanukovich vós recebeu?
Normalmente. Mas a situação complicava-se, porque se considerar que as eleições foram falsificados, nos não tínhamos boas notícias para lhe dar. Yanukovich começa apresentar a sua posição: as eleições eram justas e se houveram as falsificações, estes aconteceram na Ucrânia Ocidental, e até nos EUA, também, acontecem violações. Que saída existe? Yanukovich não vê nenhuma, o Tribunal Supremo vai decidir, ele é convencido que é Presidente, está pronto para conversar e não tem nenhuma dúvida da sua vitoria. Aqui começam chagar as telegramas de felicitações da Ásia Central. Ele mostra os: olhem, sou reconhecido. Alem disso, não podemos esquecer que ele é reconhecido pelo presidente Putin. Aqui nada de brincadeiras: “estamos falar com o Primeiro – Ministro em funções, que é proclamado Presidente, pela Comissão Central de Eleições, outra parte são os golpistas”.
Mesa redonda começa com a intervenção de Kuchma, depois fala Viktor Yushenko, que apresenta provas das falsificações, quer repetir as eleições. Depois entrevem Yanukovich que afirma não houver fraudes, que os manifestantes perturbam o trabalho da administração, etc.

O que exigia Yanukovich? Retirar os manifestantes?
Retirar os manifestantes, começar as negociações políticas, talvez Viktor Yushenko poderia tornar-se o Primeiro – Ministro. E naquele momento, Volodymyr Lytvyn, Presidente do Parlamento ucraniano, que durante o processo todo desempenhou um papel muito positivo, tomou a palavra. Lytvyn, sob o Kuchma, era o chefe da Presidência da República, depois entrou no Parlamento, isso cunhou a independência do seu pensamento. A sua ideia principal era seguinte: Ucrânia está numa situação tão difícil, que não se podia procurar a resolução estritamente jurídica, a resolução deveria ser política. A minha resposta foi clara, temos que anunciar que as eleições eram falsificados. Temos que rapidamente votar de novo a segunda volta, excluir o uso de força e continuar com o dialogo político. No mesmo sentido pronunciaram-se Solana e Adamkus.
Depois falou Grizlov, ex–ministro russo do Interior: as manifestações eram planeados, é uma provocação clara, manifestantes recebem dinheiro. Segundo, Rússia considera que as eleições eram justas. Comissão Central de Eleições anunciou o vencedor, temos que por o ponto final. Terceiro, nos EUA também houve as violáceos em 2000 e agora. Falava muitíssimo disso. Eu fiquei muito zangado. Disse que já vi manifestações dessas em Gdansk, em Praga, em Moscovo. E que o Sr, não diga que isso não é um movimento genuíno, mesmo se o seu início foi planeado, agora nos somos testemunhas de um movimento realmente de massas. Viktor Yushenko juntou-se, dizendo que mais alguns dias de impasse e até ele perderá o controlo sobre o povo.
Eu disse que, se entendo bem o Sr. Grizlov, então estou disposto de acrescentar no protocolo do nosso acordo, o ponto onde os presentes repudiariam as violações que tinham tido lugar nas eleições dos EUA. Ninguém se riu, era demais.
Por fim, acordamos de fazer a declaração de seguinte conteúdo: não usar a força, continuar o diálogo. E esperar a deliberação de Tribunal Supremo.

Yanukovich aceitou isso? Concordou tão facilmente?
Nessa discussão ele só poderia ter apoio de Grizlov. Também deixou-se apanhar em duas ratoeiras, que nos lhe mostramos na mesa redonda. Primeiro, ele próprio afirmou que as eleições eram falsificadas na Ucrânia Ocidental. Viktor Yushenko apresentou 700 queixas das regiões de Leste, em resposta Yanukovich apresentou 7 mil queixas da Ucrânia Ocidental. No fim, tivemos 7700 casos, isso significava que eleições não eram justas.
E segunda ratoeira: se Yanukovich acha que eleições eram justas, e ele têm um milhão de votos à mais, então ele têm medo de que? De repetição? De qualquer maneira, nos conseguimos chegar ao acordo sobre duas questões fundamentais. Todas as partes renunciam o uso de força – essa declaração do Presidente e do Primeiro – Ministro foi muito importante, na presença dos convidados estrangeiros de peso. E segundo, é a promessa que o dialogo irá continuar.

Então a Rússia aprovou essa mesa – redonda? Como Grizlov lá foi parar?
Ele era o enviado de Putin. Primeira pergunta de Kuchma era sobre Grizlov. Se eu não tinha nada a objectar sobre a presença do representante do Putin. “Claro que não”, - disse eu. Não temos nada a esconder.

Talvez os russos consideraram a mesa – redonda apenas como uma discussão, como uma troca de opiniões?
Eles não podiam não reconhecer as conversações, porque a resolução da questão dos eleições nos deixamos com o Tribunal Supremo. Nos não afirmamos que eleições eram falsificados. No que toca outros elementos de acordo, Yanukovich não podia entrar em polemicas com aquilo. Renuncia do uso de força – será que ele pode dizer “não”? Diálogo – será que ele dirá não?
Sobre o Tribunal Supremo, eu insistia que a secção plenária deve ser aberta, transmitida pela televisão. Isso provocou grande confusão. Como isso é possível, impor algo ao Tribunal? Porque não, - disse eu – quem fica prejudicado com um procedimento transparente?
Depois começou a discussão sobre os termos. Alguém falou em Glasnost e todos gostaram. Kuchma apresentou outra proposta: deveria ser escrito que as partes esperam os resultados objectivos. Com muito custo escrevemos a tal Glasnost.
Os juizes do tribunal não possuem apenas os apelidos, mas também as caras. Eles também fazem compras, passeiam com os filhos no parque. Querem ser cidadãos. Assim terminou o dia 26 de Novembro.

Depois da segunda volta, Yanukovich tinha a cara de perdedor?
Naquele momento ainda não. Mas todos ficaram impressionados com a presença dos milhares de pessoas no frio. Dias passavam, mas a multidão não diminuía, ao contrario – crescia. Todos tivemos na memória os acontecimentos em Geórgia.

Para entender a situação definitivamente: a União Europeia não pretendia intervir nos assuntos ucranianos?
Uma parte dos países sim, outra – não. Alguns tiveram a dilema: Moscovo ou Kyiv? Alguns capitais europeus escolheram o Moscovo, considerando o Kyiv como a zona de influência russa. Outros países, principalmente da Europa Central, comportam-se mais activamente. Todos, hoje devem pensar a sua política, porque Viktor Yushenko disse correctamente – Ucrânia já não é a parte de um espaço de influência pós – soviética, mas um país soberano, independente, possuindo a sociedade civil cada vez mais forte.

Na sua opinião, a nova situação ucraniana poderá ou não, trazer inimizade ente a União Europeia e o Moscovo?
Na minha opinião, não. UE não poderá ignorar aquilo, que aconteceu com a posição dos ucranianos e deverá pensar sobre a sua política em relação a Rússia. Eu estou convencido, que isso irá acontecer. Os russos vão engolir essa pílula amarga e vão cooperar com a Ucrânia de modo normal. Tenho que sublinhar uma coisa importante: na mapa de Europa surgiu o novo objecto social e político soberano. Ucraniano não é um russo pintado. Tratem este ucraniano como participante da política europeia. E não digam que primeiro a Turquia entrará na UE, e só depois vamos pensar sobre a Ucrânia.

Não sabemos, porque Viktor Yushenko incomodava a Rússia. Será que ele é um anti – russo?
Porque eles entenderam que a Ucrânia tem que suspender todas as suas tendências de cooperação com as estruturas europeias. Se você pudesse ouvir o que dizia o embaixador russo na Ucrânia, o ex – Primeiro Ministro russo, Tchernamirdin na presença de Javier Solana... NATO é o mal, UE é normal, mas NATO ameaça a Rússia. Eles pensaram que em conjunto com Yanukovich criariam algo que de inicio seria a Comunidade dos Países Independentes – planeava-se ter uma moeda comum, depois iam começar com o projecto seguinte. Provavelmente, que estes projectos serão irrealizáveis com Viktor Yushenko. Embora eu tenho a certeza, que Viktor Yushenko terá uma política aberta com a Rússia também. De outra maneira não será possível.

Para que foi preciso a segunda mesa – redonda?
Num dos encontros em Kyiv, a questão central foi seguinte: repetir as eleições de raiz ou apenas a segunda volta. Parte governista achava que Yanukovich deveria ser substituído, neste tempo eles queriam preparar um novo candidato, que deveria retirar votos ao Viktor Yushenko e também que não iria jogar a carta de separatismo.

De onde surgiu a ideia de Kuchma visitar o Putin? Uma “cortina de fumo”?
Desespero.

Você não acha estranho, que durante as conversações, você telefona para Shroeder, Chirac, Bush e não liga para Putin? Será que Putin não responderia?
Nos discutimos isso com Putin antes. Eu lhe contava sobre a Ucrânia na União Europeia, sua opinião era contrária. Difícil ligar, quando as opiniões são contraditórias. Por isso pedi o Shroeder e Balkenende explicar à Moscovo o sentido das nossas conversações. A nossa mediação absolutamente não era anti – russa. Essa mediação não influenciava as decisões soberanas da Ucrânia. Isso era uma escolha dos ucranianos e ponto final!

A reacção da Rússia sobre os esforços da mediação internacional era negativa. Você não têm receio, que no futuro, a Rússia pode “castigar” a Polónia por causa da sua intervenção na Ucrânia?
A posição russa foi criada sob pressão das pessoas que não conseguiram prever o desenrolamento da situação e foram apanhados por esta. Eu tenho a certeza, que a Ucrânia, que terá um Presidente forte e democrático, será o parceiro certo não apenas para a Polónia, mas também para a Rússia. A escolha não foi feita pelo Adamkus, Solana ou Kwasnewskiy, mas pelo povo ucraniano. Durante a sua missão, eu indicava que a Ucrânia deve ter bom relacionamento com a Rússia e com a UE, incluindo a Polónia. As relações internacionais baseiam-se nas parcerias, na democracia e no diálogo, e não na coacção e paternalismo.

Será que a experiência das mesas – redondas da Ucrânia, com a presença de não apenas Javier Solana, mas também dos representantes da Holanda – poderá ser o fundamento da “política de Leste” comum da UE?
Agora, em situação de uma crise política num país vizinho da UE, nos conseguimos ajudar. Mas segundo passo será mais importante – que proposta a União Europeia poderá fazer à Ucrânia depois das eleições, e como nos definimos a nossa posição sobre os problemas de Moldova e Transnístria (província separatista de Moldova, que reclama a sua independência, não possui nenhum tipo de reconhecimento internacional jurídico) ou de Belarus.

Fonte - ИноСМИ

Palavra de tradutor.

Depois de ler a entrevista do Presidente da Polónia, pode-se visualizar mais uma versão sobre os porquês de alegado atentado contra o ex – número dois de Yanukovich, Serhiy Tigipko.
Primeiro, Tigipko, sendo o chefe do Gabinete Eleitoral de Yanukovich, foi contactado pelo Kwasnewskiy e cumpriu a parte que lhe cabia para barrar a vinda dos mineiros à Kyiv.
Segundo, sendo a criatura de especialista das Relações Públicas russo, Marat Gelman, Tigipko acreditou que as eleições poderão ser anulados pelo Supremo, e que haverão novas eleições onde ele será o candidato ideal do Poder para derrotar o Viktor Yushenko.
É lógico que Yanukovich não poderia gostar de tanta “frescura” por parte do seu vice. E tendo o CV, que ex – presidiário, mais conhecido no meio marginal como “Ham” – Brutamontes, têm, não é de estranhar que Sergiy Tigipko teve, alegadamente, um acidente quase mortal e muito triste, caso este vier a ser confirmado oficialmente.

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