domingo, junho 01, 2025

Os hackers do GRU do esquadrão da morte mais notório da rússia

Os jornalistas conseguiram aceder à correspondência da ala hacker da unidade Nr. 29155 do GRU russo. Foi descoberta a lista completa de alvos do GRU: desde empresas estatais ucranianas a instalações de infraestrutura na Europa, um banco do Qatar e até clínicas médicas em todo o mundo. 

A Unidade 29155 do GRU russo é mais conhecida pela sua longa lista de operações de assassinato e sabotagem, que incluem os envenenamentos de Salisbury, em Inglaterra, as explosões em depósitos de armas na República Checa e uma tentativa de golpe de Estado no Montenegro. Mas as suas actividades no ciberespaço permaneceram na sombra – até agora. Depois de analisar uma coleção de dados ocultos, o The Insider confirma que o mais notório esquadrão de operações secretas do Kremlin também mobilizou uma equipa de hackers – uma que tentou desestabilizar a Ucrânia nos meses que antecederam a invasão em grande escala pela rússia.

The Insider identificou várias dezenas de membros do grupo, incluindo hackers previamente condenados na justiça russa, estudantes recém-formados e veteranos de operações de envenenamento e sabotagem da GRU, sem nenhuma experiência em IT/TI. A maioria das operações de pirataria informática e de sabotagem de informação da Unidade 29155 falharam, o que não é surpreendente, dado que os responsáveis ​​do departamento de pirataria informática falaram publicamente sobre a sua baixa motivação, usaram identidades falsas para se encontrarem com amantes e profissionais do sexo (fornecendo, assim, os seus dados pessoais) e desviavam, ao proveito próprio, os fundos destinados às operações de sabotagem na Ucrânia. 

No entanto, o mesmo pode ser dito sobre muitas das operações da unidade, embora tenha havido alguns casos bem-sucedidos entre elas.

Em particular, entre as operações bem-sucedidas, houve o hackeamento de um banco do Qatar com a extração de uma base de dados de muitos clientes influentes, bem como o trabalho de publicação de informações confidenciais de alguns políticos polacos/poloneses no domínio público – foi feito em nome dos alegados «nacionalistas ucranianos».

Ao mesmo tempo, a maioria dos membros da unidade praticamente não tinha conhecimentos de tecnologia informática, pelo que, na verdade, especializaram-se em provocações. Por exemplo, publicaram activamente dados sobre a presença de armamento de fabrico búlgaro encontrado entre os rebeldes sírios com o objectivo de, posteriormente, pressionar o governo búlgaro.

Naturalmente, o principal alvo dos esforços era Ucrânia – os membros da unidade tentaram organizar uma série de provocações, como por exemplo, organizar a produção dos graffiti contra o presidente Zelensky, alegadamente escritas por representantes da OZSP «Azov».

A característica distintiva da unidade era o gasto de enormes somas de dinheiro em necessidades pessoais (por exemplo, com os/as amantes), bem como a baixa motivação para realizar o seu trabalho.

No final do dia, isto levou a uma série de fracassos absolutos, em particular o desperdício de grandes somas de dinheiro no recrutamento falhado de agentes na Ucrânia, nas vésperas da invasão militar russa de larga escala de 22.02.2022.

Ler mais: https://theins.press/en/inv/281731

3 comentários:

Anónimo disse...

Oi, preciso de indicações suas, pfv. Eu preciso de fontes em inglês, pq em Port seria impossível, sobre gnosticismo e a igreja ortodoxa russa. Onde posso encontrar um bom material a respeito desse assunto? Qual a relação entre a igreja russa e a gnose. Só quem falava sobre isso no Brasil era o Prof Orlando Fideli, mas ele já faleceu e tocou apenas superficialmente no assunto.

Anónimo disse...

Houve uma matéria esse Domingo no fantástico sobre a guerra da Ucrânia.

Jest Nas Wielu disse...

1ª parte: https://redeglobo.globo.com/redebahia/noticia/fantastico-vai-a-ucrania-e-mostra-a-realidade-de-um-pais-castigado-pela-guerra.ghtml
2ª parte: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2025/05/25/futebol-em-meio-ao-conflito-donas-de-casa-armadas-ameacas-em-chernobyl-como-a-guerra-afeta-o-cotidiano-na-ucrania.ghtml