sábado, junho 07, 2025

Alexander Weisberg-Cybulski: físico entregue pela URSS ao Gestapo

«A Grande Carrossel»
A editora polaca «Znak», publicou um livro de Irena Grudzińska-Gross, dedicado à vida do notável físico polaco-austríaco, Alexander Weisberg-Cybulski, que trabalhou na Ucrânia foi entregue pela URSS, mesmo sendo judeu, ao Gestapo.
Na década de 1930, o cientista viveu na Ucrânia, em Kharkiv, trabalhando ao convite do Instituto Ucraniano de Física e Tecnologia. Foi preso no «caso UFTI» («organização contra-revolucionária de físicos»). O próprio Einstein e o casal Joliot-Curie pediram ao Estaline que ajude na revisão do caso. Não ajudou em nada: depois de quatro anos nas prisões soviéticas (em particular, Kholodna Hora em Kharkiv e Lukyanivska em Kyiv), o cientista (um judeu e comunista convicto) foi entregue ao Gestapo. Escapou do gueto de Cracóvia, participou na Revolta de Varsóvia e, depois da guerra, estabeleceu-se no Ocidente. O seu depoimento no julgamento David Rousset vs. Les Lettres Françaises e o livro de memórias sobre a sua prisão, «The Accused», que se tornou um best-seller, contribuíram significativamente para divulgar o conhecimento na Europa Ocidental sobre o terror estalinista e os julgamentos políticos ensaiados na URSS da década de 1930.

Alexander Weisberg-Cyblski no GULAG soviético

Autora do livro, Irena Grudzińska-Gross, na década de 1960, pertencia ao mesmo círculo de jovens oposicionistas polacos que Jacek Kuroń e Adam Michnik. Em 1968, emigrou para Itália e depois aos Estados Unidos, recorda o historiador ucraniano Eduard Andrusenko.

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