No final da década de 1930, e de acordo com o mecanismo de responsabilidade coletiva, todos os cidadãos de etnicidade “estrangeira” (na ótica da URSS), eram vistos como base para atividades de espionagem e sabotagem de serviços de inteligência estrangeiros e como ambiente potencialmente desleal ao regime soviético, caíram sob suspeita. Os oficiais do NKVD começaram uma busca por espiões e sabotadores entre representantes de minorias nacionais muito antes do início do Grande Terror, ainda em 1934. Paralelamente, ocorreram as prisões de clérigos luteranos e católicos. A propaganda introduziu na sociedade soviética a ideia de sabotagem universal, “agentes estrangeiros”, a onipresença dos espiões ocidentais e a presença de uma “quinta coluna” na URSS.
De agosto de 1937 à novembro de 1938, no âmbito de todas as “operações nacionais”, foram condenadas 335.513 pessoas, das quais 247.157 pessoas foram condenadas à morte, ou seja, 73,66% do total de condenados. No decorrer das “operações nacionais”, foram executados mutos comunistas e os seus simpatizantes que fugiram para a URSS, salvando-se da repressão nos seus países de origem (fonte).
Cronologia do terror comunista soviético:
9
de março de 1934 – decreto “Sobre medidas para proteger a URSS da penetração de
elementos de espionagem, terrorismo e sabotagem”;
março
de 1937 – início da campanha da “saída voluntária” dos estrangeiros da URSS;
prisões em massa de pessoas em contato com diplomatas estrangeiros;
25
de julho de 1937 – “Operação alemã”, foram condenadas 55.005 pessoas, das quais
41.898 foram fuziladas;
11
de agosto de 1937 – “Operação polaca/polonesa”, condenadas 139.815 pessoas, das
quais 111.071 fuziladas;
17
de agosto de 1937 – “Operação romena”, condenadas 8.292 pessoas, das quais
5.439 foram fuziladas;
20
de setembro de 1937 – “Operação de Harbin”, condenadas mais de 31.000 pessoas, das
quais 19 mil fuziladas;
30
de novembro de 1937 – “Operação letã”, condenadas 21.300 pessoas, das quais
16.575 fuziladas;
11
de dezembro de 1937 – “Operação grega”, cerca de 15.000 detidos, cerca de 50% foram
fuziladas ou morreram no GULAG;
14
de dezembro de 1937 – a diretiva do NKVD sobre a extensão da repressão no
âmbito da “linha letã” contra estónios, lituanos, finlandeses e búlgaros. 9.735
pessoas foram condenadas no âmbito da “linha da Estônia”, incluindo 7.998
pessoas condenadas à morte, 11.066 pessoas foram condenadas no âmbito da “linha
da Finlândia”, 9.078 foram condenadas à morte;
29 de janeiro de 1938 – “Operação iraniana”, condenadas 13.297 pessoas, das quais 2.046 à morte.
Em
31 de janeiro de 1938, a Resolução do Politburo do Comité Central do Partido
Comunista de União Soviética foi emitida sobre a extensão das operações
nacionais até 15 de abril de 1938
1
de fevereiro de 1938 – “operações nacionais” contra búlgaros e macedônios;
16 de fevereiro de 1938 – “Operação afegã”, 1.557 pessoas foram condenadas, 366 à morte.
Em 26 de maio de 1938, a Resolução do Politburo do Comité Central do Partido Comunista da URSS foi emitida sobre a extensão das operações nacionais até 1 de agosto de 1938.
De acordo com essas e outras operações, os seguintes deveriam ser submetidos à repressão: alemães, romenos, búlgaros, polacos/poloneses, finlandeses, noruegueses, estónios, lituanos, letões, pachtuns, macedônios, gregos, persas, mingrelianos, laks, curdos, japoneses, coreanos, chineses, carelianos, etc.
Com início da II G.M. outros 10 povos foram submetidos à deportação total com base na etnia: coreanos, alemães, finlandeses da Ingermanland, karachais, calmuques, chechenos, inguches, balcares, tártaros da Crimeia e turcos da Mesqueta. Sete deles – alemães, carachais, calmuques, inguches, chechenos, balcares e tártaros da Crimeia – também perderam as suas autonomias nacionais.
Muitas outras categorias étnicas, étnico-confessionais e sociais de cidadãos soviéticos foram submetidas a deportações na URSS: cossacos, kulaks/kurkuls de várias nacionalidades: polacos/poloneses, belarusoss, azeris, curdos, assírios, chineses, russos, iranianos, judeus iranianos, ucranianos, moldavos, lituanos, letões, estónios, gregos, italianos, búlgaros, armênios, hemichis, armênios “dachnacos”, turcos, tajiques, iacutos, abecasos, entre outros.
3 comentários:
Esses comunistas são uns demônios ainda bem que o Brasil nunca foi comunista
Infelizmente ainda tem demônio que gosta do comunismo sendo que nunca moraram em um país comunista
Quem não conhece a história, defende e acha lindo o comunismo russo, comunismo cubano, etc.
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