sexta-feira, dezembro 18, 2020

Os genocídios soviéticos contra grupos étnicos e nações inteiras

Em 1937, na União Soviética ocorreu uma série de campanhas repressivas em massa contra os cidadãos soviéticos de etnicidade “estrangeira” (polacos/poloneses, alemães, letões, lituanos, estonianos, finlandeses, gregos, romenos, búlgaros, chineses, iranianos, afegãos e outros). 

No final da década de 1930, e de acordo com o mecanismo de responsabilidade coletiva, todos os cidadãos de etnicidade “estrangeira” (na ótica da URSS), eram vistos como base para atividades de espionagem e sabotagem de serviços de inteligência estrangeiros e como ambiente potencialmente desleal ao regime soviético, caíram sob suspeita. Os oficiais do NKVD começaram uma busca por espiões e sabotadores entre representantes de minorias nacionais muito antes do início do Grande Terror, ainda em 1934. Paralelamente, ocorreram as prisões de clérigos luteranos e católicos. A propaganda introduziu na sociedade soviética a ideia de sabotagem universal, “agentes estrangeiros”, a onipresença dos espiões ocidentais e a presença de uma “quinta coluna” na URSS. 

De agosto de 1937 à novembro de 1938, no âmbito de todas as “operações nacionais”, foram condenadas 335.513 pessoas, das quais 247.157 pessoas foram condenadas à morte, ou seja, 73,66% do total de condenados. No decorrer das “operações nacionais”, foram executados mutos comunistas e os seus simpatizantes que fugiram para a URSS, salvando-se da repressão nos seus países de origem (fonte). 

Cronologia do terror comunista soviético: 

9 de março de 1934 – decreto “Sobre medidas para proteger a URSS da penetração de elementos de espionagem, terrorismo e sabotagem”;

março de 1937 – início da campanha da “saída voluntária” dos estrangeiros da URSS; prisões em massa de pessoas em contato com diplomatas estrangeiros;

25 de julho de 1937 – “Operação alemã”, foram condenadas 55.005 pessoas, das quais 41.898 foram fuziladas;

11 de agosto de 1937 – “Operação polaca/polonesa”, condenadas 139.815 pessoas, das quais 111.071 fuziladas;

17 de agosto de 1937 – “Operação romena”, condenadas 8.292 pessoas, das quais 5.439 foram fuziladas;

20 de setembro de 1937 – “Operação de Harbin”, condenadas mais de 31.000 pessoas, das quais 19 mil fuziladas;

30 de novembro de 1937 – “Operação letã”, condenadas 21.300 pessoas, das quais 16.575 fuziladas;

11 de dezembro de 1937 – “Operação grega”, cerca de 15.000 detidos, cerca de 50% foram fuziladas ou morreram no GULAG;

14 de dezembro de 1937 – a diretiva do NKVD sobre a extensão da repressão no âmbito da “linha letã” contra estónios, lituanos, finlandeses e búlgaros. 9.735 pessoas foram condenadas no âmbito da “linha da Estônia”, incluindo 7.998 pessoas condenadas à morte, 11.066 pessoas foram condenadas no âmbito da “linha da Finlândia”, 9.078  foram condenadas à morte;

29 de janeiro de 1938 – “Operação iraniana”, condenadas 13.297 pessoas, das quais 2.046 à morte. 

Em 31 de janeiro de 1938, a Resolução do Politburo do Comité Central do Partido Comunista de União Soviética foi emitida sobre a extensão das operações nacionais até 15 de abril de 1938

1 de fevereiro de 1938 – “operações nacionais” contra búlgaros e macedônios;

16 de fevereiro de 1938 – “Operação afegã”, 1.557 pessoas foram condenadas, 366 à morte. 

Em 26 de maio de 1938, a Resolução do Politburo do Comité Central do Partido Comunista da URSS foi emitida sobre a extensão das operações nacionais até 1 de agosto de 1938. 

De acordo com essas e outras operações, os seguintes deveriam ser submetidos à repressão: alemães, romenos, búlgaros, polacos/poloneses, finlandeses, noruegueses, estónios, lituanos, letões, pachtuns, macedônios, gregos, persas, mingrelianos, laks, curdos, japoneses, coreanos, chineses, carelianos, etc. 

Com início da II G.M. outros 10 povos foram submetidos à deportação total com base na etnia: coreanos, alemães, finlandeses da Ingermanland, karachais, calmuques, chechenos, inguches, balcares, tártaros da Crimeia e turcos da Mesqueta. Sete deles – alemães, carachais, calmuques, inguches, chechenos, balcares e tártaros da Crimeia – também perderam as suas autonomias nacionais.

Muitas outras categorias étnicas, étnico-confessionais e sociais de cidadãos soviéticos foram submetidas a deportações na URSS: cossacos, kulaks/kurkuls de várias nacionalidades: polacos/poloneses, belarusoss, azeris, curdos, assírios, chineses, russos, iranianos, judeus iranianos, ucranianos, moldavos, lituanos, letões, estónios, gregos, italianos, búlgaros, armênios, hemichis, armênios “dachnacos”, turcos, tajiques, iacutos, abecasos, entre outros.

3 comentários:

Unknown disse...

Esses comunistas são uns demônios ainda bem que o Brasil nunca foi comunista

Unknown disse...

Infelizmente ainda tem demônio que gosta do comunismo sendo que nunca moraram em um país comunista

Edu disse...

Quem não conhece a história, defende e acha lindo o comunismo russo, comunismo cubano, etc.