quarta-feira, dezembro 09, 2020

A real escravatura kolkhoziana soviética

Durante décadas, aos camponeses soviéticos não eram atribuídos os passaportes internos, para garantir que sem o documento de identificação eles não abandonassem o campo. Mas além disso, os camponeses reformados recebiam como reforma os valores absolutamente baixos, impossíveis de alimentar uma pessoa adulta. 

Por exemplo, o blogueiro ucraniano Mykola Myts mostra o certificado da reforma da sua mãe, Agrepyna Myts, que em 1964 se reformou, após uma vida inteira trabalhando para uma fazenda agrícola estatal, recebendo a reforma de 6 rublos e 45 copeque (10,93 dólares ao câmbio oficial). Aos preços soviéticos da época, Agrepyna podia comprar 4,03 kg da mortadela mais barata, conhecida na Ucrânia como “felicidade de cão”, que os reformados mais abastados, moradores das cidades, compravam para alimentar os seus gatos e cães (os pets).

No entender do estado soviético, os camponeses poderiam ter a sua própria horta/roça/machamba e poderiam criar os animais domésticos (galinhas, cabritos, vacas), como tal, poderiam sobreviver com uma pensão absolutamente miserável, num país, onde na década de 1960 o salário mínimo era de 60 (e mais tarde de 70) rublos…

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