“Com
este filme, quero quebrar o silêncio em Israel sobre Holodomor”, disse o ator,
diretor e produtor israelita/israelense Dim Amor numa entrevista ao Ukrainian
Jewish Encounter.
por:
Shimon Briman (em Israel)
O
filme está sendo filmado às custas próprias da “Academia de Artes Cénicas” –
uma escola particular de Dim Amor de preparação de atores. Os seis principais
atores (Alina Rubin, Tanya Tal Makhin, Ruslan Vilnitsky e outros) são cidadãos
israelitas/israelenses, alguns dos quais nasceram na Ucrânia. O hebraico será o
idioma do filme, também serão produzidas as legendas de outros idiomas. O guião
também foi escrito em hebraico.
As
filmagens de inverno ocorrerão em dezembro de 2019 na vila de Dukhanivka, no
distrito de Konotop, na região de Sumy – no local foram encontradas casas
autênticas com telhados de palha. Uma empresa ucraniana parceira fornecerá
adereços e automóveis da década de 1930, além de artistas locais como extras.
A
área de Sumy é a região nativa do criador deste filme, Dmytro Shatokhin.
Dmytro, que foi chamado de “Dim-Dim” na sua família, nasceu em Konotop em 1984,
estudou numa escola ucraniana local e se repatriou ao Israel aos dezassete
anos. Em 2003-2006, ele serviu nas Forças de Defesa de Israel (IDF) na divisão
de combate Givati. Após o serviço militar, o jovem estudou nas escolas de arte
cénica de Yoram Levinstein e de Yuval Karmi. Ele adotou o pseudónimo Dim Amor,
no qual seu sobrenome profissional escolhido é “Roma”, a sua cidade preferida,
soletrada de trás para frente.
Em
2016-2019, um grupo de jovens artistas israelitas/israelenses da “Academia de
Artes Cénicas” de Dima Amor passou por ensaios de teatro em Kyiv. Uma nova
viagem que oferece um estágio profissional para israelitas/israelenses na
Universidade Nacional de Cultura e Artes de Kyiv ocorrerá em fevereiro de 2020.
Jovens artistas israelitas/israelenses durante o ensaio de teatro em Kyiv |
O
filme será chamado de “Fome”. O enredo contará a história de uma família – a mãe
com seis filhos e os horrores da fome que caem sobre eles.
É
interessante notar que imediatamente após o anúncio do início das filmagens o
diretor recebeu mensagens dos institutos de teatro de Moscovo e de São
Petersburgo sobre o fim de todo tipo de cooperação com a sua Academia. Muitas
figuras teatrais russas o removeram dos seus amigos na rede social do Facebook.
A jornalista judia que alertou o mundo do Holodomor na Ucrânia |
Dim
Amor espera que o filme seja exibido em 2020, e não apenas nos cinemas
israelitas/israelenses e no festivais de cinema. O jovem diretor enfatizou: “Eu
realmente quero que o filme seja exibido no Knesset. Espero que nosso filme
seja capaz de influenciar a posição dos parlamentares israelitas/israelenses na
questão de reconhecer Holodomor [ucraniano] como genocídio”.
1 comentário:
Wow! Estou bem kmptessionada com o trabalho! Era hora!
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