sábado, setembro 21, 2019

A invasão da Polónia apoiada pela URSS e pela Eslováquia

A 2ª República Polaca/Polonesa foi atacada pela Alemanha nazi em setembro de 1939 com apoio militar, logístico e ideológico da União Soviética e da Eslováquia.
 
A revista satírica soviética Krocodil (Crocodilo), de 1939, sobre a ocupação conjunta nazi-soviética da Polónia:
«Nisso, crianças, nos terminamos o estudo da história do estado polaco/polonês».
A Pequena Enciclopédia Soviética (MSE) descreveu a partilha da Polónia entre URSS e 3º Reich em seguintes termos: “No outono de 1939, os azarentos líderes da Polónia senhorial, ao mando dos imperialistas anglo-franceses, começaram a guerra contra a Alemanha”. 
Pequena Enciclopédia Soviética; volume 10, página 997, 2ª edição de 1936-1941.
No final de setembro de 1939, Hitler agradeceu publicamente à liderança da República Eslovaca pela ajuda na campanha polaca/polonesa. Em 21 de setembro, os antigos territórios poloneses de Spis e Orava, com uma área de mais de 700 km², foram transferidos para a soberania da Eslováquia.

No entanto, alguns diplomatas eslovacos discordaram publicamente do colaboracionismo do seu país com o 3º Reich. Por exemplo, no primeiro dia da invasão nazi alemã da Polónia, o embaixador eslovaco na Polónia, Dr. Ladislav Szathmáry se encontrou com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros/ das Relações Exteriores da Polónia, Jan Szembek, a quem entregou uma carta dirigida ao ministro dos Negócios Estrangeiros/das Relações Exteriores da Polónia, Józef Beck, que dizia o seguinte:
Em nome do povo eslovaco e de seus representantes, que são forçados a permanecer calados sob a pressão do Terceiro Reich, eu protesto como representante do estado eslovaco na Polónia contra o uso da Eslováquia como base para o Terceiro Reich para condução dos combates contra a Polónia”.

A declaração de Dr. Szathmáry foi publicada no jornal polaco/polonês “Express Poranny” em 2 de setembro de 1939. O diplomata também fez uma declaração semelhante na rádio polaca/polonesa, após disso, o seu caminho para casa foi definitivamente barrado. Mais tarde, com ajuda do governo polaco/polonês, ele conseguiu emigrar para a França e sobreviveu a II G.M. O embaixador da República Eslovaca no Reino Unido, Milan Harminc (não confundir com Milan Michal Harminc, o arquiteta), também criticou fortemente a participação da Eslováquia na II G.M. ao lado do regime nazi.

Após o fim da II G. M., a fronteira entre a Polónia e a Checoslováquia foi traçada pela linha anterior, igual ao de 1920-1938.

As imagens: MSE; jornal “Express Poranny” de 2 de setembro de 1939, com a declaração de Ladislav Szathmáry; a condecoração dos soldados eslovacos após a capitulação da Polónia, no final de setembro de 1939.
@arquivo (a imagem é censurada de acordo com as exigências do FB e do blogger.com)
Em 1939 na URSS não houve nenhum diplomata que ousasse protestar contra os crimes do comunismo soviético, embora havia outros casos de coragem, anteriores e posteriores, ao de início da II G.M.

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