A
liquidação em Donetsk de um dos mais famosos líderes dos terroristas russos
afetos à “dnr”, suscitou diversas teorias que pretendem explicar quem executou
a operação, efetuada com muitíssimo profissionalismo e quem poderá lucrar com a
situação, a pergunta clássica que deve ser feita nos casos semelhantes: cui
prodest?
Toda
a operação foi organizada de forma muitíssimo profissional. A mina (ou explosivo de plastídio) foi colocada
no telhado do elevador, junto aos (ou nos) cabos. Significa que os operativos penetraram
no prédio onde vivia o terrorista e de seguida no poço do elevador. “Motorola”
era, provavelmente, o comandante do campo mais conhecido entre os terroristas.
Anteriormente ele sobreviveu pelos menos duas tentativas da sua liquidação. Dado
que o prédio onde vivia possuía vários anéis de segurança, seguramente, estes também
controlavam os serviços comunais, são as alicerces do ofício.
Faça click para ver vídeo não aconselhável aos mais sensíveis |
O
primeiro anel de segurança controlava a situação em redor do prédio, verificava
as pessoas e viaturas que se aproximavam, prestando atenção especial aos
desconhecidos. O segundo anel estava na entrada do prédio, o terceiro – no andar
ocupado ilegalmente pelo “Motorola” e pela sua concubina (dado que “Motorola”
era legalmente casado na Rússia). Todos os guardas pertenciam ao seu bando – “Sparta”.
Mesmo assim, os desconhecidos controlavam todos os movimentos do terrorista, a
explosão era guiada, aconteceu no exacto momento em que Pavlov, juntamente com
um guarda-costas (que também morreu na explosão) entrou no elevador e as portas
do mesmo se fecharam.
Um
atentado com auxílio de uma viatura armadilhada e parqueada algures no espaço
público seria muito mais fácil de executar. Este esquema foi usado na tentativa
anterior de liquidação do terrorista junto ao hospital de Donetsk. Mas o risco de
falhar aumentaria em demasia, de última vez “Motorola” sobreviveu,
provavelmente perdendo um olho. Desta vez os desconhecidos decidiram jogar pelo
seguro, escolheram a tática de efetuar um ataque pontual, mas muito bem
calculado e executado.
O
desconhecido recebeu acesso ao poço de elevador para a colocação da mina. O fusível
de banda rádio era poderoso o suficiente para ser ativado à uma grande
distância, para além do perímetro de segurança. A coisa mais interessante é
saber como os desconhecidos obtiveram os dados sobre o exato momento de entrada
do “Motorola” no elevador. Para isso, eles precisariam acionar o explosivo observando
directamente o terrorista, ou teriam que instalar o sistema de vídeo monitoramento
e vídeo vigilância, para saber o momento exacto da sua entrada.
Os
olheiros, poderiam à qualquer momento, serem detetados e capturados pela contra-inteligência
russo-terrorista que poderia controlar a rota habitual do “Motorola”. O risco
era enorme, pois tudo indica que o terrorista era observado constantemente e
esperado no momento exacto.
A
Operação era muito complexa e ousada, que seria preparada por um grupo considerável
de especialistas, durante várias semanas. A julgar pelo facto de que toda esta
operação complexa não foi detetada e nenhuma detenção foi feita, significa que os
autores reais desta ação tiveram o tempo de abandonar o local em segurança.
Qualquer força ou agência que executou a operação fez isso de forma absolutamente
profissional.
Quem
é responsável?
A
versão dos terroristas sobre o “grupo de sabotagem ucraniano” até agora só foi
confirmada pelo anúncio num fórum de emprego da Ucrânia. A Direção-geral de
inteligência militar da Ucrânia (GUR) procurava um especialista em elevadores
com salário de 22.000 UAH (850 dólares). À primeira vista parece coisa demais, seguramente
haveria na Ucrânia gente que pagaria à GUR para participar numa operação destas.
O voluntário
ucraniano da cidade de Kharkiv, Roman “Skitalec” Donik, avançou
com a informação do que “Motorola” foi abatido pela ordem do terrorista russo Akhra
“Abkhaz” Avidzba, o líder do bando “Pyatnashka” (“15ª brigada internacional”),
a unidade terrorista, dominada pelos militantes originários do Cáucaso.
O casal de "motorolas" na viagem pela Abecásia |
A razão da
forte inimizade é o comportamento da concubina do “Motorola”, Yelena “Canistra”
(Bidão) Kolenkina que durante a sua recente estadia na Abecásia chamou os
moradores locais de “f0dilhões de cabras”. Pela informação do voluntário, a
operação foi financiada pelo outro terrorista russo de origem abecasa, Stavros
Bagatelia, responsável pela “gestão” da rede dos supermercados “ATB”, que foram
“nacionalizados” pelos terroristas.
“Abkhaz durante
muito tempo pedia a gente do Kremlin a permissão para liquidação. Só agora a permissão
foi dada. Após o retorno do “Motorola” de Luhansk, onde participou na limpeza
dos alegados golpistas locais”, – escreveu Donik.
Em junho
de 2016, a concubina do Pavlov, Elena “Canistra” Kolenkina escreveu na sua
página na rede social VK que Abecásia, onde os “Motorolas” passaram as férias
era dominada pela “ruína e merd@”, disse também que nem todos os habitantes da região
“poderiam ser chamados de gente”. Embora depois apagou a postagem.
Em
resposta, os moradores de Abecásia, alguns dos quais participaram nas
atividades terroristas no leste da Ucrânia lembram à Elena o seu passado de
prostituta barata, a origem da sua alcunha, o seu casamento ilegal, e desejaram
ao Donbas a mesma sorte que à Abecásia foi trazida pelo “mundo russo”.
As ferramentas da "Canistra" |
“Canistra”
recebeu várias ameaças e conselhos nunca mais aparecer no Cáucaso, olhar atrás
das costas na rua, pois “o castigo te achará”, como escreveu um usuário. O
arménio Ashot Atayan disse à Elena que o seu assim chamado “marido” é um
assassino que “veio ao país alheio para matar e saquear”, prometendo que a
ex-garota do programa iria responder pelas suas palavras (fonte).
A fuga
da “Canistra”
Após a
liquidação do “Motorola”, a sua concubina, acompanhada pelos guarda-costas
fugiu do prédio, levando consigo apenas algumas pastas e as crianças, escreveu
a página ucraniana Dialog.ua
A inscrição popular no "memorial popular": babaca |
“[Elena]
Pavlova trabalhou na brigada Sparta, por ela passavam documentos importantes,
ela sabia dos fluxos de caixa dos terroristas, [sabia] quem financia os bandos
e assim por diante. Mesmo que ele não seja abatida agora, tal como o marido, de
seguida vão limpa-la em silêncio, ou alguém irá atropela-la acidentalmente,
explodirá ou abaterá”, – se comenta nas redes sociais.
A versão “Lusvarghi”
A versão “Lusvarghi”
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