Vagões usados pela URSS para deportar os lituanos |
No verão de 1940, na
sequência do Pacto soviético-nazi Molotov-Ribbentrop, os estados Bálticos foram
invadidos e anexados pela URSS. O poder soviético lançou-se imediatamente na
luta contra todos aqueles que ousavam discordar da entrada na “família dos
povos soviéticos”.
Da Lituânia foram imediatamente
deportados 18.000 pessoas. As vítimas principais era a elite política lituana, empresariado,
profissionais livres e camponeses abastados. O cúmulo das deportações foi atingido
em junho de 1941, os principais locais do destino foram a República Komi,
Krasnoiarsk e Sibéria (província de Novosibirsk).
Com a ocupação da
Lituânia pelos nazis nada mudou, entre 50 a 60 mil lituanos foram levados à Alemanha
como a mão-de-obra semi-escrava.
Em 1944, com a retoma
da Lituânia pela URSS, começou o êxodo dos lituanos para o estrangeiro. Cerca
de 60.000 lituanos ficaram alojados nos campos de refugiados na Alemanha pós-guerra.
Após 1948, juntamente com os lituanos que faziam parte das diversas unidades de
Wehrmacht, na sua maioria, eles emigraram aos EUA.
As primeiras vítimas
das novas deportações soviéticas foram alemães residentes na Lituânia, as
pessoas que falavam alemão e os protestantes. Em maio de 1945 cerca de 1.000
pessoas desta categoria foram deportados para o exílio permanentemente no Tajiquistão.
A resistência armada lituana,
conhecida como Irmãos
de Floresta, usando as diversas táticas da guerrilha resistia à ocupação
soviética. Para quebrar a resistência, desde 1947 NKVD começou as deportações
em massa dos familiares e apoiantes da guerrilha. Assim, em 1948 foram deportados
para Sibéria 44.000 pessoas (operação “Primavera”), em 1949 – 33.500 pessoas (operação
“Ressaca”).
Outros 150.000 lituanos
foram deportados ao GULAG como vítimas da coletivização forçada. Destes,
111.000 seriam exilados permanentemente na Sibéria e no Cazaquistão.
Todas as decisões sobre
as deportações eram tomadas pelo Conselho dos Ministros da URSS e executadas pelo
NKVD com a colaboração dos funcionários comunistas locais. No terreno as
deportações eram conduzidas pela NKVD e unidades stribai (da palavra russa «destruidores»)
— colaboradores ativos do regime soviético.
Contando todos os
presos, fuzilados e mortos nos campos de concentração soviéticos, é possível
estabelecer o número de cerca de 350.000 lituanos que foram vítimas do regime
comunista soviético.
Fonte:
“Rússia e URSS nas
guerras do século XX: Estudo estatístico”, Moscovo, Olma-PRESS, 2001
Ler online:
http://lib.ru/MEMUARY/1939-1945/KRIWOSHEEW/poteri.txt
(em russo)
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