A história da resistência anticomunista da Europa Central continua, em grande escala, ser ignorada e desconhecida pela opinião pública internacional. Os movimentos nacionalistas que lutaram contra os nazis e contra os soviéticos, casos do Exército Insurgente da Ucrânia ou da Irmandade de Floresta nos Estados Bálticos permanecem bastante esquecidos.
Neste aspecto, são notáveis os esforços dos cinematografistas lituanos que nos últimos anos produziram pelo menos dois filmes dedicados à guerrilha lituana que resistiu sozinha contra os invasores soviéticos, esperando a ajuda ocidental que entretanto nunca veio...
“Pavergtųjų sukilimas” (literalmente Revolta dos Cativos)
O filme “Pavergtųjų sukilimas” (Revolta dos Cativos) tem a estreia marcada para o dia 22 de Junho deste ano. A película conta a história da Revolta de Junho dos militantes da Frente dos Activistas Lituanos contra os nazis que teve lugar nos dias 22-28 de Junho de 1941.
O filme é dirigido pelo realizador Andrius Bartkus, um dos principais produtores do áudio – visual lituano, juntamente com o seu pai, Saulius Bartkus (produtor do filme), ambos fundadores do estúdio E2K.
A história decorre entre duas invasões da Lituânia, primeiro pela União Soviética e depois pela Alemanha nazi. Por isso o realizador contou com o apoio do Centro de Herança Militar e do Clube Histórico de Granadeiros para recrear as batalhas que naquele período se travaram no país.
Durante as filmagens nos EUA a produção recebeu a ajuda da Rose Šomkaitė, a secretária do professor Juozas Ambrazevičius-Brazaitis que durante a Revolta desempenhou, melhor que pude, o papel do primeiro – ministro do Governo lituano provisório, escreve a página lituana Balsas.lt
Ver o trecho no YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=LZLpHth-Iu0O filme Vienui Vieni, dirigido pelo Jonas Vaitkus foi estreado em 2004 e se baseia na vida real do Juozas Lukša (Daumantas), o líder insurgente lituano que lutou contra a ocupação soviética do seu país após o fim da II G.M.
A história decorre nos anos 1950-1951 e retrata a tentativa do Juozas Lukša de viajar até a Europa Ocidental para obter o apoio à resistência armada anti – soviética, conhecida como Irmandade de Floresta. Naquele período, a resistência armada lituana perdia gradualmente as suas forças na luta contra o ocupante soviético por causa das deportações em massa dos lituanos para o GULAG, sofria também com as infiltrações dos espiões do NKVD, acções desenhadas para enfraquecer a base do apoio dos guerrilheiros.
No filme, Juozas Lukša morre durante uma emboscada na Lituânia, embora na realidade o local e as circunstâncias da sua morte são até hoje desconhecidos.
Ver o trecho do filme Absolutamente sozinhos:
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