terça-feira, outubro 30, 2007

Bagdade nas ruas de Maputo

A nova mini – série do HBO, “Generation Kill”, contendo 7 capítulos e co-produzida por Reino Unido e EUA, está a ser filmada estes dias na cidade de Maputo, local que já foi palco de vários filmes americanos da primeira linha como: “Ali” (2001), “A Intérprete” (2005) e “Diamante de Sangue” (2006).

A mini – série é baseada no livro homónimo do jornalista da revista Rolling Stone, Evan Wright, que representa a experiência pessoal de um jovem marine nos primeiros combates em Iraque em 2003 e em geral, traça o retracto de uma geração de jovens americanos, que tem como a única possibilidade de subir na vida – a participação em guerras, em que o seu país está se envolver ultimamente.
Polícia de segurança pública de Moçambique (PRM), avisou os habitantes da cidade e província de Maputo, para não ter receio de tiros e explosões. Pois, não podemos esquecer que em Março de 2007 em Maputo ocorreu uma grande explosão do material militar no principal paiol da capital, que ceifou a vida de mais de 100 pessoas e deixou cerca de 500 feridos.
As filmagens vão prolongar-se por um período de pelo menos duas semanas, além de Moçambique, a série também será rodada em Namíbia (combates no deserto) e na África do Sul.
A cidade de Maputo, chamou a atenção da produção de "Generation Kill", por causa de relativa facilidade com que se consegue recrutar os figurantes com traços físicos idênticos à população iraquiana, sem mencionar o brando regime fiscal de Moçambique, favorável às grandes rodagem cinematográficas.

Como sempre, não se conseguiu evitar as polémicas, pois o casting do filme só precisava de figurinos com características físicas dos árabes, europeus e negros do tipo norte-americano, com 112 quilos e altura de 1,90 metros, algo que desagradou certa camada juvenil moçambicana. Eis um exemplo, de como sempre se fomentam as fortes críticas do Hollywood por não usar os figurinos adequados à um determinado país (ucranianos, normalmente, podem se dar por satisfeitos, quando são representados pelos cidadãos da ex - Jugoslávia), mas quando o mesmo Hollywood tenta escolher as pessoas certas para representar o país certo, a "fábrica de sonhos" também é atacada, por não corresponder algumas expectativas pessoais.

Em termos de retrospectiva, temos que lembrar que o filme "Ali", a biografia cinematográfica do pugilista norte-americano Muhammad Ali, interpretado por Will Smith, recriou em Maputo a cidade de Kinshasa em 1974, capital do então Zaire, cenário do célebre combate entre Ali e George Foreman.
"A Intérprete", protagonizada pela Nicole Kidman e Sean Penn, tinha relativamente pouca rodagem nos bairros periféricos de Maputo (nem a Kidman, nem o Penn jamais estiveram na capital moçambicana), que representava uma país africano imaginário – Matobo, que tinha certas semelhanças com Zâmbia e Zimbabwe.
A produção de "Diamante de Sangue" transformou a capital moçambicana em Freetown, capital da Serra Leoa, país emblemático pelo uso de diamantes ilegais para financiar uma guerra civil extremamente sangrenta.

© LUSA & Informação Própria S.A.

Quem é o Evan Wright?
Jornalista premiado da revista Rolling Stone, autor do best – seller Generation Kill, posiciona o seu livro como “prosa não ficcional”, que conta a experiência pessoal de um marine na guerra em Iraque, traçando o retracto de toda a geração de jovens americanos no tempo de ultimas guerras.
Evan Wright ganhou vários prémios de reconhecimento pelo seu trabalho, como: Times Book Award de Los Angeles, Wallace Green Award da Marine Corps Heritage Society, Prémio National Magazine Award pela Excelência em Reportagem e o prémio do PEN Clube americano de 2005.
Mini – biografia em inglês

Polémica
Como não podia de ser, também existe o "Caso Wright", em que o jornalista é acusado de retractar os marines de uma maneira “ignorante”. Embora muita gente (inclusive os militares de altos patentes na reserva), teceram elogios rasgados ao trabalho do Wright, alguns colegas não ficaram tão entusiasmados com o seu livro. Por exemplo, um dos militares retractados no livro, Sargento – Artilheiro (Gysgt.) e Chefe de Operações da Companhia Bravo em 2003, Daniel J. Griego, considera que o livro Generation Kill “ignorante, cheio de mentiras e totalmente ficcional”.
Crítica detalhada em inglês

Cartoon original

1 comentário:

ola disse...

eu posso so ficar triste com o pensamento das questoes racias...como uma pessoa que trabalha nesta industria posso explicar como os filmes trabalham .. se o filme e passado no espaco preciseremos de aliens .. se e passado em africa precisamos de negros no caso de blood diamond era passado em sierre leone entao o figurantes eram negros.. no caso de gk ,e passado no iraq .. peco q os ignorantes que vao ate iraq ver qual e a raca predominante.. nunca vi uma producao em moc .. sem ter maus commentarios .. deixo um recado pensem primeiro analisam antes de dizer disparates..e que mocambique ta a ficar como um ponto internacional para filmagens ,mas se nos comtinuamos a ficar com inveja.. e digo mais nao e barato filmar em moc pelos facto que nimguem faz nada sem dollars ..e se alguem pensa ao contrario .. informe'se..e posso acabar por dizer que muitos negros foram ussados.. mas esperem que saia na tv ..talvez ai os invejosos que nao conseguiram um pedaco do bolo ... param de chorar