domingo, novembro 03, 2013

Repressões comunistas atingiram 350 mil lituanos

Vagões usados pela URSS para deportar os lituanos
No verão de 1940, na sequência do Pacto soviético-nazi Molotov-Ribbentrop, os estados Bálticos foram invadidos e anexados pela URSS. O poder soviético lançou-se imediatamente na luta contra todos aqueles que ousavam discordar da entrada na “família dos povos soviéticos”.

Da Lituânia foram imediatamente deportados 18.000 pessoas. As vítimas principais era a elite política lituana, empresariado, profissionais livres e camponeses abastados. O cúmulo das deportações foi atingido em junho de 1941, os principais locais do destino foram a República Komi, Krasnoiarsk e Sibéria (província de Novosibirsk).

Com a ocupação da Lituânia pelos nazis nada mudou, entre 50 a 60 mil lituanos foram levados à Alemanha como a mão-de-obra semi-escrava.

Em 1944, com a retoma da Lituânia pela URSS, começou o êxodo dos lituanos para o estrangeiro. Cerca de 60.000 lituanos ficaram alojados nos campos de refugiados na Alemanha pós-guerra. Após 1948, juntamente com os lituanos que faziam parte das diversas unidades de Wehrmacht, na sua maioria, eles emigraram aos EUA.

As primeiras vítimas das novas deportações soviéticas foram alemães residentes na Lituânia, as pessoas que falavam alemão e os protestantes. Em maio de 1945 cerca de 1.000 pessoas desta categoria foram deportados para o exílio permanentemente no Tajiquistão.

A resistência armada lituana, conhecida como Irmãos de Floresta, usando as diversas táticas da guerrilha resistia à ocupação soviética. Para quebrar a resistência, desde 1947 NKVD começou as deportações em massa dos familiares e apoiantes da guerrilha. Assim, em 1948 foram deportados para Sibéria 44.000 pessoas (operação “Primavera”), em 1949 – 33.500 pessoas (operação “Ressaca”).

Outros 150.000 lituanos foram deportados ao GULAG como vítimas da coletivização forçada. Destes, 111.000 seriam exilados permanentemente na Sibéria e no Cazaquistão.

Todas as decisões sobre as deportações eram tomadas pelo Conselho dos Ministros da URSS e executadas pelo NKVD com a colaboração dos funcionários comunistas locais. No terreno as deportações eram conduzidas pela NKVD e unidades stribai (da palavra russa «destruidores») — colaboradores ativos do regime soviético.

Contando todos os presos, fuzilados e mortos nos campos de concentração soviéticos, é possível estabelecer o número de cerca de 350.000 lituanos que foram vítimas do regime comunista soviético.

Fonte:
“Rússia e URSS nas guerras do século XX: Estudo estatístico”, Moscovo, Olma-PRESS, 2001

Ler online:
http://lib.ru/MEMUARY/1939-1945/KRIWOSHEEW/poteri.txt (em russo)

1 comentário:

Anónimo disse...
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