segunda-feira, setembro 21, 2020

De nazi soviético ao separatista “antifascista”


Em abril de 1985 na cidade ucraniana de Voroshylovohrad foi descoberto um grupo de jovens que imitava as práticas do Gestapo, 30 anos depois, o seu líder, jovem comunista outrora, aderiu com corpo e alma à causa terrorista e separatista do leste da Ucrânia.

Em abril de 1985, em Voroshilovgrad, foi descoberto e desmantelado um grupo antissocial (composto por 12 pessoas de 15 à 20 anos), que, imitando às práticas de Gestapo, sadicamente humilhava de seus pares, encenava o enforcamento e estuprava as meninas que aderiram ao bando. O lídee e organizador deste bando foi Konoplitsky S.S., nascido em 1966, membro da juventude comunista Komsomol, o motorista do 2º Departamento de reparação e construção de estradas de Voroshilovgrad, forçava os seus cúmplices a chamá-lo de “Standartenführer SS”. Konoplitsky e sete outros membros do grupo foram presos por cometer crimes nos termos dos artigos 117 e 206 do Código Penal da RSS da Ucrânia (estupro, vandalismo).

Arquivo do KGB da Ucrânia Soviética, cortesia Eduard Andryushchenko

30 anos depois, Konoplitsky Sergey Sergeevich, nascido aos 06/08/1966, é conhecido terrorista e membro de grupos armados ilegais da dita “lnr”. Nom de guerre “Maníaco”.

Combatente ilegal do bando ilegal armado “ batalhão Batman”, contra o qual, em 30 de dezembro de 2014, o “ministério público” dos separatistas de Luhansk abriu um processo criminal sob acusação de “prisão ilegal de duas ou mais pessoas”, “tortura, assassinato, sequestro de civis, extorsão e roubos”.

Base de dados Myrotvorets/Pacificador

Como ele próprio admitiu publicamente entre os métodos de impacto físico costumava utilizar contra as vítimas os golpes de martelo e de canos plásticos:

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sexta-feira, setembro 11, 2020

Caso Ihor Homenyuk. Diplomacia ucraniana questiona Governo português sobre investigação

[Ministro] Augusto Santos Silva garante que o processo decorre “dentro da lei”. Ministério Público [português] negou acesso da viúva aos autos alegando que o processo está em segredo de justiça, escreve Observador.pt 

O ministro dos Negócios Estrangieors da Ucrânia, Dmytro Kuleba esteve em Portugal na quarta-feira para se reunir com o homólogo Santos Silva e com um tema quente na agenda: a investigação e processo judicial sobre a morte de Ihor Homenyuk ocorrida a 12 de março, no Centro de Instalação Temporário do SEF no Aeroporto de Lisboa.

De Portugal, Kuleba levou a garantia de que tudo estava a correr “dentro da lei”, segundo o cônsul Volodymyr Kamarchuk que confirmou ao Publico qual o teor do encontro entre os dois governantes. “A embaixada não quer que este caso seja esquecido, por isso foi mencionado em reuniões de altas instâncias”, detalhou o cônsul, citado no diário.

Sobre a morte do compatriota, Kamarchuk diz não conseguir “encontrar palavras em inglês” que permitam expressar a sua opinião. “Podia ter acontecido a qualquer um. Ele só queria entrar em Portugal. Tento que a comunidade não se esqueça deste caso”, afirmou. 

Já o gabinete de Augusto Santos Silva, disse ao Público que o ministro “transmitiu, de novo, o quanto lamentava o acontecimento e informou que o processo judicial está em curso”. 

A viúva de Ihor, Oksana Homenyuk, constitui-se como assistente no processo, mas o pedido de acesso aos autos foi indeferido pelo Ministério Público, alegando que o processo está em segredo de justiça, o que preocupa a embaixada ucraniana. 

O advogado da família, José Gaspar Schwalbach, argumenta que a alegação de que o processo está em segredo de justiça não encontra base legal uma vez que o Código de Processo Penal Português estipula que “o processo penal é público, sob pena de nulidade, acrescentado o n.º 2 do mesmo preceito que o segredo de justiça existirá quando se entenda que ‘a publicidade prejudica os direitos daqueles sujeitos ou participantes processuais’”.

quinta-feira, setembro 10, 2020

Protocolos dos Sábios de Sião: nascimento dos fake news

Edição da emigração russa em Nova Iorque nos EUA de 1921
No dia 10 de setembro de 1903 em São Petersburgo na Rússia começou ser publicada a mais famosa falsificação antissemita – “Programa de conquista do mundo pelos judeus”, mais conhecida como “Protocolos dos Sábios de Sião”.

A falsificação teve a sua primeira edição no jornal de extrema direita populista russa “Znamya” (Bandeira), editado e publicado pelo deputado da Duma Estatal russa, notável racista, antissemita e anti ucraniano, Pavel Krushevan.

Poucos panfletos antissemitas podem igualar a popularidade aos “Protocolos dos Sábios de Sião”. Publicados no início do século passado na Rússia, o livro ganhou a popularidade internacional a partir de outubro de 1917. A falsificação usada pelos regimes mais odiosos do século passado parecia perder todo o seu apelo. Mas não. O livro ainda é referenciado e citado. E o mais popular permanece em seu país natal – na Rússia.
Embora em 2011, o órgão oficial do partido comunista português (PCP), o Avante!, citou e se baseou na famosa falsificação, acusando o “sionismo global” de atacar os direitos da “classe operária e camponesa”.