domingo, fevereiro 02, 2014

Ucranianos preparam marchas em Lisboa, Porto, Faro e Albufeira


Ucranianos em Portugal organizam no domingo uma marcha lenta automóvel nas cidades de Lisboa, Porto, Faro e Albufeira, em solidariedade para com o movimento de oposição ao presidente ucraniano, disse à Lusa o líder da comunidade ucraniana de Portugal.

Vamos pôr cartazes e bandeiras nos carros para chamar a atenção de que o regime [do Presidente Viktor Yanukovych] continua a aterrorizar o povo ucraniano”, disse à Lusa o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal (www.spilka.pt).

De acordo com Pavlo Sadokha, a utilização de automóveis em marcha lenta é um gesto de solidariedade para com um dos organizadores de colunas de veículos na capital ucraniana (Maydan Automóvel), Kyiv, e que foi vítima da violência da polícia.
Dmytro Bulatov após o seu aparecimento
Há uma semana desapareceu um líder do movimento de contestação na Ucrânia. Dmytro Bulatov organizou as marchas lentas com carros na Ucrânia e chegou a bloquear a passagem das tropas e da polícia. Ajudou muito o movimento e foi por isso que desapareceu. Ontem foi encontrado depois de ter sido torturado. Foi espancado e cortaram-lhe uma orelha. Foram os agentes da polícia e, por isso, vamos demonstrar a nossa solidariedade com ele através da marcha lenta", explicou Sadokha.

No domingo, em Lisboa, a marcha lenta começa às 11h30 na Praça do Chile e dirige-se depois para o Mosteiro dos Jerónimos com passagem pela baixa da cidade e pelo Palácio de Belém.

Além de Lisboa, a comunidade ucraniana vai organizar marchas lentas ao mesmo tempo no Porto, Faro e Albufeira. Nós vamos continuar a fazer manifestações todas as semanas até que a situação mude na Ucrânia”, concluiu Paulo Sadokha.

Na passada segunda-feira, a Associação dos Ucranianos em Portugal organizou uma concentração em frente à embaixada da Rússia em Lisboa contra a influência política do Kremlin em Kyiv tendo apelado à solidariedade do povo russo para com a contestação na Ucrânia.

O gabinete de direitos humanos da ONU pediu hoje à Ucrânia uma investigação “rápida, minuciosa e independente” das mortes, raptos e torturas de manifestantes.

Estamos chocados com as mortes relatadas nos últimos dias em Kyiv, as quais devem ser pronta, completa e independentemente investigadas”, disse à imprensa Rupert Coville, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.

A televisão ucraniana noticiou hoje o caso de um ativista da oposição Dmytro Bulatov, desaparecido há uma semana e encontrado hoje gravemente ferido, que terá sido torturado pelos seus captores. Bulatov, 35 anos, relatou que os seus captores o espancaram e torturaram, tendo-lhe cortado uma orelha e pregado pregos nas mãos, acabando por deixá-lo numa floresta.

/.../ Ucrânia é há dois meses palco de manifestações em massa, algumas marcadas por violentos confrontos com a polícia, convocadas após a decisão do Presidente, Viktor Yanukovych, de suspender os preparativos para assinar um acordo com a União Europeia e estreitar relações com a Rússia.

Lusa/SOL

Em Madrid, no dia 2.02.2014, às 12h00, na praça Colón, a Comunidade Ucraniana de Espanha convoca um comício em apoio ao povo ucraniano, contra a ditadura na Ucrânia. 

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