Ucranianos
em Portugal organizam no domingo uma marcha lenta automóvel nas cidades de
Lisboa, Porto, Faro e Albufeira, em solidariedade para com o movimento de oposição
ao presidente ucraniano, disse à Lusa o líder da comunidade ucraniana de Portugal.
“Vamos
pôr cartazes e bandeiras nos carros para chamar a atenção de que o regime [do
Presidente Viktor Yanukovych] continua a aterrorizar o povo ucraniano”, disse à
Lusa o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal (www.spilka.pt).
De
acordo com Pavlo Sadokha, a utilização de automóveis em marcha lenta é um gesto
de solidariedade para com um dos organizadores de colunas de veículos na
capital ucraniana (Maydan
Automóvel), Kyiv, e que foi vítima da violência da polícia.
Dmytro Bulatov após o seu aparecimento |
No
domingo, em Lisboa, a marcha lenta começa às 11h30 na Praça do Chile e
dirige-se depois para o Mosteiro dos Jerónimos com passagem pela baixa da
cidade e pelo Palácio de Belém.
Além
de Lisboa, a comunidade ucraniana vai organizar marchas lentas ao mesmo tempo
no Porto, Faro e Albufeira. “Nós
vamos continuar a fazer manifestações todas as semanas até que a situação mude
na Ucrânia”, concluiu Paulo Sadokha.
Na
passada segunda-feira, a Associação dos Ucranianos em Portugal organizou uma
concentração em frente à embaixada da Rússia em Lisboa contra a influência
política do Kremlin em Kyiv tendo apelado à solidariedade do povo russo para
com a contestação na Ucrânia.
O
gabinete de direitos humanos da ONU pediu hoje à Ucrânia uma investigação “rápida,
minuciosa e independente” das mortes, raptos e torturas de manifestantes.
“Estamos
chocados com as mortes relatadas nos últimos dias em Kyiv, as quais devem ser
pronta, completa e independentemente investigadas”, disse à imprensa Rupert
Coville, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
A
televisão ucraniana noticiou hoje o caso de um ativista da oposição Dmytro
Bulatov, desaparecido há uma semana e encontrado hoje gravemente ferido, que
terá sido torturado pelos seus captores. Bulatov,
35 anos, relatou que os seus captores o espancaram e torturaram, tendo-lhe
cortado uma orelha e pregado pregos nas mãos, acabando por deixá-lo numa
floresta.
/.../ Ucrânia é há dois meses palco de manifestações em massa,
algumas marcadas por violentos confrontos com a polícia, convocadas após a
decisão do Presidente, Viktor Yanukovych, de suspender os preparativos para
assinar um acordo com a União Europeia e estreitar relações com a Rússia.
Lusa/SOL
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