O novo brand de moda da esquerda do Gap e Ray-ban já chegou a Ucrânia, é o movimento Occupy Ukraine, que marcou a sua primeira reunião pública geral para o dia 11.11.2011 em Kyiv.
Mas quem são estes camaradas e o que pretendem? No seu blogue mantido em ucraniano, o movimento autodefine-se como: “o movimento de massas pacífico que protesta contra os actuais sistemas sociopolíticas e económicas que existem no nosso país e no mundo”. Dizem também que compartilham os mesmos valores e a filosofia do movimento Ocupar Wall Street nos EUA.
O que querem?
O movimento diz que pretende “encontrar uma solução para as dificuldades enfrentadas pela sociedade”, embora admite que “ainda não prepararam as exigências comuns”, mas estão confiantes de que “com o tempo podem fazê-lo”. Além disso o movimento “exige as mudanças significativas no sistema económico que destrói os nossos negócios (Sic!), as liberdades civis, meio ambiente, nossa vida e o trabalho”. O movimento assegura que na sua luta usa apenas os meios pacíficos.
Os ideólogos
Um dos ideólogos do movimento é Dmytro Hriaznov (universitário, diz que não é de esquerda), defende a “construção da sociedade onde as pessoas vivem em conforto, onde não existe a exploração e onde as capacidades individuais e a iniciativa empresarial são livres”. Ele também propõe a criação de um sistema baseado na “medição das acções altruístas – o que a pessoa fez de bom para outras pessoas”.
Outro ideólogo é Alexander Volodarsky (pintor, perfomancista, esquerdista profissional, blogueiro Shiitman, inspirado por Timothy Leary, Aleister Crowley, Karl Marx e Piotr Kropotkin). Ele é contra “o actual sistema económico /.../ que permite aos oligarcas ficarem mais ricos, enquanto a classe média fica mais pobre e as pessoas do fundo social não têm a possibilidade de subir (na vida)”. Volodarsky & Shiitman afirma que o movimento “não apoia nenhuma força política /.../ não procura o compromisso com o poder ou a amizade com a oposição”. Como esquerdista profissional, Shiitman, não desdenha alguma violência revolucionária, escrevendo no seu blogue que o activista que quer ajudar ao movimento pode (entre outras coisas mais pacíficas), “partir algum murro e distribuir as estacas entre os necessitados”, pois tudo que se faz, “é feito para si”.
Sem querer entrar em muita teoria de conspiração, mas após analisar o blogue do movimento e assistir o seu vídeo promocional, chega-se a conclusão, do que eles, tão como o grupo FEMEN, servem aos interesses do actual governo ucraniano. Protestam contra tudo e contra nada, fazem barulho e distraem o público, para não debater as questões pertinentes de libertação social e nacional dos ucranianos: falta de liberdades, cultura ucraniana indefesa, baixos salários, aumento das taxas municipais e subida do preço de gás, entre outros.
Ou como alguém escreveu no Facebook: “se o Movimento não começar pela ocupação da residência do presidente ucraniano em Mezhgirya (136 hectares!), então nem vale a pena começar”.
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