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Por: Boris Klimenko
Cheney fez estas declarações em um discurso à imprensa ao término de conversas a portas fechadas com o presidente ucraniano, Viktor Yushchenko.
"Os EUA estão profundamente interessados em seu bem-estar e segurança", disse o vice-presidente americano, que ressaltou que Washington e Kyiv, durante as duas últimas décadas, trabalharam juntos para garantir "a independência, a soberania e a integração (da Ucrânia) na comunidade internacional".
O vice-presidente acrescentou que hoje os EUA declaram sua "firme decisão" de fortalecer os vínculos entre ambos os países mirando o futuro.
Cheney, da mesma forma que fez nesta quinta-feira durante sua visita a Tbilisi, disse que "as acções da Rússia no conflito com a Geórgia põem em dúvida sua condição de parceira internacional confiável".
Já o chefe do Estado ucraniano disse que o conflito russo – georgiano novamente demonstrou que o único modelo alternativo que pode garantir a segurança no país é o sistema de segurança colectiva da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
"Os aliados na cúpula de Bucareste declararam que a Ucrânia será membro da NATO. Essa declaração mantém seu vigor", disse Cheney, que acrescentou que o próprio povo ucraniano é quem deve fazer a opção, e que "nenhum Estado alheio tem direito a vetá-la".
Ele destacou que a Ucrânia é o único país que, sem ser membro da NATO, participa de todas as missões da Aliança, "do Afeganistão ao Kosovo".
A Rússia manifestou sua rejeição à entrada da Ucrânia, como de outras antigas repúblicas soviéticas, na NATO, por considerar que a aproximação das estruturas militares da Aliança Atlântica às suas fronteiras representa uma ameaça para a segurança nacional.
Yushchenko expressou sua preocupação com a presença da base naval da frota russa do mar Negro em território ucraniano, instalações que Kyiv aluga para Moscou, e cujo contrato vence em 2017.
"Claro, nos preocupa o emprego da força militar da Frota do Mar Negro pela Federação Russa, porque este tipo de mecanismo arrasta a Ucrânia para situações bélicas", disse Yushchenko em alusão à participação de navios russos no conflito da Geórgia.
Para Kyiv, enfatizou o presidente ucraniano, o reconhecimento da Rússia da independência da Ossétia do Sul e da Abecásia é inaceitável. "Isto não responde aos nossos interesses nacionais", acrescentou.
Na reunião, Yushchenko e Cheney falaram também da situação política interna da Ucrânia, conversa em que, segundo o presidente ucraniano, começou por iniciativa de seu hóspede.
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As diferenças entre o presidente e a primeira – ministra levaram à ruptura da coligação parlamentar de maioria, por isso não se descarta a dissolução do Parlamento unicameral e a conseguinte convocação de eleições legislativas antecipadas.
Cheney chegou à Ucrânia procedente de Tbilisi, onde destacou o compromisso de seu país com a reconstrução económica e a integridade territorial da Geórgia.
Na capital georgiana, o vice-presidente classificou a actuação de Moscovo no conflito de "tentativa ilegítima e unilateral de modificar pela força" as fronteiras da Geórgia, algo que "foi universalmente condenado pelo mundo livre", comentou. EFE
Fonte:
CHENEY ELOGIA POSTURA VALENTE DA UCRÂNIA
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