O jornal francês Le Figaro publicou um comunicado endereçado ao Presidente da Ucrânia Viktor Yushchenko, que pude custar aos seus financiadores pró – russos até 20 – 21 mil euros.
O comunicado fala da preocupação dos seus autores sobre a alegada tentativa do poder ucraniano de “ver a história ucraniana separadamente da história russa”. Os autores afirmam que a Ucrânia se tornou independente graças ao seu vizinho nortenho. Além disso, o comunicado advoga a “impossibilidade de reabilitar os combatentes do OUN – UPA”.
O comunicado tem 37 assinaturas. Apenas nove destas pessoas têm alguma relação com os estudos históricos. Outros são burocratas do Leste da Ucrânia, activistas pró – russos e deputados do Partido de Regiões.
O comunicado momentaneamente foi traduzido para a língua russa e difundido na Internet como o exemplo da opinião dos “intelectuais ucranianos, respeitada pela imprensa Ocidental”.
Na página de Le Figaro não é possível encontrar o referido comunicado, além disso, a redacção alegou não preparar nenhum artigo com este teor propagandístico. Mas a Embaixada da Ucrânia na França possui a edição de Le Figaro impressa, onde na página 06 foi publicado o comunicado pró – russo.
O tipo de letra (diferente a do jornal), a sua localização no fundo da página, indicam de se tratar de uma publicidade política disfarçada de opinião de leitores. Apresentando-se como o político ucraniano, o jornalista do diário “Delo”, foi sabendo que o preço duma publicidade de género ronda os 21 mil euros.
As assinaturas do comunicado decorreram durante os trabalhos da conferência internacional “II G.M..: as tentativas de revisão dos seus resultados”, organizada pelo Instituto das Pesquisas Políticas (Rússia), chefiado pelo Sergey Markov, o deputado da Duma Estatal (Câmara baixa do parlamento russo). Markov foi assessorado pelo Conselho Humanitário russo – ucraniano, organismo criado no verão de 2008 pelos activistas pró – russos da Ucrânia.
Sergey Markov disse que conhece os pormenores da publicação, mas não confirmou o seu envolvimento no caso. Markov não participou na conferência, pois é uma pessoa “non – grata” na Ucrânia. “Não faz mal, os nossos camaradas ucranianos vão picar Yushchenko”, - disse Markov numa entrevista recente.
Ao mesmo tempo, vários assinantes do comunicado não conseguiram explicar como as suas assinaturas apareceram no documento, assim o Serhiy Kudelko, o Professor da Universidade Nacional de Kharkiv e Anatoliy Svetlickiy, o vice – prefeito da Conselho Municipal da cidade de Zaporizhia recusaram-se de comentar o assunto, alegando sobrecarga de trabalho.
Ultimamente, a imprensa francesa tornou-se o local predilecto para publicar a propaganda anti – ucraniana. Assim o jornal Le Mond publicou recentemente o artigo do jornalista francês Michaёl Prazan (estudioso da organização terrorista japonesa “Exército Vermelho Japonês”), intitulado “L'Ukraine, "pays européen"? Pas évident”. No artigo, o Prazan usa uma mistura de mentiras, meias verdades e verdades destorcidas para acusar o Presidente Viktor Yushchenko de dirigir “a nação confusamente democrática e extremamente corrompida”.
Não é por acaso que a imprensa francesa é usada para a desacreditação da Ucrânia na União Europeia. A França assumiu a presidência rotativa da UE e a sua posição tem enorme importância na questão de entrada da Ucrânia na NATO e na UE.
Fonte:
http://delo.ua/news/88152
Não é por acaso que a imprensa francesa é usada para a desacreditação da Ucrânia na União Europeia. A França assumiu a presidência rotativa da UE e a sua posição tem enorme importância na questão de entrada da Ucrânia na NATO e na UE.
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http://delo.ua/news/88152