terça-feira, setembro 30, 2008

Le Figaro e a propaganda anti – ucraniana

O jornal francês Le Figaro publicou um comunicado endereçado ao Presidente da Ucrânia Viktor Yushchenko, que pude custar aos seus financiadores pró – russos até 20 – 21 mil euros.

O comunicado fala da preocupação dos seus autores sobre a alegada tentativa do poder ucraniano de “ver a história ucraniana separadamente da história russa”. Os autores afirmam que a Ucrânia se tornou independente graças ao seu vizinho nortenho. Além disso, o comunicado advoga a “impossibilidade de reabilitar os combatentes do OUNUPA”.

O comunicado tem 37 assinaturas. Apenas nove destas pessoas têm alguma relação com os estudos históricos. Outros são burocratas do Leste da Ucrânia, activistas pró – russos e deputados do Partido de Regiões.

O comunicado momentaneamente foi traduzido para a língua russa e difundido na Internet como o exemplo da opinião dos “intelectuais ucranianos, respeitada pela imprensa Ocidental”.

Na página de Le Figaro não é possível encontrar o referido comunicado, além disso, a redacção alegou não preparar nenhum artigo com este teor propagandístico. Mas a Embaixada da Ucrânia na França possui a edição de Le Figaro impressa, onde na página 06 foi publicado o comunicado pró – russo.

O tipo de letra (diferente a do jornal), a sua localização no fundo da página, indicam de se tratar de uma publicidade política disfarçada de opinião de leitores. Apresentando-se como o político ucraniano, o jornalista do diário “Delo”, foi sabendo que o preço duma publicidade de género ronda os 21 mil euros.

As assinaturas do comunicado decorreram durante os trabalhos da conferência internacional “II G.M..: as tentativas de revisão dos seus resultados”, organizada pelo Instituto das Pesquisas Políticas (Rússia), chefiado pelo Sergey Markov, o deputado da Duma Estatal (Câmara baixa do parlamento russo). Markov foi assessorado pelo Conselho Humanitário russo – ucraniano, organismo criado no verão de 2008 pelos activistas pró – russos da Ucrânia.

Sergey Markov disse que conhece os pormenores da publicação, mas não confirmou o seu envolvimento no caso. Markov não participou na conferência, pois é uma pessoa “non – grata” na Ucrânia. “Não faz mal, os nossos camaradas ucranianos vão picar Yushchenko”, - disse Markov numa entrevista recente.

Ao mesmo tempo, vários assinantes do comunicado não conseguiram explicar como as suas assinaturas apareceram no documento, assim o Serhiy Kudelko, o Professor da Universidade Nacional de Kharkiv e Anatoliy Svetlickiy, o vice – prefeito da Conselho Municipal da cidade de Zaporizhia recusaram-se de comentar o assunto, alegando sobrecarga de trabalho.
Ultimamente, a imprensa francesa tornou-se o local predilecto para publicar a propaganda anti – ucraniana. Assim o jornal Le Mond publicou recentemente o artigo do jornalista francês Michaёl Prazan (estudioso da organização terrorista japonesa “Exército Vermelho Japonês”), intitulado “L'Ukraine, "pays européen"? Pas évident”. No artigo, o Prazan usa uma mistura de mentiras, meias verdades e verdades destorcidas para acusar o Presidente Viktor Yushchenko de dirigir “a nação confusamente democrática e extremamente corrompida”.

Não é por acaso que a imprensa francesa é usada para a desacreditação da Ucrânia na União Europeia. A França assumiu a presidência rotativa da UE e a sua posição tem enorme importância na questão de entrada da Ucrânia na NATO e na UE.

Fonte:
http://delo.ua/news/88152

Música ucraniana na Internet

Barszcz Ukrainski czyli Miecz, Tryzub I Ogien
(Borsh ucraniano: Espada, Tridente e Fogo)


Músicas:
01. The Ukrainians – Cherez Richku, Cherez Hai
02. Hilka – Oj Zapal Mamo Swieczke (Trad.)
03. Wij – Mgla04. Biocord – Human Geometry
05. Mychajlo Chaj – Oj, W Polu Mogila (Trad.)
06. Zaba W Dyryzabli – Saddam Hussein
07. Foa Hoka – Dia-Diabla
08. Switlana Nianio – Bez Nazwy
09. Aktus - Sasiadka (Trad.)
10. Mychajlo Chaj – Zbratal Sie Sokol (Trad.)
11. Kazma-Kazma – Muzyka Do Spektaklu
12. Neborock – Rock'n'roll
13. Ihor Cymbrows'kyj – Przyjdz Aniele
14. Carpathiana – Harazd
15. Drewo – Oj, Kraju Mily, Gdzie Sie Urodzil

Código (password) para descarregar as músicas: parazitakusok.blogspot.com

Via:
http://a-ingwar.blogspot.com/2008/09/1999.html

sexta-feira, setembro 26, 2008

Amor da mãe porca

Na Ucrânia, na província de Dnipropetrovsk no zoo privado situado na localidade de Maryanivka, a mãe – porca amamenta os filhotes do tigre, que foram retirados da mãe deles, por a tigra ser uma má mamãe...

Taras Shevchenko nas notas bancárias

Taras Shevchenko, o maior poeta ucraniano de todos os tempos, não aparece homenageado apenas nas notas bancárias da Ucrânia. Afinal, existe mais uma entidade que paga o seu tributo ao génio ucraniano que nasceu servo e morreu como Académico da Academia de Belas Artes de São Petersburgo.

A entidade que homenageia o Taras Shevchenko é a Transnístria, o território da Moldova, que auto proclamou a sua independência em 1991 sob o nome de República Moldova de Pridnestróvie (PMR) ou simplesmente Pridnestróvie.
Dados técnicos:

Nota bancária de 50 rublos de PMR (1 Euro = 12.3595 rublos da PMR);
Emissão: 2000
A cor dominante: verde – escuro, no centro há uma gama cor-de-rosa e verde.
Face: Gravura com a imagem do retracto de Taras Shevchenko
Reverso: Gravura com a imagem do edifício do Parlamento e do Governo da PMR.
Tamanho: 129 x 60 mm
A Transnístria

A Transnístria (também conhecida como Transdniestre, Transdniester ou Transdniéstria, etim. «além do rio Dnistro») é uma região entre a Moldova e a Ucrânia, que pertence oficialmente à Moldova, conseguindo manter a sua soberania inicial com a ajuda do 14° Exército Soviético, comandado na altura pelo general Alexander Lebed. O Conselho da Europa considera a questão da Transnístria um conflito congelado.

A capital da região é Tiraspol, em 2005 cerca de 29% da população da Transnístria era ucraniana, a língua ucraniana é uma das três línguas oficiais do território.

Fonte:
http://ledilid.livejournal.com/267237.html


Taras Shevchenko nas notas da hryvnia ucraniana:

A hryvnia (também pode se encontrar a denominação hryvnya; em ucraniano: гривня; é a moeda nacional da Ucrânia desde 2 de Setembro de 1996. O código ISO 4217 para a hryvnia é UAH e 980. Nas imagens Taras Shevchenko jovem e maduro nas notas de 100 hryvnia de emissões diferentes.

Notícias ucranianas em espanhol

Para todos aqueles que pretendem ler as notícias ucranianas, da Ucrânia ou sobre a Ucrânia em espanhol, recomendo esta página da Argentina:
http://ukranews.com.ar
Mais a informação sobre os primeiros 100 anos da primeira missa bizantina – ucraniana na província de Misiones:
http://www.ukranews.com.ar//index.php?option=com_content&task=view&id=560&Itemid=1

Washington não deixará a Rússia impedir a ampliação da NATO

Madrid, 25 Setembro 2008 (AFP) – A Secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, advertiu que as autoridades americanas e europeias não permitirão que a Rússia vete a entrada da Geórgia e da Ucrânia na NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em artigo publicado nesta quinta-feira pelo jornal espanhol El Mundo.

"A porta para um futuro euro – atlântico permanece completamente aberta para a Geórgia e nossa aliança continuará trabalhando para tornar realidade este futuro", escreveu Rice nesse artigo traduzido do inglês.

"Os Estados Unidos e a Europa estão apoiando sem equívocos a soberania, a independência e a integridade territorial dos vizinhos da Rússia", acrescentou.

"E não permitiremos que a Rússia exerça um veto sobre o futuro de nossa comunidade transatlântica, nem sobre nossa escolha dos países que convidaremos para fazer parte dela, nem sobre a opção destes Estados de aceitar", insistiu.

Geórgia e Ucrânia, pretendem entrar na NATO para garantir uma vez por todas a sua integridade territorial.

Fonte:
http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2008/09/25/ult34u212116.jhtm (PT)
http://www.entornointeligente.com/resumen/resumen.php?id=731480 (ES)

"Vela inapagável" na Grécia

A Sociedade da Diáspora Ucraniana na Grécia e a Sociedade “Ukrayinsko – Hrecka Dumka”, organizaram na cidade de Atenas, as comemorações do aniversário do genocídio ucraniano – Holodomor de 1932 – 33.

Desta maneira, a Grécia colaborou na iniciativa do Congresso Mundial Ucraniano (SKU), apoiada pelo Presidente da Ucrânia Viktor Yushchenko, que iniciou-se na Austrália e ainda passará pela Roménia, Moldova, Kasaquistão, Rússia, Arménia, Geórgia e terminará na capital ucraniana – cidade de Kyiv.

Em Atenas a cerimónia de passagem da tocha comemorativa teve o lugar no domingo, dia 21 de Setembro, junto à embaixada da Ucrânia. A tocha foi entregue pelo embaixador da Ucrânia na Hungria, Dmytro Tkach ao seu homólogo na Grécia, Valeriy Tsybuh, que por sua vez a entregou ao presidente da Sociedade “Ukrayinsko – Hrecka Dumka”, Sra. Halyna Maslyuk. Neste mesmo dia foi celebrada uma missa na Catedral ortodoxa de Atenas, abençoada pelo Arcebispo de Atenas e de toda a Grécia, Jerónimos. Mais tarde, a mesma missa foi celebrada na igreja grego – católica de Sta. Trindade, onde o líder espiritual da igreja na Grécia, o exarco Dimitrios reconheceu o Holodomor como o genocídio.

As cerimónias de comemorações do Holodomor continuaram no dia 22 de Setembro, com a Conferência na “Casa do Livro”, com as participações do historiador e especialista em questões do Holodomor Dr. Nikos Ligeros (Grécia), a chefe do comité “Ucrânia – 33”, Ara. Henia Kuzen (França), o investigador Mykola Syadrystiy (Ucrânia), entre outros. Paralelamente, foi aberta ao público uma exposição documental e fotográfica chamada: “Holodomor de 1932–1933 – a cronologia do crime premeditado contra a Ucrânia”.

Desta maneira a comunidade ucraniana na Grécia está a informar a sociedade grega e europeia sobre os crimes do regime estalinista contra a Ucrânia e à favor do reconhecimento do Holodomor como a genocídio contra a Nação ucraniana.

Fonte & Foto:
Serviço de Imprensa da Sociedade “Ukrayinsko – Hrecka Dumka

A rainha e santa georgiana em Portugal

A vida de uma das santas mais veneradas da Geórgia cruzou-se com a de missionários portugueses há vários séculos e a sua história acabou representada num painel de azulejos que está hoje numa parede do Convento da Graça, em Lisboa, Portugal.

Segundo a imprensa georgiana, as autoridades locais já ofereçam cerca de dez mil euros pelo painel, que “vive” meio escondido por armários numa sala que funciona como infantário.

Entre os reis e rainhas georgianos, Santa Ketevan é uma das mais veneradas pela Igreja Ortodoxa da Geórgia, por ter sacrificado a vida em prol da fé cristã e da independência do seu país.

Ketevan reinou na Kakhétia, estado feudal situado no Este da Geórgia, no início do séc. XVII, e foi vítima de uma das tentativas de Abbas I, xã da Pérsia, de conquistar a Geórgia e converter o seu povo ao Islão.

Os georgianos, tal como os arménios, são dois povos do Cáucaso que adoptaram o Cristianismo como religião oficial quase ao mesmo tempo que o imperador romano Constantino.

Esposa do rei David, Ketevan passou a estar à frente do reino depois da morte do marido. O seu cunhado Constantino, que entrou na história com o cognome de Maldito, converteu-se ao Islão em 1605, assassinou o seu próprio pai, Alexandre II, e o irmão Georgi e tentou obrigar a rainha Ketevan a casar com ele.

Ketevan reuniu as suas tropas e derrotou o cunhado, que era apoiado pelos persas. Porém, o xã Abbas I fez refém o filho da rainha, o príncipe Teimuraz, que, não obstante todas as ameaças e promessas, não aceitou converter-se ao Islão. O senhor da Pérsia acabou por o libertar, mas prometeu transformar a Geórgia em ruínas.

A fim de impedir a desgraça, a rainha, juntamente com dois netos, foi entregar-se como refém a Abbas, que a encerrou dez anos na prisão. O xã chegou a prometer fazer dela rainha da Pérsia caso se convertesse ao Islão, o que ela recusou. A 22 de Setembro de 1624, depois de ser sujeita a torturas, a rainha georgiana foi queimada.

Segundo uma biografia de Ketavan, dois missionários agostinhos portugueses, Ambrósio dos Anjos e Pedro dos Santos, que tinham assistido ao suplício da mártir, “ofereceram ao xã 120 mil rublos em troco do corpo da mártir, mas ele não os quis sequer ouvir. Depois de longas buscas, encontraram a sepultura, encomendaram secretamente um caixão, onde depositaram o santo corpo”.

Três anos depois, os missionários portugueses conseguiram retirar os restos mortais da Pérsia. Parte dos restos mortais da santa georgiana foram depositados na Igreja de Santo Agostinho de Goa.

Arqueólogos indianos e georgianos descobriram esses restos mortais em Novembro de 2006. Outra parte foi enviada pelos padres portugueses a Teimuraz I, filho de Ketevan, a fim de o convencer a permitir a actividade missionária católica no seu país. Dessa forma, Ketevan acabou por ser importante para a entrada de missionários portugueses no Oriente. Uma terceira parte foi sepultada na Basílica de São Pedro, em Roma. A Igreja Ortodoxa da Geórgia canonizou Ketevan, sendo a festa da santa realizada a 22 de Setembro.

Segundo a lenda, o painel de azulejos que representa o martírio de Ketavan e se encontra no Convento da Graça, em Lisboa, foi pintado em conformidade com o relato do padre Ambrósio dos Anjos.

A imprensa georgiana escreve que o painel de azulejos necessita de obras de restauro e que as autoridades de Tbilisi já demonstraram o interesse à Igreja Católica Portuguesa em adquirir essa obra por cerca de dez mil euros. Fonte da paróquia da Graça disse à Lusa desconhecer qualquer proposta para a aquisição do painel.

Foto: André Kosters

Fonte:
http://darussia.blogspot.com/2008/09/uma-ranha-e-santa-georgiana-vive-no.html

P.S.
FC Gil informa que em Portugal se encontra publicado um trabalho de autoria de Roberto Gulbenkian, com o titulo «Relação Verdadeira do Glorioso Martírio da Rainha Ketevan da Geórgia», Lisboa 1985, Sep dos Anais da Academia Portuguesa da História., p. 107 - 186.

quarta-feira, setembro 24, 2008

Hu Jia recebe “Prémio Sakharov” de 2008

Activista dos direitos humanos na China Hu Jia, foi escolhido pela Comissão dos Negócios Estrangeiros e do Desenvolvimento do Parlamento Europeu para receber oPrémio Sakharovde 2008.

Em Abril de 2008 Hu Jia recebeu a sentença de 3,5 anos pela sua luta na defesa do meio ambiente, democracia, activismo em prol do HIV / SIDA, entre outros.

Ler mais em inglês:
http://www.amnesty.org/en/news-and-updates/news/chinese-activist-gets-jail-sentence-20080403

Devemos ter a consciência do que a República Popular da China é um Estado totalitário e policial, onde a liberdade de expressão, de associação, de simples crítica ao regime são punidas com a prisão.

E como o nome Sakharov deve ser "chinês" para os portugueses em particular e para os ocidentais em geral, vale a pena recordar quem foi Andrei Sakharov.

Recomendo ler mais:

terça-feira, setembro 23, 2008

Isso é a Ucrânia!

Assista os vídeos promocionais da Ucrânia:
http://www.youtube.com/watch?v=s768bhYhc6I

Ucrânia entre a EU e a Rússia

O Presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko visitou os EUA na Segunda – Feira, para participar na 63ª secção da Assembleia Geral da ONU. Esta é uma transcrição parcial de uma entrevista, que o Presidente ucraniano concedeu à repórter Natalia A. Feduschak, antes da sua partida para a Ucrânia. O tema principal da entrevista é o balance das relações ucranianas com a União Europeia e com a Rússia.

Por: Natalia A. Feduschak, The Washington Times

– Depois da invasão da Rússia contra a Geórgia, na Ucrânia e no exterior as pessoas estão preocupadas que o mesmo destino aguarda a Ucrânia. Até que ponto é perigoso para a Ucrânia a presença da Frota russa do Mar Negro na Crimeia?
– Esta não é uma questão que toca apenas a Geórgia, é uma questão que diz respeito a todos nós. Por isso é muito importante que os líderes mundiais, incluindo a União Europeia, reagirem de forma adequada nessa situação. Não creio que existe esse tipo de perigo para a Ucrânia, porque a Ucrânia não é a Geórgia. A resposta é só uma – adesão a um sistema colectivo de defesa. A integridade da Ucrânia não pode ser objecto de uma discussão. Quando falamos do conflito georgiano no contexto da frota russa, existe a preocupação de que o território ucraniano foi utilizado em acções militares activas num terceiro país.

– O presidente russo Dmitry Medvedev, afirmou recentemente que nenhuma reunião entre os presidentes da Ucrânia e da Rússia poderá ter lugar até que todas as questões da Frota do Mar Negro estejam resolvidos.
– Não, isso não é assim. Temos muitos acordos que estão prontos para serem assinados durante as reuniões. Precisamos de ter o diálogo. A Frota do Mar Negro não deve ser um obstáculo nas nossas relações com a Federação Russa.

– Essa frota deve deixar a Crimeia em 2017?
– Já falei disto. Do nossa ponta de vista, o prazo para o estacionamento da Frota do Mar Negro em território ucraniano está ligado ao contexto de segurança ucraniana. Vemo-la na nossa integração na Comunidade Europeia, no sistema Euro – Atlântico de defesa. Esse foi o caminho da Europa Oriental. Em outras palavras, cada país soberano tem o direito soberano de sua escolha. Temos de colocar a questão do estacionamento de Frota do Mar Negro no quadro de 2017. (Nota do editor: acordo que permite a Rússia de usar o porto ucraniano de Sebastopol expira em 2017).

– Será que a adesão da Ucrânia à NATO é possível agora?
– A entrada na aliança (após um convite recebido), será aceite de forma mais democrática. Iremos fazê-lo através de mecanismos democráticos. Mas hoje, não estamos falando do NATO, mas falamos de um acordo de parceria que queremos ter um nível de cooperação mais avançado.
Para nós avançarmos, temos de receber um sinal da Aliança que somos respeitados, que somos valorizados. Como uma resposta qualitativa, será um estado novo das relações com a Organização do Tratado do Atlântico Norte. Em cada dia estou mais convencido de que esta posição é a única forma de manter a soberania da Ucrânia. Se falar de uma escala, perspectiva histórica, essa é a única maneira de uma vez para sempre colocar um ponto final na questão da nossa integridade territorial.

– O Vice – Candidato presidencial republicano, Sarah Palin, disse recentemente que se a Geórgia fosse um membro da NATO, os EUA entrariam para a guerra para defendê-la.
– Se vamos rever as lições de todo aquilo que aconteceu, então acho que a primeira lição que precisa ser aprendida é não só das relações entre a Rússia e a Geórgia, mas no âmbito da região. E temos a conclusão que a região do Mar Negro, hoje não é equilibrada, pois não possui um balance de segurança. Este é um problema não só da Geórgia. Estou convicto de que este é um problema não só da nossa região. Este é um problema do continente europeu e num sentido mais amplo, até mesmo um problema mundial. Aqui está a chave para dar-se conta daquilo que aconteceu no Cáucaso.

– Será que a adesão à NATO e à União Europeia é mais importante para a Ucrânia agora do que antes?
– Sem dúvida, é mais importante. Isto foi demonstrado pela reacção da sociedade sobre (a presença) da Frota russa do Mar Negro. É claramente demonstrado que mais de metade da população (ucraniana) disse que após 2017, esta frota não deve permanecer no território ucraniano.

Hoje, quando no mundo, temos tais acções como na Geórgia, particularmente não muito longe da Ucrânia, então se cria alarme e mostra que tipo de perigos existe na região de ponto de vista da segurança.

– Será que os europeus compreendam esses problemas? Será que eles olham para a Ucrânia correctamente quando se discutir o processo de integração na UE, ou eles estão retardando o processo? Os europeus estão com medo de quê?
– Você vê a Europa dividida em vários campos sobre qualquer questão, começando com da política energética, política comercial, de segurança. Esta influência é muito grande e, infelizmente, essas forças puxem em várias direcções. Para formar uma só voz sobre o [relacionamento] Euro – Atlântico... não é assim tão fácil.

Pode-se esquecer da fácil entrada na União Europeia. É uma discussão complexa, é um trabalho colossal, um esforço colossal. Para o progresso da Ucrânia, o que é necessário é o que chamamos de valores europeus. Este não é um presente de alguém a Ucrânia. Esta é a tentativa da Ucrânia para ter igualdade de regras do jogo.
Há algumas semanas, assinamos um acordo para a unificação do sistema energético da Ucrânia e da União Europeia. Agora, estamos trabalhando na criação de um espaço aéreo comum. Esta é a integração. Quando falamos do oleoduto Odessa – Brody e da União Europeia, este é o primeiro gasoduto que dá a resposta à EU sobre o transporte do petróleo do Mar Cáspio para o território da Europa Central e Oriental. Esta é a integração.

Fonte:
http://www.washingtontimes.com/news/2008/sep/22/yushchenko-balances-russian-eu-relations

segunda-feira, setembro 22, 2008

Canções ucranianas de embalar

A Carolina Menegatti do Projecto Acalanto, está a procura das canções ucranianas do acalanto, também conhecidas como “cantigas de ninar” (Br) ou “canções de embalar” (Pt), o nome do canto entoado para adormecer as crianças. Considerado o canto universal do berço, ele pode ser herdado ou inventado para embalar o sono dos pequenos, com ternura.

Na história das civilizações, o acalanto tem sentido protector, uma espécie de encantamento para afastar os maus espíritos. O fato de um adulto acalentar um bebé é inerente àquilo que chamamos humanidade.

Este vasto património humano, manifesto pelas cantigas entoadas em várias línguas por diferentes povos, está sendo reunido num grande acervo virtual de gravações e imagens, por iniciativa do Instituto Auditório Ibirapuera. A intenção do IAI é colectar informações sobre o assunto, artigos, pesquisas e referências sobre o tema, para que este acervo cresça e vire um projecto capaz de beneficiar a educação e a cultura.

O acervo

O acervo do Projecto Acalanto é composto por cantigas que foram utilizadas como acalanto. Entre os registros seleccionados, destacam-se:

Acalantos tradicionais, que apresentam letras ou melodias de cantigas de ninar popularmente conhecidas;
Acalantos com a mesma melodia, mas com idioma ou letra diferente;
Variações de um mesmo acalanto;
Acalantos indígenas;
Cantigas de roda ou de brincadeiras infantis que foram usadas como acalanto;
Cantigas inventadas para acalantar alguém;
Jingles publicitários que foram utilizados pelas pessoas com o objectivo de fazer uma criança dormir.
O critério de selecção levou em consideração o contexto no qual a pessoa ouviu ou cantou a cantiga, ou seja, para que cada registro fosse legitimado como um acalanto foi avaliado o histórico pessoal dos envolvidos na colheita.

Aqui podem ser vistos & adquiridos os alacantos ucranianos:
http://www.pisni.org.ua/songlist/kolyskovi.html (página 01)
http://www.pisni.org.ua/songlist/kolyskovi-2.html (página 02)
http://www.knyha.com/ukr/catalog/10096 (comprar o livro)
http://www.ukrlit.vn.ua/6klas/3/lullaby.html (trabalho académico)
http://www.share.net.ua/content/view/545/41 (descarregar as canções)

Independência da Ucrânia comemorada no Brasil

No dia 24 de Agosto no Parque Tingui (cidade de Curitiba), tiveram o lugar as comemorações populares do Dia da Independência da Ucrânia e Dia do Imigrante Ucraniano no Brasil. As comemorações foram organizadas com auxílio da Sociedade dos Amigos da Cultura Ucraniana no Brasil, Sociedade Ucraniano – Brasileira, clube de folclore “Poltava” (Curitiba) e do Departamento da Cultura da Câmara Municipal da Curitiba.

Os presentes ouviram o concerto da música clássica, assistiram a actuação dos ranchos folclóricos populares ucranianos: “Barvinok” e “Poltava”, podiam comprar o artesanato ucraniano e provar os pratos típicos ucranianos. Além disso, puderam apreciar o canto do coral “Haidamake”.

O grupo folclórico “Poltava”, o grupo de banduristas do clube “Poltava”, o grupo folclórico “Soloveiko” (infantil) da colónia (localidade) Marcelino e os alunos da escola sabática ucraniana “Lessia Ukrainka”, também abrilhantaram o evento. Foi uma tarde emocionante, a comunidade ucraniana se reuniu para comemorar essa data de grande importância para todos os descendentes de ucranianos no Brasil.
Slava Ucraini!!!
Glória à Ucrânia!


Fonte & Fotos:
http://ukrmova.mylivepage.com/blog/434/5799

sexta-feira, setembro 19, 2008

Bryan Adams na Geórgia

O compositor e cantos canadense, Bryan Adams, hoje dá o concerto na Geórgia.

No dia 19 de Setembro, Bryan Adams, dará o concerto gratuito na praça Rikhe, em Tbilisi, capital da Geórgia. O concerto chamado: “Paz, Liberdade e Democracia para a Geórgia", irá recordar os 40 dias da morte dos primeiros cidadãos georgianos na recente invasão russa. A população da Geórgia é predominante cristã ortodoxa e acredita que a alma de uma pessoa falecida continua sua viagem ao céu 40 dias após a morte.

Bryan Adams já participou em diversos concertos dedicadas às causas humanitárias, ajudando a “Amnistia Internacional” ou exigindo a libertação do Nelson Mandela.

De acordo com a imprensa, Adams espera que seu gesto simbólico da paz, inspirará os líderes a considerar alternativas pacíficas na resolução dos conflitos. Bryan Adams também considera o seu concerto como uma “chamada da Paz, da Liberdade e da Democracia para a Geórgia".

No dia 20 de Setembro Bryan Adams e Costel Busuioc, darão o concerto em Bucareste, como os convidados de honra na festa da cidade “Dias de Bucareste”.

Fonte:
http://www.bryanadams.com

quinta-feira, setembro 18, 2008

FHC no restaurante ucraniano

Ex-presidente do Brasil, Dr. Fernando Henrique Cardoso, jantou no restaurante ucraniano - polacoDurski”, localizado na capital do estado de Paraná, cidade de Curitiba .

Localizado bem em frente às ruínas do São Francisco (Rua Jaime Reis, 254, Tel. 41 30132300), o Restaurante “Durski” oferece o que há de melhor na culinária ucraniana & polaca e para garantir isso, a equipa da cozinha é formada basicamente por descendentes dos ucranianos. Entre as opções do cardápio à la carte, tem a truta grelhada ou defumada com puré de batatas e molho de tomate, o salmão à Kyiv (Kiev) com molho de papoula e perohê (varenyky) de ricota ou o strogonoff de camarão, acompanhado do platzki ou batata palha. Mas o destaque do cardápio o Banquete Eslavo, que inclui a sopa borsch, o platzki, holubtsi, salada maionese (conhecida na Ucrânia como Olivier), leitão assado, o frango à Kiev, perohê, entre outros pratos. Para as crianças um cardápio infantil, com destaque para o perohê, filé, as massas e sopas. Uma boa pedida para a sobremesa é o Kutia, feita com trigo, leite condensado, mel, uvas passas, ameixa preta e nozes. Outro destaque da casa é a carta de vinhos. O restaurante é decorado com fotos, flores naturais e artesanato da cultura eslava e aceita reservas para comemorações.

Fonte: Gazeta do Povo & http://www.pessoal.cefetpr.br/ucrania

Na foto: Fernando Henrique Cardoso brinda com o casal Marila e Miquel Riella e com o cozinheiro – chefe Durski Júnior, na adega do restaurante “Durski”, onde FHC jantou na Segunda – Feira, após a Palestra que deu no XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia.

Cozinha ucraniana: Holodec

Ao pedido da Elizabete Elena Zulzke e do meu amigo de longa data Cláudio Zasycki, hoje traduzi essa receita ucraniana. Façam bom proveito e bom apetite!

Holodec, também conhecido como studenec ou holodne é um prato típico ucraniano.

Holodec (a carne fria em gelatina) é preparado com alho, cebola, folha de louro, pimenta preta, etc. Para o seu preparo serve a carne de vaca ou de porco, as mãos / pernas de vaca / porco ou a carne de galinha, pato, peru, etc. É servido com a raiz – forte (armorácia), mostarda e vinagre.

Modo de preparar: cozinhar cerca de 04 horas no lume brando, até que a carne se separe dos ossos. Depois a carne limpa-se, separa-se dos ossos e coloca-se nos pratos. Na mesma água onde cozinhou-se a carne, coloca-se o alho, sal qb, ferve-se e retira-se do fogo. Deixa-se arrefecer o caldo, retira-se o excesso de gordura, filtra-se com ajuda de gasé (ligadura) e depois “despeja-se” nos pratos com a carne. Os pratos se tapam e se colocam num local frio (geleira, congelador).

Após o caldo se transformar em gelatina o prato é pronto para ser servido.

p.s.
Na Roménia o Holodec chamam de racitură.

Fonte:
Prato ucraniano Holodec ou holodne (em ucraniano)

255 receitas da cozinha ucraniana (em ucraniano)
http://ukrfoto.net/kitchen.htm

Dia de Independência da Ucrânia em Portugal

Aqui podem ser vistas as fotografias da celebração do Dia de Independência da Ucrânia em Portugal.

Fotos da Associação dos Ucranianos em Portugal:


http://www.ukremigrantpt.ipsys.net/index_files/Page1179.htm

terça-feira, setembro 16, 2008

A Ossétia não é o Kosovo

O Kosovo é um exemplo de multilateralismo. A Ossétia do Sul é um caso flagrante de unilateralismo de uma grande potência.

Por: João Marques de Almeida* em Diário Económico
Entende-se perfeitamente que os russos, mestres em propaganda política, comparem o caso da Ossétia do Sul ao caso do Kosovo. É, porém, incompreensível que muitos europeus façam o mesmo. Antes de mais, como é possível dizer que o Kosovo constitui um “precedente”, se o problema da Ossétia do Sul (e da Abecásia) começou muito antes? As duas províncias da Geórgia são, de facto, “independentes” desde 1994, após os conflitos militares iniciados em 1992. As tropas russas estão nas regiões desde o mesmo ano e, na prática, têm garantido a defesa da “independência” desde então. Em 1994, o Kosovo estava plenamente integrado na Sérvia e nenhuma potência ocidental tinha planos expansionistas que incluíssem o apoio à “independência” unilateral da província. Se se pode falar em “precedente”, em relação a um grupo étnico não aceitar a autoridade do seu governo e tornar-se de facto “independente”, então a Ossétia precedeu o Kosovo.
Além da questão temporal, há ainda uma confusão em relação aos métodos usados nos dois casos. No caso do Kosovo, tudo começou com uma agressão de milícias sérvias, apoiadas pelo governo sérvio da altura. Comparar a intervenção da Geórgia nos dias 6 e 7 de Agosto com o que se passou no Verão e Outono de 1998 no Kosovo é, no mínimo, chocante para quem se preocupa com questões como as violações dos direitos humanos. Em 1999, todos os Estados Membros da União Europeia, incluindo os que entretanto aderiram e aqueles que ainda não reconheceram a independência do Kosovo, aceitaram a legitimidade da intervenção humanitária. E convém recordar o ambiente político da época. Em 1999, as recordações das tragédias da Bósnia estavam frescas e ninguém queria repetições. O medo de serem novamente acusados de nada fazerem perante massacres contra populações civis, cinco anos depois da Bósnia, foi o factor mais importante que levou os governos ocidentais a usar a força contra a Sérvia. Não foram ambições expansionistas, ou desejos de se criar uma “esfera de influência” do Ocidente nos Balcãs.
As Nações Unidas foram imediatamente envolvidas na gestão da questão do Kosovo e a Resolução 1244 do Conselho de Segurança (votada pela Rússia) colocou a região sob administração directa da ONU. Um caso idêntico ao de Timor – Leste. Quem considerar que a independência do Kosovo constitui um precedente para a “independência” da Ossétia do Sul, terá que achar o mesmo do caso de Timor-Leste. Será que a independência de Timor-Leste também justifica a “independência” da Ossétia? Para mim, é óbvio que não. Tal como o Kosovo também não justifica. Como é que as mesmas pessoas que em tantas situações percebem rapidamente a diferença entre o unilateralismo e o multilateralismo (por vezes, até percebem depressa de mais), desta vez ainda não conseguiram descobrir a diferença? O Kosovo é um exemplo de multilateralismo. A Ossétia do Sul é um caso flagrante de unilateralismo de uma grande potência.
Com a distinção entre multilateralismo e unilateralismo chegamos ao essencial da questão. Se se reconhecer legitimidade ao processo de “independência” da Ossétia do Sul e da Abecásia, e é isso que se faz quando se evoca o exemplo do Kosovo, então uma eventual comparação no futuro entre a Crimeia e o Kosovo também será legítima. O que se está a passar na Europa é o confronto entre dois paradigmas de política e de segurança internacional. Um, proposto pela União Europeia, procura a pacificação e a cooperação entre Estados soberanos e a resolução multilateral dos conflitos. O outro, praticado pela Rússia, apoia-se no uso da força militar e na resolução unilateral dos conflitos. Se triunfar o segundo paradigma, a política europeia voltará a ser dominada por conceitos como “esferas de influência” e “directórios dos grandes”. Incluindo as relações entre os Estados Membros da União Europeia. Convém pensar muito e bem antes de se comparar o Kosovo à Ossétia do Sul.

* João Marques de Almeida é Professor universitário

segunda-feira, setembro 15, 2008

Fotógrafo português na Geórgia

Fotógrafo português (nascido em Moçambique), Paulo Nunes dos Santos esteve na Geórgia durante a guerra. Aqui podem ser vistos suas fotografias em preto e branco, acho que o blogue merece uma visita:

http://paulonunessantos.blog.com

Via: http://darussia.blogspot.com/

Exposição sobre Holodomor em Washington D.C.

Em Washington D.C., no recinto da Biblioteca Ralph J. Bunche no Departamento do Estado Norte – Americano, terá o lugar a exposição sobre o Holodomor, aberta ao público geral.

A Exposição será oficialmente aberta no dia 16 de Setembro, às 15h00 e terá as honras de presença do Embaixador da Ucrânia nos EUA, Sr. Oleh Shamshur e os representantes seniores do Departamento do Estado.

Os interessados de participar na cerimónia, podem entrar em contacto com a Sra. Greta Wilson, wilsongs@state.gov, Tel. 202-647 3609, fornecendo a seguinte informação pessoal: Nome completo; Data de nascimento; Cidadania; Tipo e número do BI (por razões de segurança).

Sinceramente,
Embaixada da Ucrânia nos EUA

quinta-feira, setembro 11, 2008

Viru patrocina o show de lingerie

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Fotos da ocupação da Geórgia

A página ucraniana http://a-ingwar.blogspot.com/ publica as fotografias da ocupação da Geórgia por uma potência hostil e agressiva.
Ver fotos, +18 (não recomendamos para as pessoas mais sensíveis):

Na ultima foto: um soldado georgiano tombado em combate, a quem os saqueadores russos levaram as botas. Pois as suas botas eram “Made in NATO”, de boa qualidade...

quarta-feira, setembro 10, 2008

Dia de Independência da Ucrânia em Moçambique

Mais vale tarde, que nunca, por isso eis são as fotografias da celebração do Dia de Independência da Ucrânia na República de Moçambique. Uma pequena parte da Comunidade Ucraniana de Moçambique reuniu-se no recinto do Maputo Hipper Shopping no dia 24 de Agosto, para lembrar os 17 anos da Independência política ucraniana. Sem esquecer a nossa solidariedade para com a Geórgia, que nestes dias sofre uma injusta e criminosa invasão do seu território, perpetuada por uma potência estrangeira hostil.

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Ucrânia e Jogos Paraolímpicos

Hoje a Ucrânia ganhou três medalhas de ouro, uma de prata e três de bronze.

A medalha de ouro de natação masculina (SM12), foi ganha pelo Maksym Veraksa (na foto, foi a sua segunda medalha de ouro nestes JP), estabelecendo o novo recorde mundial – 2:12.71 segundos. A medalha de bronze nesta categoria também foi ganha pela Ucrânia, pois Serhiy Klippert obteve o tempo de 2:14.05 segundos.

Outra medalha de ouro foi do Roman Pavlyk (foto em baixo, último do lado direito, segunda medalha de ouro nestes JP), ele estabeleceu o novo recorde mundial em corrida masculina de 400 m (T36) – 54.13 Outro ucraniano, Serhiy Sakovskiy foi sétimo – 59.00

Terceira medalha de ouro foi da Tetiana Yakibchuk, no lançamento feminino do disco (F32-34/51-53), obtendo 1129 pontos.

Além disso, a Ucrânia ganhou a medalha de prata na natação masculina (S13) com Oleksiy Fedyna54.11 e a medalha de bronze na mesma categoria com Danylo Chufarov – 54.26

A medalha de bronze na corrida masculina de 400 m (T38) foi ganha pelo Andriy Onufrienko com o tempo de 52.45 segundos.

Fonte:
http://www.champion.com.ua/olympic-games/48c7933a08621

Glória à Ucrânia!
Glória aos Heróis!

Não tenham pena da Sérvia!

A jovem sérvia Masha Jerenić, à cerca de dois anos a viver entre o Belgrado e o Moscovo, estuda jornalismo numa universidade moscovita. Ela mantém alguns blogues mais ou menos pessoais, onde escreve sobre a Sérvia. O presente artigo foi escrito especialmente para o público russo, mas acredito que será do interesse geral, pois ajuda entender melhor a Sérvia, país que sofreu e fez sofrer os vizinhos, principalmente na sequência da desintegração da ex – Jugoslávia.

Por: Masha Jerenić (Serbian Girl)

Já dois anos tento regularmente escrever em russo no Live Journal, sobre o meu país – como o vejo, como vivi nele, o que lembro e o que penso dele. Faço isso, em primeiro lugar, para mim mesma. Porque gosto de escrever e porque gosto da Sérvia, Jugoslávia, Montenegro. Porque apesar de toda a dor, que eu vivi juntamente com este país – isso sou eu e isso é uma parte de mim.

Em resposta, durante estes dois anos fui publicamente insultada, escreveram mentiras sobre mim, até telefonavam e ameaçavam. Escreviam para mim e continuam a escrever (dizendo), que sou uma jovem criança, que não entendo muito coisa, que estou pronta a “vender a Sérvia para a União Europeia”, que estou contra os “heróis sérvios”, que matavam as pessoas e violavam as leis da guerra. Me escrevem (dizendo) que não sou patriota, que sou a traidora e muitas outras coisas ameaçadoras para mim.

[...]

Me desculpem, grandes patriotas russos da Sérvia, porque não odeio ninguém. Me perdoam pois sou adepta de outros valores – intelecto, amor, respeito. Me perdoam ainda por respeitar as pessoas independentemente da sua nacionalidade e religião. Eu entendo como é difícil para vocês entender e aceitar isso. Eu entendo, que é por causa das convicções como vossas, o sangue nas Balcãs, jorrava como um rio. Eu entendo que vocês precisam de um inimigo (melhor – de maior número de inimigos) e um Verdadeiro Herói. Me desculpem, pois sempre olho para tudo de dois lados. E com certeza, (me perdoem), pois acredito que todos nos somos pessoas.

Eu sei como isso tudo é explicado para vocês. E isso é mais uma razão porque escrevo, para que os russos, que se interessam pela Sérvia saibam, que nem tudo está “preto e branco”, existem ainda vários tons e muitos diferentes “mas”. Eu não quero aprofundar as razoes, que (fazem com que) a imprensa russa e a classe política vós apresentam exactamente essa visão destorcida. Eu tento escrever sobre a política do meu país, não do vosso.

[...]

Nós somos culpados do genocídio e dos vários outros crimes de guerra, assim como são responsáveis os criminosos militares croatas e o seu poder (político) na altura, como são responsáveis criminosos militares bósnios e o seu poder (político) daquela altura.

[...]

Eu sei que muitos de vocês pensam que Radovan Karadžić é um grande herói do povo sérvio e que a Sérvia o “vendeu”. [...] Interessante, quem de vocês sabe, que em 1984 Karadžić passou 11 meses numa prisão de Sarajevo, aguardando o julgamento, pois gastava o dinheiro do hospital onde trabalhava na construção da sua case em Pale. Em 1985 ele foi condenado a (uma pena de) três anos pela burla. Burlista e ladrão – são boas qualidades para um herói, não acham?

Não acho que vale a pena detalhar as suas actividades políticas. Mas alguma coisa queria sublinhar. Durante 13 anos, durante quais ele (Karadžić) escondia-se da justiça, ele foi acusado de:
— genocídio;
— crimes contra a Humanidade: assassinatos em massa, perseguições políticas, raciais, religiosas, crueldade;
— violação das leis e regulamentos de condução da guerra: assassinatos e terror contra as populações civis, tomada de reféns;
— organização dos assassinatos em massa dos bósnios em Srebrenica em 1995.

Se dizer verdade, para mim, apenas um destes pontos já chega para considerar Radovan Karadžić como assassino. Outros obrigam considera-lo como verdadeiro vilão.

Em 2005, os líderes dos sérvios da Bósnia (República Srpska), pediram Radovan para se entregar, pois a Bósnia e a Sérvia não se podiam desenvolver na sua plenitude económica e política, enquanto ele andava foragido, como consequência não foram reguladas todas as relações com a Europa. No mesmo ano, a esposa do Karadžić, apelou ao Radovan pela TV, chorando e pedindo este para se entregar. Apesar de tudo isso, “herói” continuava foragido.

Agora ele foi preso. O taxista que me levava para casa naquele dia perguntou com o sorriso:
— Tu sabes a novidade?
— Sei, — respondi eu e também sorri.

Eu acho que muita gente pensa que os sérvios ficaram tristes pela prisão (dele) e consideram aquele homem o herói. Na realidade, (pessoas) assim são poucos. Aquela centena e meio das pessoas que fizeram a manifestação em frente de tribunal especial para os criminosos de guerra, mais os membros da organização “Obraz” – são raras (pessoas) na Sérvia que consideram Radovan como herói. Muitos, pelo contrário, acreditam, que chegou a hora de saber a verdade e que os membros das famílias das vítimas dos seus crimes finalmente vão obter a justiça.

Não consideram a Sérvia como o país – vítima. As vítimas são os sérvios: as vítimas do regime do Milošević – o homem, responsável por todas estas guerras. As únicas vítimas destas guerras eram populações civis – na Sérvia, na Bósnia, no Kosovo. A Sérvia está no bom caminho, como disse aquele taxista: “Um já lá canta, agora mais um punhado e o povo finalmente deixara de ser refém dos criminosos que continuam a solta em liberdade”.

Radovan Karadžić defendia os sérvios, dirão vocês? Mas se a “defesa” significa a criação dos campos de concentração, onde as pessoas não eram simplesmente assassinados, mas primeiro eram atormentados, violados, maltratados, se a “defesa” significava as matanças, se a “defesa” do seu povo – é o genocídio duma outra nação e a tentativa do seu extermínio, então eu, provavelmente, vou recusar uma “defesa” destas.

Não tenham pena da Sérvia. Somos pessoas fortes, que acreditam, que o futuro melhor vai começar: sem as guerras, o nacionalismo e os ódios.

Publicado (em russo):
http://kontury.info/publ/30-1-0-28
http://serbian-girl.livejournal.com/6600.html

terça-feira, setembro 09, 2008

Ossétia: onde estão os cadáveres?

Desde o final do dia 7 de Agosto, que a Federação Russa, acusou a República da Geórgia, de ter praticado um massacre sobre cidadãos de etnia russa na cidade de Tskhinvali, capital da região da Ossétia do Sul.

As autoridades russas, afirmaram perante toda a comunidade internacional, que os militares da Geórgia tinham praticado um massacre no qual entre 1.600 a 2.000 pessoas haviam sido mortas no dia 7 de Agosto.
Insistentemente, generais russos e o ministro dos negócios estrangeiros, bem como o presidente do país, têm argumentado que a situação foi criada pelos georgianos, que foi « com um bombardeamento mataram milhares e milhares de pessoas».
A imprensa russa, apressou-se a mostrar longas filas de refugiados, velhinhas de bengala, pessoas chorosas e que tinham perdido os seus haveres, algumas contando ocorrências trágicas. De entre as ocorrências trágicas, uma se destacou: uma mulher afirmava que tinha visto uma senhora idosa e uma criança serem esmagadas por um tanque.

A ocorrência é dramática, e não é o facto de as tropas comunistas russas terem passado por cima de pessoas durante a ocupação da Checoslováquia que altera o horror que tal acto representa.
No entanto, à medida que os dias passam há algo que começa a faltar, para completar o cortejo de horrores que a imprensa russa relatou, e que em última instância, justificou a acção russa sobre a Geórgia.
O exército da Geórgia conseguiu em 12 horas matar mais que o exército de Israel em 15 dias

No ano de 2006, os bombardeamentos israelitas sobre o Sul do Líbano, que utilizaram o poder de uma das mais poderosas forças aéreas do mundo, e a força de um exército equipado com os tanques Merkava, produziu segundo as várias fontes, de 450 a 600 mortos em 15 dias de bombardeamentos.
Em 2008, na cidade de Tskhinvali, a acreditar nas fontes russas, o bombardeamento de um exército armado com dois bombardeiros Su-25, conseguiu matar mais, que a força de mais de 100 caças bombardeiros F-16i «Sufa», o mais sofisticado e poderoso F-16 em serviço no mundo.
Foi sem dúvida um tremendo feito, o que o exército da Geórgia realizou, pois em termos de numero de vítimas produzidas, conseguiu matar mais que o mais poderoso exército do Médio Oriente e em vez de demorar duas semanas, conseguiu a proeza de lograr um genocídio em apenas 12 a 24 horas.
Sabemos também, a acreditar nas mesmas fontes que o exército georgiano se concentrou sobre a capital da Ossétia do Sul, pois nem poderia ser de outra forma, pois os seus reduzidos meios não permitiam mais que isso.
A morte tem cheiro
Os relatos nas pequenas localidades do Sul do Líbano, quando os jornalistas em 2006, chegavam aos vários lugares onde ocorriam ataques eram todos coincidentes. Quando os mortos não são enterrados, rapidamente a degradação dos tecidos provoca um cheiro característico. E isto, com o numero de mortos espalhado por milhares de quilómetros quadrados.Mesmo assim, no Líbano, o cheiro de morte era apresentado pelos jornalistas como aquilo que mais se notava. As imagens eram quase todas coincidentes e jornalistas e pessoal de socorro, chegavam a utilizar máscaras para tentar evitar o odor dos corpos em decomposição.Na guerra do Líbano, no máximo, num só incidente, terão morrido 40 pessoas. Essas 40 pessoas, que não foram enterradas de imediato, produziam um odor que levava as pessoas a proteger o nariz.
Na região do Cáucaso, onde a humidade relativa é superior, o cheiro de carne em decomposição é ainda mais revoltante para o estômago. Existem variadíssimos relatos sobre isso, que nos vêm desde a II Guerra Mundial.
Vários jornalistas russos, mas também ocidentais, visitaram a cidade de Tskhinvali, entre os quais um jornalista russo, ao serviço de uma televisão portuguesa. O jornalista mostrou imagens de destruição, mas não se referiu uma única vez ao cheiro produzido pelos dois mil cadáveres que têm que estar por enterrar há dias em Tskhinvali, porque nenhuma notícia na Rússia ou no Ocidente, falou nas valas comuns ou na identificação dos cadáveres antes do enterro.
Mais: Sabemos que houve muitos mortos, e há fotografias de militares mortos nos confrontos, mas nas ruas onde morreram os militares, e calcula-se que tenha morrido algumas centenas, por cada soldado morto teria que haver cinco a dez civis mortos. Em nenhuma foto que mostrou soldados mortos, se viram civis. Aparentemente, em Tskhinvali os militares quando morrem caem no local onde são atingidos, mas o civis quando morrem, deslocam-se para longe, onde não pode ser fotografados.
Aparentemente, os cadáveres em Tskhinvali, por alguma estranha distorção da natureza e ao contrário de todos os cadáveres do planeta, não aparecem, não se vêm, nem apodrecem. E como não apodrecem, não cheiram a nada.
É claro que o leitor pode acreditar em todas as Histórias de massacres em que o presidente russo e o ministro russo dos negócios estrangeiros têm baseado a sua justificação para a invasão da Geórgia pelo exército russo.
Mas nesse caso, faça o leitor a pergunta a si mesmo.Onde estão os milhares de cadáveres que morreram dentro da cidade de Tskhinvali, e como é que esses milhares de corpos apodrecidos não cheiram a nada?
Fonte:

Cheney elogia a Ucrânia

Kyiv, 5 Setembro (EFE) – O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, elogiou hoje a postura valente da Ucrânia de apoiar a Geórgia na crise do Cáucaso e assegurou que a medida foi um exemplo para outros países.

Por: Boris Klimenko

Cheney fez estas declarações em um discurso à imprensa ao término de conversas a portas fechadas com o presidente ucraniano, Viktor Yushchenko.
"Os EUA estão profundamente interessados em seu bem-estar e segurança", disse o vice-presidente americano, que ressaltou que Washington e Kyiv, durante as duas últimas décadas, trabalharam juntos para garantir "a independência, a soberania e a integração (da Ucrânia) na comunidade internacional".

O vice-presidente acrescentou que hoje os EUA declaram sua "firme decisão" de fortalecer os vínculos entre ambos os países mirando o futuro.

Cheney, da mesma forma que fez nesta quinta-feira durante sua visita a Tbilisi, disse que "as acções da Rússia no conflito com a Geórgia põem em dúvida sua condição de parceira internacional confiável".

Já o chefe do Estado ucraniano disse que o conflito russo – georgiano novamente demonstrou que o único modelo alternativo que pode garantir a segurança no país é o sistema de segurança colectiva da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
"Os aliados na cúpula de Bucareste declararam que a Ucrânia será membro da NATO. Essa declaração mantém seu vigor", disse Cheney, que acrescentou que o próprio povo ucraniano é quem deve fazer a opção, e que "nenhum Estado alheio tem direito a vetá-la".

Ele destacou que a Ucrânia é o único país que, sem ser membro da NATO, participa de todas as missões da Aliança, "do Afeganistão ao Kosovo".

A Rússia manifestou sua rejeição à entrada da Ucrânia, como de outras antigas repúblicas soviéticas, na NATO, por considerar que a aproximação das estruturas militares da Aliança Atlântica às suas fronteiras representa uma ameaça para a segurança nacional.

Yushchenko expressou sua preocupação com a presença da base naval da frota russa do mar Negro em território ucraniano, instalações que Kyiv aluga para Moscou, e cujo contrato vence em 2017.
"Claro, nos preocupa o emprego da força militar da Frota do Mar Negro pela Federação Russa, porque este tipo de mecanismo arrasta a Ucrânia para situações bélicas", disse Yushchenko em alusão à participação de navios russos no conflito da Geórgia.

Para Kyiv, enfatizou o presidente ucraniano, o reconhecimento da Rússia da independência da Ossétia do Sul e da Abecásia é inaceitável. "Isto não responde aos nossos interesses nacionais", acrescentou.

Na reunião, Yushchenko e Cheney falaram também da situação política interna da Ucrânia, conversa em que, segundo o presidente ucraniano, começou por iniciativa de seu hóspede.

Cheney se reunira antes com a primeira – ministra ucraniana, Yulia Timoshenko, com quem Yushchenko praticamente rompeu relações depois que o partido dela apoiou, esta semana, emendas legais que diminuem os poderes do chefe de Estado.

As diferenças entre o presidente e a primeira – ministra levaram à ruptura da coligação parlamentar de maioria, por isso não se descarta a dissolução do Parlamento unicameral e a conseguinte convocação de eleições legislativas antecipadas.

Cheney chegou à Ucrânia procedente de Tbilisi, onde destacou o compromisso de seu país com a reconstrução económica e a integridade territorial da Geórgia.

Na capital georgiana, o vice-presidente classificou a actuação de Moscovo no conflito de "tentativa ilegítima e unilateral de modificar pela força" as fronteiras da Geórgia, algo que "foi universalmente condenado pelo mundo livre", comentou. EFE

Fonte:
CHENEY ELOGIA POSTURA VALENTE DA UCRÂNIA

Observadores europeus irão à Abecásia e Ossétia do Sul

TBILISI (AFP) – Os 200 observadores que a União Europeia deve enviar para a Geórgia antes de 1º de outubro serão deslocados no âmbito dos mandatos da ONU e da OSCE e poderão entrar na Abecásia e na Ossétia do Sul, garantiu o presidente francês, Nicolas Sarkozy, nesta segunda-feira.

"Tanto na Ossétia como na Abecásia", os observadores europeus serão enviados "no âmbito dos mandatos da OSCE e da Monug (a missão das Nações Unidas na Geórgia)", declarou Sarkozy, em entrevista colectiva, em Tbilisi, após uma reunião com seu homólogo georgiano, Mikhail Saakashvili.
"Serão enviados, em um primeiro momento, antes de 1º de outubro, 200 observadores. O espírito do texto é que têm por missão entrar (na Abecásia e na Ossétia do Sul) para observar, para contar e para evitar que as mesmas causas produzam os mesmos efeitos. Esse foi o espírito que negociamos para essa presença", acrescentou.
Segundo Nicolas Sarkozy, esses 200 observadores vão se somar aos 140 mobilizados no âmbito da Monug e aos 80 que, em breve, estarão no terreno com as cores da OSCE.
"No total, serão menos de 500, e pensamos que, depois de 1º de outubro, será necessário, certamente, mais, mais", afirmou Sarkozy.
"Os 200 (observadores) têm por missão evitar medos como os que conhecemos e têm por missão cobrir o conjunto desses territórios administrativos", concluiu o presidente rotativo da UE.
Presidente da Geórgia exige respeito a soberania

TBILISI (AFP) - Qualquer solução para o conflito na Geórgia deve respeitar a integridade territorial do país, declarou o presidente georgiano, Mikeil Saakashvili, nesta terça-feira (hora local), anunciando a realização em Tbilisi de uma reunião de cúpula sobre a crise, no próximo mês.
Sarkozy anuncia que Rússia irá se retirar da Geórgia daqui a um mês
BARVIKHA, Rússia (AFP) - As forças russas vão se retirar completamente do território georgiano – com excepção da Abecásia e Ossétia do Sul - daqui a um mês, anunciou nesta segunda-feira em Barvikha, perto de Moscou, o presidente francês, Nicolas Sarkozy.
"O que decidimos com o presidente (russo Dmitri) Medvedev significa concretamente que daqui a no máximo uma semana, os postos de controle russos entre Poti (porto estratégico georgiano) e Senaki serão suprimidos", declarou Sarkozy, agradecendo aos russos por "aceitarem o estabelecimento de prazos precisos".
"Daqui a um mês, as forças militares russas terão se retirado completamente do território georgiano, com excepção da Ossétia e da Abecásia", destacou o chefe de Estado francês, actual presidente em exercício da União Europeia (UE).
Sarkozy se expressava depois de uma reunião com Medvedev na residência presidencial de Barvikha, perto de Moscou.
Medvedev também anunciou "a retirada de todas as forças russas de manutenção da paz de cinco postos de observação localizados entre Poti e Senaki dentro de um prazo máximo de sete dias".
O presidente russo ressaltou ter concordado com "a retirada completa das forças russas de manutenção da paz das zonas adjacentes à Ossétia do Sul e da Abecásia para as posições que ocupavam antes dos combates", ou seja, antes do dia 7 de agosto.
Ele destacou que esta retirada acontecerá "dentro de um prazo de 10 dias, depois da instalação nestas zonas de mecanismos internacionais incluindo 200 observadores da UE".
"Esta instalação deve ser efectiva até o dia 1 de outubro de 2008", especificou Medvedev.
De acordo com o presidente russo, estas retiradas são submetidas à assinatura pela Geórgia de "documentos de cumprimento obrigatório impedindo o uso da força contra a Abkházia e a Ossétia do Sul".
"A Rússia recebeu da UE e da França a garantia de que a parte georgiana não fará uso da força" contra as duas províncias separatistas, cuja independência foi reconhecida por Moscou, declarou o chefe de Estado russo.
"O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o chefe da diplomacia da UE, Javier Solana, assinaram uma carta garantindo o apoio da Europa ao princípio de não fazer uso da força", declarou Sarkozy.
"Entreguei pessoalmente ao presidente Medvedev uma carta do presidente (georgiano Mikeil) Saakashvili assumindo o compromisso de não recorrer à força na Abecásia. O mesmo compromisso para a Ossétia havia sido assumido em 12 de Agosto", destacou o presidente francês.
Tbilisi elogiou nesta segunda-feira o "resultado muito importante" obtido por Sarkozy em Moscou. "Trata-se de um resultado muito importante do presidente Sarkozy para a aplicação completa do plano em seis pontos" negociado pelos europeus com a Rússia, afirmou à AFP Alexander Lomaya, Secretário – Geral do Conselho Nacional de Segurança georgiano.
Sarkozy deve chegar ainda nesta segunda-feira a Tbilisi para reafirmar o apoio da UE a Saakashvili e informar o presidente georgiano do resultado de suas discussões com Medvedev.

Acção “Vela Inapagável” em Portugal

A comunidade ucraniana de Portugal comemorou o 75º aniversário do Holodomor, o genocídio planeado e executado contra os ucranianos pela liderança política da URSS estalinista.

Desde o dia 6 de Abril de 2008 começou a acção internacional de tributo às vítimas do Holodomor, denominada “Vela Inapagável”, que iniciou-se na Austrália e que passará por 33 países do mundo.

Em Portugal a acção se passou pelas cidades: Faro, Porto, Fátima e Lisboa.

As páginas trágicas da história da Ucrânia não podem ficar esquecidas. Lembrando as vítimas do genocídio, pretendemos evitar as tragédias semelhantes no futuro. Por isso, apelamos ao mundo para o reconhecimento internacional do Holodomor ucraniano dos anos 1932 – 1933 como o Genocídio contra o povo ucraniano.

Ler mais em ucraniano e ver as fotos:
http://www.ukremigrantpt.ipsys.net/index_files/Page32-33.htm