No verão deste ano, o Presidente do Congresso Mundial Ucraniano (SKU), Dr. Askold Lozynskyj *, visitou a comunidade ucraniana de Paraguai, nomeadamente às províncias de Encarnacion e Fram, onde vivem cerca de 10.000 ucranianos. (A cidade de Incarnacion possui o monumento do escritor Taras Shevchenko, o maior poeta ucraniano de todos os tempos).
A vida da comunidade ucraniana no país, é muito ligada as igrejas: Igreja Autoquefálica Ortodoxa Ucraniana, Igreja Ortodoxa Patriarcado de Kyiv, Igreja Católica Ucraniana e União Evangelista Ucraniana. Embora também, entre a comunidade, funcionam várias organizações laicas, como “Prosvita” (Educação), organização encabeçada por um jovem, Osyp Remezovskiy. A juventude ucraniana, também dedica-se às danças tradicionais, musica e ao desporto. A equipa de futebol ucraniana, patrocinada pela “Prosvita” na província de Encarnacion, representa o Paraguai nos jogos da Taça Americana.
Entre os pontos negativos, podemos citar o facto do que entre a juventude, pouca gente fala, ou mesmo entende a idioma ucraniano, embora os padres das igrejas Católica e Autoquefálica, são jovens brasileiros que dominam a língua na perfeição. A igreja ucraniana consegue unir as pessoas de diferentes origens, assim na Igreja Ortodoxa Patriarcado de Kyiv, esta servir um irmão brasileiro, de origem síria!
Entre os ucranianos, que chegaram à um estatuto considerável na sociedade paraguaia, podemos citar o exemplo do juiz Miguel (Myhailo) Khudyk.
O Cônsul Honorário da Ucrânia em Paraguai é um jovem empresário paraguaio, da origem ucraniana, que tenta com muito esforço, criar os laços da cooperação económica entre os dois países (assim no momento desta reportagem, ele se encontrava na Ucrânia, de visita à indústria de enchidos ucraniana).
Paraguai não é um país pobre, mas os seus 6 milhões de habitantes queixam-se da corrupção generalizada, que trava o desenvolvimento normal da sua economia. A comunidade ucraniana, também reclama desta situação desfavorável.
Consulado ucraniano em Paraguai: http://www.consulucra.org.py
Monumento às vítimas ucranianas do terror vermelho
Em 1997, a organização russa dos direitos humanos, “Memorial”, descobriu a existência da tragédia acontecida na década de 1930 nas florestas e pântanos de Sandarmokh, Rússia. A policia política soviética, NKVD, assassinou lá mais de um milhar dos prisioneiros políticos, trazidos das ilhas famigeradas de Solovki (cerca de 500 destes prisioneiros eram ucranianos).
Já que os ucranianos tinham a maior porcentagem entre as vítimas, a comunidade ucraniana de Carélia (Norte da Rússia), resolveu colocar uma cruz memorial especial, em memória das vitimas ucranianas. Trabalhando em conjunto com antigos prisioneiros políticos ucranianos: Vasyl Ovsienko e Nadiya Svitlychna, o Congresso Mundial Ucraniano, conseguiu juntar o dinheiro necessário para cobrir vários custos, relativos a essa cruz memorial, que foi inaugurada aos 6 de Setembro de 2005.
Informação adicional: Sra. Larysa Skrypnikova (mail).
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