O
franco-atirador canadense Volly, ex-analista de inteligência dos EUA Malcolm
Nancy, bem como milhares de voluntários da França, Grã-Bretanha, Estados
Unidos, China, Polónia e outros países agora estão lutando pelo lado da
Ucrânia. Cada um tem sua própria motivação: alguns têm um desejo forte de
ajudar, outros têm contas pessoais com os russos.
Polaco/polonês
Bolek vive na Alemanha e trabalha como canalizador/encanador. Ele tem esposa,
três filhos e dois netos. Muitos anos atrás, ele serviu no exército polaco/polonês
com um atirador de elite, mas na luta até uma invasão em escala completa da
Rússia não participou na defesa da Ucrânia.
Na
Ucrânia, ele está combater há quase dois meses. Ficou sob fogo no polígono de Yavoriv.
E assim que a região de Kyiv foi libertada ele estava em Bucha. Aqui viu as
atrocidades dos russos com seus próprios olhos.
“Os
russos são piores que os animais. Porque os animais matam apenas quando têm fome.
E os russos, quando se sentem impotentes, começam a matar, torturar, estuprar
crianças, maltratar os soldados [POW]”.
Bolek
está convencido de que, se os russos não pararem na Ucrânia, eles farão
atrocidades na Polónia e ainda mais em toda a Europa. Foi exatamente assim que
ele explicou a sua esposa e filhos o seu desejo de defender Ucrânia: “expliquei
a eles que é melhor eu ir à guerra do que eles estariam obrigados à isso quando
os russos invadirem a Europa”.
O
argentino Ignacio vive em Buenos Aires. Tem produção de esferográficas. Mora
com um cachorro e adora passar um tempo com os amigos. Sua vida habitual mudou
quando soube que à mil quilômetros de sua casa começou uma guerra.
“O
povo ucraniano sofre com a agressão russa. E antes de tudo, quero ajudar. Minha
tarefa como boa pessoa é ajudar outras pessoas boas”.
Ignacio
é o reservista das forças armadas da Argentina. Ele nunca esteve na guerra
antes, mas acredita que agora recebe excelente experiência, porque as forças
armadas da Ucrânia têm algo a aprender. Ele não veio sozinho, mas com um amigo
da Colômbia. E embora os dois jovens, como muitos outros legionários, não falam
ucraniano, encontram uma linguagem perfeita com seus irmãos de armas – e não
apenas com os ucranianos.
Senad
da Bósnia vive entre dois países: Polónia e França. Em Varsóvia, ele tem esposa
e filhos e, na França, ele trabalha, tem um negócio de construção. Senad nunca
esquecerá o que aconteceu em seu país, natal, Bósnia e Herzegovina, há 27 anos.
“Era
uma vez, muitos russos vieram à minha terra e mataram meus parentes. Meus
conhecidos. Eles destruíram meu país enquanto a Ucrânia está sendo destruída
hoje”.
Então,
em 1995, Senad, seus parentes e amigos também lutaram. O homem lembra que os
bósnios foram mortos de maneira muito cruel – os russos fizeram isso. É por
isso que ele tem contas pessoais com eles. E ele está pronto para morrer, mas
para derrotar os russos.
“Eu
e todos os homens da Legião Internacional – não precisamos de voltar vivos. Se
morrermos, a bandeira ucraniana ficará orgulhosamente pendurada em nossos
caixões e teremos orgulho de retornar à nossa terra. Ao contrário dos cães
russos que apodrecerão em solo ucraniano”.
Senad
acredita que se os russos não sejam parados aqui e agora, o mundo pode esquecer
a segurança. Portanto, na guerra russa-ucraniana, ele também protege sua
família que vive na Polónia. Afinal, depois que os russos o mataram em 1995,
ele não dará mais a eles outra chance.
Ler
a fonte
em ucraniano.
Blogueiro:
dado que continuamos à receber as perguntas dos brasileiros que querem defender
Ucrânia, aqui vem, mais uma explicação para todos os interessados:
1. Devem
contactar o adido militar da Ucrânia no vosso país ou no país mais próximo.
2.
Sozinhos, custeando as suas próprias
despesas, se deslocar à Polónia.
3.
Seguir as demais instruções das
autoridades competentes da Ucrânia.
4.
Estar mentalmente e fisicamente
preparados para a morte, captura ou ferimentos em combate.
5.
Boa sorte para todos!
6. Tudo
será Ucrânia!