Após uma autêntica guerra comercial, movida pela Rússia, coerção, esforço colossal das RP em todo o mundo, tudo indica que a Ucrânia acabou por ganhar a batalha de gás de 2009.
Após o último encontro entre a Primeira – Ministra da Ucrânia, Yulia Timoshenko e o seu homólogo russo, foi acordado que em 2010 a Ucrânia receberá o gás ao preço do mercado europeu. Em 2009, o país pagará menos 20% deste valor. Se antes o Gazprom afirmava que o “preço do mercado” para a Ucrânia será de 450 dólares, então no primeiro trimestre de 2009, o país pagará 360 USD (preço médio do gás que a Rússia compra na Ásia Central mais acréscimo mínimo de trânsito).
Em troca, a Ucrânia também não irá aumentar significativamente a tarifa actual do trânsito do gás “russo” pelo território ucraniano (de 1,6 USD passará para 1,7 USD por 1000 metros cúbicos de cada 100 km da distância). A título de exemplo, a Eslováquia cobra ao Gazprom 4,0 USD por mesmos 100 km do trânsito pelo seu território.
Embora, quer na Ucrânia, quer na UE, haverá muitas versões e explicações do sucedido, o facto é muito simples, Gazprom não vai ganhar quase nada, vendendo a Ucrânia o gás em 2009 / 2010. Os seus únicos ganhos serão as tarifas do trânsito do gás asiático pelo seu território. E depois, como prevê “dono” do sector energético russo, presidente do RAO ES, Anatoliy Chubays, já em 2012 a Rússia poderá viver a falta do gás mesmo para os seus próprios cidadãos.
Além disso, veremos o que o acordo diz sobre outros aspectos inerentes do complicado negócio de compra & trânsito do gás:
Penalizações? Não foram mencionadas, significa que não são à favor do Gazprom.
E o tal gás “roubado”? Nunca existiu.
O que conseguiu a Ucrânia? Salvou a Europa do “holocausto do gás”, criado pelo Gazprom.
O que consegui a Rússia? Nada.
Quem é culpado pelo corte do gás a Europa? A Rússia.
O “levantamento do chão” do “império energético”, poderá realmente terminar antes do seu início...
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