quinta-feira, outubro 10, 2024

As armas russas do Hezbollah e outras ameaças à segurança internacional

Armas russas apreendidas pela IDF. Fonte: Canal 13
As armas russas nos túneis do Hezbollah no Líbano confirmam mais uma vez o papel da rússia no apoio ao terrorismo internacional e à desestabilização em várias regiões do mundo. Durante uma operação no sul do Líbano, as Forças de Defesa de Israel (IDF) encontraram grandes stocks de armas russas na rede de túneis do Hezbollah. 

Estes túneis foram concebidos para armazenar armas e esconder terroristas, o que demonstra os laços estreitos da rússia com esta organização extremista. Assim, a rússia contribui activamente para a desestabilização do Médio Oriente e para a criação de ameaças à segurança de outros países, incluindo Israel.

Este caso não é exceção. A rússia tem apoiado grupos terroristas e extremistas durante muitos anos para alcançar os seus próprios objectivos geopolíticos. O exército russo apoiou activamente o regime de Bashar al-Assad na Síria, fornecendo armas, equipamento militar e especialistas, o que levou a enormes baixas civis e à destruição de infra-estruturas. Este apoio apenas prolongou o conflito e levou a um enorme sofrimento para milhões de sírios. Além da Síria, a Rússia apoia grupos armados na Líbia, fornecendo mercenários do Grupo Wagner, o que destabiliza a região. Na República Centro-Africana, os mercenários russos estão também activamente envolvidos no combate e no apoio aos rebeldes locais para controlar os recursos naturais.

Contudo, a agressão da rússia não termina aqui. Pelo terceiro ano consecutivo, a rússia tem levado a cabo uma invasão em grande escala da Ucrânia. Depois de ter ocupado ilegalmente a Crimeia em 2014 e de ter iniciado uma guerra no leste da Ucrânia com o apoio dos separatistas, a rússia iniciou, em Fevereiro de 2022, uma agressão em grande escala contra outros territórios ucranianos. Os bombardeamentos diários de cidades pacíficas, a destruição de infra-estruturas civis e de instalações energéticas tornam a vida insuportável para as pessoas comuns e forçam milhões de ucranianos a abandonar as suas casas.

O que é mais assustador são mais de 19 mil crianças ucranianas que foram deportadas à força dos territórios ocupados da Ucrânia para a rússia. Estas ações, que constituem um crime contra a humanidade, violam o direito internacional. Foi por isso que o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de detenção contra Vladimir Putin e a Comissária para os Direitos da Criança, Maria Lvova-Belova, pela deportação ilegal de crianças. Tais métodos de terror e repressão são utilizados para quebrar o povo ucraniano, ilustrando a essência do actual regime russo.

Todos estes factos indicam que o regime russo actua como uma organização terrorista. Faria qualquer coisa para atingir os seus objetivos. Apoio a organizações terroristas, agressão contra estados vizinhos, violação dos direitos humanos - tudo isto faz parte da estratégia russa. O desejo da rússia de expandir a sua influência, que representa uma ameaça não só para os países individuais, mas também para a segurança internacional, é comprovado pela sua agressão contra a Ucrânia, pela ocupação de territórios georgianos, pelo apoio aos movimentos separatistas na Moldova, em particular na Transnístria.

O mundo não pode ficar indiferente aos factos que indiciam o apoio da rússia aos regimes terroristas, à sua política agressiva e às violações sistemáticas dos direitos humanos. A próxima reunião do Grupo Ramstein, em Outubro de 2024, deverá reforçar o apoio à Ucrânia e conter a agressão russa. Isto é necessário para evitar uma maior propagação da influência russa e garantir um futuro pacífico.

Só ações decisivas e conjuntas da comunidade internacional poderão pôr termo à agressão e garantir uma paz e segurança duradouras, sem terrorismo e violência. A Ucrânia, como escudo para toda a Europa, necessita de um maior apoio para conter o agressor, o que ameaça não só a sua independência, mas também a estabilidade de todo o continente.

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