Desta forma Alemanha tentou resolver a falta da mão-de-obra na indústria e na agricultura. Os primeiros Ostarbeiters foram para a Alemanha voluntariamente. Os nazis(tas) lançaram uma campanha em larga escala no meio de um inverno rigoroso e apertado, prometendo aos voluntários um salário decente, refeições quentes e assistência aos parentes durante a permanência do trabalhador na Alemanha.
No entanto, não havia voluntários suficientes para resolver a falta de pessoal, então à partir dos meados da primavera de 1942 começaram as rusgas e envio forçado dos jovens ucranianos para Alemanha. Para fazer isso, a polícia e os soldados da Wehrmacht começaram a organizar as rusgas em massa nas cidades e aldeias ucranianas ocupadas. Isso possibilitou ao 3º Reich conseguir mais de 1 milhão de pessoas dos territórios orientais ocupados até o final do ano, a maioria dos quais eram ucranianos.
Após a guerra, a maioria dos Ostarbeiters retornou à União Soviética – todos os que estavam na zona de ocupação soviética, britânica ou francesa eram deportados para a URSS à força. Na zona de ocupação americana as deportações forçadas à URSS deixaram de ser usadas desde outubro de 1945, o que permitiu que muitos Ostarbeiters partissem para o Ocidente ou restantes países do Mundo Livre, como Argentina ou Brasil.
As autoridades comunistas soviéticas trataram os Ostarbeiters como traidores. Eles eram considerados socialmente perigosos e, após as verificações exaustivas nos campos de triagem ou nos campos do NKVD, os aguardavam novas repressões. Apenas 59% dos retornados conseguiram voltar junto às suas famílias. Os 20% dos homens foram mobilizados à força ao Exército Vermelho (principalmente aos batalhões de punição), outros 14% foram enviados aos trabalhos forçados e 7% foram presos.
Fonte:
Instituto
Ucraniano da Memória Nacional
Foto inicial: deportação da população ucraniana aos trabalhos forçados na Alemanha. Kyiv, 1942. O autor é desconhecido.
Blogueiro: o tratamento dado aos ucranianos dependia, em grande medida, do patronato. Na agricultura, tudo dependia dos patrões, havia os que tratavam bem os seus empregados, outros, seguiam a ideologia nazi(sta) e eram mais severos. Nas fábricas, o tratamento era mais uniformizado, possivelmente ligeiramente melhor do que nas fábricas soviéticas da mesma altura. O tratamento dado aos Ostarbeiters ucranianos se baseava, em grande escala, no puro e desapaixonado pragmatismo germânico.
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