Tudo indica que a
revolução ucraniana passou o “ponto de não retorno”. O protesto pacífico esgotou-se
e ação direta tomou a conta de Kyiv.
Escreve o blogueiro Roman Shrayk:
"Em geral, neste
momento, ou a estrategista do poder é uma merd@, ou Yanukovych recebeu a
chamada do Obama com a promessa de enviar um porta-aviões para a costa da
Mezhyhirya. O cenário está quebrado. A polícia de choque levou o troco e fica
parada. O pessoal (da AutoMaydan) anda de carros no centro de Kyiv, persegue e
pega os titushki (marginais pagos pelo poder), que nem titushki são, mas uns
putos assustados. Parece que a mola para pagar os titushki de combate também foi
roubada".
Mas isso não significa
que o poder não consegue atingir as pessoas. Como uma espécie de ratazana encurralada,
o poder ucraniano age de maneira brutal e impiedosa. O comandante das
unidades de autodefesa da Maydan, o deputado Andriy Parubiy conta no
FB os pormenores do seu recente ferimento:
“Estes fragmentos foram
retirados do meu pé de uma profundidade de 3-5 cm. As feridas semelhantes
tiveram várias dezenas de voluntários de autodefesa. Apenas hoje, eu soube a
causa de tais danos. Acontece que a polícia de choque usa a fita adesiva para colar
a gravilha ao corpo das granadas de som. Com o rebentamento da granada as
pedras são projetadas, o que torna essa granada, de facto, em uma arma letal”.
Ler mais sobre os acontecimentos na Ucrânia:
Impasse
na Ucrânia: regime mafioso vs cidadãos mobilizados (em inglês):
O
poder tenta coagir as pessoas, usando os telemóveis (em inglês):
Dois
jornalistas da rádio “Liberdade”, Dmytro Barkar e Ihor Iskhakov foram
espancados pela polícia de choque em Kyiv (vídeo e texto em ucraniano):
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