Devo confessar, durante
muito tempo não acreditei que Holodomor foi o genocídio planeado do povo
ucraniano. Entendia que era necessário exatamente este estatuto da fome de 1932-1933,
entendia que isso se fazia pelos interesses do país, mas não acreditava até o
fim na veracidade destas afirmações. Considerava a fome, não como a vingança
nacional, mas a vingança da classe, dos comunistas contra os camponeses
abastados. Considerava crime, mas não o genocídio. Após o démarche dos
comunistas no Parlamento ucraniano (do dia 2 de abril de 2013), eu mudei a
minha opinião, escreve o blogueiro ucraniano Frankensstein.
Não se levantando, para
honrar as vítimas da fome, os comunistas mostraram desprezo claro e cínico aos
mortos e com isso confirmaram que não sentem nenhuma pena dos milhões de falecidos.
Se Holodomor fosse a força da natureza, uma tragédia aleatória, eles não teriam
nenhuma razão para odiar as suas vítimas. Os comunistas podiam se levantar, nem
que movidos pelos sentimentos morais. Nem que seja para mostrar que lembram e
respeitam os cidadãos soviéticos, pela cuja felicidade, alegadamente, lutaram nas
diversas frentes.
Em quais situações,
geralmente, as pessoas mostrar o desrespeito claro? Quando se trata dos
inimigos. Dos que não temos a pena. Os assassinos não sentem a pena pelas suas vítimas.
Talvez os assassinos arrependidos. Mas os comunistas não se arrependeram. Eles
não se consideram assassinos, mas regularmente dão entender que eles são assassinos.
E se Holodomor não foi o genocídio dos ucranianos, os seus autores não teriam a
necessidade de pisar barbaramente a memória das suas vítimas.
As canalhas do grupo
parlamentar do Partido Comunista da Ucrânia não possuem nem a moral, nem a consciência,
nem a vergonha. Por isso não é de estranhar que as suas próprias “sacralidades”
foram e serão tratados no futuro, com o mesmo desrespeito que eles agora
mostram para com Ucrânia.
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