quarta-feira, abril 03, 2013

Bastardos. Comunistas e Holodomor


Devo confessar, durante muito tempo não acreditei que Holodomor foi o genocídio planeado do povo ucraniano. Entendia que era necessário exatamente este estatuto da fome de 1932-1933, entendia que isso se fazia pelos interesses do país, mas não acreditava até o fim na veracidade destas afirmações. Considerava a fome, não como a vingança nacional, mas a vingança da classe, dos comunistas contra os camponeses abastados. Considerava crime, mas não o genocídio. Após o démarche dos comunistas no Parlamento ucraniano (do dia 2 de abril de 2013), eu mudei a minha opinião, escreve o blogueiro ucraniano Frankensstein.

Não se levantando, para honrar as vítimas da fome, os comunistas mostraram desprezo claro e cínico aos mortos e com isso confirmaram que não sentem nenhuma pena dos milhões de falecidos. Se Holodomor fosse a força da natureza, uma tragédia aleatória, eles não teriam nenhuma razão para odiar as suas vítimas. Os comunistas podiam se levantar, nem que movidos pelos sentimentos morais. Nem que seja para mostrar que lembram e respeitam os cidadãos soviéticos, pela cuja felicidade, alegadamente, lutaram nas diversas frentes.

Em quais situações, geralmente, as pessoas mostrar o desrespeito claro? Quando se trata dos inimigos. Dos que não temos a pena. Os assassinos não sentem a pena pelas suas vítimas. Talvez os assassinos arrependidos. Mas os comunistas não se arrependeram. Eles não se consideram assassinos, mas regularmente dão entender que eles são assassinos. E se Holodomor não foi o genocídio dos ucranianos, os seus autores não teriam a necessidade de pisar barbaramente a memória das suas vítimas.

As canalhas do grupo parlamentar do Partido Comunista da Ucrânia não possuem nem a moral, nem a consciência, nem a vergonha. Por isso não é de estranhar que as suas próprias “sacralidades” foram e serão tratados no futuro, com o mesmo desrespeito que eles agora mostram para com Ucrânia.

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