segunda-feira, fevereiro 24, 2014

O homem que acabou com Yanukovych

O jovem Volodymyr Parasyuk (26) era o “centurião Volodymyr”, comandante da Maydan que deu ultimato ao ex-presidente Yanumovych para este abandonar o poder. E a sua voz, calma e ponderada, foi ouvida...

Como costuma-se dizer é impossível acomodar o pronome condicional “se” na História, pois História não é feita das possibilidades, mas dos factos. O mesmo aconteceu no caso de Yanukovych que já alguns dias antes da sua fuga da capital foi visto arrumar os pertences. No entanto, o acordo assinado entre a liderança de oposição e Yanukovych permitia ao ditador continuar no poder durante cerca de um ano, encurtando o seu reinado em apenas alguns meses. Este acordo foi apoiado igualmente pela dita “comunidade internacional”.

Mas logo de seguida, no palco da Maydan interveio o jovem ucraniano Volodymyr Parasyuk. E o seu discurso foi visto pelos milhares de pessoas na Maydan e pelos milhões de telespetadores em direto. O centurião Volodymyr falou durante cerca de 3 minutos, saindo do palco logo de seguida, mas a liderança de oposição já não podia salvar a sua face, concordando em colaborar com ditador e assassino.


A saída precipitada do Yanukovych do poder não foi uma obra da liderança indecisa da oposição, foi a obra dos jovens como Volodymyr, dos Heróis que tombaram pela Revolução e que são conhecidos atualmente como a “Centena Celestial”, escrevem Texty.org.ua

Bônus:

O parlamento ucraniano revogou o estatuto oficial da língua russa, a partir de agora, ucraniano é novamente a única língua oficial da Ucrânia, as notícias e a publicidade devem ser apenas em ucraniano. Decisão apoiada por 54% dos cidadãos da Ucrânia.

O projeto-lei №1190 que revogava a lei anterior (№529-6 de 3 de junho de 2012), reuniu os votos favoráveis dos 232 deputados. O autor do novo projeto-lei, Vyacheslav Kyrylenko, explicou que a lei antiga foi adotada com violações grosseiras das normas parlamentares, informa Censor.net.ua

A jornalista e blogueira Olga Len escreve que após a decisão o deputado Nestor Shufrich (que dirige os restos do Partido das Regiões) começou falar em húngaro. Pelo contrário, partido VO Liberdade, o seu líder, Oleh Tiahnybok prometeu que o Parlamento votará uma nova lei que garantirá os direitos linguísticos das minorias étnicas.

Sem comentários: