quarta-feira, outubro 23, 2024

O arguido do caso de Daria Dugina foi capturado pelas forças ucranianas

O arguido russo no caso do assassinato de propagandista russa Daria Dugina deixou a colónia penal, assinando o contrato para a guerra na Ucrânia com o MoD russo e foi capturado pelo exército ucraniano. 

O russo Alexander Suchkov, condenado aos 3,5 anos de prisão pelo cumplicidade no assassinato da filha do ideólogo do “mundo russo” Alexander Dugin, Daria, deixou a colónia penal para a guerra na Ucrânia e foi capturado pelas Forças Armadas da Ucrânia. O jornalista ucraniano Volodymyr Zolkin publicou uma entrevista com Suchkov no seu canal de YouTube. 

O vídeo não refere o nome da pessoa com quem Zolkin está a falar, mas é mostrado o seu rosto, para que Alexander Suchkov possa ser reconhecido. 

Suchkov foi condenado por falsificação de documentos: segundo os investigadores russos, ele e o seu cúmplice, Andrey Kuznetsov, falsificaram a documentação ucraniana do automóvel Mini Cooper. Que, por sua vez, foi alegadamente alugado por Natalya Vovk, a cidadã ucraniana à quem o FSB chama a autora material do assassinato de Daria Dugina. Em entrevista ao Volodymyr Zolkin, o seu interlocutor disse duvidar que o homicídio tivesse sido organizado pelos serviços especiais ucranianos, porque neste caso as secretas teriam fornecido aos autores todos os documentos necessários. “Porque é que um cidadão ucraniano precisa de um documento ucraniano falso se este foi enviado pelos serviços especiais ucranianos?” — argumenta Suchkov. 

O russo explicou que em agosto de 2024 «as pessoas de Moscovo» chegaram à colónia penal na região de Sverdlovsk onde estava preso e “propuseram assinar contrato ao ‘exército de reserva’ na região de Bryansk”. No final de Setembro, Suchkov e outros prisioneiros que assinaram o contrato foram levados para um campo militar na região ocupada de Luhansk, e de lá foram enviados “em missão de combate”. Segundo Suchkov, um dia ele perdeu-se, perdeu os sentidos e, ao acordar, viu dois soldados ucranianos, que o fizeram prisioneiro. 

Daria Dugina foi morta na noite de 21 de agosto de 2022 na região de Moscovo: um engenho explosivo explodiu no seu carro. Suchkov e Kuznetsov foram condenados em maio de 2023, acusados de «falsificação de documentos» e nunca ao cumplicidade do assassinato.

3 comentários:

Anónimo disse...

A filha do homem que queria matar ucranianos pagou o karma pelo besteirol proferido pelo papushka.

Anónimo disse...

Dasha se tornou santa nesses círculos duginistas. Deve ter até algum ritual ocultista entre os seguidores do borodachy)).

Anónimo disse...

A própria Dugina era tb uma, digamos…., “intelectual” e tb fazia propaganda antiucraniana. Então, acho que não foi de todo inútil a morte desse traste, visto que q filha tb espalhava falsa filosofia e propaganda pro-russia. Ela esteve na França e se encontrou com a filha da política francesa Marine Le Pen.