sexta-feira, maio 21, 2021

Os segredos do funcionamento do “Sistema de Crédito Social” na China

Na China, entrou em vigor o primeiro Código Civil do país, que consagra o chamado “Sistema de Crédito Social”, que avalia e analisa a vida de um cidadão comum por cerca de 160 mil parâmetros diferentes, vindas de 142 instituições. 

A essência da ideia dos especialistas chineses era uma proposta de dotar os habitantes da cidade condicional N com um certo número de pontos. Este número inicial, que garantia condições de partida iguais para todos os residentes, podia aumentar ou diminuir, dependendo do que a “carteira” do proprietário fizesse de útil ou prejudicial. 

Agora, cada cidadão tem uma classificação inicial de 1000 pontos. Um único centro de informação analisa cada um dos 160 mil parâmetros diferentes de 142 instituições. Se a classificação for superior a 1050 pontos, você é um cidadão exemplar e está classificado com o índice AAA. A partir de 1000 pontos você pode contar com A +, e de 900 – com B. 

Se a classificação cair abaixo de 849, você já é um portador suspeito da categoria C, que pode facilmente ser demitido de estruturas estaduais e municipais. Quem tem 599 pontos ou menos se enquadra no grupo D, que é comparável à “lista negra”, pois não serão contratados nem mesmo como taxistas. 

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Pessoas com classificação D não conseguem um emprego normal, não recebem empréstimos, não podem comprar passagens para transporte [principalmente avião e TGV] e podem até ter o aluguer/l de bicicletas negado. Para efeito de comparação, uma pessoa com classificação A + receberá uma bicicleta gratuitamente e poderá andar nela por mais meia hora sem pagar. Uma pessoa com uma classificação média de C pode alugar uma bicicleta apenas com uma fiança de 200 yuans [cerca de 31 USD]. 

A maioria dos cidadãos tem medo até de falar com pessoas da categoria D, porque alguém pode informar as autoridades sobre a comunicação com uma pessoa da “lista negra” e sua classificação pode ser rebaixada. Uma avaliação baixa também levará à censura pública e ao ridículo: a divulgação dos nomes dos culpados até a divulgação pessoal de amigos, colegas e parentes. 

Com o novo código, os chineses receberão pontos por: 

·         participar em atividades de caridade,

·         cuidar de familiares idosos;

·         manter boas relações com os vizinhos e ajudar os pobres;

·         doar sangue;

·         apoiando o seu governo nas redes sociais [dessa forma o governo comunista chinês obtém um verdadeiro exército de bots à custo zero];

·         ter um bom histórico de crédito financeiro;

·         cometendo qualquer a(c)to heroico.

·         etc. 

Os cidadãos perdem pontos por: 

·         violar as regras de trânsito;

·         participar num protesto contra as autoridades e postar mensagens antigovernamentais nas redes sociais [automaticamente o governo corta toda e qualquer participação democrática do cidadão no destino do seu país];

·         cuidado de forma insatisfatória os seus ais idosos;

·         espalhar boatos e falsificações na Internet [nos países comunistas habitualmente qualquer informação desfavorável ao governo é automaticamente classificada de boato e falsificação];

·         pedir desculpas não-sinceras pelas ofensas cometidas [no passado, em vários países comunistas os cidadão eram obrigados às secções da autocrítica pública ou, por exemplo, renunciar, publicamente, aos seus familiares e parentes, desde o momento que estes sejam considerados inimigos do povo];

·         envolver-se em atividades sectárias [nos países comunistas, muito habitualmente, qualquer igreja ou fé religiosa é/era considerada como “seita” e os seus membros presos e perseguidos] e trapacear em jogos online.

·         etc. 

Fonte 

Blogueiro: por um lado, os chineses estão implementar um sistema de divisas que não pode ser herdado. Por outro lado, parece que o país não aprendeu nada da sua caça aos pardais.

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