Nenhum advogado compareceu à Delegacia da Polícia Civil para representar Rafael.
Em patrulhamento de rotina pela Vila Geni, policiais das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam) suspeitaram de dois homens que “se assustaram” quando viram a equipe da PM. Ambos estavam em pé, ao lado de um veículo, e foram abordados. Nada de ilícito foi localizado.
Pouco mais de 25 quilos de maconha foram apreendidos na casa de Rafael Lusvarghi — Foto: Polícia Militar |
Um deles passou dados desencontrados sobre sua identificação, mas depois informou ser Rafael Marques Lusvarghi, natural de Jundiaí (SP). Ele tem vasto histórico de prisões, inclusive em Kiev, na Ucrânia, sob acusação de terrorismo.
Com divergências durante os questionamentos da PM, o suspeito de 25 anos acabou por confessar que estava ali para comprar maconha. O suspeito de tráfico, confrontado, informou que venderia quatro gramas de cocaína ao rapaz.
Após as informações sobre drogas, os agentes disseram que seria necessário verificar os documentos pessoais e apurar a existência de substâncias ilícitas na casa de Rafael. Ele, então, confessou que possuía cocaína, munições e grande quantidade de maconha, e em seguida entregou a chave do imóvel aos policiais e autorizou a entrada.
Maconha, cocaína e munições foram localizadas na casa onde Rafael residia, na Vila Geni, em Presidente Prudente — Foto: Polícia Militar |
Ao lado da porta, dentro de outra caixa de papelão, a PM também encontrou um total de 350 cartuchos íntegros de munição de calibre 9 milímetros.
Ainda no quarto de Rafael foram apreendidos um notebook, vários passaportes, documentos pessoais, uma agenda com anotações e três aparelhos celulares. A polícia apreendeu ainda uma moto.
O outro abordado, questionado, alegou ser usuário de maconha e foi ao local por indicação de um grupo de amigos. O rapaz de 25 anos foi liberado.
De Kyiv a Presidente Prudente
Conforme o Boletim de Ocorrência, Rafael foi interrogado sobre o motivo de sua estadia em Presidente Prudente. Ele confirmou que esteve preso em Kiev, na Ucrânia, acusado por participar de organização terrorista, acrescentando que desembarcou no Brasil há cerca de um mês e seguiu para a capital do Oeste Paulista “a procura de emprego, por indicação de um amigo”.
Munições de calibre 9 mm foram apreendidas na casa de Rafael Lusvarghi, em Presidente Prudente — Foto: Polícia Militar |
De acordo com o registro, Rafael declarou que algumas semanas atrás, por meio de “contatos”, aceitou guardar entorpecentes e munições em casa a pedido de outras pessoas, supostamente desconhecidas. A função era remunerada em R$ 3.000 por mês.
Com os fatos, confissão e apreensões, Rafael teve a prisão em flagrante ratificada na Delegacia Participativa da Polícia Civil por tráfico de drogas e pela posse ilegal das munições. Foi pedida a prisão preventiva dele, concedida pela Justiça, neste domingo (9 de maio).
De acordo com a Polícia Civil, após passar por perícia, o produto que seria cocaína “não foi identificado”. Contudo, foi confirmada a presença de Tetrahidrocannabinol (THC).
Blogueiro: alguns anos atrás o nosso blogue avisava as autoridades e a sociedade brasileira sobre o perigo que representam os cidadãos brasileiros que se dedicaram às atividades terroristas no leste da Ucrânia. Que um dia eles iriam decidir voltar ao Brasil e que trariam, consigo, a violência que praticaram contra as populações civis da Ucrânia.
2 comentários:
Todos que lutaram contra a Ucrânia se deram muito mal nos últimos sete anos. Você poderia até escrever um balanço sobre isso, envolvendo na trama brasileiros e russos. E sobre o Lusvarghi... É muito triste, afinal na prisão ucraniana ele até pediu ajuda aos cristãos ortodoxos, desejo prontamente atendido e agora ele faz isso... Ele é um caso perdido e penso que não vale a pena dar mais chances para mudar de vida!
Não adianta! Esse pessoal se "arrepende" dos delitos que cometeram quando estão na cadeia ou cercados por um grupo de patriotas ucranianos! Quando estão em liberdade voltam a ser o que sempre foram e até se vangloriam pelos atos que fizeram... Gostaria de saber a opinião dos membros da NR sobre esse caso, afinal eles foram os mais aguerridos defensores do Lusvarghi.
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