No
segundo dia dos protestos em Belarus a ditadura de Lukashenka bloqueia a
Internet e usa a polícia de choque contra os protestos ainda pacíficos. Os cidadãos
respondem com as barricadas e usam sistemas VPN para aceder a Net, acedendo a
plataforma Telegram para troca de informação.
Foto: Facebook |
As
forças leais ao regime tentaram bloquear o centro da cidade, os manifestantes
responderam com protestos locais nos diversos bairros de Minsk/Mensk. As fotos que
se seguem foram tiradas na noite de 10 à 11 de agosto próximo do supermercado “Riga”
na rua Kolas – local da primeira barricada da capital belarusa.
02.
No dia 10 de agosto o centro de Minsk/Mensk foi bloqueado pela polícia de choque
vestida à preto, sem capacetes e com as máscaras. Eles não deixavam os cidadãos
passar para o centro da cidade e detinham as pessoas de forma aleatória. Na tarde
do mesmo dia a cidade ficou entupida de automóveis, vários condutores ligavam as
músicas do protesto e exibiam as bandeiras históricas, vermelhas e brancas da
Belarus independente.
foto: Facebook |
05.
Vários bairros se transformaram na zona de protestos, na zona do supermercado “Riga”
na rua Surganov no cruzamento começaram se reunir os manifestantes.
06.
Cerca de 1.000 aderiram ao protesto local, reunidos sem auxílio da Internet,
dado que o regime belarusso bloqueia a rede global.
07-08-09.
Usando o lixo da construção civil foi construída a barricada improvisada — no
local da passagem da polícia de choque, OMON.
10. OMON circulava pela cidade, atacando aleatoriamente toda e qualquer junção de pessoas. A barricada em “Riga” foi derrubada com canhões de água, antecipadamente atacando os manifestantes com gás lacrimogénio e granadas de luz e som, vendidos ao regime pela República Checa. Os manifestantes apoiam um rapaz atingido pelo gás lacrimogénio:
12.
A nova barricada, maior que anterior. Os manifestantes deixam passar os
automobilistas, todos ou quase todos eles apoiam os manifestantes.
13-14.
Barricada por perto, tudo foi usado na sua construção.
16.
Slogan: "Mudanças!"
17.
Manifestantes:
18.
Aos condutores mostram como ultrapassar a barricada:
19.
Os manifestantes começar erguer segunda barricada, tentando criar um retângulo
da resistência.
20.
Próximo da meia-noite volta polícia de choque e começa lançar as granadas de luz
e som e de gás lacrimogénio. Cerca das 1h20 as barricadas são derrubadas pelo
canhão de água da polícia:
21.
Cartaz na parede de assembleia de voto: "Vergonha às falsificações!"
22.
As portas dos prédios de habitação vizinhos foram deixadas abertas para que os
manifestantes pudessem fugir da polícia de choque em casa da necessidade:
Internet
em Minsk/Mensk não funciona, os bairros tornaram-se pontos da resistência, o
centro da cidade é fechado pela polícia. Na avenida Pushkin os cidadãos também
foram construindo as barricadas — a polícia usou gás, granadas de luz e som e
as balas de borracha.
Não fiquem admirados se daqui 2-3 meses a esquerda falará dos "atiradores polacos/poloneses e georgianos em Minsk/Mensk" |
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