Na
noite de 29 para 30 de novembro o poder ucraniano mostrou que não pretende
escolher a Europa ou os seus valores civilizacionais. Usou para o efeito as táticas
mais brutais da polícia de choque vinda fora da capital.
Às
4h15 a praça de Independência de Kyiv foi cercada pela polícia de choque, unidade
“Berkut”, vinda, alegadamente, da Crimeia. Na praça estiveram entre 500 a 1000
pessoas. Polícia usou as granadas de som, começou a pânica, os manifestantes
cantavam o hino da Ucrânia e gritavam “milícia com o povo”.
Polícia
batia em todo o mundo, incluindo nas mulheres, adolescentes, muita gente foi
ferida, davam pontapés (com as botas) naqueles que caíram no chão. Os polícias
gritavam palavrões em russo e ofendiam os manifestantes. Às 4h27 a praça foi
evacuada, cercada com barreiras metálicas e ai a polícia começou a “caça” dos
manifestantes nas imediações (as pessoas eram espancadas numa distância de
meio-quilômetro da praça de Independência).
Entre
40 a 100 pessoas foram detidas, mas libertadas na manha seguinte. A polícia
fala em 12 policiais feridos e alegadamente obriga os policiais a baixar nos
hospitais, para justificar este número. Entre as pessoas realmente feridos está
fotógrafo da “Reuters”, Gleb Garanich, atingido pela polícia algumas horas
antes, escreve no seu perfil do FB, o fotógrafo Maxym
Balanduh.
A
jornalista Olga
Len escreve sobre a reunião de emergência do Conselho Nacional da Defesa e
Segurança (RNBO) e sobre a decisão de cerca de 20 deputados do Partido das
Regiões de abandonar o partido na próxima segunda-feira. Outras fontes falam
dos 15-20 deputados, até agora o partido foi abandonado por duas pessoas.
Existe
a informação não
confirmada sobre a morte de uma jovem em resultado dos ferimentos sofridos
durante a carga policial, também se fala sobre 4-6 pessoas desaparecidas,
sabe-se que eles estiveram na praça e agora perdeu-se qualquer ligação com
eles.
Na
internet ucraniana também se fala sobre polícia de choque de Lviv e Vinnytsia,
que alegadamente se recusaram se deslocar à Kyiv, para atacar os manifestantes.
Outras notícias dão conta do que alguns polícias, pertencentes ao “Berkut” de
Lviv prometeram defender os manifestantes da sua cidade contra a violência
policial, como escreve Uainfo.org
Ataque
conta o Maydan na noite de 30.11.2013 (vídeo):
No
dia 30.11.2013 os ucranianos se moveram para a praça Mykhaylivska (onde se
situa o Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Mosteiro Mykhaylivsky), existe
a informação do que o tribunal de Kyiv irá proibir o comício naquele local (e
em todos os outros lugares da capital) até o dia 7 de janeiro de 2013, escreve Tyzhden.ua. Tal como antigamente, nessa
noite o mosteiro se mostrou um refúgio seguro para as pessoas que lá entraram
se salvando da polícia de choque ou simplesmente que dormem no mosteiro para
amanha puderem participar nos comícios de oposição em Kyiv.
A
“Rádio Liberdade” ao vivo da praça Mykhaylivska de Kyiv:
No
dia 1 de dezembro de 2013 os ucranianos planeiam se juntar ao lado do monumento
do Taras Shevchenko (em frente da Universidade Taras Shevchenko), para mostrar
o seu descontentamento com o atual situação política do país, pedindo
inclusivamente a demissão do presidente e do governo da Ucrânia.
praça Mykhaylivska e praça de Sofia em Kyiv |
Ler
mais, revista The Economist sobre a situação ucraniana:
Battle
for Ukraine (Batalha pela Ucrânia):
Day
of the gangster pygmy (Dia do pigmeu criminoso):
praça Mykhaylivska 1.12.2013 |
O
deputado do parlamento ucraniano pela VO Batkivshyna (da Yúlia Tymoshenko), Andriy Parubiy
escreve que às 4h30 de manha a praça Mykhaylivska está em alerta e continua de
pé, os ucranianos pretendem defender a sua escolha europeia.
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