sábado, junho 15, 2013

As obras-primas do cinema ucraniano

Geralmente, o cinema ucraniano é visto através do prisma dos nomes como Dovjenko, Igor Savchenko, Parajanov, Yuri Ilyenko, Roman Balayan e Kira Muratova. Mas o cinematógrafo ucraniano não se esgota nestes nomes, a página oKino.ua escolheu 15 pérolas quase desconhecidas ao público mais amplo (1ª parte).

“Arsenalistas” (1925) do Les Kurbas

Três anos antes do famoso Arsenal do Olexander Dovzhenko, o filme sobre o levantamento esquerdista na fábrica “Arsenal” em Kyiv (1918), foi filmado pelo vanguardista e reformador do teatro ucraniano Les Kurbas. O realizador teatral, Kurbas foi o pioneiro em uso das projeções cinematográficas no teatro. Ao todo, dirigiu três filmes, nenhum dos quais sobreviveu até hoje. Em novembro de 1937, o realizador foi fuzilado pelo regime estalinista na mata de Sandarmokh, reabilitado em 1957, a título póstumo (ver As crônicas de inquisição soviética).

“Dois dias” (alternativo “Pai e Filho”, mudo, 1927) do Georgi Stabovoy (1894-1968)

Durante a 1ª república ucraniana, a herdade abandonada de um fidalgo é ocupada pelos bolcheviques, no dia seguinte pelos monárquicos russos. Os primeiros chocam o velho mordomo pelo seu comportamento “grunho”, segundos enforcam o seu filho-comunista. O pai-mordomo opta pela vendetta.

“Cocheiro noturno” (1928) do Georgi Tasin (1895-1956)

O drama familiar e político, ambientado nos anos 1920, a culminação foi filmada nas escadas de Potemkin, como no filme “Couraçado Potemkin”

“Prometey” (1935) do Ivan Kaveleridze

O filme conta sobre o amor, amizade e fraternidade entre as nações ucraniana e georgiana. Realizador e escultor, Kavaleridze tentou fundir nas suas obras estas duas artes. Estaline odiou o filme e a crítica soviética imediatamente acusou o filme de “formalismo” e “distorção de verdade histórica”, o que resultou na proibição da sua demonstração pública na URSS.

“Ao preço alto” (1957), Mark Donskoy (1901-1981)

Baseado na obra do Mykhailo Kotsiubynsky, o filme foi considerado como 6º melhor do ano na escolha da revista francesa “Cahiers du Cinema”.

Annychka (1968), Borys Ivchenko (1941-1990)

O ano 1943. A jovem ucraniana, Annychka, encontra na mata o soldado soviético, por quem se apaixona, ao ponto de odiar o seu namorado. No fim, é assassinada pelo próprio pai. Em 1969 o filme recebeu a Torre Dourada no festival do cinema de Phnom Penh (Camboja), na URSS foi visto por 25,1 milhões de pessoas (apenas em 1969).


сontinua…

1 comentário:

Anónimo disse...

mais um país proíbe os símbolos comunistas:

http://flagelorusso.blogspot.com.br/2013/06/letonia-proibe-exibicao-de-simbolos.html