terça-feira, dezembro 07, 2010

Trilogia sobre Ucrânia publicada na França

Na França foi publicada a trilogia de ficção dedicada à história contemporânea da Ucrânia, compreendida no período entre 1914 à 1950, escreve jornalista Alla Lazareva do serviço BBC Ucraniano.

O autor da trilogia é o jornalista e escritor francês Roman Rijka. A primeira parte da sua saga se chama Sete comboios da imperatriz (9782350870540), 18,05 € e conta a história da proclamação da 1ª República Ucraniana e da guerra de libertação.

O segundo livro Os campos canibais (9782350870748), 18,05 € (formato de bolso: 6,56 €) é dedicado ao tema do Holodomor.

Dez anos após percorrer as estepes do império em chamas, para salvar a sua amiga Olga, a princesa deposta; a jornalista Tatyana Duschene tem encontrado alguma paz de espírito em Paris. Mas o seu reencontro com Olga vai mudar tudo: ela mostrou-lhe as cartas que confirmam os rumores alarmantes – os líderes do império causaram a fome para esmagar a resistência dos camponeses. Olga tenta mobilizar o Ocidente para salvar o seu povo, Tatyana foi até lá para tentar denunciar o governo…

O terceiro e último romance da trilogia O império de milhares das palavras (9782350871127), 20,9 € têm como o pano do fundo a II G. M. e aborda a temática da luta de libertação nacional do Exército Insurgente Ucraniano (UPA).

Como explicou o autor do livro, ele soube sobre Holodomor dos pais da sua esposa. “Porque escolhi Ucrânia como o local da história? Porque a minha esposa é ucraniana e a sua família sofreu muito do Holodomor. A mãe do meu sogro foi a única sobrevivente da sua família em 1933. Ela perdeu os pais, dois irmãos, a irmã… A família foi “dekulakizada”, ela própria não morreu só porque trabalhava como governanta em casa de um polícia soviético”, – contou o escritor francês.

Roman Rijka espera que com ajuda de literatura poderá derreter pouco – a – pouco a indiferença geral francesa à tragédia de Holodomor, contrabalançando a influência activa moscovita, que nega o estatuto de genocídio relativamente aos acontecimentos de 1933.

Estou convicto, do que a literatura, o romance, é uma maneira boa a agradável, que ajuda aos franceses conhecer os ucranianos e a história ucraniana. Mas na França temos ser muito pacientes. Os franceses possuem muitos preconceitos relativos a Ucrânia. Por exemplo, muitos meus conterrâneos conhecem Shevchenko – o futebolista e não conhecem Shevchenko o poeta…’’, – notou Rijka.

Roman Rijka é o jornalista Raymond Clarinard, o vice – editor do semanário francês Courrier International. No seu trabalho profissional ele aborda constantemente o tema do Holodomor. A sua revista publica as traduções sobre o tema da imprensa ucraniana e russa. Como nota o editor, nem todas as edições russas negam o carácter deliberado do crime contra o povo ucraniano. No que toca a posição pessoal, Raymond Clarinard disse que na questão do Holodomor ele não tem duvidas: Holodomor era, de facto, o genocídio dos ucranianos.

Lembraremos que em Julho de 2010 a Ucrânia foi visitada pela jovem realizadora francesa Benedict Banet, que está a produzir o filme documentário sobre Holodomor de 1932-1933 e o extermínio dos intelectuais ucranianos nos anos 1930. No Outono de 2009, a famosa companhia teatral britânica, British Royal Shakespeare Company apostou na encenação da peça The Grain Story dedicado ao tema do Holodomor.

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