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Outra vez as eleições presidenciais na Belarus foram falsificados, mais uma vez a oposição não foi autorizada a participar na contagem dos votos, os observadores assistiram inúmeras violações, muitos eleitores foram forçados a participar da pré – eleição, os candidatos à presidência não tinham acesso à televisão e outras mídias – tal como durante os últimos 16 anos.
Para elevar a sua voz contra a fraude, seis candidatos de oposição à presidência – Andrei Sannikov, Vladimir Neklayev, Rygor Kostusiov, Yaroslav Romanchuk, Vitaly Rymashevsky e Nikolay Statkevich – apelaram às pessoas se reunir na Praça Kastrychnitskaya (Praça de Outubro) em Minsk, em 19 de Dezembro às 20h:00.
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Em 20h00 já havia 40 mil pessoas reunidos na praça. As unidades especiais da polícia invadiram a sede da campanha de Vladimir Neklayev e apreenderam os alto-falantes, para que estes não pudessem ser usados na praça. O próprio candidato foi espancado e levado fora da sede em uma ambulância.
Os candidatos da oposição anunciaram perante as pessoas que de acordo com a pesquisa independente na boca – de – urnas, Lukashenka obteve apenas 31 % de votos em todo o país. Ele perdeu as eleições e deveria disputar uma segunda volta.
Em 20h00 já havia 40 mil pessoas reunidos na praça. As unidades especiais da polícia invadiram a sede da campanha de Vladimir Neklayev e apreenderam os alto-falantes, para que estes não pudessem ser usados na praça. O próprio candidato foi espancado e levado fora da sede em uma ambulância.
Os candidatos da oposição anunciaram perante as pessoas que de acordo com a pesquisa independente na boca – de – urnas, Lukashenka obteve apenas 31 % de votos em todo o país. Ele perdeu as eleições e deveria disputar uma segunda volta.
As pessoas estavam gritando "Vá embora!", "Exigimos eleições livres!", "Nova eleição sem Lukashenka!"
Centenas de manifestantes se aproximaram à entrada do edifício do Governo e bateram nas portas. As janelas do edifício foram barricadas com armários. Os armários foram colocados lá pelas unidades especiais da polícia.
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De acordo com testemunhas, os policiais usavam os aparelhos de choques eléctricos. Além disso um gás desconhecido foi usado contra os manifestantes.
À seguir, os milhares de soldados de forças especiais saíram por de trás do edifício do Governo e começaram a espancar os manifestantes. Dez camiões militares saíram da praça, centenas de pessoas foram espancadas e "embaladas" dentro daqueles camiões.
O candidato à presidência Andrei Sannikov foi empurrado ao chão e espancado. Quando ele e a sua esposa estavam prestes a se dirigir ao hospital, o seu carro foi parado. Sannikov foi mais uma vez arrastado e espancado. No fim, ele foi levado ao centro de detenção da KGB, a sua esposa Irina Khalip foi empurrada para outro carro. Durante a detenção a polícia bateu a sua cabeça contra o vidro, ela foi levada ao centro de detenção na Okrestina (ler mais detalhadamente e ver as fotos).
A Praça de Independência foi cercada por camiões com os militares. Os soldados equipados com coletes e capacetes formaram uma corrente impedindo as pessoas de se aproximar do edifício de Governo, enquanto as unidades especiais da polícia estavam espancando e prendendo os manifestantes. Depois as forças especiais bloquearam a avenida para que ninguém pudesse sair para a rua novamente.
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Informações sobre prisões e detenções vinham durante a noite inteira: Vladimir Neklayev foi detido no hospital, o líder do Partido Unido Civil Anatoly Lebedko foi detido em sua casa.
Ler em ingles & ver fotos:
http://charter97.org/en/news/2010/12/20/34834
Às 4h40 de manha do dia 20, o escritório da página charter97.org foi invadido à força pela KGB e a conexão com a página temporariamente interrompida. A editora, Natalya Radzina, conseguiu mandar uma única mensagem “Todos estamos presos pela KGB.” De momento, não existem as informações sobre o seu paradeiro, assim como de outros voluntários que trabalharam para a página naquela hora (ler mais).
Blogueiro
É impossível não pensar sobre a fortíssima semelhança dos acontecimentos actuais em Belarus com aquilo, que ditadura do Pinochet perpetuou no Chile. Só que na matéria de brutalidade e cinismo, o ditador Lukašenka ultrapassa claramente o seu homólogo latino-americano…
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