domingo, maio 31, 2015

A vida da Ucrânia ocupada em fotografias

A vida do jovem africano está fora do perigo, os "militantes antifascistas" estão de bom humor e apenas pretendem tirar uma divertida foto de cariz "antinazi"...
A vida é mais forte do que tudo o resto, e como tal, existe a vida nos territórios da Ucrânia ocupada, nas ditas “repúblicas populares”, conhecidas pelas siglas de dnr/rpd e lnr/rpl. No momento em que na frente da batalha nota-se uma relativa calmaria, e o cidadão médio tem a memória curta, muitos pensam: “há duas semanas sem combates, então estamos em paz”. 

Os moradores de Donetsk contam que os separatistas se tornaram menos histéricos e menos nervosos. Por exemplo, eles já não andam à caça dos “corretores de fogo”, que alegadamente estavam espalhar os “sinalizadores eletrónicos”. Anteriormente todos eram o alvo da suspeição terrorista, mas principalmente, vocês vão se rir, os ciclistas.   
Os alunos das escolas receberam as prendas: t-shirts com símbolos soviéticos e alguns doces...
Os separatistas não têm nada para fazer, e por isso telefonam aos ucranianos, que conheceram nos seus cativeiros e perguntam:

Então, quando é que começa o 3º Maydan?
Vós venceremos e logo iremos para Kyiv. Mas vocês dificultam as coisas, que praga. 

Este diálogo é real, no último ano muitos estabeleceram este tipo de contactos, graças à troca dos prisioneiros. 
Placa numa loja de Luhansk: "não deixamos os cigarros à noite, não percam o tempo"
Luhansk: "Materiais de construção e ferramentas não temos. Não temos nada de valor"
A polícia nas ditas “repúblicas populares” é bastante parecida com a velha polícia ucraniana, pois é a mesma. Eles não andam atrás dos criminosos reais, e nem tocam nas pessoas em fardamentos camuflados, para não levar com a bala. 
Arte monumental à soviética...

De tempo-à-tempo nos territórios ocupados se dão as explosões fortíssimas, parecidas com as explosões dos depósitos de munições. Matam apenas os russo-terroristas, não afetando os bairros residenciais, por isso não são alvo de nenhuma divulgação. São obras das unidades insurgentes ucranianas e da artilharia de longo alcance e de altíssima precisão.


Os separatistas permanentemente contam as estórias: num determinado sítio atiraram contra eles um pacote explosivo, no outro abateram a sua patrulha. Por vezes surgem os sentimentos locais de pânico, após uma ação ucraniana na sua retaguarda, os separatistas pensam, que chegou o seu fim, começou a ofensiva ucraniana. Mas ofensiva não começa e eles rapidamente se acalmam...
"Luhansk é Ucrânia"
DNR são cabrões - escumalha armada! DNR - feiosos.
Os patriotas ucranianos espalham pela cidade os cartazes pró-Ucrânia, deixam as frases antiterroristas nos locais públicos.
"Ucrânia Unida!"
 
Os “intelectuais” da dnr/rpd se dedicam à dilação. O jornalista de Donetsk, Oleg Podoprikhin, que trabalhou e talvez continua à trabalhar para o canal televisivo ucraniano “Inter”,  colocou no seu FB as fotos dos jornais da parede, feitas numa escola de Donetsk, dedicados à II G.M., com o símbolo de papoila, ou seja, um símbolo “ucraniano”. O “jornalista” escreve: “publico especialmente para o MGB (a secreta dos terroristas) e para o Ministério de Educação”. (E nos dissemosa guerra irá terminar um dia, mas não deveremos esquecer os canalhas).
Oferta de alimentos no bazar: os preços em UAH e alguns em UAH e rublos...
Nas lojas e no bazar há muita mercadoria russa que é cara e de má qualidade (na sociedade ucraniana existem duas visões antagónicas sobre esta questão: bloquear a fronteira totalmente e não permitir a penetração dos fornecimentos ou continuar o comércio com os territórios ocupados. Ambas apresentam argumentos válidos e ambas possivelmente são válidas, dependendo do futuro real dos territórios ocupados).
Vodka barata: a arma de eleição dos ocupantes
Todos os moradores das “repúblicas populares” são salvos apenas pela Ucrânia, para onde eles viajam para comprar a comida boa e mais barata, para comprar os medicamentos, receber as pensões, usar os ATM, fazer os exames nas universidades e resolver outras situações que não conseguem tratar nas “repúblicas imaginárias”. Ninguém queima os documentos de identificação ucranianos, pois é a única possibilidade de receber os frutos da civilização, por vezes é a única maneira de sobreviver, principalmente para os reformados.
Fila de viaturas para entrar na Ucrânia, arredores de Horlivka
O emprego formal é muito raro, fora da colaboração com as estruturas dos ocupantes e sem precisar de correr, de um lado para outro, com a pistola automática ao pescoço. Mesmo o emprego não garante o salário, alguns trabalham no esquema “comida pelo trabalho”.
"Ação!!! Na entrega do metal, a oferta é de um cabaz alimentar.
PARTICIPA E GANHA!"
A ajuda humanitária da fundação do Rinat Akhmetov continua à chegar até Donetsk. A “ajuda humanitária” russa só é vista nos armazéns, ela não é distribuída às populações.
As cidades de Donetsk e Luhansk recebem uma certa atenção da administração dos ocupantes, mas as pequenas vilas e cidades estão desesperadas, entrando na idade de pedra e na auge do apocalipse. Por exemplo, os pontos de receção e reutilização do metal, pagam a mercadoria entregue em alimentos. O metal é depois usado nas fábricas que pertencem ao Rinat Akhmetov...
Cabaz alimentar da ajuda humanitária do Rinat Akhmetov
Embora Akhmetov fechou em Donetsk a sua rede dos supermercados “Brusnitchka”, muitos outros negócios na região continua nas suas mãos. As forças russo-terroristas não interferem com o poder dos oligarcas locais, pelo contrário, os defendem. O poder civil continua nas mãos dos antigos burocratas que foram colocados nos seus postos pelo regime ucraniano deposto, eles prestam a vassalagem aos mesmos oligarcas. Os simplórios da dnr/rpd e lnr/rpl morrem no terreno e rasgam os cús na Internet unicamente para lhes garantir a mão de obra barata, as matérias-primas e a possibilidade de continuar com os esquemas que no passado lhes rendiam os biliões. 

Os moradores de Donetsk provam com as suas fotos que a cidade está praticamente deserta, apesar das tentativas dos propagandistas russo-terroristas de provar que “Donetsk está cheia de vida”. Quem podia foi embora, muitos para Ucrânia, os restantes tentam não sair às ruas sem uma real necessidade. Para tentar demostrar a alegada vida “pujante” sob a sua ocupação, os ocupantes fotografam os mercados, os nós de transporte ou festas com a entrega gratuita da comida.  
A casa de câmbio e casa de penhoras protegidas pela barricada dos sacos de arreia...
Fonte e 50 fotos:
http://pauluskp.com/news/64ee33bdc

3 comentários:

Anónimo disse...

Deve cortar a ligação dos territórios ocupados com a Russia. Isto já deveria ter sido feito. E necessário destruir caminhos de ferro, pontes e estradas. Talvez tb cabos de eletricidade. Isso e necessário pq vai isolar a região da Russia. Como isso os terroristas e ocupantes não terão meios de fornecer armamentos para os mercenários terroristas.

Anónimo disse...

Concordo! E sendo assim, pq os moradores dessa área não migram de vez p Ucrânia?? Lógico q daki não teremos nunca a real noção da realidade ali presente, mas nesse meio tbm não estão aqueles q aplaudem os terroristas e insultaram os soldados capturados??
Q amem a Ucrânia ou deixem-a!!

Jest nas Wielu disse...

Cerca de 1 milhão dos moradores de Donbas foram para Ucrânia, alguns foram para fr; existe gente que não pode sair pk tem, por exemplo, ao seu cargo, velhos não transportáveis, outros realmente acreditam na propaganda russo-separatista; além disso, os russo-terroristas dificultam a saída das pessoas de Donetsk e Luhansk, pois estes são considerados por estes como escudos humanos. Veja o vídeo em que o terrorista "Givi" e um terrorista anónimo russo andam na estação de caminhos-de-ferro à caça dos "voluntários", as mulheres lhes respondem: "se você não tiver arma, eu lhe dizia umas verdades":
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=WJEil5MpR84