quinta-feira, fevereiro 06, 2020

Sobrevivendo os horrores do cativeiro russo-separatista do leste da Ucrânia

A fotógrafa Zoya Shu, registou fotos de ucranianos que foram capturados nos territórios de Donetsk e Luhansk, controlados pela Rússia. Suas fotografias testemunham os horrores infligidos às pessoas comuns pelos grupos terroristas dnr / lnr” controlados pelo Kremlin.
Dmytro Kluger é um judeu ucraniano e ex-morador de Donetsk. Ele era civil quando foi capturado. Em cativeiro, tentou cometer suicídio para evitar denunciar os voluntários ucranianos sob tortura repetida. Foto: Zoya Shu
Shu não apenas tira fotos dessas pessoas, mas também conta suas histórias na sua página WEB, que é constantemente atualizada. A última troca de prisioneiros entre Ucrânia e os separatistas de Donetsk e Luhansk ocorreu em 29 de dezembro de 2019, então a fotógrafa está atualmente negociando sessões de fotos com os prisioneiros que voltaram recentemente para casa.
Volodymyr Zhemchuhov passou um ano em cativeiro separatista antes de ser libertado numa troca de prisioneiros. Ele usa a Ordem da Estrela Dourada na sua jaqueta. Ele perdeu as duas mãos numa explosão de uma mina e foi capturado pelos separatistas apoiados pela Rússia. Foto: Zoya Shu
Entre os heróis do projeto fotográfico chamado Depois do cativeiro, existem vários prisioneiros conhecidos, o artista Serhiy Zakharov, que desenhou caricaturas dos líderes proxy russos e os pendurou nas ruas de Donetsk, e Volodymyr Zhemchuhov, que perdeu sua visão e ambas as mãos quando ele pisou em uma mina terrestre durante uma missão de combate e depois foi capturado por mercenários russos. Além disso, Shu conta as histórias de pessoas comuns que foram mantidas prisioneiras por várias horas ou dias. Essas pessoas não foram oficialmente trocadas, mas muitas vezes foram libertadas graças a uma feliz coincidência, relações interpessoais, pagamento do resgate, etc. Todas elas foram forçadas a lidar sozinhas com as memórias e as provações de seu cativeiro.
Tetiana Borysenko segura a bandeira ucraniana, que secretamente conseguiu esconder dos separatistas liderados pela Rússia durante o seu cativeiro. Carrega as assinaturas de 12 pessoas, com quem ela foi presa. Borysenko foi voluntária médica no Batalhão Aydar e foi capturada em setembro de 2015. Foto: Zoya Shu
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Bohdan, ex-residente civil de Donetsk demonstra uma suástica, feita pelos separatistas nas costas durante seu cativeiro de 10 horas em 24 de maio de 2014, depois que ele foi levado por homens armados de seu local de trabalho. Eles também arrancaram suas duas unhas, que mais tarde cresceram naturalmente. Bohdan recorda os seus atormentadores discutindo que ele não deveria ser deixado vivo após disso, a fim de não deixar que suas ações fossem vistos aos olhos do público. A maioria das pessoas que foi alvo de torturas físicas severas não foi deixada viva após o cativeiro separatista. Foto: Zoya Shu

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