Em quando uma parte dos
observadores internacionais não consegue ver as falsificações do processo
eleitoral ucraniano, o Comité dos Eleitores da Ucrânia (http://cvu.dn.ua) exemplifica a tecnologia prática
destas falsificações.
Os observadores do CVU executavam o controlo paralelo de número dos
votantes que apareceram nas assembleias de voto, usando para o efeito o
aparelho mecânico (na foto em cima). A metodologia do controlo se baseia na
comparação de dados dos observadores e dos dados oficiais das assembleias. O
estudo não regista as próprias falsificações, mas é uma espécie de controlo
cívico sobre as atividades das comissões eleitorais.
O que segue são os
dados da assembleia de voto № 41 do círculo uninominal № 141601 na província de
Donetsk (leste da Ucrânia, burgo do Yanukovych e do seu Partido das Regiões).
O número real dos
votantes (pela contagem do CVU) é de 998
eleitores (47,9% de todos os eleitores registados). O número de votos pelos
dados oficiais é de 1543 (74% de todos os eleitores registados). Ou seja, a
diferença é de 545 eleitores. Os observadores informam que após a abertura das
urnas para a contagem dos votos no local foi cortada a eletricidade, tudo por
volta das 20h40 do dia 28 de outubro de 2012. O local ficou sem a luz durante
cerca de 5 minutos.
Durante este período no
local aconteceu uma cena parecida com esta:
Pelos dados oficiais da
Comissão Central de Eleições a percentagem dos votantes do círculo uninominal №
141601 foi de 76,87% na mesa de votação № 41; 59,89% na mesa de votação № 42; 53,73%
na mesa №43; 72,64% na mesa №44 e 69,39% na mesa № 45, informa CVU.org.ua
Mais violações do
processo eleitoral ucraniano são registadas aqui:
Bónus
É claro que os
observadores internacionais que permanecem na assembleia do voto por uma – duas
horas não podem detetar este tipo de falsificações. Genericamente, eles se
parecem com aqueles escritores ocidentais que visitavam a URSS nos anos 1920-1930
e após falarem com agentes do NKVD devidamente instruídos e escolhidos voltavam
ao Ocidente convencidos do que o povo soviético vivia "razoavelmente livremente". Para
não se surpreender com as futuras Líbias e Egiptos, a UE deveria deixar de
fazer o acompanhamento eleitoral “para o ditadores verem” e passar a escrutinar
o processo até a contagem do último voto e apuramento dos resultados
definitivos.
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