quarta-feira, agosto 15, 2012

Libertar Pussy Riot


As rainhas momentâneas da performance, jovens provocadoras, parecidas com as suas irmãs ucranianas da FEMEN, as mulheres do grupo punk Pussy Riot devem ser libertadas pelo bem de nos todos.

Até agora a sua libertação foi pedida pelos 121 deputados do Bundestag alemão que representam todos os quadrantes políticos do país. Na sua carta entregue ao embaixador russo na Alemanha os deputados pedem a libertação da banda, baseando-se no 10° artigo da Convenção Europeia da Defesa dos Direitos do Homem e no 44° artigo da Constituição da Rússia que prevê o respeito pela liberdade de expressão e pela liberdade da criação artística.  

Entre o mundo da música e do cinema, a libertação das Pussy Riot é pedida pela Madonna, Patti Smith, Peter Gabriel, Sting, Yoko Ono, fundador dos The Who Peter Townshend, Jarvis Cocker dos Pulp, Neil Tennant dos Pet Shop Boys, Alex Kapranos dos Franz Ferdinand e Johnny Marr dos The Smiths. O proeminente jazzista finlandês Iiro Rantala cancelou os seus concertos na Rússia em protesto contra a prisão e perseguição judicial do grupo, a libertação também é pedida pelos atores Stephen Fry, Danny De Vito e Elijah Wood.  

O julgamento será monitorado pela deputada britânica Kerry McCarthy do governo – sombra do Partido Trabalhista. O Embaixador dos EUA na Rússia McFaul manifestou a sua preocupação pública pelo andamento do processo e o Comissário alemão dos Direitos Humanos, Markus Löning pediu a libertação do grupo.

A Amnistia Internacional considera Pussy Riot como as prisioneiras da consciência.

O julgamento pode ser seguido no twitter em @RusPoliceWatch,@gruppa_voina e @freepussyriot

Realmente é chocante saber que as meninas que dançaram em silêncio numa igreja podem passar até 3 anos na cadeia, quando os carrascos da NKVD responsáveis pelas inúmeras mortes nos GULAGes soviéticos continuam a receber as suas pensões bonificadas, glorificando o regime totalitário comunista, responsável pelos inúmeros genocídios de milhões de cidadãos da União Soviética.

Pior neste quadro só fica a Igreja Ortodoxa Russa (IOR), que entre a colaboração com KGB no passado recente e a exibição desenvergonhada dos luxos no presente, não sente nenhum pingo de misericórdia e compaixão pelas “pecadoras” que já pediram desculpas pelos seus atos. Sentimentos nobres partilhados pelas pessoas do bem de todas as fés e religiões genuínas e pelos vistos desconhecidos pela liderança da IOR.

Não esquecer que o dia 17 de agosto é o Dia Internacional pela libertação das Pussy Riot. Cada um de nós poderá criar a sua própria maneira de manifestar a nossa posição e pedir que o grupo seja posto em liberdade o mais rapidamente possível.

Seguir o processo de perto:     
http://freepussyriot.org

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