As rainhas momentâneas da
performance, jovens provocadoras, parecidas com as suas irmãs ucranianas da
FEMEN, as mulheres do grupo punk Pussy Riot devem ser
libertadas pelo bem de nos todos.
Até agora a sua
libertação foi pedida pelos 121 deputados do Bundestag alemão que representam todos
os quadrantes políticos do país. Na sua carta entregue ao embaixador russo na Alemanha
os deputados pedem a libertação da banda, baseando-se no 10° artigo da
Convenção Europeia da Defesa dos Direitos do Homem e no 44° artigo da
Constituição da Rússia que prevê o respeito pela liberdade de expressão e pela liberdade
da criação artística.
Entre o mundo da música
e do cinema, a libertação das Pussy Riot é pedida pela Madonna, Patti Smith, Peter
Gabriel, Sting, Yoko Ono, fundador dos The Who Peter Townshend, Jarvis Cocker dos
Pulp, Neil Tennant dos Pet Shop Boys, Alex Kapranos dos Franz Ferdinand e Johnny
Marr dos The Smiths. O proeminente jazzista finlandês Iiro Rantala cancelou os
seus concertos na Rússia em protesto contra a prisão e perseguição judicial do
grupo, a libertação também é pedida pelos atores Stephen Fry, Danny De Vito e Elijah Wood.
O julgamento será
monitorado pela deputada britânica Kerry McCarthy do governo – sombra do
Partido Trabalhista. O Embaixador dos EUA na Rússia McFaul manifestou a sua preocupação
pública pelo andamento do processo e o Comissário alemão dos Direitos Humanos, Markus
Löning pediu a libertação do grupo.
A Amnistia
Internacional considera Pussy Riot como as prisioneiras da consciência.
O julgamento pode ser
seguido no twitter em @RusPoliceWatch,
@gruppa_voina
e @freepussyriot
Realmente é chocante saber
que as meninas que dançaram em silêncio numa igreja podem passar até 3 anos na
cadeia, quando os carrascos da NKVD responsáveis pelas inúmeras mortes nos GULAGes
soviéticos continuam a receber as suas pensões bonificadas, glorificando o
regime totalitário comunista, responsável pelos inúmeros genocídios de milhões
de cidadãos da União Soviética.
Pior neste quadro só
fica a Igreja Ortodoxa Russa (IOR), que entre a colaboração com KGB no passado recente
e a exibição desenvergonhada dos luxos no presente, não sente nenhum pingo de
misericórdia e compaixão pelas “pecadoras” que já pediram desculpas pelos seus
atos. Sentimentos nobres partilhados pelas pessoas do bem de todas as fés e religiões
genuínas e pelos vistos desconhecidos pela liderança da IOR.
Não esquecer que o dia
17 de agosto é o Dia Internacional pela libertação das Pussy Riot. Cada um de
nós poderá criar a sua própria maneira de manifestar a nossa posição e pedir
que o grupo seja posto em liberdade o mais rapidamente possível.
Seguir o processo de perto:
http://freepussyriot.org
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