É com tranquilidade que ucraniano Vasyl Valer
(33), recorda o dia 11 de Maio de 2011, em que salvou, com risco da própria
vida, dois banhistas brasileiros de morriam afogados na Praia da Rocha em
Portugal. “Faria o mesmo hoje, sem hesitar”, garante.
por: Ana Palma / foto: Miguel Veterano Junior
Apesar de não ser grande
nadador e de estar içada a bandeira vermelha, o cozinheiro ucraniano lançou-se
à água com um amigo, Alex, mal soube que estavam três jovens de cerca de 15
anos em perigo, na zona poente do miradouro. “Um saiu da água pelos próprios meios,
mas os outros estavam aflitos, com as ondas a empurrá-los contra as rochas.
Tirei um da zona perigosa e o Alex levou-o para a praia. Mas o outro fui
buscá-lo ao fundo do mar”, lembrou.
Durante meia hora, já sem forças para
nadar, Vasyl conseguiu segurar o rapaz, que tremia, junto às pedras do molhe,
até à chegada de socorro. Ficou muito ferido nas pernas e esteve “um mês sem
poder trabalhar”.
Dos jovens que salvou, nada mais
soube. “Que Deus o ajude!”, foi o único agradecimento que recebeu, na altura,
da mãe de um deles. “Eu não esperava reconhecimento. Mas lamento que a
embaixada ucraniana não me tenha dito nada, depois de a notícia ter saído no Correio
da Manha”, disse.
Foi, aliás, pelo CM, que leu na Net,
que a mãe do herói soube do sucedido: “Ela chorou e disse--me que eu podia ter
morrido”. Há 11 anos no Algarve, que escolheu por ter lá um amigo, Vasyl -
filho e irmão de agricultores – quer continuar por cá e a cozinhar. Nos tempos
livres, dedica-se à “pesca e a ver futebol”.
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