quinta-feira, outubro 30, 2008

Rússia pode se transformar no lugar vazio

Zbigniew Brzeziński é um dos mais influentes representantes da elite política americana. Dono de uma inteligência exemplar, ele é conhecido por saber determinar extremamente bem os pontos fracos dos seus oponentes. Entre 1977 e 1981 Brzeziński era o Conselheiro de Segurança Nacional do presidente americano Jimmy Carter, apoiando activamente a guerrilha afegã, que lutava contra a invasão soviética.

Brzezinski é conhecido pela sua posição intervencionista (hawkish) em política externa, em uma época na qual o Partido Democrata tendia de modo crescente ao isolacionismo (“dovish”). Zbigniew Brzezinski compreende todas as línguas eslavas (!), embora só se expressa em inglês e polaco.

Entrevista que se segue, foi dada pelo Zbigniew Brzezinski ao jornal russo Komsomolskaya Pravda.

- Interessante de se reunir com o mais famoso dos nossos inimigos. Especialmente se o inimigo é esperto.
- É isso mesmo. Mas uma má ideia é aumentar o número de inimigos, por exemplo, como gosta de fazer o vosso Primeiro – Ministro Putin.

- Sr. Brzezinski, a sua antipatia para com os russos é devido às suas genes polacas?
- Não sinto animosidade para com os russos. Entre os russos há muita gente boa. Eu admirava a notável jornalista Anna Politkovskaya. Ela tinha uma maravilhosa dádiva da empatia para com os «alheios», os estranhos. Eu respeito profundamente Solzhenitsyn, embora nos últimos anos, ele estava inclinado para o nacionalismo. [...]

- Em 1997, no seu livro «Grande tabuleiro de xadrez» (The Grand Chessboard: American Primacy and Its Geostrategic Imperatives, New York: Basic Books, ISBN 0-465-02726-1, livro foi traduzido e publicado em 16 línguas), a Rússia é chamada do «buraco negro», além disso você afirma que a Rússia não está enfrentar qualquer escolha geopolítica, mas apenas a sua própria sobrevivência. Você mudou do seu ponto de vista?
- Eu descrevi a realidade que existia na altura. A dissolução da União Soviética criou um vácuo geopolítico (se você não gostar da palavra «buraco»), o espaço, que foi incapaz de sustentar a sua existência entre a China e a Europa. A situação melhorou desde então, a Rússia recuperou a sua economia e a estabilidade política. Mas a principal conclusão à que eu cheguei então, continua correcta: a Rússia não pode alcançar o sucesso no seu futuro e a prosperidade para os seus cidadãos, sem o estreitamento das relações com a Europa. Caso isso não aconteça, (o país) irá se transformar num espaço vazio. A crise demográfica é séria, vossa gente envelhece. Ao lado segue-se o dramático crescimento da China. Mas vocês não podem aproximar-se a Europa, pois ainda se consideram como um império. Refiro-ma às palavras de Medvedev sobre a zona privilegiada de interesses russos.

- Você acredita que não temos esse direito? Mas os EUA também têm a sua zona privilegiada.
- Esse não é o caso. Aceitamos a existência de Cuba comunista, não estamos se opor à chegada dos vossos navios e aviões a Venezuela. No entanto, vocês não gostam dos nossos navios no Mar Negro. Vocês tem de se livrar de sua mentalidade. No século XXI não existem nenhumas zonas privilegiadas.

- No seu livro, você propôs dividir a Rússia em três partes: a parte europeia, a da Sibéria e a do Extremo Oriente ...
- Você está deturpar as minhas palavras. Eu estava falando sobre outra coisa. Rússia não será capaz de crescer, devido à extrema centralização – todas as decisões são tomadas em Moscovo. Como resultado, o resto do país se desenvolve lentamente. Eu disse que se na Rússia for criada a comunidade de repúblicas russas com centros no Extremo Oriente, na Sibéria e em Moscovo, todas essas regiões teriam uma posição muito melhor e seriam capazes de cooperar activamente com os seus vizinhos. Por exemplo, o Extremo Oriente na nova descentralizada Rússia seria capaz estabelecer a cooperação mais séria com os (seus vizinhos) ricos – China e Japão. Rússia Ocidental podia cooperar com os países nórdicos. Se os EUA forem centralizadas como a Rússia, nós nunca teríamos tido a Califórnia e Nova Iorque. A elite burocrática da capital gosta de parasitar (à custa) das regiões provinciais. Olhem para o que está acontecendo no vosso Extremo Oriente!

- Sou do Extremo Oriente, da cidade de Khabarovsk.
- Eu conheço o Khabarovsk. Olhe para as cidades russas e para as cidades chinesas de ambos os lados do rio. Que nível de vida diferente! Vocês tem multi – milionários em Moscovo, que colocam o seu dinheiro em Londres, no Chipre, nas Ilhas Caimão. Eles não investem no desenvolvimento (das cidades como) Vladivostok e Khabarovsk. E o que está acontecendo lá? As pessoas abandonam (a região) ou morrem. Infelizmente, vocês têm uma tendência para considerar qualquer crítica como hostil. Vocês deveriam se livrar deste complexo.

- Você acha que mais cedo ou mais tarde, o Extremo Oriente será chinês?
- Se o espaço é vazio, pergunte-se há quanto tempo ele permanecerá vazio? Olhem para o mapa e comparem o tamanho da Ásia russa e não russa. O lado russo é tão grande como o resto da Ásia. E quantas pessoas lá vivem? Um total de 35 milhões de pessoas comparados com 3,5 – 4 bilhões do outro lado. Existe uma China forte, com estradas e cidades, como na América. Aumenta o desenvolvimento na Índia, promete o Irão. Se a Rússia será capaz de canalizar para o seu Extremo Oriente e a sua Sibéria o investimento e os fluxos de imigração, bem, então vocês terão o futuro. Vocês tem gente talentosa, um forte sentimento de identidade nacional, mas os vossos antigos esquemas imperiais isolam vós e criam uma situação em que todos os vossos vizinhos não gostam da Rússia e têm medo dela.

- O que você acha das políticas provocadoras dos EUA e da NATO para com a Rússia? Refiro-me à tentativa de expansão da NATO para a Ucrânia, cuja metade da população é orientada para com a Rússia, bem como a implantação de sistemas de escudo anti – míssil na República Checa e na Polónia.
- Metade da população da Ucrânia fala russo, mas isso não significa que eles se vêem como russos. 85% dos cidadãos (ucranianos) apoiaram a sua independência. Ao falar da NATO: mesmo o pró - russo de Yanukovich há sete anos atrás avançou com a ideia de se filiar na Aliança. Mas é verdade que a maioria das pessoas (na Ucrânia) não concordou com a ideia de aderir à NATO. E esta é uma das razões pela qual o país não será convidado. Existe uma diferença entre a Ucrânia e os países bálticos. Porque eles estão na NATO? Porque eles queriam isso tão desesperadamente. Estes países têm as memórias históricas amargas de ocupação soviética. NATO lhes dá uma sensação de segurança. Quando Ucrânia mudar de ideia, será admitida (na NATO). A NATO não é dirigida contra a Rússia. Com relação ao sistema anti - míssil, eu sou muito crítico, considero a ideia como prematura. Mas eu também preciso de dizer que o sistema é tão limitado que absolutamente não pode impedir um ataque nuclear russo. Mas o que vocês disseram aos polacos e checos? Se você colocarem os mísseis (no vosso território), nós apontaremos contra vós o nosso arsenal nuclear. Como resultado, eles concordaram imediatamente de receber o sistema anti - míssel. As vossas tácticas ruins activaram a opinião pública nestes países contra os russos.

- Vamos conversar sobre as eleições. Como será o mundo pós – Bush e que mudará na política externa dos EUA, especialmente no que diz respeito à Rússia?
- A grande diferença das eleições americanas e as russas é que nos ainda não sabemos quem será o vencedor. Em termos de futuro da política externa dos EUA, não creio que entre Obama e McCain haverá uma diferença substancial. Ambos querem uma relação estável com a Rússia. Enquanto falamos do conflito russo – georgiano, McCain tem ido longe demais nas suas afirmações, Obama foi mais cauteloso.

- Você é o conselheiro do Obama?
- Eu apoio-o, mas não faço parte de sua equipa. Eu queria ser livre da disciplina de sua campanha eleitoral para dizer às coisas que são contrárias aos seus pontos de vista, por exemplo, sobre a questão do Afeganistão.

- Você chamou a América de única superpotência. Não acha que o mundo está caminhando para a multi – polaridade?
- Sim, algo mudou. Mas não acho que ser a única superpotência significa ditar a sua vontade ao mundo. Essa é a forma como opera Bush – como um ditador. E temos pago um preço por isso no Iraque e possivelmente iremos pagar no Afeganistão. E financeiramente, não estamos mais dominar. Mas não é preciso de se regozijar, porque os factos são os seguintes: somos o centro absoluto da estabilidade mundial. Se o fizermos bem, o mundo será estável. E vice-versa. Veja, por exemplo, o que estava acontecendo no vosso mercado (financeiro).

- Agora você fala maldosamente!
- Acabei de lembrar a realidade! Temos de reconstruir o nosso sistema financeiro e América voltará a ser o centro.

No futuro, poderia surgir um equilíbrio mais justo do poder e então teremos um mundo multi – polar. Mas dizer que agora algum país poderá substituir os EUA como um estabilizador financeiro e político, é totalmente irrealista. Simplesmente este país não existe. A Europa não tem vontade política, a Rússia tem, mas não possui as capacidades económicas e financeiras. Os chineses não querem se revelar muito cedo. Eles são cautelosos e pacientes. E a situação é tal, que nos próximas 10 – 25 anos, os EUA continuarão a desempenhar um papel fundamental na estabilidade global, ou se transformarão no principal problema no caos geral.

Fonte: (fotos da década de 1980, Brzeziński no Paquistão)
http://kp.ru/daily/24190.4/397290

quarta-feira, outubro 29, 2008

Moeda ucraniana a mais bonita do mundo

O dinheiro ucraniano Hryvnia foi escolhido como a nota bancária mais bonita do mundo. O concurso foi realizado na Suíça pelos especialistas do mundo financeiro, na reunião da comissão sobre a estética do Banco Mundial (IFB).
Os especialistas analisaram 50 notas mais populares do mundo. Os critérios para a escolha da mais bela moeda foram não apenas a forma, as cores, os desenhos da moeda e a segurança mas também o sentido histórico das representações nos valores, as personalidades nos valores e a arte, especialmente a arquitectura.

Cinco mais belas notas bancárias do mundo

- 1ª Hryvnia ucraniana
- 2ª dólar australiano
- 3ª euro (comunidade europeia)
- 4ª leão búlgaro
- 5º dólar americano

Fontes:
Jornal Pracia (6310) & http://www.pessoal.utfpr.edu.br/zasycki

segunda-feira, outubro 27, 2008

Secreta ucraniana cria o arquivo digital

Nos finais do mês do Outubro, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), fez o lançamento oficial do seu Centro de Arquivo Digital, que constitui uma base aberta de consulta de acesso simples aos materiais dos arquivos do SBU (fotos, jornais, livros, versões digitais das exibições e apresentações).

O SBU fornece aos interessados as cópias digitais dos documentos expostos, que são arquivados segundo os tópicos específicos: o Holodomor de 1932 – 1933, as actividades da OUN – UPA, as repressões na Ucrânia, o Movimento de Dissidentes, etc.

O endereço do arquivo
Av. Irynynska № 4
Kyiv,
Ucrânia.
Tel. +380 44 255 82 24
Tel +38 044 256 98 32
Fax: +38 044 253 13 86
e-mail: arhivsbu@ssu.gov.ua

Além disso, o SBU criou vários grupos de trabalho sobre os determinados temas históricos, até agora pouco estudados ou que tiveram no passado o tratamento histórico tendencioso pró – soviético, contrariando os interesses nacionais da Ucrânia.

Grupo de Historiadores que estuda as actividades do OUN – UPA
O Grupo é liderado pelo Conselheiro do Porta – Voz do SBU, Sr. Volodymyr Vyatrovych, PhD em História; o seu contacto: + 380 44 239 70 93

sexta-feira, outubro 24, 2008

Parlamento Europeu reconhece o Holodomor

O Parlamento Europeu reconhece a fome artificial na Ucrânia em 1932 – 1933 (o Holodomor), como “um crime chocante contra o povo ucraniano e contra a Humanidade”.

De acordo com a resolução, a tragédia de Holodomor de 1932 – 1933, que causou a morte de milhões dos ucranianos, “foi cinicamente e cruelmente planeada pelo regime de Stalin à fim de forçar a política da União Soviética da colectivização da agricultura contra à vontade da população rural na Ucrânia”. Os parlamentares acreditam que “recordar os crimes contra a Humanidade na história europeia deve ajudar a impedir os crimes semelhantes no futuro”.

A resolução do PE faz consequentemente um “declaração de pesar ao povo da Ucrânia e em particular aos sobreviventes vivos do Holodomor e às famílias e parentes das vítimas”. Essa resolução “reconhece o Holodomor (a fome artificial de 1932 – 1933 na Ucrânia) como um crime chocante contra o povo ucraniano e contra a Humanidade”. O texto também “condena fortemente estes actos, dirigidos contra os camponeses ucranianos, marcados pela aniquilação maciça e as violações das liberdades e dos direitos humanos”. O texto igualmente “expressa a sua simpatia para com o povo ucraniano, que sofreu esta tragédia, e paga os tributos àqueles que morreram em consequência da fome artificial de 1932 – 1933”.

Por última, a resolução “exorta os países que emergiram após a dissolução da União Soviética para abrirem os seus arquivos sobre o Holodomor em Ucrânia de 1932 – 1933 para proceder o exame minucioso e detalhado de modo que todas as causas e consequências pudessem ser reveladas e inteiramente investigadas”.

Essa última passagem pode ser entendida como a resposta indirecta à Rússia, que até agora recusa-se de reconhecer a tragédia do Holodomor, defendendo a tese da “fome natural”, cujas vítimas “eram todos os povos” da Ucrânia.

Fonte:
Parlamento Europeu reconhece o Holodomor

quarta-feira, outubro 22, 2008

Jogo Shakhtar Donetsk – Sporting CP

“Traumatismo ucraniano” espera-se hoje, às 20h45

Hoje, dia 22.10.08 às 21h45, no estádio RSK Olympiyskiy na cidade de Donetsk (Ucrânia), será realizado o jogo entre FC Shakhtar Donetsk (8º no campeonato ucraniano e 3º no grupo de Liga dos Campeões) e o Sporting CP.

O jogo poderá ser visto em directo na televisão TRK Ukraina, a transmissão começará às 21h30 (hora ucraniana), 20h30 em Moçambique e em Portugal.

Só podemos desejar ao Shakhtar a mesma sorte, que ontem teve outra equipa ucraniana, Dynamo Kyiv, que acabou por derrotar o FCP em casa deste. Ou como brincou a televisão pública portuguesa, a RTP, que o Sporting tenha o “traumatismo ucraniano”.

Fonte:
http://shakhtar.com/en

terça-feira, outubro 21, 2008

A imprensa russa na guerra das RP

A imprensa russa têm sido e continua a ser uma arma de guerra de informação (e das Relações Públicas) contra a Ucrânia. E agora, esta qualidade, que não é assim tão nova, mas sempre bem oculta, começa a ser cada vez mais evidente.

Por: Olexiy Bessarabov, «Glavred»
15.10.08 // 13:04

O desenvolvimento rápido da situação do conflito armado russo – georgiano levou à situação em que o Kremlin tropeçou. Bem preparado antecipadamente, e aparentemente sem falhas, a guerra de informação contra a Geórgia deu um erro. O conteúdo, que as mídias russas esperavam de receber dos seus militares durante a guerra era fraco e praticamente não cobriu todas as previsões e expectativas dos estrategos do Kremlin. Durante a evolução da situação, para salvar as honras da casa, a Rússia precisava dos factos que justificariam, em última instância, a agressão contra um estado soberano. E quando se tornou claro que não havia provas, as mídias tinham que mentir.

Uma directriz especial do Kremlin desencadeou a guerra de informação em larga escala contra a Ucrânia. A base de desinformação e manipulação da opinião pública foi a noção de vendas “ilegais” de armas a Geórgia e a participação dos mercenários ucranianos no conflito, ao lado de Tbilisi. Por sua vez, o principal canal de difusão e interpretação da informação “correcta” e “necessária” foram os líderes da imprensa russa. Os seus representantes tinham conhecimento prévio das histórias e acontecimentos sobre os quais deviam informar o público.

É por isso nas reportagens televisivas russas apareciam os separatistas da Abecásia, gritando “Ucrânia! Ucrânia!”, quando estes apreendiam as “armas ucranianas” no Alto do Kodori. Na reportagem de televisão do Ministério da Defesa russo, TV “Zvezda”, o locutor dizia que “na maior parte dos sistemas portáteis de defesa antiaérea os textos são escritos em ucraniano”. Mas quando foram mostradas as inscrições nas armas, efectivamente se viu que o texto era escrito em língua sérvia: «Зa извршење гађања потребно je», que significa «Para efectuar o disparo é necessário».

A imprensa russa também difundia declarações múltiplas e sem o fundamento de diplomatas e altos patentes militares sobre a participação dos ucranianos na Guerra do Cáucaso. Um exemplo é a publicação na revista militar russa “Independent Military Review”, de 19 de Setembro deste ano, do artigo sobre a visita do navio de guerra americano à Sebastopol. A missão dos navios da Marinha dos EUA no Mar Negro foi descrita assim: “O navio “Pathfinder” se atracou na área restrita da marinha ucraniana [...] Segundo a fonte próxima da marinha ucraniana, naquela noite (o navio) foi carregado com a “carga 200”, ou seja os cadáveres de instrutores militares ucranianos e os mercenários que foram mortos durante o conflito na Geórgia”.

Na realidade, o “Pathfinder” estava a participar numa expedição científica conjunta ucraniano – americana, para encontrar o navio soviético “Arménia”, que se afundou durante a II Guerra Mundial no Mar Negro. “Pathfinder” não entrou em nenhum porto georgiano, nem sequer nas águas territoriais georgianas que ficaram sob o controlo rígido da marinha russa. O ponto mais extremo da estadia do navio americano foi a zona do Cabo de Ayu-Dag, na costa sul da Crimeia, sem efectivamente ultrapassar as fronteiras marítimas da Ucrânia. Como podem ver, independentemente dos factos reais, o tema dos mercenários ucranianos foi publicado.

A primeira década do mês de Outubro marcou uma nova série de ataques contra a Ucrânia. O Moscovo apressadamente retornou ao tema do abastecimento do Tbilisi pelas armas ucranianas. O jornal russo “Izvestia”, foi o mais bem sucedido nesta operação de desinformação.

No artigo intitulado: “O presidente Yushchenko vendeu as armas a Geórgia, retirando as da prontidão combativa”, saiu no dia 1 Outubro, exactamente na véspera da reunião da Yulia Timoshenko com o primeiro – ministro russo, Vladimir Putin. O jornal “Izvestia” afirmou que “a Geórgia, desde início, tinha planeado fazer a guerra ofensiva não só contra a Ossétia do Sul, mas também contra a Rússia” e que “todas as entregas de armas a Geórgia se realizaram não só com o conhecimento, mas também com o aval directo do Viktor Yushchenko”, que “conhecia os planos de Mikeil Saakashvili de atacar a Ossétia do Sul” e até “não apenas sabia, mas também apoiava a Geórgia na agressão contra a Ossétia do Sul e como o resultado iminente, contra a Rússia”. O jornal afirma que: “agora existem as provas documentais para considerar (o Presidente) Yushchenko como cúmplice do presidente georgiano na organização do genocídio do povo da Ossétia do Sul”.

Será que essas conclusões são aleatórias? Certamente que não, porque eles se inserem na estratégia global da guerra do Kremlin no espaço da mídia. Privados de base lógica, aparentemente, eles parecem absurdas. Mas o pequeno burguês (russo e não só), não precisa de saber disso.

O “Izvestia” continua a sua ofensiva: “a Geórgia, desde o início, havia planeado de conduzir uma guerra agressiva não só contra a Ossétia do Sul, mas também contra a Rússia. Isto é evidenciado pela aquisição de sistemas de defesa antiaérea. E o vendedor (a Ucrânia), tinha consciência contra quem ele está armando (o Presidente) Saakashvili”. Ao serviço do Kremlin, o “Izvestia” esquece que os sistemas de defesa antiaéreos não são os meios de ataque, mas de defesa.

Em forma um pouco mais subtil o “Izvestia” apresentou ao público o mito dos “mercenários ucranianos”. Com a referência ao parecer de peritos anónimos, o “Izvestia” afirma que os técnicos ucranianos, não só acompanhavam os complexos de mísseis “BUK – M1”, adaptando os às condições locais e à paisagem, mas também os operavam durante os combates no início de Agosto. De acordo com o jornal, na Geórgia, os complexos “BUK – M1” eram ligados por um instante, localizavam o alvo, disparavam e eram desligados imediatamente. Mas as tácticas da acção descrita não são um saber – fazer exclusivamente ucraniano. Pela primeira vez este tipo de “artimanha” foi usada pelos militares soviéticos que se faziam passar pelos vietnamitas na sua luta contra a força aérea dos EUA no Vietname.

No entanto, quando mais absurda parece a mentira, mas fácil torna-se de acreditar nela. Hoje, a liderança russa, apoiada pela imprensa, procura a justificação das suas acções no Cáucaso, ao mesmo tempo tentando resolver uma série de outras questões importantes. Distanciar o Kyiv da NATO e enfraquecê-lo como um concorrente sério no mercado mundial de armamento.

E a imprensa russa é convidada para fazer a sua quota – parte desta cantiga. Este é o papel e as funções que a imprensa desempenha na Rússia actual.

O artigo original em russo:
http://glavred.info/print.php?article=/archive/2008/10/15/130415-9.html

Tradução: YT e JnW

segunda-feira, outubro 20, 2008

Votar nas eleições americanas

É claro, que não podemos votar nas eleições americanas, pois não somos cidadãos dos EUA. Mas e se isso for possível, como votaria o mundo? Vota e veja os resultados nesta página http://www.iftheworldcouldvote.com (até agora apenas 97 moçambicanos ou residentes em Moçambique votaram).

Parece que o “velho soldado” McCain (que eu pessoalmente respeito muito, mas não voto nele), só é popular na Macedónia e mais ou menos popular em Burquina – Fasso, o resto do mundo prefere Obama. E você?

sexta-feira, outubro 17, 2008

Jogo FCP – Dynamo Kyiv

Nesta Terça – Feira, dia 21 de Outubro, a equipa ucraniana de futebol FC Dynamo Kyiv joga em Portugal (Porto), para a Liga dos Campeões com o FC Porto.

A Associação dos Ucranianos em Portugal organiza a viajem dos adeptos ucranianos para assistir o jogo na cidade do Porto, informação adicional pode ser obtida pelo telefone:
+351 968655555 ou acedendo a página da Associação: http://www.ukremigrantpt.ipsys.net

“Vela Inapagável” em Moldova e Sérvia

No dia 29 de Setembro em Moldova teve o lugar a acção internacional “Vela Inapagável”, em memória das vítimas do genocídio perpetuado pelo Kremlin contra a nação ucraniana – Holodomor de 1932 – 1933.

Para assinalar o início da acção, foi celebrada a missa na Igreja Grego – Católica de Sta. Maria na cidade de Chişinău, a tocha simbólica foi passada dos ucranianos da Roménia, aos ucranianos da Moldova. Além disso, as comemorações estenderam-se à aldeia de Ocniţa, situada na fronteira entre a Moldova e a Ucrânia, onde desde 2003 funciona a escola ucraniana (59 alunos e 20 professores).

Os ucranianos presentes na cerimónia ouviram o depoimento do Sr. Ivan Ognystiy, um dos moradores mais velhos da aldeia. Em 1933, Sr. Ivan tinha 13 anos e se lembra de encontrar os ucranianos, que apareciam em Moldova (na altura a Roménia), pedindo pelo menos um pouco de pão...

Ler mais em ucraniano >>>

Na Sérvia as acções comemorativas tiveram o lugar entre os dias 8 à 12 de Setembro. A Sérvia foi a 24º país que acolheu a acção “Vela Inapagável”, sendo a organização do evento partilhada entre as comunidades ucranianas locais e o Conselho Nacional Ucraniano naquele país dos Balcãs.

Ler mais em ucraniano >>>

Fonte:
"A 4ª onda"
Organização Internacional Social dos Ucranianos
Notícias do estrangeiro, 14.10.2008

Emprego para profissionais ucranianos

A empresa WEG Equipamentos Eléctricos procura os profissionais ucranianos graduados em Engenharia Eléctrica e Mecânica para trabalhar em Jaraguá do Sul (Brasil).

Exigências: ser bom técnico em electrónica e mecânica e falar ucraniano.

Contacto:
Maytê Eliza Sell
RH Internacional
Departamento de Recursos Humanos
Tel: (47)3276-7899

WEG Equipamentos Eléctricos (Brasil):
http://www.weg.net/br

terça-feira, outubro 14, 2008

Carta ao presidente Medvedev

Ao Presidente da Federação Russa
Sua Excelência Sr. Dmitri Medvedev


Excelência, Sr. Presidente,

O Congresso Mundial Ucraniano, organismo onde está filiada a nossa organização, está levar a cabo uma campanha internacional em 33 países ao redor do mundo, denominada «Vela inapagável», como parte do 75º aniversário de Holodomor na Ucrânia de 1932-1933. A acção é de natureza exclusivamente pacífica e é conduzida com a permissão expressa dos governos dos países de acolhimento. As actividades principais da acção são: liturgias e réquies comemorativos, vigílias de pesar, dedicadas às vítimas inocentes desta tragédia.

Nomeadamente, a Comunidade Ucraniana em Portugal, com a permissão do governo, que entende a tragédia do Holodomor na Ucrânia, realizou em quatro grandes cidades as actividades pacíficas durante os quatro dias de estadia da «Vela Inapagável» em Portugal.

Vivendo no país – membro da União Europeia, nos temos a plena garantia de preservar a nossa cultura e língua nacional. Tornou-se uma tradição que as autoridades locais, nos cedem gratuitamente as facilidades para celebração dos feriados nacionais ucranianos, locais para os estudos nas escolas sabáticas ucranianas.

Nos também mantemos os laços de afecto e apoio com os ucranianos nos diferentes países de acolhimento, preocupando-se com eles, pois somos um único povo.

Por isso, recebendo inúmeros relatos sobre as violações dos direitos humanos na Rússia, preocupamo-nos com o facto do que os cidadãos da Federação Russa de origem étnica ucraniana são vítimas dos entraves do poder político para o normal desenvolvimento da cultura nacional e da língua ucraniana na Rússia.

E por último: a exigência do Governo russo de proibir a acção pacífica «Vela inapagável» na Rússia, obriga nós a exortar à Vossa Excelência a respeitar os direitos humanos dos ucranianos na Federação Russa. Nomeadamente: o direito dos ucranianos na Federação Russa de manter e desenvolver a sua cultura, tradições e a língua nacional, além do direito de homenagear as vítimas inocentes do regime totalitário soviético dos anos 1917 – 1991 do século passado.

Atenciosamente,
pela Comunidade Ucraniana em Portugal
http://www.ukremigrantpt.ipsys.net

Os ucranianos de Moçambique subscrevem inteiramente a Carta, exigindo que o Estado russo para de violar os direitos constitucionais dos seus cidadãos de origem ucraniana.

“Vela Inapagável” é proibida na Rússia

A acção internacional “Vela Inapagável”, uma iniciativa do Congresso Mundial Ucraniano (SKU), apoiada pelo Presidente da Ucrânia Viktor Yushchenko, que consiste em assinalar o 75º aniversário do genocídio ucranianoHolodomor de 1932 – 33, foi oficialmente proibida na Rússia.

No dia 6 de Outubro, nas vésperas das comemorações do 75º aniversário do Holodomor na Rússia (as acções semelhantes já tiveram ou terão lugar em 29 países do mundo), o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa emitiu uma nota exigindo o cancelamento total das comemorações ou a sua condução “seguido as orientações da Federação Russa”.

Dessa maneira, as comunidades ucranianas da Rússia foram obrigadas a conduzir todas as actividades ligadas às comemorações do Holodomor, dentro do recinto da Embaixada e Consulados da Ucrânia no território russo.

As comunidades ucranianas e os seus líderes foram pressionados ilegalmente pelo poder russo para não participarem nas comemorações do Holodomor, para o efeito as autoridades russas usam as ameaças e a coerção de vários tipos.

Em consequência, as comunidades ucranianas das cidades de Orenburg, Tyumen, Ufa, São – Petersburgo, Krasnodar já disseram que não conseguem resistir a coerção das autoridades e são obrigados de abster-se da participação nas cerimónias alusivas ao Holodomor.

Parece que só em Moscovo, no recinto da Embaixada da Ucrânia, se consegui reunir a comunidade ucraniana para lembrar os milhões de ucranianos, que morreram da fome artificial, planeada, orquestrada e executada pelo Kremlin.

Lembramos que a acção “Vela Inapagável” já passou pela Argentina, Austrália, Brasil, Nova Zelândia, Portugal, mais recentemente pela Grécia, Moldova e Roménia, nos dias 11 – 13 de Outubro deveria passar pela Rússia e ainda passará pelo Kasaquistão, Arménia, Geórgia e terminará na capital ucraniana – cidade de Kyiv.

Nenhum outro país do mundo proibiu aos seus cidadãos e aos ucranianos da Diáspora de se manifestar livremente, recordando a maior catástrofe nacional da Ucrânia. Apenas a Rússia está privar os seus próprios cidadãos do direito de se manifestar livremente ou ter a participação activa nos assuntos da comunidade.

Não se consegue imaginar uma Alemanha a proibir aos seus cidadãos de participar nas comemorações do Holocausto judaico, ou o Portugal a proibir aos angolanos ou moçambicanos de comemorar a independência dos respectivos países.

E embora somos contra a lógica de “olho por olho”, mas será que chegou o tempo, quando o Estado ucraniano deverá desencadear uma operação afirmativa de “limpeza” e verificação à “pente – fino” de todas as organizações e grupelhos pró – russos existentes na Ucrânia? Achamos que, se calhar, não seria, de tudo, uma má ideia...

Klitschko é campeão mundial

No dia 11 de Outubro deste ano, o pugilista ucraniano Vitali Klitschko, venceu nigeriano Samuel Peter e se tornou o campeão mundial de pesos – pesados.

O período de quase quatro anos (1400 dias) fora dos ringues não fizeram efeito em Vitali Klitschko. Neste sábado, o pugilista ucraniano ganhou o título dos pesos pesados do Conselho Mundial de Boxe (CMB ou WBC em inglês), ao superar o Samuel Peter no oitavo assalto. A luta chamou a atenção do público alemão. Ocorrido na cidade de Berlim, o combate teve a presença de 12 mil adeptos.
Devido a problemas no joelho, Klitschko não competia desde o Dezembro de 2004, quando venceu o britânico Danny Williams. Aos 37 anos, ele alcançou a 36ª vitória (34 nocautes) contra apenas duas derrotas.
Vitali é o irmão mais velho de Volodymyr (Wladimir) Klitschko, campeão da Federação Internacional de Boxe, da Organização Mundial de Boxe e da Organização Internacional de Boxe. É a primeira vez que dois irmãos se tornam campeões mundiais na mesma categoria. Porém, eles descartam uma luta entre ambos, para unificação do título.

segunda-feira, outubro 13, 2008

As crianças do Chornobyl...

Estas fotos foram tiradas em Belarus, Ucrânia e Rússia para a Conferência Internacional sobre o Chornobyl, que teve o lugar em Abril de 2006 em Belarus. As fotos foram tiradas pelas próprias crianças vítimas do desastre, este ensaio é a obra fotográfica deles.

Foto do Sasha (Olexandra) Yazhuk.

Mais fotos:
http://www.unicef.org/ceecis/4164.html

sexta-feira, outubro 10, 2008

Guerrilha ucraniana estuda-se em Portugal

A Associação dos Ucranianos de Portugal convida todos os interessados a participar na Conferência dedicada ao 66º aniversário da criação do Exército Insurgente Ucraniano (UPA), que terá lugar no dia 12.10.2008 (Domingo), em Lisboa, no recinto CNAF – LUSIDOM.

Durante a conferência será debatida a Resolução que exorta a Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia e o Presidente ucraniano a reconhecer o UPA como a parte combatente da II G.M., reconhecendo também os combatentes do UPA como os veteranos legítimos da II G.M., tratando a questão das suas reformas, dos monumentos militares, etc.

Endereço:
Lisboa, Rua Grandcamp № 13, 5º andar,
Início às 14:00

Mais informação:
Associação dos Ucranianos em Portugal

Tel. +351 967135885
http://www.ukremigrantpt.ipsys.net/

quinta-feira, outubro 09, 2008

Radiotelescópio da Ucrânia envia mensagens ao espaço

Um telescópio da Ucrânia está enviando nesta quinta-feira centenas de mensagens da Terra para um planeta a 20 anos-luz de distância, na esperança de fazer contacto com vidas extra – terrestres.

O radiotelescópio RT-70, da Agência Nacional Espacial Ucraniana, enviou 501 mensagens – entre fotos, desenhos e mensagens de texto. O equipamento, que fica na cidade de Eupatoria, é normalmente usado para monitorar asteróides.

O planeta Gliese 581C foi escolhido porque cientistas acreditam que ele tem condições de abrigar vida. Os organizadores acreditam que o pacote com mensagens chegará ao planeta Gliese 581C no começo de 2029. Qualquer resposta às mensagens – que foram colhidas através do site de relacionamentos Bebo – só poderão chegar à Terra por mais 40 anos.

A competição – intitulada “Uma Mensagem da Terra” – convidou os 12 milhões usuários para enviar recados para seres extraterrestres. Entre os temas das mensagens estão o meio – ambiente, política, paz mundial e relações familiares. As mensagens foram traduzidas em formato binário. Elas estão viajando trilhões de quilómetros no espaço em ondas de rádio.

Depois de serem enviadas às 9h da manhã (3h no horário de Brasília), o comandante da missão Oli Madgett disse que a mensagem "passou da Lua em 1,7 segundos, Marte em quatro minutos e deixará o Sistema Solar antes do pequeno almoço de amanhã".

Para o astrónomo Seth Shostak, de um instituto da Califórnia que busca vida inteligente em outros planetas, o facto de que os extraterrestres provavelmente não conseguirão entender a mensagem é irrelevante: “O objectivo pode simplesmente ser: bem, nós estamos aqui, nós somos espertos o suficiente para construir um transmissor de rádio”, disse Shostak à BBC. “Então, se alguém está lá fora e receber nosso sinal, eles pelo menos sabem que, na direcção do sistema estelar, deve haver um planeta com algumas coisas bem engenhosas nele.”

Fonte:
Radiotelescópio_da_Ucrânia_envia_mensagens_ao_espaço
Via:

Vela inapagável na Roménia

No dia 27 de Setembro de 2008, a União dos Ucranianos da Roménia, com ajuda dos órgãos romenos do poder local e do Consulado Geral da Ucrânia na cidade de Suceava, organizaram uma série de eventos para recordar o Holodomor ucraniano.

Na praça central de Suceava, em frente do Edifício da Cultura dos Sindicatos, foi celebrada a missa conjunta em memória das vítimas do Holodomor de 1932 – 1933.

Após a missa, teve o lugar o comício, com a participação activa do Cônsul Geral da Ucrânia em Suceava Sr. Yuriy Verbyckiy, os representantes da Embaixada ucraniana no país, políticos e autarcas romenos, representantes da comunidade ucraniana da Roménia.

Outro dos eventos dedicados ao Holodomor, foi a mesa redonda denominada “Holodomor de 1932 – 1933 na Ucrânia – a necessidade de condenação internacional”, que contou com a presença dos representantes do poder local e da sociedade civil romenos, a comunidade ucraniana da Roménia, os estudantes, representantes da imprensa, entre outros. Os participantes na mesa redonda aprovaram a resolução que manifesta a sua solidariedade para com o povo ucraniano nas comemorações do 75º aniversário do Holodomor e exorta o parlamento da Roménia juntar-se às vozes internacionais que já condenaram os crimes do regime estalinista na Ucrânia.

Fontes:
http://www.cons-ua.ro/hronika/hronika.htm
http://www.mfa.gov.ua/mfa/ua/publication/content/20213.htm

quarta-feira, outubro 08, 2008

Ucrânia na Copa do Futsal

No dia 9 de Outubro, às 13h30 (hora de Brasil) – 18h30 (em Kyiv), será jogada a partida entre a Ucrânia e a China no Rio de Janeiro.

A Comunidade Ucraniana do Brasil em apoio a selecção da Ucrânia
Fotos da Federação do Futsal da Ucrânia, http://www.futsal.com.ua

Kiev Modern – Ballet em Portugal

Dia 9 Outubro, às 21h30 no Grande Auditório Europarque.
Bilhetes centrais – 20€, bilhetes laterais – 15€

A companhia «Kiev Modern - Ballet» é uma das companhias de dança mais prestigiadas da actualidade, marcando um antes e um depois na vida cultural da Ucrânia e da Europa graças à sua projecção internacional, com um repertório de obras que definiram com um nome próprio a originalidade de um grande coreógrafo e o altíssimo nível técnico dos seus bailarinos. Todos eles formados numa excelente técnica clássica posta ao serviço da inovação.

O «Kiev Modern – Ballet» é dirigido pelo genial coreógrafo Radu Poklitaru, reconhecido mundialmente pela sua criatividade artística na interpretação de obras clássicas adaptadas à linguagem e ao estilo da dança moderna. Uma produção coreográfica e cénica de autor, marcada por preferências que definem o seu estilo próprio e único.

Mais informações:
geral@produtoresassociados.com
Tel: (+351) 218 444 720
Fax: (+351) 218 444 729
Rua Jorge Castilho, Lote 1613 F, 1º Andar – Escritório “A”
1900-272 Lisboa, Portugal

Fonte:
http://feirakultura.blogspot.com/2008/09/kiev-modern-ballet.html

terça-feira, outubro 07, 2008

Anna Politkovskaya foi assassinada 2 anos atrás

No dia 7 de Outubro de 2006 (dia do aniversário do Putin), na entrada do seu prédio em Moscovo foi assassinada a jornalista e activista dos direitos humanos na Rússia, Anna Politkovskaya.

Os comícios em memória da Anna Politkovskaya tiveram o lugar em Paris, em Moscovo e em várias cidades francesas.

Em Londres, a organização “Frontline Club” entregou o 2º prémio anual “Anna Politkovskaya” à activista de direitos humanos de Afeganistão, Sra. Malai Joya. Crítico dos Talliban e crítico da corrupção no governo do presidente Karzai, Malai Jaya foi expulsa do parlamento afegão, ela recebe as ameaças constantes, por causa destes é obrigada esconder-se permanentemente.

Em São Petersburgo, o município não autorizou o comício no centro da cidade em memória de Anna Politkovskaya, alegando que exactamente na hora escolhida para o efeito, das 19h00 às 21h00, naquele exacto local serão feitas “os trabalhos de melhoramento urbano”...

A delegação da Amnistia Internacional de França começou a acção de 15 dias em memória de Anna Politkovskaya. Em todas as grandes cidades francesas, nos locais públicos, será feita a encenação teatral do assassinato de 7 de Outubro em Moscovo. Os activistas terão os dísticos com o slogan: “Rússia: a liberdade suprimida”.

Veja o filme documental: Аnna Politkovskaya: sete anos na linha da frente.
Veja o filme documental do Eric Bergkraut: Carta para Anna (narradora da versão inglesa é actriz americana Susan Sarandon, narradora de versão francesa é actriz Catherine Deneuve).

Fonte:
http://en.novayagazeta.ru/data/2008/72/02.html

segunda-feira, outubro 06, 2008

Fotos de Tbilisi

Embora qualquer guerra significa a sangue, os mortes e o sofrimento, a última guerra na Geórgia fiz com que o mundo exterior descobrisse este país milenar do Cáucaso. A última fronteira da Europa perante agressividade dos novos bárbaros...

Fotógrafo:
http://shupaka.livejournal.com/214701.html

Nikos Lygeros sobre o Holodomor

O cientista e filosofo grego, docente das ciências de computação na Universidade de Lyon (França), Prof. Nikos Lygeros (Ν. Λυγερός), é conhecido na Grécia e em todo o Mundo. As suas capacidades mentais extraordinários (o seu IQ ou Coeficiente de Inteligência é de 189 pontos, mais alto dos jamais medidos), fazem do Prof. Lygeros a pessoa mais inteligente do nosso planeta.

Mas antes de tudo o Prof. Lygeros é uma pessoa extremamente humana, qualquer dádiva de Deus, acredita ele, deve servir à Humanidade em nome de Justiça superior. Dessa maneira, Nikos Lygeros estuda as questões de ocupação do Chipre, genocídio arménio, além do reconhecimento do Holodomor de 1932 – 33 na Ucrânia, como o genocídio do povo ucraniano.

por: Halyna Maslyuk, Atenas, Grécia

Ligeros: Holodomor ucraniano não começa com as fronteiras de raça, mas as geopolíticas, que ao mesmo tempo tem a base ideológica. Se começarmos estudar como funciona o genocídio do ponto de vista geostratégico, seguindo as oito fazes do Stanton, veremos que sempre é usada a táctica de extermínio à partir do centro [...] Pior é se tornar o imigrante no seu próprio país, quando não tens com quem falar, porque todos (os que te rodeiam) são estranhos e os seus também são estranhos.

[...]

Por isso, quando temos a base ideológica, como no caso do Holodomor ucraniano, então houve a necessidade de transformar o problema de ideológica em geostratégica, para que este (problema) seja compreensível para a sociedade civil.

Fonte:
http://novaxvylya.hmarka.net/ua/archive/2008/novyny89a.htm

Outras entrevistas do Nikos Lygeros (Ligeros):
http://www.lygeros.org/Interviews.php

Ucrânia estreia na Copa do Mundo do Futsal

Ucrânia estreia na Copa com goleada sobre a Guatemala

Brasília (DF) - Em sua estreia na Copa do Mundo, a selecção ucraniana não deu oportunidade para a Guatemala conquistar mais uma vitória na competição e goleou por 6 a 2, em Brasília (DF). A equipe europeia ocupa a vice – liderança do Grupo C, atrás da Argentina, que tem um jogo a mais.

Apesar do elástico placar ao fim do confronto, o primeiro tempo foi equilibrado e os times não permitiram que a rede balançasse mais de uma vez. Aos 13 minutos, Zamyatin fez o primeiro dos ucranianos, fazendo com que a equipe chegasse ao intervalo em vantagem.

Já na segunda etapa, o que se viu na capital brasileira foi uma chuva de golos. Estuardo de Leon empatou para os guatemaltecos aos 22, mas Serhiy Chepornyuk recolocou a Ucrânia na frente dois minutos depois. Na sequência, Yevhen Rogachov fez aos 26 e 29, ampliando.

A Guatemala ainda descontou com Erick Acevedo, aos 35, mas Romanov e Legchanov completaram a goleada europeia, fechando em grande estilo a primeira partida do time na Copa do Mundo. A Guatemala volta às quadras na terça-feira contra a China, enquanto os ucranianos pegam o Egipto na mesma data.

Fonte:
http://www.gazetaesportiva.net/ge_noticias/bin/noticia.php?chid=121&nwid=47185

Fotos:
Embaixador da Ucrânia no Brasil, Sr. Volodymyr Lákomov entre os funcionários da empresa binacional ucraniano – brasileira Alcântara Cyclone Space.

Dia Europeu da Memória das Vítimas do Estalinismo e do Nazismo

No dia 15 de Setembro o Parlamento Europeu aprovou a proposta de instituição do Dia Europeu da Memória das Vítimas do Estalinismo e do Nazismo. A efeméride será comemorada no dia 23 de Agosto, evocando a assinatura do Pacto Germano – Soviético em 23 de Agosto de 1939.
European Day of Remembrance for Victims of Stalinism and Nazism

European Parliament President Hans-Gert Pöttering announced the adoption of the written declaration on the proclamation of 23 August as European Day of Remembrance for Victims of Stalinism and Nazism since it has been signed by more than half of all MEPs (409 out of 785 on 15 September)

The written declaration, put forward by Marianne MIKKO (PES, EE), Christopher BEAZLEY (EPP-ED, UK), Inese VAIDERE (UEN, LV), Zita GURMAI (PES, HU) and Alexander ALVARO (ALDE, DE), proposed that 23 August be proclaimed European Day of Remembrance for Victims of the Crimes of Stalinism and Nazism, in order to preserve the memory of the victims of mass deportations and exterminations while, at the same time, rooting democracy more firmly and reinforcing peace and stability in our continent.

The written declaration points out that the Molotov – Ribbentrop Pact of 23 August 1939 between the Soviet Union and Germany divided Europe into two spheres of interest by means of secret additional protocols.

The mass deportations, murders and enslavements committed in the context of the acts of aggression by Stalinism and Nazism fall into the category of war crimes and crimes against humanity. Under international law, statutory limitations do not apply to war crimes and crimes against humanity,

Finally MEPs say that the influence and significance of the Soviet order and occupation on/for citizens of the post-Communist States are little known in Europe.

Fontes:
http://www.europarl.europa.eu/pdfs/news/expert/infopress/20080919IPR37662/20080919IPR37662_en.pdf

http://www.europarl.europa.eu/news/expert/infopress_page/017-37663-266-09-39-902-20080919IPR37662-22-09-2008-2008-false/default_en.htm

http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//NONSGML+WDECL+P6-DCL-2008-0044+0+DOC+PDF+V0//EN&language=EN

Via: Luís M. Ribeiro

quinta-feira, outubro 02, 2008

Revolução no granito aconteceu 18 anos atrás

Quase dezoito anos atrás (em Outubro de 1990), em Kyiv, na Ucrânia, teve o lugar a «Revolução no granito» – a revolta estudantil contra o regime comunista, que já se abanava. Um dos líderes de resistência, na altura o estudante do 5º ano da História da Universidade Nacional de Kyiv Taras Shevchenko, o chefe da União Estudantil Ucraniana, Sr. Oles Doniy, abriu o café com o nome histórico da época, «Última barricada». O correspondente do CN, foi falar com o novo empresário.

por: Serhiy Veyhman, o jornal “CN” (№33 (181) de 11 – 17 de Setembro de 2001)

Fotos da época:
http://fri.io.ua/album146575

Ler o texto integral em ucraniano:
http://cn.com.ua/N181/politics/legend/legend.html

Traduzir do ucraniano para o português:
http://translate.google.com/translate_t
Via:

A ameaça do niilismo russo

A Ucrânia entre uma Rússia agressiva e o Ocidente burguês e indiferente. Entrevista com o filósofo francês André Glucksmann.

por: Mykola SIRUK, o jornal “Dem

O filósofo e ensaísta francês André Glucksmann, é bem conhecido no mundo inteiro por chamar as coisas pelos seus próprios nomes e por estar próximo do presidente francês Nicolas Sarkozy. Glucksmann recebeu os jornalistas ucranianos em Paris no seu velho apartamento, que tem 15 espelhos pendurados nas paredes. O restante espaço da casa é preenchido com as estantes de livros filosóficos. Glucksmann disse que decidiu se tornar o filósofo aos sete anos de idade. Ele também admitiu que não entende como é possível dizer que o colapso da União Soviética é a maior catástrofe do século XX. Consequentemente, o filósofo francês afirmou que a Europa precisa de prestar atenção às consequências jurídicas e económicas do niilismo da Rússia e deixar de sonhar sobre a possibilidade de colonizar ou modernizar aquele país, cujos dirigentes, após 70 anos de regime comunista se tornaram completamente cínicos. Porque a Europa não vê a Ucrânia no sistema de segurança colectiva e por que a Ucrânia deverá obter o “Plano de Acção para a Adesão à NATO”? Como pode reagir a Ucrânia, se por um lado ela é contrariada por uma Rússia agressiva e por outro – por Ocidente burguês e indiferente? A Europa poderá se “enforcar” com o gás russo? André GLUCKSMANN falou nisso na entrevista com os jornalistas ucranianos.

Texto integral em ucraniano:
http://www.day.kiev.ua/254353

Traduzir do ucraniano para o português:
http://translate.google.com/translate_t