O pai da Kateryna, Myhaylo Chumachenko, nasceu na região mineira de Donetsk, na aldeia de Zaycivka (Leste da Ucrânia). A mãe da Kateryna nasceu na aldeia de Lipky, nos arredores de Kyiv (Kiev). Durante a Segunda Guerra Mundial, o pai da Kateryna foi enviado pelos nazis à Alemanha para trabalhar na pedreira. A mãe também foi obrigada pelos nazis aos trabalhos forçados na Alemanha, onde os jovens ucranianos se conheceram e se casaram em Abril de 1945.
Para escapar os campos de concentração soviéticos, (muitos dos ucranianos que viveram o tratamento desumano por parte dos nazis, foram acusados de espiões ou de colaboradores do inimigo pelo regime soviético e logo a seguir do repatriamento, foram enviados para o GULAG) o casal Chumachenko emigrou para os EUA, onde no início se estabeleceu na Flórida.
Kateryna Chumachenko nasceu em Chicago em 1961, pai trabalhava como electricista, mãe como lavadeira. A família Chumachenko era uma família tradicional: em casa falava-se ucraniano, ia-se à igreja ucraniana, as filhas faziam danças tradicionais da Ucrânia.
Ainda nos tempos da URSS, Kateryna e a sua mãe, visitaram a Ucrânia duas vezes, em 1975 e 1979.
Em 1986, Kateryna foi graduada pela Universidade de Chicago, onde recebeu a MBA em “Administração Comercial do Sistema Bancário”. Para pagar os estudos, trabalhou como servente de mesas no sector da hotelaria.
Kateryna Chumachenko desempenhou funções da Directora dos programas “Estudos Bancários” no Ministério das Finanças dos EUA e foi a Assistente Especial do Vice – Secretário do Estado dos Direitos Humanos. Também trabalhou no Departamento das Relações Públicas da Casa Branca durante o segundo mandato presidencial de Ronald Reagan. Vários materiais escritos pela Kateryna Chumachenko encontram-se na Biblioteca de Reagan (the Ronald Reagan Presidential Library) em Washington.
Logo depois da proclamação da independência da Ucrânia em 1991, Kateryna voltou ao seu país de origem, para trabalhar no programa de ajuda à economia ucraniana. Desde então vive na Ucrânia, desde 1999 requereu a nacionalidade ucraniana e continua a espera de recebe-la em breve.
Viktor Yushenko e Kateryna Chumachenko conheceram-se no avião, foi o amor à primeira vista que muito rapidamente terminou em casamento religioso. Casamento civil foi oficializado mais tarde, em 1998.
Kateryna Chumachenko é mãe de uma menina e de dois rapazes.
Os inimigos políticos de Viktor Yushenko sempre usaram a nacionalidade da sua esposa como uma arma política. Durante todo o ano de 2004, forças retrógradas criaram uma forte campanha anti – americana, acusando a Kateryna de ser “espiã da CIA e do imperialismo”. Até o presidente cessante da Ucrânia, Leonid Kuchma levantava este assunto nas conversas com os responsáveis do Serviço da Segurança da Ucrânia (SBU). Conversas essas, que foram do conhecimento do público ucraniano e europeu, graças a acção corajosa do oficial do SBU, Major Melnichenko, que divulgou as gravações, onde presidente ucraniano, usando uma linguagem dos marginais, exigia aos serviços secretos e a polícia a liquidação física dos opositores do seu regime.
Entre vários planos que a Primeira Dama da Ucrânia tem pela sua frente, Kateryna destaca o seu desejo de fazer com que ucranianos na diáspora investem na economia da Ucrânia. Algo, que no passado foi problemático, por causa do sistema do poder corrupto, apadrinhado pelo presidente Kuchma.
Os pais da Kateryna já não estão vivos, mas espera-se que a sua irmã Lídia, poderá vir assistir a inauguração do Presidente YUSHENKO em Kyiv (Kiev), brevemente.
Gostaria, também, de recordar, que o primeiro presidente da FRELIMO em Moçambique, Dr. Eduardo Mondlane foi casado com uma americana, Janeth Rae. E este facto, também, foi usado pelos inimigos do Dr. Mondlane para o acusar de servir os interesses americanos em África. Provavelmente os retrógrados são perecidos na sua maneira de pensar em todo o Mundo! Felizmente, em Moçambique em 1975 e na Ucrânia em 2004, a Revolução nacional criou o efeito libertador e os países se livraram das largas décadas do opressão e do colonialismo.
* O apelido Chumachenko tem um significado especial. Chumak era o nome dado aos ucranianos que dedicavam-se ao comércio de sal nos séculos XVI – XIX. Naquela época, o sal era comprado na Crimeia aos tártaros e depois transportado para a Ucrânia nos carros dos bois. Comércio este, que era bastante lucrativo, mas que também compreendia grandes riscos por causa das distancias enormes e por falta generalizada da segurança, que reinava naquela época na Europa.
Fonte:
http://www.wz.lviv.ua
http://www.izvestia.ru/world/article933027
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