O projecto UkrLinia (A Linha Ucraniana) apresenta uma espécie de rotulagem nacional. Desde as montanhas Cárpatos até as estepes de Donetsk.
Por mais de um século os padrões ornamentais ucranianos são formados na base da geometria das imagens do ponto & cruz. O genial Kazimir Malevich, o nosso compatriota, havia transformado exactamente este ponto em símbolo do novo paradigma estético, a Sua Majestade Pixel.
A análise semântica da sequência do ponto & cruz oferece nós a linhagem de gerações com os mesmos valores, o caminho sem fim do passado ao futuro.
Os padrões tradicionais, aplicados pelos nossos ancestrais às casas e roupas não eram feitos apenas em função decorativa, mas tinham significados simbólicos e semânticos, eram amuletos. Estas linhas aplicadas aos carros, casas, muros, iates, naves espaciais, entre outros, representam um belo gesto, simbolizando todos aqueles que pertencem às tradições artísticas ucranianas. Uma espécie de rotulagem nacional. De montes Cárpatos aos estepes de Donetsk.
A linha é formada por formas geométricas repetidas transformando-se em loop infinito. Além disso, mais uma característica óbvia do projecto: a sua compreensão visual não exige a educação especial e uma imersão profunda no contexto do mundo artístico contemporâneo. O projecto, no sentido literal da palavra, conecta as tradições e o presente, o Leste e o Ocidente.
Autor da ideia é Filip Pishyk; o estúdio é Bigggg Ideia (Kyiv).
Daí o nome do projecto, a Linha ucraniana, UKRLINE.
Ver no YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=TeqCSdrtTao
Bónus
Os telespectadores de Moçambique que possuem no TV Cabo o canal Travel Channel, recomendamos o programa “That crazy French woman na Geórgia” (esta terça – feira, 19 de Abril, às 20h00). A enóloga francesa Isabelle Legeron anda em busca do autêntico vinho; vinho que é distinto e natural, não influenciado pelas tendências internacionais da indústria vinícola.
E para o efeito, nada melhor que viajar até a Geórgia, o berço do vinho, país com uma herança vinícola que remota a mais de 8.000 anos e que oferece uma variedade de uvas indígenas que qualquer outra região do mundo e tem um alfabeto baseado no formato das videiras (nem eu sabia disso!).
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