Cerca de meio – ano depois de entrar em funções como Primeira – Ministra da Ucrânia, a “primeira dama” da Revolução Laranja dá a sua visão da situação política, económica e social de Ucrânia.
Entrevista foi conduzida pelo jornalista da agência “Interfax”, Rinat Abdulin. Versão abreviada.
Como Sra. pode descrever o relacionamento actual Ucrânia – Rússia?
YT: Estamos pôr as coisas em ordem. Durante muitos anos, estes relacionamento não eram baseados nos interesses nacionais dos nossos países, mas no caso ucraniano nos planos e ambições pessoais da chefia do nosso país. Isso é muito mal, porque um fundamento destes, não poderá suportar uma boa casa.
E a questão de gás russo, que é fornecido à Europa pelo território da Ucrânia?
YT: Penso que não haverá estresse nenhum. Temos um lindo acordo até o ano de 2013, que é a base do balanço ente o pagamento do trânsito do gás russo, pelo território ucraniano até a Europa Ocidental e o gás que a Ucrânia recebe.
Analistas russos e ocidentais dizem que o direito de propriedade sem regulamentação piora o clima de investimento na Ucrânia. Seu comentário?
YT: Não posso negar que existem problemas com privatização. Segundo sondagens, 75 – 80 porcentos da população ucraniana acha, que privatização foi feita de maneira suja, com violação das leis. Quando foi constituído um novo poder, a sociedade tive grandes expectativas que neste domínio haverá ordem. Não será justo defraudar estas expectativas. Temos três possibilidades de comportamento:
Primeira possibilidade: Estado não mexe nada e deixa o processo assim como está. Mas hoje temos o problema dos milhares de processos nos tribunais, onde os sujeitos comerciais pretendem dividir lavandarias, escritórios, mercados.
Segunda possibilidade: o Estado tomará a iniciativa e levará ao tribunal alguns empresas privatizados, onde estas empresas se transformarão em objecto da disputa. Mas onde esta o critério, que empresas devem ser apanhados, se todas foram privatizados fora da Lei?
Terceira possibilidade: criar uma Lei, que descrimina alguns dezenas das empresas estratégicas, onde será possível aplicar uma reavaliação baseada num método especial, dando aos proprietários actuais, o direito de adquirir sua própria empresa por um preço real. Mas todos os outros dezenas de milhar de empresas, devem ser livres de qualquer perseguição. Eu posso dizer a palavra “amnistia”, mas ponho a entre aspas, porque nós não temos este termo no domínio da privatização.
Qual é possibilidade, de nas eleições legislativas de 2006, ser formada uma “grande” coligação eleitoral entre a “Nossa Ucrânia” de Viktor Yushenko, Partido Popular de Volodymyr Lytvyn e o Bloco de Yulia Timoshenko?
YT: O meu desejo (neste sentido) é completamente honesto. Eu estou satisfeita com aquilo que tenho e hoje não tenho as ambições maiores. Me basta ser Primeira – Ministra, para que passo a passo, até com uma resistência colossal, mas colocar a ordem no meu país.
Um alto funcionário de Ministério das Negócios Estrangeiros da Ucrânia, classificou o empresário de Donetsk, Rinat Ahmetov (o financiador e mentor de V. Yanukovich) de “líder do grupo de crime organizado de Donetsk”. O que você acha disso?
YT: Grandes empresários e gestores do alto gabarito, são o tesouro nacional de cada país. Eu sinto hoje como ninguém, a falta gritante dos quadros, que sofre a Ucrânia. Muitos dos empresários, da época de Kuchma (anterior presidente de Ucrânia), aceitavam as regras impostas. E foram criados condições criminais no país, onde tinham que pagar à todos, dividir quotas, sustentar quase grupos armados, para não ser atacado por ninguém – essas condições foram impostos pelo Poder. E se as pessoas estão preparados viver pelas regras novas, então devemos lhes dar a chance. Se as pessoas não estão preparados, sempre as podemos meter nas cadeias.
Fonte: http://www.izvestia.ru/world/article2057078
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