O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Javier Solana, chegou hoje, 21 de Janeiro a Kyiv (Kiev) para reunir-se com o novo Presidente da Ucrânia, Viktor Yushenko.
A reunião com Viktor Yushenko é "um sinal claro do apoio da UE" ao novo Presidente ucraniano, disse Cristina Gallach, porta-voz de Solana.
Javier Solana, que, por motivos de agenda, não poderá assistir à cerimónia de investidura de Viktor Yushenko, no domingo, dia 23 de Janeiro, tem também agendado um encontro, com o presidente do Parlamento ucraniano (Verhovna Rada), Volodymyr Lytvyn.
Solana foi um dos participantes nas mesas-redondas de mediação durante a crise institucional na Ucrânia após a impugnação, das eleições presidenciais de 21 de Novembro.
Na cerimónia de investidura do Presidente Yushenko, a UE estará representada pela comissária das Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner. Até ao momento, confirmaram a sua presença 33 delegações estrangeiras.
Terça-feira, dia 25 de Janeiro, o novo Presidente da Ucrânia vai expor as linhas mestras do plano de integração da Ucrânia na União Europeia em Estrasburgo, perante a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa.
Entertanto, o ex-primeiro-ministro, Viktor Yanukovich, reconheceu hoje a derrota nas eleições presidenciais da Ucrânia, depois de o Tribunal Supremo ter rejeitado a sua contestação dos resultados da segunda volta do escrutínio do dia 26 de Dezembro.
"Devemos aceitar a decisão do Supremo Tribunal", disse Yanukovich, numa intervenção na televisão "TRK-Ukrayina".
Ele apelou também aos seus apoiantes para desmontarem as tendas instaladas em Donetsk, Lugansk e em outras cidades da Ucrânia Oriental.
Yanukovich, o candidato pró-crime organizado, derrotado na segunda volta das eleições, mudou de ideias, depois de ser acusado pelo Tribunal Supremo da Ucrânia de "abusar dos direitos", ao interpor petições que atrasam o pronunciamento sobre uma queixa pendente por fraudes eleitorais.
"A forma e conteúdo das petições da equipa de Yanukovich provam o abuso dos seus direitos e o entrave a um pronunciamento" sobre a queixa por si apresentada por alegadas fraudes eleitorais, que carece de resposta em cinco dias úteis como determina a lei, sublinha uma resolução do Tribunal Supremo, lida pelo seu presidente, o juiz Anatoliy Yarema.
Fonte: Agência LUSA
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