Muitas das vezes amigos e simpatizantes da Ucrânia abordam nós perguntando sobre a literatura ucraniana em português. Pois, tendo uma literatura extremamente rica (principalmente a poesia), existe pouca coisa traduzida para o português. Por isso podem imaginar o nosso espanto, quando descobrimos na Internet um sítio inteiro dedicado à poesia ucraniana:
http://membres.lycos.fr/mazepa99/1page.htm, onde pode-se encontrar os versos de setenta poetas ucranianos todos traduzidos em português.
Aqui são religiosamente colectados os maiores poetas ucranianos dos últimos três séculos, desde o pai da língua moderna ucraniana, Hrygoriy Skovoroda (1722 – 1794), passado pelo maior poeta ucraniano de todos os tempos Taras Shevchenko (1814 – 1861), não esquecendo a voz da Galiza ucraniana Ivan Franko (1856 – 1916) e até os tempos actuais, contando com as vozes de Oksana Zabuzhko (1960), Andriy Bondar (1974), Dmytro Lazutkin (1978), Halyna Krouk (1974), Halyna Petrosanyak (1969), Ivan Malkovych (1961), Mykola Ryabchuk (1953), Natalka Bilotserkivets (1954), Oleh Lysheha (1949), Serhiy Zhadan (1974), Vasyl Makhno (1964), Viktor Neborak (1961) ou Yuri Andrukhovych (1960)
Aqui são religiosamente colectados os maiores poetas ucranianos dos últimos três séculos, desde o pai da língua moderna ucraniana, Hrygoriy Skovoroda (1722 – 1794), passado pelo maior poeta ucraniano de todos os tempos Taras Shevchenko (1814 – 1861), não esquecendo a voz da Galiza ucraniana Ivan Franko (1856 – 1916) e até os tempos actuais, contando com as vozes de Oksana Zabuzhko (1960), Andriy Bondar (1974), Dmytro Lazutkin (1978), Halyna Krouk (1974), Halyna Petrosanyak (1969), Ivan Malkovych (1961), Mykola Ryabchuk (1953), Natalka Bilotserkivets (1954), Oleh Lysheha (1949), Serhiy Zhadan (1974), Vasyl Makhno (1964), Viktor Neborak (1961) ou Yuri Andrukhovych (1960)
Tarás Shevchenko
Já não me importa...
É-me indiferente
Que eu morra na Ucrânia, ou algures,
Que alguém me lembre, ou me olvide
Sozinho entre as neves do exílio,
Ai, não me importa, não me importa!
Cresci no exílio, como escravo,
Pois, exilado morrerei
E tudo levarei comigo.
Não deixo nem um rasto leve
Em nossa Ucrânia tão gloriosa,
Em nossa pátria escravizada.
Não lembrará o pai ao filho,
Não lhe dirá: "Ai, reze, filho,
Pois, pelo amor que teve à Ucrânia,
Outrora, foi sacrificado..."
E não me importa que esse filho
Reze, ou não reze por minha alma.
O que me dói é que homens maus
A Ucrânia embalam com mentiras
E um dia a acorde o incêndio e o roubo.
Ai, isso, sim é que me importa !
1847
Tradução do ucraniano: Wira Selanski e Helena Kolody
(Antologia da Literatura Ucraniana. Rio de Janeiro. 1959)
(Antologia da Literatura Ucraniana. Rio de Janeiro. 1959)
O vento e o bosque falam,
Sussurram os juncos,
O barco vai com as vagas
Só no vasto mundo.
O barqueiro naufragado
Foi-se na corrente,
Cheio de água vai o barco
E ninguém o prende.
Até o mar azul alcança...
O mar soa bravo,
Os vagalhões brincam - dançam
Com os estilhaços.
Tradução do ucraniano: Wira Selanski
(Viburno rubro. Antologia da literatura ucraniana dos seus princípios até 1950. Wira Selanski. Companhia brasileira de artes gráficas. Rio de Janeiro. 1977)
P.S.
alem disso, no mesmo sítio pode-se encontrar a poesia ucraniana em inglês (112 autores), hebraico (2), idish (1), alemão (51), russo (21), francês (44).O autor do sítio, esconde-se sob o nick de Mazepa99, em homenagem ao Hetman Ivan Mazepa (1640 – 1709) pode ser encontrado neste mail
(Viburno rubro. Antologia da literatura ucraniana dos seus princípios até 1950. Wira Selanski. Companhia brasileira de artes gráficas. Rio de Janeiro. 1977)
P.S.
alem disso, no mesmo sítio pode-se encontrar a poesia ucraniana em inglês (112 autores), hebraico (2), idish (1), alemão (51), russo (21), francês (44).O autor do sítio, esconde-se sob o nick de Mazepa99, em homenagem ao Hetman Ivan Mazepa (1640 – 1709) pode ser encontrado neste mail
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