Explodiu o paiol de munições de Malhasine, o maior paiol do país, onde era armazenado diverso material de guerra, pertencente às Forças Armadas da Defesa de Moçambique (FADM).
Depois, o edifício foi sacudido por abalos menores, cada 3 – 5 minutos (já deu uns 20). Toda a gente fugiu, fiquei eu, que faço este serviço público, espero ser condecorado, caso não nós veremos nunca mais. Bom, era obviamente uma piada de mão gosto...
O aeroporto internacional de Mavalene foi fechado para o tráfico aéreo e toda a cidade é sacudida, parece que estamos no teatro da guerra, só agora é que posso entender um bocado aqueles que viveram este drama em Bósnia, Chechénia ou Somália, é triste e mete medo.
As comunicações móveis funcionam muito deficientemente, mas é possível mandar e receber sms. O fornecimento da energia eléctrica foi alguns vezes interrompido, mas por instantes muito breves. A cidade está cheia dos carros de polícia (cuidam das actividades dos amigos do alheio, já que a zona de Malhazine está às escuras devido a corte de energia eléctrica) e as ambulâncias que trazem os feridos para Hospital Central de Maputo. Mais de 200 feridos deram entrada naquela unidade hospitalar, que precisa de voluntários para ajudar tratar de doentes e precisa de mais sangue, porque o stock é limitado. Eduardo Mulembwe, presidente do Parlamento moçambicano visitou o hospital, onde fiz apelo aos cidadãos de doar a sangue, prometendo que os parlamentares darão um exemplo de cidadania à partir de amanha, dia 23.03.2007. Comunicação social moçambicana fala de duas dezenas de mortos, número ainda não confirmado oficialmente.
Também circulam as notícias de destruição parcial do Hospital Psiquiátrico de Infulene e de uma fábrica do vinho, situada na zona do impacto.
P.S. A Embaixada da Rússia em Maputo, foi atingida por um dos abuses, contabilizando a lista dos edifícios que sofreram danos em consequência da explosão no paiol.
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