Oleh Volodymyrov
Jornalista do site ucraniano: http://ru.obkom.net.ua
Se um idiota começa rezar, ele racha a testa. Se o idiota é um homem do estado, ele racha a testa dos outros. Se os outros não ficam felizes, o idiota zanga-se e cria a sua própria seita.
É assim que a seita estranha e grotesca de Yanukovich, criou as raízes na Igreja Ortodoxa Ucraniana (Patriarcado de Moscovo). Claro, que nos documentos oficiais, a seita não se chama assim, mas possui os seus adeptos fieis, que acima de tudo adoram o seu Patrão, Proffessor, Padrinho e Chefão, quer dizer bispo Yanukovich.
ÍCONES
Seita de Yanukovich adora as goelas grandes do seu querido “messias”, que podem ser vistas na arquivo fotográfico do Proffessor na Net. (Atenção! PG 21!)
Por exemplo, Yanukovich, ainda primeiro – ministro “arrasta-se” pelas várias igrejas: a cara séria mostra os pensamentos nobres (Interessante, com canudo, Kuchma irá me apoiar até o fim, ou esta preparando uma caca feia?.. É, pá, não gosto essas cenas p’ra nada”), as velas dobram-se entre os dedos, padres fogem...
Aqui o Proffessor junta-se às “Mulheres pelo futuro” (partido ucraniano), ele abraçou uma mulher até partir os ossos e mostra a cara feliz – ri-se. Mulher aguenta e até, parece que, faz um sorriso amarelo (não se vê bem: a boca de moça é tapada pelo cotovelo de Yanukovich, ele tive muita experiência nessas coisas), e fechou os olhos: tive medo! Com certeza, que ouviu as histórias do “trato fino”, que Yanukovich dispensava às mulheres durante os seus anos de favelado.
Veteranos da II GM é uma página à parte na vida de Yanukovich. Nas fotos, todos os velhotes parecem contentes, menos um, que virou as costas ao fotografo. Talvez Yanukovich o mandou “pr’a ca..lho”, um sítio onde ele gosta de mandar os mais velhos...
AS REZAS E ENCÍCLICAS
As rezas dos seus fieis, não tem muita fantasia – mas nisso mesmo, elas são queridas ao “Papá Yanukovich”. Nem ele próprio gosta de palavreado intelectual muito aprimorado, e em tudo prefere ordem, como na cadeia: “Sr. Yanukovich, nós rezamos e votamos em si. Você é perseguido – nós ajudaremos. Você voltará para cadeia – nós traremos chá e cigarros”, etc. Enfim, uma heresia total, quer dizer ... canonização. Neste contexto, as encíclicas do próprio “Papá Yanukovich” vão obtendo a importância cada vez maior. Destes, a mais importante é a “Encíclica de Luhansk” 21:10:2004, vulgarmente conhecida como “Cabrões, que atrapalham a nossa vida”. Testemunhos dizem, que a cara de “Papá Yanukovich”, no momento de leitura de encíclica era muito parecida com a do seu mentor, Sr. Putin, quando este prometia “killar os bandidos nos retretes”. Daí saiu a hipótese, do que a frase, foi criada para Yanukovich, pelo Relações Publicas do Kremlin, Gleb Pavlovskiy, para reinventar a imagem do “homem forte”.
Mas a encíclica mais forte, foi “Palavra aos veteranos”. Yanukovich mandou um veterano “p’ra cr...lho”, mas nega a sua autoria. E mesmo o veredicto do tribunal, que o obrigou a pagar 50.000 UAH (10.000 USD) de compensação ao velho, não consegue remover a fé do Proffessor. Embora outro dia, Yanukovich não conseguiu ficar calado perante os seus fieis. “Todos conhecem o meu respeito especial para com os veteranos”, - comentou o Proffessor Yanukovich a deliberação do tribunal.
Depois foi “Carta ao Viktor Yushenko, pela morte da sua mãe”. Neste sacaníssimo documento, Yanukovich mostra a sua religiosidade “até mais não”, mostrando “o respeito” ao seu opositor recém - vitorioso. “A morte da mãe – isso é um sinal de Deus, que permite nós entender toda <...> a pequinês, quer das derrotas, quer das vitórias”, podia-se ler na carta, cuja divulgação custou o lugar à um dos funcionários do seu centro de imprensa. Mas pensando bem, o rapaz não tive culpa, ele apenas divulgou as palavras sabias e bondosas do seu chefe.
Depois temos a “Palavra festiva aos ucranianos, dedicada à Páscoa”. Neste documento, o talento e a fantasia do “Papá Yanuk”, tive voos realmente mirabolantes. Comparando a prisão preventiva do “padrinho de Donetsk”, Borys Kolesnikov, ao Calvário (e o Kolesnikov ao próprio Jesus), ou Proffessor perdeu a cabeça, ou seu cinismo cresceu aos extremos.
“Cartas aos americanos”. Aqui tudo é simples, quase idêntico aos cânticos dos fieis da seita. Única diferença: eles rezam ao Yanukovich, e o Papá ao Ocidente. Vejam, diz Yanukovich aos seus deuses estrangeiros, no meu tempo, com canudo, tínhamos a dImocracia, e se eu fosse o prIsidente, então, eu ia criar uma dImocracia de tal carisma e tamanho, que vocês iam ficar tontos e aflitos. O que temos ahora? Aposição é pIrseguida, fazem rIpressões, Yushenko vós mentiu, ele não é da CIA, eu que sou da CIA, e minha mulher tem botas de feltro americanos...
APÓSTOLOS
Quando Yanukovich era primeiro – ministro, tinha uma legião de apóstolos. Mas eram apóstolos bastante fracos. A Revolução Laranja fiz com que “os traidores” começaram aparecer todos os dias. Hoje Proffessor ficou com apenas três últimos: Taras Chornovil (filho de um dos mais proeminentes dissidentes ucranianos da era soviética, Viacheslav Chornovil. Pai morreu no acidente de automóvel e não viu o filho vender a alma). Jornalista desertora da rádio “Liberdade” (Munique - Praga) Hanna Stetskiv e advogada Elena Lucas (muito importante para alguém que poderá voltar ver o céu aos quadradinhos).
Por exemplo, Taras Ch., conselheiro sobre o nacionalismo ucraniano (fazer um chá para o chefe, lavar os seus atacadores), tornou-se famoso no acidente de Ivano – Frankivsk. Yanukovich levou com um ovo estudantil, mas Taras viu um bateria da câmara de filmar e uma nuvem de bolas de aço, disparadas da espingarda de pressão de ár. Ninguém mais viu, mas o Apostolo viu, sim senhor!
As garrotas de programa, Hanna e Elena, andam armadas em Matas Hari. Recebem os convites de Yanukovich para o Ministério do Interior, não os entregam ao chefão, dizem que patrão saiu e não disse para onde, ameaçam processar todos por causa de tudo... Enfim, usam as suas tetas virginais, para defender o boss, das “repressões do poder”. Yanukovich foge da polícia, feito trombadinha, mas a culpa recai para as gajas, pois são “apóstolas”...
OS FIEIS
Temos que dizer, que Yanukovich não possui nenhum salão de culto próprio. Mas nem precisa. Chefão sempre é bem vindo no Patriarcado ortodoxo de Moscovo. Mas não em Moscovo, lá, depois da sua derrota nas eleições, os padres russos quase lhe dão pontapés. Na Ucrânia, qualquer igreja do Patriarcado moscovita é a casa do Papá Yanukovich. E não seria mau, porque a igreja deve ser aberta à qualquer crente. Mas por outro lado, nenhum verdadeiro crente, permitirá que a sua igreja se transforme no circo político, como faz Yanukovich. Última cena do Padrinho é ideia de fazer um filme americano sobre a Revolução Laranja no território da Lavra de Kyiv Pechersk, um dos mais importantes lugares sagrados no Cristianismo Oriental. “Apposicionista” Yanukovich quer dar as entrevistas com uma vela na mão, nos camarotes dos frades...
Porcaria. Paganismo. Ofensa ao Deus. Seita.
ÓPIO PARA O POVO
O messianismo bacoco de Yanukovich em primeiro lugar é fruto de um cinismo absoluto. Mas também é a crença estúpida de ser escolhido por Deus. Difícil dizer, da onde essa crença veio. Mas o fundamento é claro: religiosidade de Yanukovich é algo parecido à magia negra. Ortodoxia para ele não é a presença de Deus, mas um rito: se fazer tudo “como deve ser” (como na cadeia, pela lei marginal) – pôr uma vela à “quem deve ser”, dar à igreja “quanto preciso”, falar com uns padres “certos”, e Deus “não terá a saída, vai ter que ajudar”. Isso não é um equivoco muito raro, idiotas que racham as próprias testas no chão das igrejas, temos nós até dizer chega. Mas Yanukovich, usando o seu estatuto recente (menos de um ano atras, ele era quase a primeira figura no país!), conseguiu levar essa tendência até o grotesco do nível estatal. E agora, continua ofender o Deus com pompa e circunstância. E o que mais dói, tem adeptos fanáticos, uma percentagem dos parvos que também querem “rachar a testa”...
O que a seita de Yanukovich poderá trazer à Ucrânia, hoje ainda não é claro. Para isso precisamos de esperar mais um pouco. Podemos dizer apenas uma coisa, com uma certa certeza: com as suas sistemáticas blasfémias, Proffessor já ganhou para si um tambor pessoal de alcatrão fervente.
BLOGGER: E quem são os fieis desta seita, pergunta o leitor. São hohly (хохли), pessoas atingidos pelo complexo de inferioridade, respondemos nós. O escritor ucraniano, Yevhen Malanyuk, definiu estes criaturas desta maneira: “O seu nível da identificação nacional é muito baixo ou até totalmente ausente. É uma doença psíquica, invisível externamente, sem sintomas físicas”.
Hohly maioritariamente vivem na Ucrânia, mas também, embora em número menor, aparecem na Diáspora. Eles tem apelidos que acabam em –enko ou –uk, tem raízes profundamente ucranianas, mas geralmente não sabem falar ucraniano, porque “não tem diferença com o russo”. Eles já ouviram falar de Taras Shevchenko ou Lesia Ukrayinka, mas preferem Dostoevskiy ou Tolstoi, porque estes “melhor descrevem a alma eslava”. Eles adoram a “alma eslava”, por isso não se importam de servir de guardas nos campos de concentração de GULAG (sofrimento necessário, os eslavos gostam), são óptimos sargentos de todos os exércitos estrangeiros que pisaram a Ucrânia nos últimos 1000 anos. Apenas não admitem ser chamados para defender o seu próprio país. Desertam logo. Escondem-se. Simulam as doenças.
Eles não admitem que malvados nacionalistas ucranianos (apoiantes do Ivan Mazepa, Symon Petlyura, Stepan Bandera e ultimamente o Viktor Yushenko) beliscam as relações com o Grande Irmão, Terceira Roma, Jerusalém Vermelho... Ohm, por causa da santa amizade com Kremlin, eles estão prontos matar, trair, esfolar. Tudo em nome da unidade fictícia dos eslavos. Mas ao mesmo tempo, estas mesmas criaturas, odeiam profundamente a Polónia. Também vizinho e também eslavo. Porque? Não se sabe muito bem. Quanto hohly são perguntados, eles geralmente começam balbuciar algo sobre passado comum, a religião ortodoxa e influência vil dos Papas, cruzadas e todo o tipo de repressão, que aconteceu no longínquo século XIV ou XV.
Mas não vale a pena dar os exemplos de repressão incomparavelmente pior, ou do genocídio acontecido em grande escala na Ucrânia no século XX, pela mão de Kremlin. É pá, você ira provocar uma tempestade no copo de água. Hohly defendem que ucranianos não devem olhar para traz e não devem viver, contando as mágoas do passado. Mesmo se as vítimas ucranianas do NKVD / KGB vivem na miséria na Ucrânia actual, enquanto os seus torturadores continuam a receber as generosas pensões da reforma, pagos pelo actual estado ucraniano(!)
São muitos, pergunta o leitor? Só na Ucrânia vive cerca de 13 milhões destas criaturas, quantos vivem no mundo livre e onde eles habitam, vão mostrar as eleições legislativas de 2006...
Fonte: http://ru.obkom.net.ua/articles/2005-06/13.1019.shtml
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